
A Floresta Amazônica e a Questão Ambiental
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ou
ECO-92, que teve lugar no Brasil, em junho de 1992, deu novo impulso às questões
relacionadas com a Amazônia. As principais ações do Governo, decorrentes da
Conferência, concentram-se na Convenção de Biodiversidade Biológica, Convenção
de Mudanças Climáticas, bem como na Declaração sobre Florestas e Convenção
de Desertificação, assinada em outubro de 1994. Esses temas envolvem questões
no âmbito das ações sociais, ambientais e de desenvolvimento.
Entre os instrumentos legais acima citados destaca-se a Declaração sobre
Florestas, pois seu processo de implementação prevê a revisão do modelo de
gestão, tendo como base a parceria com as instituições dos governos estaduais e
entidades não-governamentais. O Ministério do Meio Ambiente criou a
Coordenação de Uso Sustentável - Setor de Florestas; estabeleceu o Conselho da
Borracha, das Florestas e da Pesca como fórum para deliberação sobre política
florestal; definiu um programa de diretrizes para política florestal; e, ao mesmo
tempo, determinou o orçamento para esse programa.
Uma das ações concretas do Governo em relação às florestas, foi a criação de
reservas extrativas para diminuir o desmatamento e minimizar a extração de
madeira. As reservas extrativas já constituem uma realidade política e representam
também conservação na Amazônia.
As reservas extrativas são espaços territoriais protegidos pelo poder público,
destinados à exploração auto-sustentável e à conservação dos recursos naturais
renováveis, por populações com tradição no uso de recursos extrativistas. As
reservas podem ser criadas independentemente da prévia desapropriação da terra,
o que agiliza o seu processo de criação e evita os conflitos sociais, como a
expulsão de trabalhadores da área. Tal iniciativa fixa a população na floresta,
diminui o êxodo rural, reduz os custos de proteção das florestas, aumenta a
garantia da eficácia das reservas, cria áreas de preservação que protegem a
biodiversidade da Amazônia e assegura o equilíbrio climático.
A queimada é um problema grave que atinge a Amazônia. O Governo Federal,
desde 1989, criou o Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios
Florestais - PREVFOGO, que combate a prática indiscriminada de queimadas para
abertura de novas áreas para agropecuária e os incêndios florestais naturais e
provocados, que degradam o meio, afetando a flora, a fauna e o ambiente em geral.
O PREVFOGO atua sobre os incêndios florestais e queimadas de forma
diferenciada. As Unidades de Conservação e as Áreas de Interesse Estratégico e
Econômico são os dois segmentos prioritários para prevenção, controle, combate,
pesquisa, treinamento e capacitação nos casos de incêndios florestais. Quanto às
atua nas áreas onde o fogo é utilizado como instrumento