
Departamento de Minimização de Desastres - SEDEC/MI
Manual de Desastre Humanos de Natureza Tecnológica
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A partir do término da II Guerra Mundial, a construção de usinas
atomoelétricas – UAE, utilizando combustíveis físseis, como o Urânio 308,
contribuiu também para diversificar e ampliar a oferta de energia, especialmente
nos países do hemisfério norte.
A partir da crise do petróleo, o interesse pela produção de energia
renovável, a partir da biomassa, foi o principal responsável pelo incremento da
indústria alcooleira no Brasil.
Em tempos mais recentes, cresceu o interesse pelo uso de fontes
alternativas de energia, como a energia solar, eólica, geotérmica e a gerada
pelos movimentos das marés e as pesquisas nesta área foram incentivadas.
Nos dias atuais, é fato notório que a oferta de energia suficiente é
absolutamente indispensável para garantir o desenvolvimento socioeconômico
dos países e para elevar o nível de bem-estar da população. Desta forma, o
consumo per capta de energia, que no Brasil corresponde a apenas 2 megawatts/
hora, constitui um dos índices mais precisos, para medir o nível de bem-estar e
de desenvolvimento geral de um país.
Introdução ao Estudo das Matrizes Energéticas
Nas atuais condições de desenvolvimento tecnológico, as principais fontes
de energia, que constituem a chamada matriz energética dos diferentes países
são o(s) :
• sistemas de geração, transporte e distribuição de energia elétrica,
que é gerada em usinas hidroelétricas – UHE, termoelétricas – UTE e
atomoelétricas - UAE, das quais, as primeiras usam fontes renováveis
e as duas últimas utilizam fontes não renováveis.
• uso de combustíveis fósseis e não renováveis, como os derivados de
petróleo, os gases naturais e o carvão mineral, os quais são utilizados
nos motores à explosão, nos motores turbinados, no aquecimento de
caldeiras e na produção de energia elétrica.
• uso de combustíveis físseis e não renováveis, como o Urânio 308, o
qual é utilizado na geração de energia elétrica e que se desenvolveu
de forma acelerada, nos últimos 50 anos.
• uso de combustíveis oriundos da biomassa e renováveis, como o álcool,
o bagaço de cana, a lenha e o carvão vegetal.
• uso de fontes alternativas de energia, como a energia solar, a energia
eólica, a energia geotérmica (Islândia) e a gerada pelo movimento
das marés que, embora pouco importantes no âmbito geral, podem
contribuir, em âmbito local, para racionalizar o consumo de energia.