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4.2. Resíduos de Deltametrina nos dosímetros
Pela análise dos resultados (tabela 6) constatou-se uma queda significativa da
exposição dérmica aos resíduos presentes nas plantas, a partir da segunda reentrada (60
minutos). Analisando a exposição total, verificou-se que os resíduos deslocáveis das plantas
para a roupa do amostrador apresentaram uma queda de 34%, da primeira reentrada (3
minutos) para a segunda reentrada (1h). Da segunda reentrada (1h) para a terceira (5h) a
queda foi de 53%. Portanto 5h após a aplicação, a exposição dérmica do trabalhador a
deltametrina diminuiu 69%. Resultados semelhantes foram obtidos por Rotundo et al. (2006)
que em experimento semelhante relataram que os resíduos deslocáveis de deltametrina
diminuíram 3 vezes da primeira para a segunda reentrada.
Tabela 6. Resíduos de deltametrina (µg/m
2
) referentes a exposições dérmicas em partes da
roupa de algodão cru correspondentes a diferentes partes do corpo humano, em cada
época de reentrada na lavoura de algodão após pulverização. Selvíria/MS, 2007.
3 min 1 h 5 h 1 dat 3 dat 7 dat
Áreas do corpo
0,05h 1h 5h 24h 72h 168h
1.Peitoral
57,78 52,71 24,84 6,23 0,77 0,59
2.Costas
48,34 22,15 6,50 2,27 0,53 0,36
3.Coxas
38,87 43,26 18,20 2,84 0,62 0,44
4.Pernas
45,02 18,38 22,29 1,28 0,71 0,76
5.Luvas
115,98 72,96 30,49 10,45 2,92 1,15
6.Antebraços
117,71 87,39 34,63 12,20 2,02 0,84
7.Braços
81,76 37,58 21,46 3,37 1,05 0,59
dat: dias após a pulverização de deltametrina.
A queda foi significativa nas primeiras horas, e relativamente estável nas demais
reentradas. Após 1 dia, a exposição dérmica resultou em apenas 8% da exposição mais
próxima da aplicação, diminuindo para 2% aos 3 dias após o tratamento das plantas (dat) e
1% na última reentrada aos 7 dat. Os resíduos de deltametrina encontrados nos dosímetros