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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM MÉTODOS NUMÉRICOS EM ENGENHARIA
SETOR DE TECNOLOGIA
ESTUDO TEÓRICO E IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
DO MÉTODO DE ELEMENTOS DE CONTORNO
APLICADO A PROBLEMAS ELASTOSTÁTICOS LINEARES
BIDIMENSIONAIS
CURITIBA
2007
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RAPHAEL FERNANDO SCUCIATO
ESTUDO TEÓRICO E IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
DO MÉTODO DE ELEMENTOS DE CONTORNO
APLICADO A PROBLEMAS ELASTOSTÁTICOS LINEARES
BIDIMENSIONAIS
Dissertação apresentada como requisito parcial à
obtenção do grau de Mestre em Métodos Numéricos em
Engenharia, Curso de Pós-Graduação em Métodos
Numéricos em Engenharia, Setor de Tecnologia,
Universidade Federal do Paraná.
Orientador: Prof. Dr. Luiz Alkimin de Lacerda
Co-Orientador: Prof. Dr. José Antônio Marques Carrer
CURITIBA
2007
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TERMO DE APROVAÇÃO
RAPHAEL FERNANDO SCUCIATO
ESTUDO TEÓRICO E IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL DO
MÉTODO DE ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO A PROBLEMAS
ELASTOSTÁTICOS LINEARES BIDIMENSIONAIS
Dissertação aprovada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Métodos Numéricos
em Engenharia, Curso de Pós-Graduação em Métodos Numéricos em Engenharia, Setor de
Tecnologia, Universidade Federal do Paraná, pela seguinte banca examinadora:
Orientador:
_________________________________________________
Prof. Luiz Alkimin de Lacerda, D. Sc.
Pós-Graduação em Métodos Numéricos em Engenharia, UFPR
Co-Orientador:
_________________________________________________
Prof. José Antonio Marques Carrer, D. Sc.
Departamento de Matemática, UFPR
_________________________________________________
Prof. Webe João Mansur, Ph. D.
Programa de Engenharia Civil, COPPE/UFRJ
_________________________________________________
Prof. Luiz Antonio Soares de Souza, D. Sc.
Departamento de Estruturas, UEL
Curitiba, 02 de março de 2007
Dedico esta obra ao meu Pai,
que me ensinou os preceitos mais
importantes da Engenharia: capricho,
precisão, criatividade, dedicação e respeito.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, desejo externar meu mais profundo agradecimento a Deus,
que inundou a minha vida e o meu ser com a sua maravilhosa graça; ao Senhor
Jesus Cristo, meu Salvador, que morreu por mim para me salvar dos meus próprios
pecados; ao Espírito Santo, meu Consolador, que me ensinou o significado da
verdadeira adoração; os quais deram-me força, paciência, persistência,
determinação, conforto, paz e, inquestionavelmente, inteligência e discernimento
para concretizar esta obra.
Aos meus pais, Mario e Eledir, e a minha irmã, Lisiane, pela paciência,
compreensão e incentivo durante os momentos mais difíceis e sem os quais, com
certeza, eu não teria alcançado sucesso.
A minha amada Patricia, a maior bênção que o Senhor concedeu-me depois
de minha salvação eterna, instrumento nas mãos do Pai para mostrar-me a direção
certa nos momentos mais confusos; que o nosso amor transcenda à eternidade.
Aos mestres, Prof. Alkimin e Prof. Carrer, pela orientação inestimável, pela
confiança depositada em mim e pela paciência em todos os momentos de dúvidas;
espero que este trabalho deixe-os tão orgulhosos quanto eu estou.
Ao colega e amigo Roberto, pelo companheirismo, espirituosidade e bom
humor, características que sempre me ajudaram a perceber que não estava só em
meio às adversidades.
A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior),
pela ajuda financeira que foi tremendamente importante para a realização de alguns
sonhos pessoais.
À Maristela, pela alegria, bom humor e, claro, pelo café e chá sempre
quentinhos que, inegavelmente, ajudaram a criar valiosos momentos de integração.
Aos professores e colegas do CESEC que, direta ou indiretamente,
contribuíram para a realização deste trabalho.
Ao Pr. Roberto, Pra. Gema, Pr. Rechier e Gislaine, pelas orações constantes
que certamente empreenderam em meu favor e que, em retribuição, somente posso
rogar a Deus que os recompense grandemente na Glória.
Ao colega, amigo e irmão MC Palu, pela amizade verdadeira.
"O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria..."
Salmo 111:10a
vii
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS................................................................................................xiii
LISTA DE TABELAS .............................................................................................xviii
LISTA DE GRÁFICOS ..............................................................................................xx
RESUMO................................................................................................................xxiii
ABSTRACT............................................................................................................xxiv
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................1
1.1 Revisão Bibliográfica .................................................................................3
1.2 Objetivos......................................................................................................7
1.3 Metodologia.................................................................................................7
1.4 Organização ................................................................................................8
2 ELASTOSTÁTICA ...................................................................................................9
2.1 Preliminares Matemáticas..........................................................................9
viii
2.1.1 Notação Indicial Cartesiana...............................................................9
2.1.2 Delta de Kronecker..........................................................................11
2.1.3 Função Delta de Dirac.....................................................................12
2.1.4 Teorema da Divergência .................................................................12
2.1.5 Série de Taylor ................................................................................13
2.1.6 Quadratura Gaussiana ....................................................................13
2.1.7 Requisitos de Continuidade.............................................................14
2.1.7.1 Condição de Continuidade de Hölder ..................................15
2.1.8 Valor Principal de Cauchy ...............................................................16
2.2 Equações Básicas da Elasticidade Linear..............................................18
2.2.1 Equações de Equilíbrio....................................................................18
2.2.2 Estado Plano de Tensões ...............................................................20
2.2.3 Tensões Principais ..........................................................................25
2.2.4 Deformações Específicas................................................................29
2.2.5 Equações de Compatibilidade.........................................................30
2.2.6 Relações Tensão-Deformação........................................................32
2.2.7 Equações Governantes ...................................................................34
2.2.8 Condições para Estado Plano de Tensões .....................................36
2.2.9 Condições para Estado Plano de Deformações..............................37
3 FORMULAÇÃO INTEGRAL DE CONTORNO ......................................................39
3.1 Teorema do Trabalho Recíproco de Betti...............................................39
3.2 Equações Integrais de Contorno.............................................................42
3.3 Soluções Fundamentais...........................................................................44
3.3.1 Problemas Tridimensionais .............................................................45
ix
3.3.2 Problemas Bidimensionais ..............................................................46
3.4 Equação Integral de Contorno para Deslocamentos no Contorno ......47
3.5 Regiões Infinitas .......................................................................................52
3.6 Discretização Numérica ...........................................................................55
3.7 Elementos Constantes .............................................................................56
3.7.1 Formação do Sistema de Equações................................................56
3.7.2 Integração .......................................................................................61
3.7.2.1 Submatrizes
cc
H ..................................................................62
3.7.2.2 Submatrizes
cc
G ..................................................................63
3.7.2.3 Submatrizes
cn
G quando nc
............................................64
3.7.2.4 Submatrizes
cn
H quando nc
...........................................65
3.7.3 Deslocamentos e Tensões nos Pontos Internos .............................67
3.8 Elementos Isoparamétricos .....................................................................69
3.8.1 Formação do Sistema de Equações................................................73
3.8.1.1 Elementos Lineares .............................................................73
3.8.1.2 Elementos Quadráticos........................................................77
3.8.2 Integração .......................................................................................80
3.8.2.1 Elementos Lineares – Coeficientes
α
cn
ij
Q .............................80
3.8.2.2 Elementos Lineares – Coeficientes
α
cn
ij
P .............................85
3.8.2.3 Elementos Quadráticos – Coeficientes
α
cn
ij
Q .......................87
3.8.2.4 Elementos Quadráticos – Coeficientes
α
cn
ij
P .......................96
3.8.3 Deslocamentos e Tensões nos Pontos Internos .............................98
4 CÓDIGOS COMPUTACIONAIS ............................................................................99
x
4.1 Elementos Constantes .............................................................................99
4.1.1 Organização e Funcionamento do Código ......................................99
4.1.2 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados......................................101
4.2 Elementos Lineares ................................................................................102
4.2.1 Organização e Funcionamento do Código ....................................103
4.2.2 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados......................................104
4.3 Elementos Quadráticos..........................................................................106
4.3.1 Organização e Funcionamento do Código ....................................107
4.3.2 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados......................................108
4.4 Múltiplos Contornos ...............................................................................110
4.4.1 Detalhes da Implementação Computacional .................................111
4.4.2 Código em Fortran 95....................................................................112
4.4.3 Organização e Funcionamento do Código ....................................112
4.4.4 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados......................................112
4.5 Considerações de Simetria....................................................................114
4.5.1 Problema Exemplo para Análise de Simetria ................................115
4.5.1.1 Simetria em Relação ao Eixo Horizontal............................118
4.5.1.2 Simetria em Relação ao Eixo Vertical ................................122
4.5.1.3 Simetria em Relação ao Eixo Horizontal e Vertical ............126
4.5.1.4 Deslocamentos e Tensões nos Pontos Internos................131
4.5.2 Detalhes da Implementação Computacional .................................132
4.5.3 Código em Fortran 95....................................................................132
4.5.4 Organização e Funcionamento do Código ....................................133
4.5.5 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados......................................133
4.6 Peculiaridades da Modelagem de Problemas Utilizando MEC ...........135
xi
5 PROBLEMAS RESOLVIDOS..............................................................................137
5.1 Cavidade Pressurizada...........................................................................137
5.1.1 Considerações Gerais ...................................................................137
5.1.2 Solução Analítica...........................................................................138
5.1.3 Dados do Problema.......................................................................139
5.1.4 Malhas de Elementos Constantes.................................................139
5.1.4.1 Malha CAV12C .....................................................................140
5.1.4.2 Malha CAV24C .....................................................................140
5.1.4.3 Malha CAV48C .....................................................................141
5.1.5 Malhas de Elementos Lineares .....................................................141
5.1.5.1 Malha CAV12L .....................................................................142
5.1.5.2 Malha CAV24L .....................................................................142
5.1.5.3 Malha CAV48L .....................................................................143
5.1.6 Malhas de Elementos Quadráticos................................................143
5.1.6.1 Malha CAV6Q .......................................................................144
5.1.6.2 Malha CAV12Q .....................................................................144
5.1.6.3 Malha CAV24Q .....................................................................145
5.1.7 Resultados.....................................................................................145
5.1.7.1 Tensões Radiais ................................................................145
5.1.7.2 Tensões Angulares ............................................................146
5.1.7.3 Deslocamentos Radiais .....................................................147
5.1.7.4 Análise dos Resultados......................................................148
5.2 Cilindro Pressurizado.............................................................................159
5.2.1 Considerações Gerais ...................................................................159
5.2.2 Solução Analítica...........................................................................159
5.2.3 Dados do Problema.......................................................................160
5.2.4 Malhas de Elementos Quadráticos................................................161
xii
5.2.4.1 Malha CIL18Q .....................................................................161
5.2.4.2 Malha CIL30Q .....................................................................162
5.2.4.3 Malha CIL36Q .....................................................................163
5.2.5 Resultados.....................................................................................164
5.2.5.1 Tensões Radiais ................................................................164
5.2.5.2 Tensões Angulares ............................................................164
5.2.5.3 Deslocamentos Radiais .....................................................165
5.2.5.4 Análise dos Resultados......................................................165
5.3 Placa com Orifício...................................................................................172
5.3.1 Considerações Gerais ...................................................................172
5.3.2 Solução Analítica...........................................................................172
5.3.3 Dados do Problema.......................................................................173
5.3.4 Malhas de Elementos Quadráticos................................................174
5.3.4.1 Malha PL68Q .......................................................................175
5.3.4.2 Malha PL34QX .....................................................................176
5.3.4.3 Malha PL34QY .....................................................................177
5.3.4.4 Malha PL17Q .......................................................................178
5.3.5 Resultados.....................................................................................179
5.3.6 Análise dos Resultados .................................................................183
6 CONCLUSÃO ......................................................................................................186
6.1 Sugestões para Trabalhos Futuros.......................................................187
REFERÊNCIAS.......................................................................................................188
xiii
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2.1 – Componentes de tensões atuando nas faces de um volume elementar
representando um ponto no interior de um corpo tridimensional ...........................................
19
FIGURA 2.2 – Forças de superfície e forças internas atuando em um elemento localizado no
contorno de um corpo bidimensional de espessura unitária constante .................................
21
FIGURA 2.3 – Componentes ou projeções do vetor unitário normal ao contorno ...................... 22
FIGURA 2.4 – As tensões atuando em planos inclinados podem ser obtidas a partir de um
elemento triangular extraído de um elemento localizado no interior do corpo ......................
24
FIGURA 2.5 – Elemento triangular resultante e as tensões que atuam sobre o mesmo............. 24
FIGURA 2.6 – Solução geométrica para determinar os ângulos que definem os Planos
Principais nos quais atuam as Tensões Principais....................................................................
27
FIGURA 2.7 – Solução geométrica para determinar os ângulos que definem os planos nos
quais atuam as tensões tangenciais máxima e mínima ............................................................
28
FIGURA 2.8 – Componentes de deformações específicas atuando em um volume elementar
representando um ponto no interior de um corpo tridimensional: a) Volume elementar sem
deformação; b) Volume elementar deformado ...........................................................................
30
FIGURA 3.1 – Uma região arbitrária com domínio
*
e contorno
*
Γ envolvendo o problema
com domínio
e contorno Γ .................................................................................................... 40
xiv
FIGURA 3.2 – Processo limite quando o ponto fonte está localizado no contorno de um
problema bidimensional................................................................................................................
48
FIGURA 3.3 – Processo limite quando o ponto fonte está localizado no contorno de um
problema tridimensional ...............................................................................................................
48
FIGURA 3.4 – Região infinita envolvendo uma cavidade................................................................ 53
FIGURA 3.5 – Definição da normal e do sentido de integração: a) Problemas com domínio
infinito; b) Problemas com domínio finito...................................................................................
55
FIGURA 3.6 – Malha modelo formada por elementos de contorno constantes ........................... 57
FIGURA 3.7 – Sistema algébrico tGuH
=
destacando os valores das condições de contorno
prescritas para um problema arbitrário....................................................................................... 60
FIGURA 3.8 – Sistema algébrico FYA
=
resultante da reordenação das colunas das matrizes
H e G de modo a agrupar todas as incógnitas do problema no lado direito da igualdade e
os valores das condições de contorno prescritas no lado esquerdo da igualdade...............
61
FIGURA 3.9 – Representação geométrica dos termos necessários para o cálculo dos
coeficientes das submatrizes
cc
G ............................................................................................... 64
FIGURA 3.10 – Representação geométrica dos termos necessários para o cálculo dos
coeficientes das submatrizes
cn
G quando nc
..................................................................... 65
FIGURA 3.11 – Representação geométrica dos termos necessários para o cálculo dos
coeficientes das submatrizes
cn
H
quando nc
..................................................................... 66
FIGURA 3.12 – Elementos de contorno bidimensionais definidos em termos de um sistema de
coordenadas adimensional...........................................................................................................
70
FIGURA 3.13 – Malha modelo formada por elementos de contorno lineares............................... 74
FIGURA 3.14 – Malha modelo formada por elementos de contorno quadráticos........................ 78
xv
FIGURA 3.15 – Relação entre os sistemas de coordenadas adimensionais para elementos de
contorno lineares conforme a posição do ponto fonte dentro do elemento...........................
82
FIGURA 3.16 – Relação entre os sistemas de coordenadas adimensionais para elementos de
contorno quadráticos conforme a posição do ponte fonte dentro do elemento ....................
89
FIGURA 4.1 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_CONST ........ 101
FIGURA 4.2 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados do código
MEC_ELASTIC_CONST ..................................................................................................................
102
FIGURA 4.3 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_LIN ............ 105
FIGURA 4.4 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados do código
MEC_ELASTIC_LIN.......................................................................................................................
106
FIGURA 4.5 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_QUAD .......... 109
FIGURA 4.6 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados do código
MEC_ELASTIC_QUAD.....................................................................................................................
110
FIGURA 4.7 – Exemplo de problema que apresenta múltiplos contornos.................................. 111
FIGURA 4.8 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_QUAD_MC.... 113
FIGURA 4.9 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados do código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC ..............................................................................................................
114
FIGURA 4.10 – Exemplo de problema que apresenta simetria..................................................... 115
FIGURA 4.11 – Malha modelo para análise de problemas que apresentam simetria ................ 117
FIGURA 4.12 – Malha modelo considerando apenas simetria em relação ao eixo horizontal.. 119
FIGURA 4.13 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo horizontal..............................................................................................................................
122
xvi
FIGURA 4.14 – Malha modelo considerando apenas simetria em relação ao eixo vertical ...... 123
FIGURA 4.15 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo vertical...................................................................................................................................
126
FIGURA 4.16 – Malha modelo considerando simetria em relação ao eixo horizontal e vertical
simultaneamente..........................................................................................................................
127
FIGURA 4.17 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo vertical para um problema que apresenta simetria em relação ao eixo horizontal e
vertical simultaneamente ............................................................................................................
130
FIGURA 4.18 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo horizontal e vertical para um problema que apresenta simetria em relação ao eixo
horizontal e vertical simultaneamente.......................................................................................
130
FIGURA 4.19 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo horizontal para um problema que apresenta simetria em relação ao eixo horizontal e
vertical simultaneamente ............................................................................................................
131
FIGURA 4.20 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM
........................................................................................................................................................
134
FIGURA 4.21 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados do código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM .....................................................................................................
134
FIGURA 5.1 – Cavidade em um meio infinito sob pressão uniforme........................................... 138
FIGURA 5.2 – Representação geométrica da malha CAV12C........................................................ 140
FIGURA 5.3 – Representação geométrica da malha CAV24C........................................................ 140
FIGURA 5.4 – Representação geométrica da malha CAV48C........................................................ 141
FIGURA 5.5 – Representação geométrica da malha CAV12L........................................................ 142
FIGURA 5.6 – Representação geométrica da malha CAV24L........................................................ 142
xvii
FIGURA 5.7 – Representação geométrica da malha CAV48L........................................................ 143
FIGURA 5.8 – Representação geométrica da malha CAV6Q.......................................................... 144
FIGURA 5.9 – Representação geométrica da malha CAV12Q........................................................ 144
FIGURA 5.10 – Representação geométrica da malha CAV24Q...................................................... 145
FIGURA 5.11 – Cilindro sob pressão uniforme .............................................................................. 159
FIGURA 5.12 – Representação geométrica da malha CIL18Q...................................................... 161
FIGURA 5.13 – Representação geométrica da malha CIL30Q...................................................... 162
FIGURA 5.14 – Representação geométrica da malha CIL36Q...................................................... 163
FIGURA 5.15 – Placa retangular com orifício central sob tração uniforme ................................ 172
FIGURA 5.16 – Representação geométrica da malha PL68Q........................................................ 175
FIGURA 5.17 – Representação geométrica da malha PL34QX...................................................... 176
FIGURA 5.18 – Representação geométrica da malha PL34QY...................................................... 177
FIGURA 5.19 – Representação geométrica da malha PL17Q........................................................ 178
xviii
LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1 – Dados utilizados na análise do problema de cavidade pressurizada.................... 139
Tabela 5.2 – Tensões radiais obtidas com o código MEC_ELASTIC_CONST ............................... 145
Tabela 5.3 – Tensões radiais obtidas com o código MEC_ELASTIC_LIN.................................... 146
Tabela 5.4 – Tensões radiais obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD ................................. 146
Tabela 5.5 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_CONST.......................... 146
Tabela 5.6 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_LIN .............................. 147
Tabela 5.7 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD............................ 147
Tabela 5.8 – Deslocamentos radiais obtidos com o código MEC_ELASTIC_CONST................... 147
Tabela 5.9 – Deslocamentos radiais obtidos com o código MEC_ELASTIC_LIN ....................... 148
Tabela 5.10 – Deslocamentos radiais obtidos com o código MEC_ELASTIC_QUAD ................... 148
Tabela 5.11 – Dados utilizados na análise do problema de cilindro pressurizado .................... 160
Tabela 5.12 – Tensões radiais obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC......................... 164
Tabela 5.13 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC ................... 164
xix
Tabela 5.14 – Deslocamentos radiais obtidos com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC............. 165
Tabela 5.15 – Dados utilizados na análise do problema de placa com orifício.......................... 173
Tabela 5.16 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM para a
malha PL68Q .................................................................................................................................
179
Tabela 5.17 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM para a
malha PL34QX...............................................................................................................................
180
Tabela 5.18 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM para a
malha PL34QY...............................................................................................................................
181
Tabela 5.19 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM para a
malha PL17Q .................................................................................................................................
182
xx
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 5.1 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus malhas CAV12C,
CAV24C e CAV48C .........................................................................................................................
150
Gráfico 5.2 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus malhas CAV12L,
CAV24L e CAV48L .........................................................................................................................
150
Gráfico 5.3 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus malhas CAV6Q,
CAV12Q e CAV24Q .........................................................................................................................
151
Gráfico 5.4 – Erro no cálculo das tensões radiais versus raio versus malhas CAV12C, CAV24C e
CAV48C ..........................................................................................................................................
151
Gráfico 5.5 – Erro no cálculo das tensões radiais versus raio versus malhas CAV12L, CAV24L e
CAV48L ..........................................................................................................................................
152
Gráfico 5.6 – Erro no cálculo das tensões radiais versus raio versus malha CAV6Q, CAV12Q e
CAV24Q ..........................................................................................................................................
152
Gráfico 5.7 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus malhas CAV12C,
CAV24C e CAV48C .........................................................................................................................
153
Gráfico 5.8 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus malhas CAV12L,
CAV24L e CAV48L .........................................................................................................................
153
xxi
Gráfico 5.9 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus malhas CAV6Q,
CAV12Q e CAV24Q .........................................................................................................................
154
Gráfico 5.10 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malhas CAV12C,
CAV24C e CAV48C .........................................................................................................................
154
Gráfico 5.11 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malhas CAV12L,
CAV24L e CAV48L .........................................................................................................................
155
Gráfico 5.12 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha CAV6Q, CAV12Q
e CAV24Q .......................................................................................................................................
155
Gráfico 5.13 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus malhas
CAV12C, CAV24C e CAV48C ..........................................................................................................
156
Gráfico 5.14 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus malhas
CAV12L, CAV24L e CAV48L ..........................................................................................................
156
Gráfico 5.15 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus malhas
CAV6Q, CAV12Q e CAV24Q ............................................................................................................
157
Gráfico 5.16 – Erro no cálculo dos deslocamentos radiais versus raio versus malhas CAV12C,
CAV24C e CAV48C .........................................................................................................................
157
Gráfico 5.17 – Erro no cálculo dos deslocamentos radiais versus raio versus malhas CAV12L,
CAV24L e CAV48L .........................................................................................................................
158
Gráfico 5.18 – Erro no cálculo dos deslocamentos radiais versus raio versus malha CAV6Q,
CAV12Q e CAV24Q .........................................................................................................................
158
Gráfico 5.19 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus malha CIL18Q... 166
Gráfico 5.20 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus malha CIL30Q... 166
Gráfico 5.21 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus malha CIL36Q... 167
Gráfico 5.22 – Erro no cálculo das tensões radiais versus raio versus malha CIL18Q, CIL30Q e
CIL36Q ..........................................................................................................................................
167
xxii
Gráfico 5.23 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus malha CIL18Q
........................................................................................................................................................
168
Gráfico 5.24 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus malha CIL30Q
........................................................................................................................................................
168
Gráfico 5.25 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus malha CIL36Q
........................................................................................................................................................
169
Gráfico 5.26 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha CIL18Q,
CIL30Q e CIL36Q .........................................................................................................................
169
Gráfico 5.27 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus malha
CIL18Q ..........................................................................................................................................
170
Gráfico 5.28 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus malha
CIL30Q ..........................................................................................................................................
170
Gráfico 5.29 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus malha
CIL36Q ..........................................................................................................................................
171
Gráfico 5.30 – Erro no cálculo dos deslocamentos radiais versus raio versus malha CIL18Q,
CIL30Q e CIL36Q .........................................................................................................................
171
Gráfico 5.31 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio ................................... 183
Gráfico 5.32 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha PL68Q ......... 184
Gráfico 5.33 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha PL34QX....... 184
Gráfico 5.34 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha PL34QY....... 185
Gráfico 5.35 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha PL17Q ......... 185
xxiii
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo, primeiramente, realizar um estudo teórico dos
aspectos matemáticos e computacionais relacionados à formulação do Método de
Elementos de Contorno aplicado a problemas elastostáticos lineares bidimensionais.
Posteriormente, são desenvolvidos códigos em linguagem de programação Fortran
95 capazes de analisar problemas de Estado Plano de Tensões e Estado Plano de
Deformações, utilizando elementos de contorno constantes, lineares e quadráticos,
múltiplos contornos e considerações de simetria.
Palavras-chave: Método de Elementos de Contorno, Elastostática, Elasticidade
Linear Bidimensional, Fortran 95.
xxiv
ABSTRACT
The first purpose of this work is to accomplish a theoretical study of the mathematical
and computational aspects related to the Boundary Element Method formulation
applied to bidimensional linear elastostatic problems. Later, computational codes are
developed in Fortran 95 language, which are capable of solving problems using
constant, linear and quadratic boundary elements, taking multiboundaries and
symmetry conditions into consideration.
Key-words: Boundary Element Method, Elastostatic, Two-dimensional Linear
Elasticity, Fortran 95.
1
1 INTRODUÇÃO
Problemas de engenharia são frequentemente descritos por leis físicas as
quais são comumente expressas por equações diferenciais parciais. Em muitos
casos, uma representação matemática alternativa e equivalente do problema é
encontrada em termos de equações integrais de contorno. Com o avanço nas
técnicas de modelagem numérica e o incremento na capacidade de processamento
dos computadores, métodos de modelagem baseados em equações integrais de
contorno podem ser agora usados para a simulação de muitos problemas práticos
de engenharia. A mais geral e efetiva técnica numérica para solução de equações
integrais de contorno é o Método de Elementos de Contorno.
1
A redução das dimensões do problema analisado constitui uma das razões
pela qual o Método de Elementos de Contorno é tão atrativo: em problemas
bidimensionais, apenas o contorno unidimensional do domínio necessita ser
discretizado em elementos; em problemas tridimensionais, apenas as superfícies do
contorno necessitam ser discretizadas. Isso significa que, quando comparada ao
Método de Elementos Finitos e a outras técnicas de análise de domínio, uma análise
1
ALIABADI, M. H. The Boundary Element Method, Vol. 2, Applications in Solids and
Structures. Chippenham: John Wiley & Sons, 2002. p. xiii.
2
de contorno resulta em uma substancial redução no esforço de modelagem
computacional. Além do mais, como os parâmetros incógnitos (tais como
deslocamentos e forças de superfície) são aproximados nos contornos discretizados,
um sistema de equações muito menor do que o gerado pelo Método de Elementos
Finitos é obtido.
2
Uma peculiaridade do Método de Elementos de Contorno é que ele provê
um modelo contínuo do domínio, uma vez que nenhuma discretização do mesmo é
requerida. Isso conduz a uma ótima resolução dos parâmetros incógnitos no domínio
do problema. As soluções nos pontos internos são calculadas após as incógnitas de
contorno terem sido calculadas, de maneira semelhante a um pós-processamento. A
densidade, distribuição e localização dos pontos internos não interferem na malha
de contorno, tampouco nos valores das incógnitas de contorno.
3
Outra característica do Método de Elementos de Contorno é a satisfação
automática de condições de contorno para domínios infinitos e semi-infinitos, o que
elimina a necessidade de discretização numérica em contornos remotos.
4
Como dito anteriormente, o Método de Elementos de Contorno constitui-se
numa técnica numérica, baseada num procedimento de discretização, para a
solução das equações oriundas das denominadas formulações integrais de
contorno. Essas formulações integrais de contorno são divididas em duas categorias
diferentes. A primeira, e talvez a mais popular, é a chamada formulação direta, na
qual as funções incógnitas presentes na formulação são variáveis físicas do
problema. Em elasticidade, por exemplo, essas funções incógnitas são os campos
de deslocamentos e forças de superfície. A outra abordagem é chamada de
formulação indireta, na qual as funções incógnitas são representadas por fontes de
densidade fictícias. Uma vez que essas fontes de densidade são calculadas, os
valores dos parâmetros físicos podem ser obtidos através de simples integrações.
5
Neste trabalho, o Método de Elementos de Contorno será desenvolvido
usando a formulação direta.
2
Ibid., p. 1.
3
Ibid., p. 2,3.
4
Ibid., p. 3.
5
Ibid., p. 15.
3
1.1 Revisão Bibliográfica
Apesar do Método de Elementos de Contorno ser uma técnica relativamente
nova em análises de problemas de engenharia, seus fundamentos podem ser
relacionados às formulações matemáticas clássicas de FREDHOLM
6
e MIKHILIN
7
,
em teoria de potencial, e BETTI
8
, SOMIGLIANA
9
e KUPRADZE
10
, em elasticidade.
O desenvolvimento das formulações no contexto de equações integrais de contorno
é devido à JASWON
11
, HESS e SMITH
12
, MASSONNET
13
, RIZZO
14
e CRUSE
15
. O
trabalho de LACHAT
16
e LACHAT e WATSON
17
são provavelmente as contribuições
iniciais mais significativas na direção de tornar o Método de Elementos de Contorno
uma técnica numérica efetiva.
18
Com relação à teoria da elasticidade, mais especificamente, os fundamentos
da equação integral de contorno podem ser relacionados às formulações
matemáticas clássicas de BETTI
19
, SOMIGLIANA
20
, MUSKHELISHVILI
21
e
6
FREDHOLM, I. Sur une classe d'equations fonctionelles. Acta Mathemactica, n. 27, p.
365-390,1903.
7
MIKHILIN, S. G. Integral Equations. London: Pergamon Press, 1957.
8
BETTI, E. Teoria dell elasticita. Il Nuovo Ciemento, p. 7-10, 1872.
9
SOMIGLIANA, C. Sopra l'equilibrio di un corpo elastico isotrope. Il Nuovo Ciemento, n.
20, p. 181-185, 1886.
10
KUPRADZE, V. D. Potential methods in the theory of elasticity. Israel Programme for
Scientific Translations, 1965.
11
JAWSON, M. A. Integral equation method in potential theory. Proceedings of the Royal
Society of London, n. 275, p. 23-32, 1963.
12
HESS, J. L., SMITH, A. M. O. Calculation of potential flows about arbitrary bodies.
Progress in Aeronautical Sciences, n. 8, 1967.
13
MASSONNET, C. E. Numerical use of integral procedures. Stress Analysis, cap. 10, p.
198-235,1965.
14
RIZZO, F. J. An integral approach to boundary-value problems of classical elastostatics.
Quaterly Journal of Applied Mathematics, n. 25, p. 83-95, 1967.
15
CRUSE, T. A. Numerical solutions in three-dimensional elastostatics. International
Journal of Solids and Structures, n. 5, p. 1259-1274, 1969.
16
LACHAT, J. C. A Further Development of the Boundary Integral Technique for
Elastostatics. PhD Thesis, University of Southampton, 1975.
17
LACHAT, J. C., WATSON, J. O. Effective numerical treatment of boundary integral
equations: A formulation for three-dimensional elastostatics. International Journal for Numerical
Methods in Engineering, n. 10, p. 991-1005, 1976.
18
ALIABADI, op. cit., p. 1.
19
BETTI, op. cit.
20
SOMIGLIANA, op. cit.
4
KUPRADZE
22
. O desenvolvimento dessas formulações, no contexto de métodos
numéricos, tomou forma em meados da década de 60 através dos trabalhos de
MASSONNET
23
, RIZZO
24
e CRUSE
25
, sendo que esse último introduziu a primeira
formulação para a elasticidade tridimensional. Progressos posteriores, durante a
década de 70, agregaram a representação paramétrica à formulação, de maneira
similar àquela usada no Método de Elementos Finitos. RICCARDELLA
26
e CRUSE
27
melhoraram a implementação numérica do Método de Elementos de Contorno por
meio da introdução de variação linear sobre os elementos. No entanto, como
mencionado anteriormente, a contribuição mais significativa para a construção do
Método de Elementos de Contorno resultou do trabalho de LACHAT
28
e LACHAT e
WATSON
29
, os quais desenvolveram uma formulação isoparamétrica para o
método.
30
Importantes aplicações da elasticidade tridimensional são as estruturas
formadas por placas e cascas, muito comuns em projetos de engenharia (por
exemplo: asas de aviões e painéis de fuselagem, tanques de armazenamento, lajes
de edifícios, entre outros). Há duas teorias amplamente utilizadas para placas e
cascas: a primeira foi desenvolvida por KIRCHHOFF
31
, e é comumente referenciada
como a "teoria clássica", e a outra foi desenvolvida por REISSNER
32
, e é conhecida
como teoria de deformação por cisalhamento.
33
21
MUSKHELISHVILI, N. I. Some Basic Problems of the Mathematical Theory of
Elasticity. Noordhoff: Leyden, 1953.
22
KUPRADZE, op. cit.
23
MASSONNET, op. cit.
24
RIZZO, op. cit.
25
CRUSE, op. cit.
26
RICCARDELLA, P. C. An Implementation of the Boundary Integral Technique for
Planar Problems of Elasticity and Elastoplasticity. PhD Thesis, Carnegie-Mellon University, 1973.
27
CRUSE, T. A., SWEDLOW, J. L. Interctive program for analysis and design problems in
advanced composite technology. Report AFML-TR-71-268, Carnegie-Mellon University, 1971.
28
LACHAT, op. cit.
29
LACHAT, J. C., WATSON, J. O., op. cit.
30
ALIABADI, op. cit., p. 15.
31
KIRCHHOFF, G. Uber das gleichgewicht und die bewegung einer elastischen scheibe. J.
Rein Angew Math., n. 40, p. 51-88, 1850.
32
REISSNER, E. On bending of elastic plates. Quartely Journal of Applied Mathematics,
n. 5, p. 55-68, 1947.
33
ALIABADI, op. cit., p. 103.
5
A aplicação do Método de Elementos de Contorno para a teoria clássica de
placas foi primeiramente proposta por JASWON, MAITI e SYMM
34
. O
desenvolvimento da formulação direta do Método de Elementos de Contorno para a
teoria de placas de Kirchhoff foi introduzido por FORBES e ROBINSON
35
, seguido
pelos trabalhos de BÉZINE
36
, STERN
37
e TOTTENHAM
38
. HARTMANN e
ZORMANTEL
39
ampliaram o desenvolvimento do método e implementaram-no para
placas com geometrias, carregamentos e apoios relativamente complexos. Seguindo
os trabalhos anteriores, outros (ABDEL-AKHER e HARTLEY
40
, KARAMI,
ZARRINCHANG e FOROUGHI
41
, TANAKA e MIYAZAKI
42
, VENTURINI e PAIVA
43
e
PAIVA e ALIABADI
44
) desenvolveram e aplicaram com maior profundidade a
formulação integral de contorno para a teoria clássica de flexão de placas.
45
Por sua vez, o desenvolvimento da formulação direta do Método de
Elementos de Contorno para a teoria de placas de Reissner foi apresentado por
VANDER WEEËN
46
. Mais tarde, KARAM e TELLES
47
estenderam a formulação para
34
JASWON, M. A., MAITI, M., SYMM, G. T. Numerical biharmonic analysis and some
applications. International Journal of Solids and Structures, n. 3, p. 309-332, 1967.
35
FORBES, D. J., ROBINSON, A. R. Numerical analysis of elastic plates and shalow shells
by an integral equation method. Structural Research Series Report, n. 345, University of Illinois,
Urbana, 1969.
36
BÉZINE, G. Boundary integral formulation for plate flexure with arbitrary boundary
conditions. Mech. Research Communications, n. 5(4), p. 197-206, 1978.
37
STERN, M. A general boundary integral formulation for plate bending problems.
International Journal of Solids and Structures, n. 15, p. 769-782, 1979.
38
TOTTENHAM, H., The boundary element method for plates and shells, in Developments
in Boundary Element Methods I, Applied Science, London, 173-205, 1979.
39
HARTMANN, F., ZORMANTEL, R. The direct boundary element method in plate bending.
International Journal for Numerical Methods in Engineering, n. 23, p. 2049-2069, 1986.
40
ABDEL-AKHER, A., HARTLEY, G. A. Evaluation of boundary integrals for plate bending.
International Journal for Numerical Methods in Engineering, n. 28, p. 75-93, 1989.
41
KARAMI, G., ZARRINCHANG, J., FOROUGHI, B. Analitycal treatment of boundary
integrals in direct boundary element analysis of plate bending problems. International Journal for
Numerical Methods in Engineering, n. 37, p. 2409-2427, 1994.
42
TANAKA, M., MIYAZAKI, K. A direct BEM for elastic plate-structures subjected to arbitrary
loadings. Boundary Elements VII, p. 4-16, 1985.
43
VENTURINI, W. S., PAIVA, J. B. Plate bending analysis by the boundary element method
considering zoned thickness domain. Software for Engineering Workstations, n. 4, p. 183-185,
1988.
44
PAIVA, J. B., ALIABADI, M. H. Boundary element analysis of zoned plates in bending.
Computacional Mechanics, n. 25, p. 560-566, 2000.
45
ALIABADI, op. cit., p. 103.
46
VANDER WEEËN, F. Application of the boundary integral equation method to Reissner’s
plate model. International Journal for Numerical Methods in Engineering, n. 18, p. 1-10, 1982.
6
englobar regiões infinitas e também reportaram que o modelo de placa de Reissner
é adequado tanto para placas delgadas quanto espessas. BARCELLOS e SILVA
48
apresentaram uma formulação similar àquela de Vander Weeën para o modelo de
placa de Mindlin. A formulação deles difere da formulação de Reissner no fator de
cisalhamento. WESTPHAL e BARCELLOS
49
investigaram a importância dos termos
negligenciados nas soluções fundamentais derivadas por Vander Weeën. Eles
concluíram que esses termos não têm efeito sobre os resultados.
50
Formulações não-lineares para o Método de Elementos de Contorno podem
ser encontradas em TELLES e KARAM
51
, para problemas elastoplásticos, e XIAO-
YAN, MAO-KUANG
e XIUXI
52
, para problemas geometricamente não-lineares. Mais
recentemente, WEN, ALIABADI e YOUNG
53
apresentaram uma formulação de
elementos de contorno para a teoria de placas de Kirchhoff no domínio da
freqüência. Em ALIABADI
54
, avanços recentes na análise de problemas de flexão de
placas com elementos de contorno podem ser encontrados.
55
Trabalhos mais recentes têm-se concentrado em desenvolver métodos mais
eficientes para o tratamento matemático das integrais singulares e hiper-singulares
presentes nas formulações integrais de contorno. Alguns exemplos de tais trabalhos
seriam GUIGGIANI e CASALINI
56
, GUIGGIANI
57
, HUANG e CRUSE
58
e FLEURY,
MANSUR e AZEVEDO
59
.
47
KARAM, V. J., TELLES, J. C. F. On boundary elements for Reissner’s plate theory.
Engineering Analysis, n. 5, p. 21-27, 1988.
48
BARCELLOS, C. A., SILVA, L. H. M. A boundary element formulation for the Midlin’s plate
model. Boundary Element Technology, p. 123-130, 1989.
49
WESTPHAL, T. Jr., BARCELLOS, C. A.. Application of the boundary element method to
Reissner’s and Midlin’s plate model. Boundary Elements XII, n. 1, p. 467-477, 1990.
50
ALIABADI, op. cit., p. 103,104.
51
TELLES, J. F. C., KARAM, V. J. Nonlinear material analysis of Reissner's plates. Plate
Bending with Boundary Elements, p. 127-164, 1998.
52
XIAO-YAN, L., MAO-KUANG, H., XIUXI, W. Geometrically nonlinear analysis of Reissner
type plate by the boundary element method. Computer and Structures, n. 37, p. 911-916, 1990.
53
WEN, P. H., ALIABADI, M. H., YOUNG, A. Boundary element method for dynamic plate
bending problems. International Journal of Solids and Structures, n. 37, p. 5177-5188, 2000.
54
ALIABADI, M. H. Plate Bending Analysis with Boundary Elements. Southampton:
Computational Mechanics Publications, 1998.
55
ALIABADI, op. cit., p. 104.
56
GUIGGIANI, M., CASALINI, P. Direct computation of Cauchy principal value integrals in
advanced boundary elements. International Journal for Numerical Methods in Engineering, vol.
24, p. 1711-1720, 1987.
7
1.2 Objetivos
Os principais objetivos deste trabalho são:
a) revisão da formulação matemática da teoria da elasticidade linear;
b) apresentação da formulação integral de contorno para a elastostática
linear bidimensional;
c) discussão dos aspectos computacionais relacionados ao processo de
implementação numérica do Método de Elementos de Contorno aplicado
à elastostática linear bidimensional;
d) criação de códigos em linguagem de programação Fortran 95 capazes de
analisar problemas elastostáticos lineares bidimensionais de Estado
Plano de Tensões e Estado Plano de Deformações.
1.3 Metodologia
Com vistas a alcançar os objetivos estabelecidos anteriormente, a seguinte
metodologia é adotada neste trabalho: em primeiro lugar, realiza-se um estudo
teórico-matemático dos tópicos afins; em segundo lugar, descrevem-se as
implementações computacionais (características, organização e funcionamento) e,
finalmente, faz-se a validação dos códigos desenvolvidos através da análise de
problemas que possuem solução analítica conhecida.
57
GUIGGIANI, M. The evaluation of Cauchy principal value integrals in the Boundary
Element Method – A review. Mathematical Computational Modelling, vol. 15, n. 3-5, p. 175-184,
1991.
58
HUANG, Q., CRUSE, T. A. Some notes on singular integral techniques in boundary
element analysis. International Journal for Numerical Methods in Engineering, vol. 36, p. 2643-
2659, 1993.
59
FLEURY, P., MANSUR, W. J., AZEVEDO, J. P. S. Um novo enfoque para formulação
hipersingular do MEC para a solução de problemas potenciais bidimensionais. Anais do XVIII
CILAMCE, vol. 1, p. 261-268, 1997.
8
1.4 Organização
O restante deste trabalho está organizado do seguinte modo: a primeira
parte do Capítulo 2 apresenta, inicialmente, uma revisão de alguns conceitos
matemáticos básicos utilizados ao longo dos desenvolvimentos posteriores. A
segunda parte traz uma revisão da formulação matemática da teoria da elasticidade
linear, deduzindo as principais relações que serão necessárias para a apresentação
do Método de Elementos de Contorno e suas aplicações a problemas de Estado
Plano de Tensões e Estado Plano de Deformações.
O Capítulo 3, por sua vez, apresenta a formulação do Método de Elementos
de Contorno aplicado a problemas elastostáticos lineares bidimensionais. Os
aspectos computacionais relacionados à implementação numérica do método são
discutidos. São considerados os casos de elementos de contorno constantes e
isoparamétricos (lineares e quadráticos).
A descrição da organização e funcionamento dos códigos elaborados com
base nas formulações desenvolvidas é apresentada no Capítulo 4. Particularidades
da elaboração de códigos que utilizam malhas com múltiplos contornos e
considerações de simetria, são discutidas nas últimas seções desse capítulo.
A validação dos códigos desenvolvidos, apresentada no Capítulo 5, é feita
por meio da análise de problemas que possuem solução analítica conhecida. Cada
seção desse capítulo trata de um problema específico, estando organizadas da
seguinte maneira: características e dados gerais do problema, solução analítica,
malhas de elementos de contorno utilizadas nas análises numéricas, tabelas
comparativas de resultados e discussões pertinentes.
Conclusões e considerações finais acerca dos resultados globais e
contribuições deste trabalho são abordadas no Capítulo 6.
9
2 ELASTOSTÁTICA
2.1 Preliminares Matemáticas
Nesta seção, alguns conceitos matemáticos básicos, que serão utilizados ao
longo do desenvolvimento de todo este trabalho, serão brevemente revisados.
2.1.1 Notação Indicial Cartesiana
A Notação Indicial Cartesiana faz uso dos índices subscritos 1, 2, 3 para
representar as direções Cartesianas x, y, z, e dispensa símbolos de somatório
quando ocorrem índices subscritos repetidos uma vez num mesmo termo da
expressão. Por exemplo:
=
=++=++=
3
1i
ii
2
3
2
2
2
1332211ii
aaaaaaaaaaaaa
e
10
=
=++=
3
1i
ii332211ii
aaaaa
Essa convenção de somatório é conhecida como Convenção de Somatório
de Einstein. É importante ressaltar que expressões tais como a
i
b
i
x
i
não estão
definidas nessa convenção, ou seja, um índice nunca deve ser repetido mais de uma
vez quando a Convenção de Somatório de Einstein for usada. Consequentemente,
uma expressão da forma
=
3
1i
iii
xba
deve sempre reter seu sinal de somatório.
Com essa convenção, pode-se simplificar um sistema algébrico de N por N
expressões
=
=
N
1j
ijij
yxA i = 1, 2, ..., N
da seguinte maneira:
ijij
yxA
=
i, j = 1, 2, ..., N
Os índices repetidos na expressão anterior implicam somatório. Vale
ressaltar que A
ij
A
ji
a menos que a matriz A seja simétrica. Outra característica
dessa mesma expressão é a presença do índice i uma única vez em cada termo.
Um índice que aparece uma única vez em cada termo de uma equação é
chamado de índice livre e assume os valores 1, 2, ..., N por vez. Como exemplo,
deve-se expandir a expressão
jiji
nt
σ
=
i, j = 1, 2, 3
primeiramente, nas seguintes expressões:
jj11
nt
σ
=
jj22
nt
σ
=
jj33
nt
σ
=
Finalmente, a Convenção de Somatório de Einstein completa o sistema algébrico
equivalente:
3132121111
nnnt
σ
σ
σ
+
+
=
3232221212
nnnt
σ
σ
σ
+
+
=
11
3332321313
nnnt
σ
σ
σ
+
+
=
Se há dois índices livres aparecendo numa equação, como em
jmimij
AAT
=
i, j = 1, 2, 3
então essa equação é uma contração de nove equações, cada uma com um
somatório de três termos no lado direito. De fato:
131312121111m1m111
AAAAAAAAT
+
+
=
=
231322122111m2m112
AAAAAAAAT
+
+
=
=
331332123111m3m113
AAAAAAAAT
+
+
=
=
..................................................................
333332323131m3m333
AAAAAAAAT
+
+
=
=
Utilizando-se a Notação Indicial Cartesiana, a distância r entre dois pontos x
e x' pode ser escrita na forma
(
)
2/1
ii
rrr = (2.1)
com
'xxr
iii
=
(2.2)
As derivadas de r em relação aos pontos x e x' são dadas por
r
r
,r
x
r
i
i
i
==
r
r
,r
'x
r
i
i
i
==
(2.3)
A derivada normal de r é dada pela expressão
ii
n,r
n
r
=
(2.4)
onde n
i
denota as componentes do vetor unitário normal à superfície de contorno
direcionado para fora do corpo.
2.1.2 Delta de Kronecker
O Delta de Kronecker, simbolizado por
δ
ij
, é definido como
=
=
jise0
jise1
ij
δ
(2.5)
12
2.1.3 Função Delta de Dirac
A representação matemática de excitações concentradas, tais como forças
pontuais em mecânica dos sólidos e dos fluidos, cargas elétricas pontuais em
eletrostática ou forças de impulso em acústica, pode ser alcançada com a adoção da
função Delta de Dirac.
A função Delta de Dirac, simbolizada por
Δ(X',X), é definida como
()
=
=
contráriocaso0
para
,
X'X
XX'
Δ
(2.6)
A principal característica da função Delta de Dirac é possuir o valor zero em
todos os pontos X, exceto no ponto X = X', denominado ponto fonte, onde a função
torna-se infinita. Assim, essa função representa singularidades pontuais no ponto X'.
A função Delta de Dirac possui a seguinte propriedade:
()() ()
X'XXX'X fdf,
b
a
=
Δ
(2.7)
onde a, b + e a X' b.
2.1.4 Teorema da Divergência
O Teorema da Divergência é uma identidade fundamental que relaciona uma
integral de volume com uma integral de superfície, ou seja,
=
S
ii
V
i,i
dSnfdVf (2.8)
onde f
i,i
= f
i
/ x
i
e n
i
denota as componentes do vetor unitário normal à superfície S
direcionado para fora do corpo.
13
2.1.5 Série de Taylor
A Série de Taylor de uma função f (real ou complexa) infinitamente
diferenciável, definida em um intervalo aberto (a – r , a + r), é a série de potências
dada por
()
(
)
(
)
()
=
=
0n
n
n
ax
!n
af
xT (2.9)
onde n! é o fatorial de n e f
(n)
(a) denota a n-ésima derivada de f no ponto a. Se a = 0,
a série também é chamada Série de MacLaurin.
Se f não for indefinidamente diferenciável em a, isto é, se f só admitir n
derivadas em a, então vale a fórmula de Taylor
() () ( ) ()
(
)
()
(
)
()
++
+
++= ...af
!3
ax
af
!2
ax
afaxafxf
3
3
2
2
1
(
)
()
() ()
xraf
!n
ax
...
n
n
n
+
++ (2.10)
onde r
n
(x) é uma função de x tal que
(
)
()
0
ax
xr
lim
n
n
ax
=
(2.11)
2.1.6 Quadratura Gaussiana
Muitas das integrais que necessitam ser calculadas no âmbito da aplicação
do Método de Elementos de Contorno não são triviais, ou seja, ou a primitiva da
função integrando não existe explicitamente, ou é demasiado complicado obtê-la,
inviabilizando, desse modo, a sua utilização prática, principalmente em códigos
computacionais. Por esse motivo é essencial recorrer a técnicas de integração
numérica, que também recebem a designação de regras de quadratura.
Em análise numérica, uma regra de quadratura é uma aproximação de uma
integral definida de uma função, usualmente definida como uma soma ponderada
dos valores da função em pontos específicos do domínio de integração.
14
A regra de quadratura de Gauss, ou Gaussiana, é uma regra de quadratura
de n pontos construída de modo a obter resultados exatos para polinômios de grau
2n-1 através da escolha adequada de n pontos ξ
i
e n pesos w
i
. O domínio de
integração para tal regra é normalmente tomado como sendo o intervalo fechado
[-1,1], assim a quadratura de Gauss é definida como
() () ()
==
+
+=
n
1i
iin
n
1i
ii
1
1
fwEfwdf
ξξξξ
(2.12)
onde n é o número de pontos de integração, ξ
i
é a coordenada do i-ésimo ponto de
integração, w
i
é o peso associado ao i-ésimo ponto de integração ξ
i
, e E
n
é o erro ou
resíduo, dado pela expressão
(
)
()()
[]
(
)
n2
n2
3
4
1n2
n
d
fd
!n21n2
!n2
E
ξ
ξ
+
=
+
(2.13)
Os pontos de integração ξ
i
correspondem às raízes do Polinômio de
Legendre, definido como
()
()
=
n
2
n
n
n
n
1
d
d
!n2
1
P
ξ
ξ
ξ
(2.14)
e os pesos w
i
são calculados através da relação
()
2
i
n
2
i
i
d
dP
1
2
w
ξξ
ξ
ξ
ξ
=
= (2.15)
É muito comum encontrar os valores dos pontos de integração ξ
i
e dos
pesos
w
i
já calculados e tabelados para uma determinada faixa de valores de ξ
i
,
geralmente para valores de 2 a 10 (ver, por exemplo, BREBBIA e DOMINGUEZ
1
).
2.1.7 Requisitos de Continuidade
Na matemática, muitas vezes faz-se necessário assegurar que as funções
ou as classes de funções com as quais se está trabalhando satisfaçam certos
1
BREBBIA, C. A., DOMINGUEZ, J. Boundary Elements, An Introductory Course. Boston:
Computational Mechanics Publications, 1989, p. 268.
15
requisitos de continuidade, de modo a garantir a existência, validade ou mesmo
unicidade de certas propriedades ou características.
Intuitivamente, uma função contínua em um ponto p de seu domínio é uma
função cujo gráfico não apresenta "salto" em p.
2
Uma definição mais rigorosa para o
conceito de continuidade é obtida do Cálculo Diferencial e Integral
3
, e pode ser
enunciada na forma
() ( )
<<
>>
εδ
δε
pfxfpx
,Dx,quetal0,dado0
pemcontínuaf
f
(2.16)
Diz-se que f é continua em
f
DA se f for contínua em todo Ap . Diz-se,
simplesmente, que f é uma função contínua se f for contínua em todo p de seu
domínio. A notação C() ou C
0
() é usada para denotar o conjunto de todas as
funções contínuas com domínio . De maneira similar, C
1
() é usado para denotar o
conjunto das funções diferenciáveis com domínio cujas primeiras derivadas são
contínuas, C
2
() é usado para denotar o conjunto das funções duplamente
diferenciáveis com domínio cujas segundas derivadas são contínuas, e assim por
diante.
2.1.7.1 Condição de Continuidade de Hölder
Uma função satisfaz a condição de continuidade de Hölder se existem
constantes k > 0 e 0 <
α
1 tal que
() ()
α
sxksfxf (2.17)
para x suficientemente próximo de s. A continuidade de Hölder é "mais restritiva" que
a continuidade normal, de modo que apenas funções "patológicas" são contínuas
sem satisfazer também a condição de Hölder.
4
2
GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Calculo, Vol. 1. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001 (reimp.
2004), p. 54.
3
Ibid., p. 62.
4
GUIGGIANI, M. The evaluation of Cauchy principal value integrals in the Boundary
Element Method – A review. Mathematical Computational Modelling, vol. 15, n. 3-5, p. 176, 1991.
16
2.1.8 Valor Principal de Cauchy
Integrais de funções que se tornam infinitas em um ponto do intervalo de
integração são denominadas integrais impróprias. Como será visto no próximo
capítulo, o desenvolvimento matemático do Método de Elementos de Contorno
conduz a várias integrais dessa natureza, sendo oportuno, portanto, realizar uma
breve descrição do tratamento matemático empregado em tais situações.
Dada a integral imprópria
()
=
b
a
dxxfI
que apresenta uma assíntota vertical em x = c (ou seja, uma descontinuidade infinita
em x = c), sendo a < c < b, então I pode ser calculada como
() ()
+
+=
b
c
0
c
a
0
dxxflimdxxflimI
δ
δ
ε
ε
Se os dois limites existirem, a integral converge ou é convergente. Se, por
outro lado
()
±∞=
ε
ε
c
a
0
dxxflim
e/ou
()
±∞=
+
b
c
0
dxxflim
δ
δ
então a integral diverge ou é divergente ou é não convergente.
Fazendo δ = ε, a integral imprópria não convergente pode existir no sentido
do Valor Principal de Cauchy, possuindo um valor finito, definido como
() () ()
+=
+
b
c
c
a
0
b
a
dxxfdxxflimdxxfVPC
ε
ε
ε
(2.18)
embora
()
±∞=
ε
ε
c
a
0
dxxflim
e/ou
17
()
±∞=
+
b
c
0
dxxflim
ε
ε
Para ilustrar esse conceito considere-se a função
()
α
x
1
xf =
para a qual x = 0 é uma assíntota vertical. A integral
()
+
+
==
1
1
1
1
dx
x
1
dxxfI
α
deve ser calculada como
=
+
=+=
+
+
+
+
1
1
0
1
1
0
1
0
1
0
1
x
lim
1
x
limdx
x
1
limdx
x
1
limI
δ
α
δ
ε
α
ε
δ
α
δ
ε
α
ε
αα
() ()
[]
[
]
+
=
α
δ
αα
ε
δ
α
ε
α
1
0
11
0
1
1
1
lim1
1
1
lim
Se
α
< 1, então k = 1-
α
> 0 e a integral imprópria converge, pois
(
)
=
=
0lim
0lim
k
0
k
0
δ
ε
δ
ε
No entanto, se
α
= 3, por exemplo, então
()
3
x
1
xf =
e
() ()
()
+∞===
+∞=
==
2
0
2
0
k
0
2
0
2
0
k
0
1
limlimlim
1
limlimlim
δ
δδ
ε
εε
δδδ
εεε
ou seja, a integral imprópria diverge.
Calculando o Valor Principal de Cauchy para a função
()
α
x
1
xf =
obtém-se
() ()
[
]
α
αα
ε
α
εε
α
+
+
=
1
11
0
1
1
11lim
1
1
dx
x
1
VPC
Quando
α
= 3 encontra-se
() ()
[
]
=+
=
+
2
22
0
1
1
3
11lim
31
1
dx
x
1
VPC
εε
ε
18
() ()
[]
011lim
2
1
1
1
11
lim
2
1
22
0
2
22
0
=+=
+
=
εεε
ε
εε
2.2 Equações Básicas da Elasticidade Linear
Nesta seção serão apresentadas as principais relações matemáticas,
concernentes à teoria da elasticidade linear, que serão necessárias para o
desenvolvimento do Método de Elementos de Contorno e suas aplicações a
problemas de Estado Plano de Tensões e Estado Plano de Deformações. Para uma
explanação mais detalhada sobre a formulação matemática da teoria da elasticidade
linear podem ser consultadas as obras de TIMOSHENKO
5
, HIBBELER
6
,
CRANDALL
7
, entre outros.
2.2.1 Equações de Equilíbrio
O estado de tensões em um ponto de um corpo tridimensional pode ser
descrito pelas componentes de tensões atuando em um volume elementar de lados
dx, dy, dz, como apresentado na Figura 2.1. O primeiro índice subscrito de cada
componente de tensão representa a direção da normal ao plano no qual a tensão
atua, e o segundo, a direção na qual a tensão propriamente dita atua.
Das nove componentes de tensões, apenas seis são essenciais para
descrever o estado de tensões de um ponto no interior de um corpo tridimensional.
Isso porque nem todas as componentes são independentes, mas estão relacionadas
5
TIMOSHENKO, S. P., GOODIER, J. N. Theory of Elasticity. 3. ed. Tokyo: McGraw-Hill,
1970.
6
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2004.
7
CRANDALL, Stephen H. et al. An Introduction to the Mechanics of Solids. 2. ed.
Singapore: McGraw-Hill, 1978.
19
através de equações de equilíbrio. Aplicando a equação de equilíbrio de momentos,
que é escrita tomando os momentos das componentes de tensão em relação a um
determinado ponto do volume elementar, produzem-se as chamadas relações
complementares de cisalhamento, isto é,
yxxy
σ
σ
=
zxxz
σ
σ
=
zyyz
σ
σ
=
ou então
jiij
σ
σ
=
i, j = 1, 2, 3 (2.19)
FIGURA 2.1 – Componentes de tensões atuando nas faces de um volume elementar
representando um ponto no interior de um corpo tridimensional
As equações de equilíbrio, para um sistema tridimensional sujeito a forças
externas e forças de corpo b
x
, b
y
e b
z
, são dadas por
0b
zyx
x
xz
xy
xx
=+
+
+
σ
σ
σ
0b
zyx
y
yzyyyx
=+
+
+
σ
σ
σ
0b
zyx
z
zz
zy
zx
=+
+
+
σ
σ
σ
as quais podem ser reescritas como
20
0b
xxx
i
k
ik
j
ij
i
ii
=+
+
+
σ
σ
σ
i j k i, j, k = 1, 2, 3
ou ainda, de forma mais compacta,
0b
ij,ij
=
+
σ
i, j = 1, 2, 3 (2.20)
Essas equações devem ser satisfeitas em todo o interior do corpo e, por
isso, são denominadas condições de equilíbrio no domínio do corpo.
2.2.2 Estado Plano de Tensões
As equações de equilíbrio podem ser simplificadas para a condição
bidimensional de Estado Plano de Tensões. Nessa condição, a qual é aplicável a
placas delgadas, admite-se que as tensões na direção da espessura da placa são
negligenciáveis. Se o eixo z estiver orientado segundo a espessura da placa, então
as componentes σ
zz
, σ
xz
e σ
yz
serão todas nulas. As componentes não nulas σ
xx
, σ
yy
e
σ
xy
serão avaliadas sobre a espessura da placa e serão consideradas independentes
de z. As equações de equilíbrio simplificam para
0b
yx
x
xy
xx
=+
+
σ
σ
0b
yx
y
yyyx
=+
+
σ
σ
ou
0b
ij,ij
=
+
σ
i, j = 1, 2 (2.21)
Essas equações satisfazem os requisitos de equilíbrio em todos os pontos
do domínio do corpo. No entanto, o equilíbrio também deve ser satisfeito em todos
os pontos do contorno Γ do corpo, onde as componentes de forças de superfície por
unidade de área são denotadas por t
x
e t
y
.
Para o elemento triangular da Figura 2.2, localizado no contorno de um
corpo bidimensional de espessura unitária constante, as forças de superfície na face
AB do contorno devem estar em equilíbrio com as forças internas nas faces internas
AC e CB.
21
FIGURA 2.2 – Forças de superfície e forças internas atuando em um elemento localizado no
contorno de um corpo bidimensional de espessura unitária constante
Somando todas as forças na direção x e isolando para t
x
encontra-se
0dxdydst
yxxxx
=
σ
σ
ds
dx
ds
dy
t
yxxxx
σσ
+=
Da Figura 2.3 é possível obter as relações
ds
dy
lcosn
x
===
θ
ds
dx
mcosn
y
===
γ
(2.22)
As derivadas dy/ds e dx/ds são os cossenos diretores l e m dos ângulos que o
vetor unitário normal à face AB forma com os eixos coordenados x e y,
respectivamente. Desse modo,
mlt
yxxxx
σ
σ
+
=
e, de maneira análoga, para a direção y,
mlt
yyxyy
σ
σ
+
=
As derivadas dy/ds e dx/ds também podem ser consideradas como sendo
iguais às componentes ou projeções do vetor unitário normal à face
AB segundo os
22
eixos coordenados x e y, respectivamente. Assim, as equações anteriores são
reescritas como
yyxxxxx
nnt
σ
σ
+
=
yyyxxyy
nnt
σ
σ
+
=
ou, de forma mais compacta,
jiji
nt
σ
=
i, j = 1, 2 (2.23)
FIGURA 2.3 – Componentes ou projeções do vetor unitário normal ao contorno
A extensão para sistemas tridimensionais é relativamente simples, a saber:
nmlt
zxyxxxx
σ
σ
σ
+
+
=
nmlt
zyyyxyy
σ
σ
σ
+
+
=
nmlt
zzyzxzz
σ
σ
σ
+
+
=
onde l, m e n são os cossenos diretores dos ângulos que o vetor unitário normal à
superfície do contorno forma com os eixos coordenados
x, y e z, respectivamente.
Logo, as equações anteriores podem ser reescritas na forma
zzxyyxxxxx
nnnt
σ
σ
σ
+
+
=
zzyyyyxxyy
nnnt
σ
σ
σ
+
+
=
23
zzzyyzxxzz
nnnt
σ
σ
σ
+
+
=
resultando em
jiji
nt
σ
=
i, j = 1, 2, 3 (2.24)
Essas equações devem ser satisfeitas em todo o contorno do corpo e, por
isso, são denominadas equações ou condições de equilíbrio no contorno Γ do corpo.
As expressões para tensões em planos inclinados podem ser obtidas tendo
em vista um elemento triangular extraído de um elemento localizado no interior do
corpo, através de um corte inclinado de um ângulo θ em relação ao eixo y (Figura
2.4). Para que o elemento resultante ABC (Figura 2.5) esteja em equilíbrio, as
tensões atuando nas faces AB, BC e CA necessitam estar em equilíbrio. Como o
elemento possui espessura unitária constante, a área das faces é proporcional aos
comprimentos dos lados do triângulo.
Considerando, primeiramente, que o elemento triangular esteja sujeito
apenas a tensões normais e calculando o somatório das forças que atuam segundo
a direção normal à face AB, obtém-se
0sinBCcosACAB
yyxxn
=
σ
σ
σ
Dividindo todos os termos por AB,
θσθσσ
sin
AB
BC
cos
AB
AC
yyxxn
+=
utilizando a Figura 2.5,
θσθσσ
2
yy
2
xxn
sincos +=
e aplicando as identidades trigonométricas pertinentes, resulta
(
)
(
)
θσσσσσ
2cos
2
1
2
1
yyxxyyxxn
++= (2.25)
De maneira similar, mas desta vez calculando o somatório das forças que
atuam segundo a direção paralela à face AB, resulta
0cosBCsinACAB
yyxxt
=
+
σ
σ
σ
θσθσσ
cos
AB
BC
sin
AB
AC
yyxxt
+=
σ
σ
σ
cossinsincos
yyxxt
+
=
(
)
θσσσ
2sin
2
1
yyxxt
= (2.26)
24
FIGURA 2.4 – As tensões atuando em planos inclinados podem ser obtidas a partir de um
elemento triangular extraído de um elemento localizado no interior do corpo
FIGURA 2.5 – Elemento triangular resultante e as tensões que atuam sobre o mesmo
25
Repetindo o processo anterior, mas considerando, desta vez, que o
elemento triangular esteja sujeito apenas a tensões tangenciais, obtém-se
0cosBCsinACAB
yxxyn
=
θ
σ
θ
σ
σ
θσθσσ
cos
AB
BC
sin
AB
AC
yxxyn
+=
σ
σ
σ
cossinsincos
yxxyn
+
=
(
)
θ
θ
σ
σ
cossin2
xyn
=
σ
σ
2sin
xyn
=
(2.27)
e
0sinBCcosACAB
yxxyt
=
+
σ
σ
σ
θσθσσ
sin
AB
BC
cos
AB
AC
yxxyt
+=
θσθσσ
2
yx
2
xyt
sincos =
(
)
θθσσ
22
xyt
sincos =
++=
θθσσ
2cos
2
1
2
1
2cos
2
1
2
1
xyt
σ
σ
2cos
xyt
=
(2.28)
Finalmente, para um estado de tensões bidimensionais geral, as expressões
das tensões atuando num plano inclinado são escritas como combinações dos
resultados anteriormente obtidos, ou seja,
()
(
)
θσθσσσσσ
2sin2cos
2
1
2
1
xyyyxxyyxxn
+++=
(2.29)
e
(
)
θσθσσσ
2cos2sin
2
1
xyyyxxt
+= (2.30)
2.2.3 Tensões Principais
Dado que σ
n
varia com o ângulo θ, ou seja, é função de θ, então σ
n
terá um
valor máximo ou mínimo quando dσ
n
/ dθ = 0. Da expressão (2.29) tem-se
26
()
02cos22sin
d
d
xyyyxx
n
=+=
θσθσσ
θ
σ
(2.31)
yyxx
xy
2
2tan
2cos
2sin
σσ
σ
θ
θ
θ
==
(2.32)
A equação (2.32) apresenta duas soluções distintas: os ângulos 2θ e 2θ + π,
que diferem de 180º, ou ainda os ângulos θ e θ + π/2, que diferem de 90º. A Figura
2.6 ilustra esses ângulos graficamente. Os planos orientados segundo esses
ângulos, nos quais as tensões normais são um máximo ou um mínimo, são
chamados Planos Principais, e as tensões normais que atuam nesses planos são
denominadas Tensões Principais. Tomando a expressão (2.31) e dividindo todos os
termos por dois resulta
()
02cos2sin
2
1
txyyyxx
==+
σθσθσσ
isto é, a tensão tangencial é nula nos Planos Principais.
Reportando-se novamente à Figura 2.6 verificam-se as seguintes relações:
()
2
xy
2
yyxx
xy
4
2
2sin
σσσ
σ
θ
+
=
(2.33)
()
2
xy
2
yyxx
yyxx
4
2cos
σσσ
σ
σ
θ
+
= (2.34)
()
2
xy
2
yyxx
xy
4
2
2
2sin
σσσ
σ
π
θ
+
=
+ (2.35)
(
)
()
2
xy
2
yyxx
yyxx
4
2
2cos
σσσ
σ
σ
π
θ
+
=
+ (2.36)
Substituindo (2.33) e (2.34) em (2.29) resulta
(
)
(
)
+++=
2
xy
2
yyxxyyxxn
4
2
1
σσσσσσ
Substituindo (2.35) e (2.36) em (2.29) resulta
(
)
(
)
++=
2
xy
2
yyxxyyxxn
4
2
1
σσσσσσ
Desse modo, é possível concluir que as Tensões Principais são dadas por
()
(
)
(
)
+±+=
2
xy
2
yyxxyyxx
mín
máx
n
4
2
1
σσσσσσ
(2.37)
27
FIGURA 2.6 – Solução geométrica para determinar os ângulos que definem os Planos
Principais nos quais atuam as Tensões Principais
As tensões tangenciais máxima e mínima podem ser encontradas de
maneira semelhante, considerando agora dσ
t
/ dθ = 0. Da expressão (2.30) obtém-se
()
02sin22cos
d
d
xyyyxx
t
==
θσθσσ
θ
σ
(2.38)
(
)
xy
yyxx
2
2tan
2cos
2sin
σ
σ
σ
θ
θ
θ
==
(2.39)
A Figura 2.7 ilustra graficamente os ângulos que são soluções da equação
(2.39). Conclui-se que os planos nos quais atuam as tensões tangenciais máxima e
mínima são defasados 45º dos Planos Principais.
Da referida Figura 2.7 verificam-se as seguintes relações:
(
)
()
2
xy
2
yyxx
yyxx
4
2sin
σσσ
σ
σ
θ
+
= (2.40)
()
2
xy
2
yyxx
xy
4
2
2cos
σσσ
σ
θ
+
= (2.41)
()
2
xy
2
yyxx
yyxx
4
2
2sin
σσσ
σ
σ
π
θ
+
=
+ (2.42)
28
()
2
xy
2
yyxx
xy
4
2
2
2cos
σσσ
σ
π
θ
+
=
+ (2.43)
FIGURA 2.7 – Solução geométrica para determinar os ângulos que definem os planos nos
quais atuam as tensões tangenciais máxima e mínima
Substituindo (2.40) e (2.41) em (2.30) resulta
(
)
2
xy
2
yyxxt
4
2
1
σσσσ
+=
Substituindo (2.42) e (2.43) em (2.30) resulta
(
)
2
xy
2
yyxxt
4
2
1
σσσσ
+=
Desse modo, é possível concluir que as tensões tangenciais máxima e
mínima são dadas por
()
(
)
2
xy
2
yyxx
mín
máx
t
4
2
1
σσσσ
+±= (2.44)
Substituindo (2.40) e (2.41) ou (2.42) e (2.43) em (2.29) resulta
(
)
yyxxn
2
1
σσσ
+= (2.45)
ou seja, os planos nos quais atuam as tensões tangenciais máxima e mínima
possuem uma tensão normal associada, a qual é fornecida pela expressão (2.45).
29
Outra relação que pode ser obtida a partir das expressões (2.37) e (2.44) é:
() () ()
[]
mín
n
máx
n
máx
t
2
1
σσσ
= (2.46)
Os valores das tensões normais máxima e mínima e das tensões
tangenciais máxima e mínima, bem como os valores dos ângulos de orientação dos
planos nos quais atuam essas tensões, podem ser obtidos utilizando-se o processo
gráfico do Círculo de Mohr que, em geral, é fácil de usar e lembrar. Além disso, essa
abordagem permite visualizar como as tensões normais e tangenciais variam
conforme o plano em que atuam esteja orientado segundo diferentes ângulos.
Detalhes sobre a construção do Círculo de Mohr e exemplos de sua aplicação
podem ser encontrados em HIBBELER
8
.
2.2.4 Deformações Específicas
O estado de deformações em um ponto de um corpo tridimensional pode ser
descrito pelas componentes de deformações específicas atuando em um volume
elementar de lados dx, dy, dz, como apresentado na Figura 2.8. As componentes ε
xx
,
ε
yy
e ε
zz
são denominadas deformações específicas longitudinais e as componentes
ε
xy
, ε
xz
e ε
yz
deformações específicas transversais. Observa-se que, em particular,
deformações específicas longitudinais provocam mudança de volume do elemento
infinitesimal, enquanto deformações específicas transversais provocam mudança na
sua geometria.
As seis componentes de deformações específicas, correspondentes às
componentes de tensões, podem ser escritas, em notação indicial, como
jiij
ε
ε
=
i, j = 1, 2, 3 (2.47)
Representando os deslocamentos por u
x
, u
y
e u
z
(u
i
e i = 1, 2, 3 em notação
indicial), as deformações específicas estão relacionadas aos mesmos por intermédio
das expressões
8
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2004, p. 360-367.
30
x
u
x
xx
=
ε
y
u
y
yy
=
ε
z
u
z
zz
=
ε
(2.48)
+
=
y
u
x
u
2
1
x
y
xy
ε
+
=
z
u
x
u
2
1
x
z
xz
ε
+
=
z
u
y
u
2
1
y
z
yz
ε
(2.49)
Alternativamente, em notação indicial, é possível reescrever essas relações como
(
)
i,jj,iij
uu
2
1
+=
ε
i, j = 1, 2, 3 (2.50)
FIGURA 2.8 – Componentes de deformações específicas atuando em um volume elementar
representando um ponto no interior de um corpo tridimensional: a) Volume elementar sem
deformação; b) Volume elementar deformado
2.2.5 Equações de Compatibilidade
Diferenciando a primeira expressão em
(2.49) em relação a x e y,
+
=
y
u
yxx
u
yxyx
2
x
2
y
2
xy
2
ε
reordenando os termos e a ordem das derivadas parciais,
31
0
x
u
yyy
u
xxyx
2
x
2
y
2
xy
2
=
+
+
ε
e utilizando as relações em (2.48), obtém-se
0
yx
yx
2
2
xx
2
2
yy
2
xy
2
=
+
+
ε
εε
(2.51)
De maneira similar, para as demais expressões em (2.49), deduz-se
0
zx
zx
2
2
xx
2
2
zz
2
xz
2
=
+
+
ε
ε
ε
(2.52)
0
yz
zy
2
2
zz
2
2
yy
2
yz
2
=
+
+
ε
εε
(2.53)
Diferenciando cada expressão em (2.49) do seguinte modo
=
+
=
y
u
zz
2
x
u
zy
u
zx
u
z2
1
z
x
xyy
x
yxy
εε
=
+
=
x
u
yy
2
z
u
yz
u
yx
u
y2
1
y
z
xzxx
z
xz
εε
=
+
=
z
u
xx
2
y
u
xz
u
xy
u
x2
1
x
yyz
z
y
z
yz
εε
e diferenciando a primeira expressão em (2.48) em relação a y e z, reordenando as
derivadas parciais e substituindo progressivamente cada um dos termos isolados
anteriormente, obtém-se
=
=
=
x
u
yy
2
xz
u
yxx
u
zyzy
z
xzxxxx
2
εε
+
=
+
=
y
u
zz
2
x
2
y
2
xz
u
xx
2
y
2
xzy
x
xyyz
xz
yyz
xzxx
2
εε
ε
ε
εε
+
+
=
y
u
zxzyxx
2
zy
x
xy
xz
yz
xx
2
ε
ε
ε
ε
zyzyxx
2
zy
xx
2
xy
xz
yz
xx
2
+
+
=
ε
ε
ε
ε
ε
+
+
=
zyxxzy
xy
xz
yz
xx
2
ε
ε
ε
ε
(2.54)
De modo análogo, para as demais expressões em (2.48), encontra-se
32
+
=
zyxyzx
xy
xz
yzyy
2
ε
ε
εε
(2.55)
+
=
zyxzyx
xy
xz
yz
zz
2
ε
ε
ε
ε
(2.56)
As equações (2.51) a (2.56) são denominadas equações de compatibilidade
das deformações específicas e podem ser reescritas em notação indicial como
0
xx
xx
2
2
i
jj
2
2
j
ii
2
ji
ij
2
=
+
+
ε
ε
ε
(2.57)
0
xxxxxx
k
ij
j
ik
i
jk
ikj
ii
2
=
+
+
ε
ε
ε
ε
(2.58)
onde i, j, k = 1, 2, 3 e i j k.
2.2.6 Relações Tensão-Deformação
Para uma barra de seção transversal constante, sujeita a um carregamento
axial uniforme (direcionado segundo o eixo x), as seguintes relações são válidas
para pontos localizados suficientemente longe das extremidades da barra:
E
xx
xx
σ
ε
=
E
xx
yy
σ
νε
=
E
xx
zz
σ
νε
= (2.59)
onde E é o módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young e ν é o
coeficiente de Poisson. As equações em
(2.59) são expressões da Lei de Hooke.
Para um corpo sujeito a um carregamento geral, as deformações específicas são
dadas por
(
)
[
]
zzyyxxxx
E
1
σσνσε
+=
(2.60)
()
[
]
zzxxyyyy
E
1
σσνσε
+= (2.61)
(
)
[
]
yyxxzzzz
E
1
σσνσε
+= (2.62)
xyxy
E
1
σ
ν
ε
+
=
xzxz
E
1
σ
ν
ε
+
=
yzyz
E
1
σ
ν
ε
+
= (2.63)
33
Tomando as equações (2.60) a (2.62), é possível expressar as tensões
normais em função das deformações específicas. Primeiramente, essas equações
devem ser reescritas da seguinte maneira:
E
xxzzyyxx
ε
ν
σ
ν
σ
σ
=
E
yyzzyyxx
ε
ν
σ
σ
ν
σ
=
+
E
zzzzyyxx
ε
σ
ν
σ
ν
σ
=
+
Colocando o sistema de equações em forma matricial
=
E
E
E
1
1
1
zz
yy
xx
zz
yy
xx
ε
ε
ε
σ
σ
σ
νν
νν
νν
e invertendo a matriz de coeficientes, obtém-se
()()()()()()
()()()()()()
()()()()()()
+
++
++
+
+++
=
E
E
E
121
1
121121
121121
1
121
121121121
1
zz
yy
xx
zz
yy
xx
ε
ε
ε
νν
ν
νν
ν
νν
ν
νν
ν
νν
ν
νν
ν
νν
ν
νν
ν
νν
ν
σ
σ
σ
Resolvendo para σ
xx
resulta
()()
νν
νε
νε
νε
ε
σ
+
+
+
=
121
EEEE
zzyyxxxx
xx
ou, somando e subtraindo νε
xx
E
()()
νν
νε
νε
νε
νε
ε
σ
+
+
+
+
=
121
EEEE2E
zzyyxxxxxx
xx
Finalmente
(
)
()()
(
)
()()
νν
νε
νν
ε
ε
ε
ν
σ
+
+
+
+
+
=
121
21E
121
E
xx
zzyyxx
xx
Definindo
()
ν
μ
+
=
12
E
(2.64)
()
ν
νμ
λ
21
2
= (2.65)
zzyyxx
e
ε
ε
ε
+
+
=
(2.66)
34
respectivamente denominados módulo de elasticidade transversal, constante de
Lamé e deformação específica volumétrica, tem-se
xxxx
2e
με
λ
σ
+
=
(2.67)
e, para as demais tensões normais,
yyyy
2e
με
λ
σ
+
=
(2.68)
zzzz
2e
με
λ
σ
+
=
(2.69)
Para as tensões tangenciais o processo é direto. Das relações (2.63) resulta
xyxyxy
2
1
E
μεε
ν
σ
=
+
= (2.70)
xzxzxz
2
1
E
μεε
ν
σ
=
+
= (2.71)
yzyzyz
2
1
E
μεε
ν
σ
=
+
=
(2.72)
As equações (2.67) a (2.72) são denominadas Equações Constitutivas da
Elasticidade, e podem ser reescritas em notação indicial como
ijkkijij
2
με
ε
λδ
σ
+
= i, j, k = 1, 2, 3 (2.73)
2.2.7 Equações Governantes
As Equações Governantes da Elasticidade, conhecidas como Equações de
Navier, são as condições de equilíbrio expressas em termos dos deslocamentos.
Primeiramente, deve-se obter expressões para as tensões em função das derivadas
dos deslocamentos substituindo as relações (2.48) e (2.49) nas equações (2.67) a
(2.72), do que resulta
x
u
2e
x
xx
+=
μλσ
y
u
2e
y
yy
+=
μλσ
z
u
2e
z
zz
+=
μλσ
35
+
=
y
u
x
u
x
y
xy
μσ
+
=
z
u
x
u
x
z
xz
μσ
+
=
z
u
y
u
y
z
yz
μσ
Substituindo essas relações na primeira equação (2.20) e utilizando as
relações (2.48) e (2.66) obtém-se
0b
zyx
x
xz
xy
xx
=+
+
+
σ
σ
σ
0b
z
u
xz
u
y
u
xy
u
x
u
2
x
e
x
2
x
2
z
2
2
x
2
y
2
2
x
2
=+
+
+
+
+
+
μμμμμλ
0b
z
u
xz
u
y
u
xy
u
x
u
x
u
x
e
x
2
x
2
z
2
2
x
2
y
2
2
x
2
2
x
2
=+
+
+
+
+
+
+
μμμμμμλ
0b
z
u
x
y
u
xx
x
u
x
e
x
2
x
2
zz
2
x
2
yy
xx
2
x
2
=+
+
+
+
+
+
+
μ
ε
μμ
ε
μ
ε
μμλ
()
0b
x
z
u
y
u
x
u
x
e
xzzyyxx
2
x
2
2
x
2
2
x
2
=+++
+
+
+
+
εεεμμλ
0b
x
e
u
x
e
xx
2
=+
++
μμλ
()
0b
x
e
u
xx
2
=+
++
μλμ
(2.74)
onde
+
+
=
2
2
2
2
2
2
2
zyx
é o Operador Laplaciano. De maneira equivalente para
as demais equações
(2.20) encontra-se
()
0b
y
e
u
yy
2
=+
++
μλμ
(2.75)
()
0b
z
e
u
zz
2
=+
++
μλμ
(2.76)
As equações (2.74) a (2.76) podem ser reescritas em notação indicial na
forma
(
)
0buu
iji,jjj,i
=
+
+
+
μ
λ
μ
i, j = 1, 2, 3 (2.77)
36
sendo essa última equação a condição de equilíbrio no domínio do corpo.
Utilizando um processo semelhante, mas desta vez substituindo as relações
apresentadas no início desta seção nas equações (2.24), deduz-se
zzxyyxxxxx
nnnt
σ
σ
σ
+
+
=
z
x
z
y
x
y
x
x
x
n
z
u
x
u
n
y
u
x
u
n
x
u
2et
+
+
+
+
+=
μμμλ
+
+
+
+
+
+=
z
z
y
y
x
x
z
x
y
x
x
x
xx
n
x
u
n
x
u
n
x
u
n
z
u
n
y
u
n
x
u
ent
μμλ
(i)
zzyyyyxxyy
nnnt
σ
σ
σ
+
+
=
z
y
z
y
y
x
x
y
y
n
z
u
y
u
n
y
u
2en
y
u
x
u
t
+
+
++
+
=
μμλμ
+
+
+
+
+
+=
z
z
y
y
x
x
z
y
y
y
x
y
yy
n
y
u
n
y
u
n
y
u
n
z
u
n
y
u
n
x
u
ent
μμλ
(ii)
zzzyyzxxzz
nnnt
σ
σ
σ
+
+
=
z
z
y
y
z
x
x
z
z
n
z
u
2en
z
u
y
u
n
z
u
x
u
t
++
+
+
+
=
μλμμ
+
+
+
+
+
+=
z
z
y
y
x
x
z
z
y
z
x
z
zz
n
z
u
n
z
u
n
z
u
n
z
u
n
y
u
n
x
u
ent
μμλ
(iii)
É possível reescrever essas equações em notação indicial na forma
ji,jjj,iij,ji
nununut
μ
μ
λ
+
+
= i, j = 1, 2, 3 (2.78)
ou ainda
(
)
i,jj,ijij,ji
uunnut
+
+
=
μ
λ
i, j = 1, 2, 3 (2.79)
sendo essa última equação a condição de equilíbrio no contorno Γ do corpo.
2.2.8 Condições para Estado Plano de Tensões
Para placas delgadas, se nenhuma carga é aplicada perpendicurlamente à
superfície da placa, as tensões na direção da espessura da placa podem ser
consideradas negligenciáveis. Partindo do pressuposto que o eixo z esteja orientado
37
segundo a espessura da placa, as tensões σ
zz
, σ
xz
e σ
yz
serão todas nulas, e as
tensões não nulas σ
xx
, σ
yy
e σ
xy
serão avaliadas sobre a espessura da placa e serão
admitidas independentes da direção z. Essas considerações podem ser resumidas
da seguinte maneira:
==
==
=
0
0
0
zyyz
zxxz
zz
σσ
σσ
σ
=
0
0
0
yxxy
yy
xx
σσ
σ
σ
Aplicando essas relações nas equações (2.60) a (2.63) obtém-se
(
)
yyxxxx
E
1
σνσε
=
(
)
xxyyyy
E
1
σνσε
=
()
yyxxzz
E
σσ
ν
ε
+=
(
)
yyxxzz
1
εε
ν
ν
ε
+
=
xyyxxy
E
1
σ
ν
εε
+
==
0
zxxz
=
=
ε
ε
0
zyyz
=
=
ε
ε
2.2.9 Condições para Estado Plano de Deformações
As condições para Estado Plano de Deformações são admitidas para corpos
nos quais a geometria e o carregamento não variam significativamente na direção do
eixo longitudinal do corpo, que pode ser adotado como sendo o eixo z. Nesses
casos, as demais variáveis são funções apenas das coordenadas x e y. O
deslocamento na direção do eixo
z é nulo em todos os pontos da seção transversal
e, desse modo, as deformações específicas ε
zz
, ε
xz
e ε
yz
também se anulam. Essas
considerações podem ser resumidas da seguinte maneira:
==
==
=
0
0
0
zyyz
zxxz
zz
εε
εε
ε
=
0
0
0
yxxy
yy
xx
εε
ε
ε
Aplicando essas relações nas equações (2.60) a (2.63) obtém-se
(
)
yyxxzz
σ
σ
ν
σ
+
=
38
0
zxxz
=
=
σ
σ
0
zyyz
=
=
σ
σ
=
yyxx
2
xx
1E
1
σ
ν
ν
σ
ν
ε
=
xxyy
2
yy
1E
1
σ
ν
ν
σ
ν
ε
xyyxxy
E
1
σ
ν
εε
+
==
Das considerações anteriores verifica-se que a única equação de
compatibilidade de deformações específicas para a condição de Estado Plano de
Deformações é
0
yx
yx
2
2
xx
2
2
yy
2
xy
2
=
+
+
ε
εε
As expressões para a condição de Estado Plano de Deformações podem
simular problemas de Estado Plano de Tensões quando se adota o coeficiente de
Poisson ν' e o módulo de Young E' modificados, definidos como
ν
ν
ν
+
=
1
'
+
=
2
1
1E'E
ν
ν
(2.80)
39
3 FORMULAÇÃO INTEGRAL DE CONTORNO
Existem diferentes métodos para a derivação do Método de Elementos de
Contorno, entre eles o teorema da reciprocidade e o Método de Resíduos
Ponderados. Neste trabalho, o Método de Elementos de Contorno será derivado
usando o teorema do trabalho recíproco de Betti.
3.1 Teorema do Trabalho Recíproco de Betti
A formulação direta do Método de Elementos de Contorno para elastostática
pode ser derivada do teorema do trabalho recíproco de Betti para dois estados auto-
equilibrados (Figura 3.1) representados por (u
i
, t
i
, b
i
) e (u
i
*, t
i
*, b
i
*); u
i
e u
i
* são
deslocamentos; t
i
e t
i
* são forças de superfície; e b
i
e b
i
* são forças de corpo.
Das equações de equilíbrio
0b
ij,ij
=
+
σ
i, j = 1, 2, 3
é possível escrever a seguinte relação:
(
)
0dub
*
iij,ij
=+
σ
ou
40
0dubdu
*
ii
*
ij,ij
=+
σ
(3.1)
onde denota o domínio, com contorno Γ, do problema. As tensões, forças de
corpo e de superfície e deslocamentos são funções de X
[X (x, y, z) para um
corpo tridimensional ou X (x, y) para um corpo bidimensional].
FIGURA 3.1 – Uma região arbitrária com domínio
*
e contorno
*
Γ envolvendo
o problema com domínio
e contorno Γ
Esse primeiro passo corresponde a um processo de ponderação da equação
diferencial governante, processo esse idêntico ao que é utilizado no Método de
Resíduos Ponderados. Nesse método a função de ponderação, normalmente
designada por
w (correspondendo a u
i
* neste caso), é arbitrária, exceto pelo fato de
que deve ser contínua no domínio do problema e deve possuir derivadas
contínuas até um determinado grau, sendo que o grau de continuidade requerido
varia conforme o problema em questão. (Para uma explicação mais detalhada a
41
respeito da derivação do Método de Elementos de Contorno a partir do Método de
Resíduos Ponderados, ver BREBBIA e DOMINGUEZ
1
).
A primeira integral em (3.1) pode ser reescrita, usando a regra da derivada
de um produto de funções, como
(
)
=
dududu
*
j,iij
j,
*
iij
*
ij,ij
σσσ
Observando que
()
(
)
*
j,iij
*
i,jji
*
j,iij
*
i,jij
*
j,iij
*
ijij
uuu
2
1
uu
2
1
σσσσσεσ
=+=+=
tem-se
(
)
=
ddudu
*
ijij
j,
*
iij
*
ij,ij
εσσσ
e, usando o Teorema da Divergência na primeira integral à direita,
()
==
ΓΓ
ΓΓ dutdundu
*
ii
*
ijij
j,
*
iij
σσ
resulta
=
Γ
Γ ddutdu
*
ijij
*
ii
*
ij,ij
εσσ
Substituindo esse último resultado na equação (3.1) deriva-se a expressão
=+
Γ
Γ ddubdut
*
ijij
*
ii
*
ii
εσ
(3.2)
Obs.: essa equação dá origem à designação "trabalho", presente no nome
do teorema que se está demonstrando, uma vez que o integrando à direita do sinal
de igualdade pode ser entendido sob esse ponto de vista da seguinte maneira:
trabalho é igual à força (ou tensão) multiplicada por deslocamento (ou deformação
específica).
Utilizando as equações constitutivas da elasticidade, definidas anteriormente
como
ijkkijij
2
με
ε
λδ
σ
+
=
i, j, k = 1, 2, 3 (3.3)
a integral à direita em (3.2) pode ser escrita da seguinte maneira:
(
)
+=
d2d
*
ijijkkij
*
ijij
εμεελδεσ
1
BREBBIA, C. A., DOMINGUEZ, J. Boundary Elements, An Introductory Course. Boston:
Computational Mechanics Publications, 1989.
42
ou
(
)
+=
d2d
*
ijijkk
*
ijij
*
ijij
εμεεελδεσ
Desde que
*
kk
*
ijij
εεδ
=
e
ijijkk
ε
δ
ε
=
tem-se
(
)
+=
d2d
*
ijijijij
*
kk
*
ijij
εμεεδλεεσ
ou
(
)
+=
d2d
ij
*
ij
*
kkij
*
ijij
εμεελδεσ
e, novamente usando as equações constitutivas, tem-se
=
dd
ij
*
ij
*
ijij
εσεσ
(3.4)
Utilizando (3.2) no lado esquerdo de (3.4) e, por analogia de notação,
também no lado direito, a expressão resultante
+=+
ΓΓ
ΓΓ dubdutdubdut
i
*
ii
*
i
*
ii
*
ii
(3.5)
é denominada teorema do trabalho recíproco de Betti.
3.2 Equações Integrais de Contorno
A equação integral de contorno para problemas de elastostática pode ser
derivada do teorema do trabalho recíproco de Betti tomando as forças de corpo
como sendo forças pontuais num meio infinito, representadas pela função Delta de
Dirac da seguinte maneira:
(
)
i
*
i
e,b XX'
Δ
=
onde o vetor unitário e
i
corresponde a um força unitária positiva na direção i aplicada
no ponto X', denominado ponto fonte. Em problemas bidimensionais, e
i
é uma força
por unidade de espessura e, em problemas tridimensionais, uma força concentrada.
43
Por sua vez, os deslocamentos e forças de superfície correspondentes à solução do
problema para o caso particular de uma força pontual são escritos como
(
)
jij
*
i
e,Uu XX'=
(
)
jij
*
i
e,Tt XX'=
onde U
ij
(X',X) e T
ij
(X',X) representam, respectivamente, as componentes de
deslocamento e forças de superfície na direção
j no ponto X devido a uma força
pontual unitária atuando na direção
i no ponto fonte X'.
Utilizando essas soluções na equação (3.5) obtém-se
( ) ( ) () ( ) () ( ) ( )
+=
ΓΓ
XXX'ΓxxX'ΓxxX'X' db,Udu,Tdt,Uu
jijjijjiji
(3.6)
onde X' e X e x Γ, e os termos U
ij
e T
ij
são denominados soluções
fundamentais. A equação acima é conhecida como identidade de Somigliana para
deslocamentos. Ela relaciona o valor dos deslocamentos em um ponto do domínio
com os valores de forças de superfície e de deslocamentos no contorno Γ. Em forma
matricial tem-se
+
=
ΓΓ
ΓΓ d
b
b
UU
UU
d
u
u
TT
TT
d
t
t
UU
UU
u
u
2
1
2221
1211
2
1
2221
1211
2
1
2221
1211
2
1
para problemas bidimensionais, e
+
=
ΓΓ
ΓΓ d
u
u
u
TTT
TTT
TTT
d
t
t
t
UUU
UUU
UUU
u
u
u
3
2
1
333231
232221
131211
3
2
1
333231
232221
131211
3
2
1
+
d
b
b
b
UUU
UUU
UUU
3
2
1
333231
232221
131211
para problemas tridimensionais.
As deformações específicas num ponto qualquer do domínio podem ser
calculadas por diferenciação da equação de deslocamentos (3.6) em relação ao
ponto fonte X' e substituição em (2.50), resultando
() ()() ()() ( )()
+=
ΓΓ
XXX'ΓxxX'ΓxxX'X' db,Udu,Tdt,Uu
jk,ijjk,ijjk,ijk,i
(3.7)
onde U
ij,k
e T
ij,k
são derivadas das soluções fundamentais.
44
Finalmente, a identidade de Somigliana para tensões nos pontos do domínio
é encontrada substituindo a equação (3.7) nas equações constitutivas (3.3),
resultando em
() ()() ()() ( )()
+=
ΓΓ
XXX'ΓxxX'ΓxxX'X' db,Ddu,Sdt,D
kkijkkijkkijij
σ
(3.8)
onde D
kij
e S
kij
são obtidas de U
ij,k
e T
ij,k
e da aplicação da lei de Hooke.
3.3 Soluções Fundamentais
A existência de soluções para forças pontuais desempenha um importante
papel na formulação do Método de Elementos de Contorno. É possível reescrever as
equações de Navier para uma força pontual unitária, aplicada ao corpo no ponto
fonte X', como
()
0e,u
21
u
i
*
ji,j
*
jj,i
=+
+ XX'
Δ
ν
μ
μ
As soluções das equações governantes, devidas a uma força pontual, são
comumente chamadas de "soluções fundamentais". Existem várias maneiras para
obter-se essas soluções. A técnica mais popular consiste no uso do vetor de
Galerkin
2
; no entanto, métodos alternativos baseados em funções complexas de
tensões também são eficazes
3
. As soluções para uma força pontual num meio
infinito foram originalmente derivadas por Lorde Kelvin, e são conhecidas como
soluções fundamentais de Kelvin.
2
ALIABADI, M. H. The Boundary Element Method, Vol. 2, Applications in Solids and
Structures. Chippenham: John Wiley & Sons, 2002. p. 31-33.
3
Ibid., p. 525-529.
45
3.3.1 Problemas Tridimensionais
Para problemas tridimensionais, as soluções fundamentais são dadas por
4
()
()
()
[
]
jiijij
,r,r43
r116
1
,U +
=
δν
νπμ
xX' (3.9)
onde U
ij
(X',x) representa o deslocamento na direção j no ponto x devido a uma força
pontual unitária atuando na direção i no ponto fonte X', e também por
()
()
()
[
]
()
()
++
=
ijjijiij
2
ij
,rn,rn21,r,r321
n
r
r18
1
,T
νδν
νπ
xX' (3.10)
onde T
ij
(X',x) representa a força de superfície na direção j no ponto x devido a uma
força pontual unitária atuando na direção i no ponto fonte X'. Diferenciando (3.9) e
(3.10) em relação a X' tem-se
()
()
()
[
]
jikijkkjikij
2
k,ij
,r,r,r,r,r3,r43
r116
1
,U
δδδν
νπμ
+
=xX'
(3.11)
()
()
()
[
]
{
++
=
kjikij
3
k,ij
n,r,r3,r21
r18
1
,T
δν
νπ
xX'
()
(
)
(
)
(
)
+
+
+
jkiikikjjk
n,r,r321n,r,r321
δ
ν
δ
ν
()
[
]
}
kllkjikijjikijk
,,n,r,r,r,r15,r213,r3,r3 ++
δνδδ
(3.12)
Usando as relações tensão-deformação, resulta
()
()
()
(
)
[
]
kjikijijkjik
2
kij
,r,r,r3,r,r,r21
r18
1
,D ++
=
δδδν
νπ
xX'
(3.13)
()
()
()
()
[
]
+
++
=
kjiijkjikkij
3
kij
,r,r,r5,r,r,r21
n
r
3
r14
,S
δδνδν
νπ
μ
xX'
(
)
(
)
(
)
(
)
}
kijijkjikjikkijkji
n41nn,r,rn321,r,rn,r,rn3
δ
ν
δ
δ
ν
ν
+
+
++ (3.14)
4
Ibid., p. 31,32.
46
3.3.2 Problemas Bidimensionais
Para problemas bidimensionais, as soluções fundamentais são dadas por
5
()
()
()
+
=
jiijij
,r,r
r
1
ln43
18
1
,U
δν
νπμ
xX' (3.15)
onde U
ij
(X',x) representa o deslocamento na direção j no ponto x devido a uma força
pontual unitária atuando na direção i no ponto fonte X', e também por
()
()
()
[
]
()
()
++
=
ijjijiijij
,rn,rn21,r,r221
n
r
r14
1
,T
νδν
νπ
xX' (3.16)
onde T
ij
(X',x) representa a força de superfície na direção j no ponto x devido a uma
força pontual unitária atuando na direção i ponto fonte X'. Diferenciando (3.15) e
(3.16) em relação a X' tem-se
()
()
()
()
[
]
jikijkkjikijk,ij
,r,r,r,r,r2,r43
rE14
1
,U
δδδν
νπ
ν
+
+
=
xX' (3.17)
()
()
()
[
]
+
+
=
kjikijijkjik
2
k,ij
,r,r,r4,r21,r,r
n
r
2
r14
1
,T
δνδδ
νπ
xX'
()
(
)
(
)
(
)
+
+
jkiikikjjk
n,r,r221n,r,r221
δ
ν
δ
ν
()
[]
++
kjiij
n,r,r221
δν
(3.18)
Usando as relações tensão-deformação, resulta
()
()
()
(
)
[
]
kjikijijkjikkij
,r,r,r2,r,r,r21
r14
1
,D ++
=
δδδν
νπ
xX'
(3.19)
()
()
()
()
[
]
+
++
=
kjiijkjikkij
2
kij
,r,r,r4,r,r,r21
n
r
2
r12
,S
δδνδν
νπ
μ
xX'
(
)
(
)
(
)
()
}
kijijkjikjikkijkji
n41nn,r,rn221,r,rn,r,rn2
δ
ν
δ
δ
ν
ν
+
+
+
++ (3.20)
As soluções fundamentais, anteriormente apresentadas, são válidas para a
condição de Estado Plano de Deformações. As soluções para a condição de Estado
Plano de Tensões podem ser obtidas a partir dessas mesmas soluções através da
5
Ibid., p. 33.
47
introdução do coeficiente de Poisson ν' e do módulo de Young E' modificados
definidos como
ν
ν
ν
+
=
1
'
+
=
2
1
1E'E
ν
ν
(3.21)
3.4 Equação Integral de Contorno para Deslocamentos no Contorno
A equação integral de contorno (3.6) é válida para qualquer ponto fonte X'
localizado dentro do domínio do corpo; porém, para que possa ser utilizada,
necessita dos valores dos deslocamentos e forças de superfície nos pontos
pertencentes ao contorno. É possível calcular tais valores avaliando-se o limite
dessa expressão quando X' x'
Γ.
Para tal, considere-se que o domínio do problema tenha sido aumentado,
em torno do ponto fonte x', de uma região circular, no caso de problemas
bidimensionais, ou de uma região esférica, no caso de problemas tridimensionais,
com contorno
+
ε
Γ , raio ε e centro em x', como ilustrado nas Figuras 3.2 e 3.3,
respectivamente.
O contorno aumentado
A
Γ é representado por
(
)
+
+=
εε
ΓΓΓΓ
A
(3.22)
onde Γ
ε
é a porção do contorno original que foi removida. O comportamento das
soluções fundamentais pode ser estudado tomando o limite quando ε 0 e,
portanto,
Γ
A
Γ.
A primeira integral de contorno no lado direito de
(3.6) é reescrita como
( ) () ( ) () ( ) ()
+
+=
ε
ε
ε
ε
ΓΓΓΓ
Γxxx'Γxxx'ΓxxX' dt,Ulimdt,Ulimdt,U
jij
0
jij
0
jij
(3.23)
onde ambas as expressões no lado direito contém integrandos singulares de ordem
O(ln 1/r) em duas dimensões e O(
1
r
) em três dimensões.
48
FIGURA 3.2 – Processo limite quando o ponto fonte está localizado no contorno de um
problema bidimensional
FIGURA 3.3 – Processo limite quando o ponto fonte está localizado no contorno de um
problema tridimensional
49
A primeira integral no lado direito de (3.23) é integrável na forma de uma
integral imprópria, pois o tipo de singularidade presente é o que comumente
denomina-se "singularidade fraca". Como será mostrado mais adiante neste
trabalho, para problemas bidimensionais, ou seja, problemas com singularidade de
ordem O(ln 1/r), é possível dividir essa integral em duas partes: uma singular e outra
não singular. A parte não singular é integrada utilizando a quadratura de Gauss
convencional, apresentada no capítulo anterior. A parte singular é integrada
utilizando uma versão modificada da referida quadratura, denominada quadratura de
Gauss logarítmica (para valores calculados e tabelados de pontos e pesos de Gauss
para a quadratura Gaussiana logarítmica ver, por exemplo, BREBBIA e
DOMINGUEZ
6
). Já a segunda integral no lado direito de (3.23) tende a zero à
medida que ε 0. Esse resultado pode ser obtido empregando coordenadas
polares, para o caso bidimensional, e coordenadas esféricas, para o caso
tridimensional, ao avaliar-se a integral sobre
+
ε
Γ à medida que ε 0.
A segunda integral de contorno no lado direito de (3.6) pode ser reescrita
como
( ) () ( ) () ( ) ()
+
+=
ε
ε
ε
ε
ΓΓΓΓ
Γxxx'Γxxx'ΓxxX' du,Tlimdu,Tlimdu,T
jij
0
jij
0
jij
(3.24)
onde ambas as expressões no lado direito contém integrandos singulares de ordem
O(
1
r
) em duas dimensões e O(
2
r
) em três dimensões.
A primeira integral é calculada no sentido do Valor Principal de Cauchy
7
. A
segunda integral é regularizada pelo primeiro termo da expansão dos
deslocamentos em série de Taylor
8
em torno do ponto fonte, processo que conduz a
()()
=
+
ε
ε
Γ
Γxxx' du,Tlim
jij
0
6
BREBBIA, C. A., DOMINGUEZ, J. Boundary Elements, An Introductory Course. Boston:
Computational Mechanics Publications, 1989, p. 271.
7
GUIGGIANI, M. The evaluation of Cauchy principal value integrals in the Boundary
Element Method – A review. Mathematical Computational Modelling, vol. 15, n. 3-5, p. 175-184,
1991 e GUIGGIANI, M., CASALINI, P. Direct computation of Cauchy principal value integrals in
advanced boundary elements. International Journal for Numerical Methods in Engineering, vol.
24, p. 1711-1720, 1987.
8
Os deslocamentos são assumidos como satisfazendo a condição de continuidade de
Hölder, ou seja, u
C
0,
α
se existem constantes k > 0 e 0 <
α
1 tal que | u(x') – u(x) | kr
α
.
50
()() ()
[
]
() ( )
+
+
+
=
ε
ε
ε
ε
ΓΓ
Γxx'x'Γx'xxx' d,Tlimuduu,Tlim
ij
0
jjjij
0
(3.25)
onde a primeira integral no lado direito deve ser igual a zero pelo requisito de
continuidade dos deslocamentos. A segunda integral conduz a um coeficiente
denotado por
() ( ) () ()
x'x'Γxx'x'
Γ
jijij
0
j
ud,Tlimu
α
ε
ε
=
+
(3.26)
e, desse modo,
( ) () ( ) () ( ) ( )
x'x'Γxxx'ΓxxX'
ΓΓ
jijjijjij
udu,TVPCdu,T
α
+=
(3.27)
onde
()
Γ
Γd...VPC
indica uma integral avaliada no sentido do Valor Principal de
Cauchy.
Finalmente, a equação integral de contorno para deslocamentos no contorno
reduz-se a
() () ( ) () ( )()
+=+
ΓΓ
Γxxx'Γxxx'x'x' dt,Udu,TVPCuC
jijjijjij
()()
+
XXx' db,U
jij
(3.28)
onde C
ij
(x')u
j
(x') = [δ
ij
+ α
ij
(x')]u
j
(x') e é denominado termo livre.
Para contornos bidimensionais "suaves", como o apresentado na Figura 3.2,
a avaliação dos coeficientes α
ij
(x') pode ser obtida analiticamente. Denotando por r a
distância entre o ponto fonte x' e um ponto x no contorno
+
ε
Γ , e usando coordenadas
polares, resulta
jijir
ε
ε
sincossinrcosr
+
=
+
=
θεθ
ε
ddrd ==
+
Γ
1
r
r
r
r
rn
r
===
=
=
ε
ε
nnnr
cosn
1
=
sinn
2
=
cos,r
1
=
sin,r
2
=
Utilizando essas relações, as constantes α
ij
(x') são avaliadas como
() ( )
()
()
[
]
=+
==
+
+
π
ε
ε
ε
ε
θεθν
ενπ
α
0
2
0
11
0
11
dcos221
1
lim
14
1
d,Tlim
Γ
Γxx'x'
51
()
()
[
]
()
()
=
+
=+
=
πππ
θθθν
νπ
θθν
νπ
0
2
00
2
dcos2d21
14
1
dcos221
14
1
()
()
=
++
=
ππ
θθθν
νπ
00
d2cos
2
1
2
1
2d21
14
1
()
()
=
++
=
πππ
θθθθν
νπ
000
d2cosdd21
14
1
()
()
[]
(
)
()
(
)
()
2
1
14
12
14
2
021
14
1
=
=
+
=++
=
νπ
ν
π
νπ
π
ν
π
π
ππν
νπ
(i)
() ( )
()
()
=
==
+
+
π
ε
ε
ε
ε
θεθθ
ενπ
α
0
0
12
0
12
dsincos2
1
lim
14
1
d,Tlim
Γ
Γxx'x'
() ()
=
=
=
ππ
θθθ
νπ
θθθ
νπ
00
dsincos
14
2
dsincos2
14
1
() ()
0d2sin
14
1
d2sin
2
1
12
1
00
=
=
=
ππ
θθ
νπ
θθ
νπ
(ii)
() ( )
()
()
=
==
+
+
π
ε
ε
ε
ε
θεθθ
ενπ
α
0
0
21
0
21
dcossin2
1
lim
14
1
d,Tlim
Γ
Γxx'x'
() ()
=
=
=
ππ
θθθ
νπ
θθθ
νπ
00
dcossin
14
2
dcossin2
14
1
() ()
0d2sin
14
1
d2sin
2
1
12
1
00
=
=
=
ππ
θθ
νπ
θθ
νπ
(iii)
() ( )
()
()
[
]
=+
==
+
+
π
ε
ε
ε
ε
θεθν
ενπ
α
0
2
0
22
0
22
dsin221
1
lim
14
1
d,Tlim
Γ
Γxx'x'
()
()
[
]
()
()
=
+
=+
=
πππ
θθθν
νπ
θθν
νπ
0
2
00
2
dsin2d21
14
1
dsin221
14
1
()
()
=
+
=
ππ
θθθν
νπ
00
d2cos
2
1
2
1
2d21
14
1
()
()
=
+
=
πππ
θθθθν
νπ
000
d2cosdd21
14
1
()
()
[]
(
)
()
(
)
()
2
1
14
12
14
2
021
14
1
=
=
+
=+
=
νπ
ν
π
νπ
π
ν
π
π
ππν
νπ
(iv)
Conclusão:
()
2
ij
ij
δ
α
=x' (3.29)
e
52
() ()
2
C
ij
ijijij
δ
αδ
=+= x'x' (3.30)
Para contornos tridimensionais "suaves", como o apresentado na Figura 3.3,
o processo é análogo (utilizando, no entanto, coordenadas esféricas em lugar de
coordenadas polares) e o resultado é idêntico ao encontrado para contornos
bidimensionais.
Para contornos "não-suaves" os termos livres podem ser avaliados
indiretamente a partir de uma consideração de movimento de corpo rígido, que será
explicada posteriormente, em momento oportuno.
3.5 Regiões Infinitas
A extensão da equação (3.28) para regiões infinitas deve ser feita levando-se
em consideração hipóteses adicionais relativas às funções envolvidas. Essas
hipóteses estão associadas ao comportamento das funções em uma superfície
infinitamente distante do ponto fonte e são denominadas condições de regularidade.
Seja ρ o raio de uma esfera com contorno Γ
ρ
, centrada no ponto fonte x', que
envolve a cavidade, ou as cavidades, do problema, como ilustrado na Figura 3.4.
A equação
(3.28) é reescrita para a região entre Γ e Γ
ρ
(considerando as
forças de corpo nulas, para simplificar) como
() () ( ) () ( ) ()
=++
ρ
ρ
ΓΓ
Γxxx'Γxxx'x'x' du,Tdu,TuC
jijjijjij
( ) () ( ) ()
+=
ρ
ρ
ΓΓ
Γxxx'Γxxx' dt,Udt,U
jijjij
Tomando o limite quando ρ , a equação anterior pode ser escrita apenas
em termos de integrais sobre o contorno Γ se a condição de regularidade seguinte
for satisfeita:
( ) () ( ) ()
[]
0dt,Uu,Tlim
jijjij
=
ρ
ρ
ρ
Γ
Γxxx'xxx' (3.31)
53
FIGURA 3.4 – Região infinita envolvendo uma cavidade
Para problemas tridimensionais, tem-se
(
)
(
)
1
ij
O,U
=
ρ
xx'
(
)
(
)
2
ij
O,T
=
ρ
xx'
θϕ
ρ
ddd JΓ =
(
)
2
O
ρ
=J
portanto, se na pior hipótese,
(
)
(
)
1
j
Ou
=
ρ
x
e
(
)
(
)
2
j
Ot
=
ρ
x
no infinito, a condição de regularidade (3.31) é satisfeita. Deve-se observar que se a
carga total aplicada na superfície Γ não for auto-equilibrada, o princípio de Saint-
Venant
9
mostra que u
j
(x) e t
j
(x) terão o mesmo comportamento que a solução
fundamental correspondente a uma carga concentrada na direção da resultante.
Desse modo,
9
MALVERN, L. E. Introduction to the Mechanics of a Continuous Medium. Englewood
Cliffs, N. J.: Prentice-Hall, 1969.
54
(
)
(
)
1
j
Ou
=
ρ
x
e
(
)
(
)
2
j
Ot
=
ρ
x
são obtidos e cada termo da condição de regularidade se anula separadamente.
Para problemas bidimensionais, tem-se
()
(
)
(
)
()
=+
=
jise1O
jise1lnO
,U
ij
ρ
xx'
(
)
(
)
1
ij
O,T
=
ρ
xx'
θ
ρ
dd JΓ =
(
)
ρ
O=J
portanto, para garantir que cada termo da condição de regularidade (3.31) se anule
separadamente, deve-se ter
(
)
(
)
1
j
Ou
=
ρ
x
e
(
)
(
)
2
j
Ot
=
ρ
x
como antes. Esse caso, no entanto, não corresponde ao comportamento da solução
fundamental no infinito. Baseado no mesmo argumento do caso tridimensional,
substituindo u
j
(x) e t
j
(x) pelos tensores correspondentes à solução fundamental
bidimensional, verifica-se que a condição de regularidade é satisfeita. A única
diferença é que, agora, os termos não se cancelam separadamente, mas se
cancelam quando ρ .
A discussão anterior permite concluir que a condição de regularidade (3.31) é
sempre satisfeita se u
j
(x) e t
j
(x) comportam-se, na pior hipótese, como as
correspondentes soluções fundamentais no infinito. Desse modo, problemas de
cavidades em meios infinitos podem ser representados pela equação (3.28), desde
que a normal ao contorno Γ e o sentido de integração sejam definidos conforme a
Figura 3.5.
55
FIGURA 3.5 – Definição da normal e do sentido de integração: a) Problemas com domínio
infinito; b) Problemas com domínio finito
3.6 Discretização Numérica
As equações integrais de contorno, apresentadas até agora, só podem ser
resolvidas analiticamente para problemas muito simples. Para problemas
constituídos de geometrias e carregamentos mais complexos, somente a adoção de
métodos numéricos permite solucioná-las. O Método de Elementos de Contorno é
um método numérico para solução dessas equações integrais de contorno partindo
de um procedimento de discretização.
O primeiro passo nesse procedimento de discretização é dividir, ou
aproximar, o contorno Γ em Ne segmentos ou elementos. Desse modo, na ausência
de forças de corpo, para simplificar, a equação (3.28) pode ser reescrita na forma
()() ()() ()()
==
=+
Ne
1n
n
njij
Ne
1n
n
njijjij
dt,Udu,TuC
ΓΓ
Γxxx'Γxxx'x'x'
(3.32)
onde
=
=
Ne
1n
n
ΓΓ .
56
3.7 Elementos Constantes
Nesse trabalho, a geometria do contorno é dividida em Ne elementos retos, e
os valores das incógnitas e das condições de contorno u
j
(x) e t
j
(x) são considerados
constantes ao longo do comprimento de cada elemento e iguais aos valores dessas
mesmas incógnitas nos pontos centrais (também denominados pontos nodais ou
nós funcionais) dos respectivos elementos. Partindo dessas considerações,
reescreve-se a equação (3.32) como
==
=+
Ne
1n
n
n
c
ij
n
j
Ne
1n
n
n
c
ij
n
j
c
j
c
ij
dUtdTuuC
ΓΓ
ΓΓ (3.33)
onde
n
j
u e
n
j
t são os valores dos deslocamentos e forças de superfície nos pontos
centrais dos elementos de contorno;
c
j
u ,
c
j
c
ij
uC ,
c
ij
T e
c
ij
U são, respectivamente, os
valores dos deslocamentos, termos livres e soluções fundamentais para o ponto
fonte x' = x
c
.
Fazendo os pontos fonte percorrerem, sucessivamente, os pontos centrais
dos elementos de contorno, isto é, fazendo c = 1, 2, ..., Ne, são geradas Ne equações
para Ne valores de deslocamentos e Ne valores de forças de superfície. Aplicando as
condições de contorno do problema, ou seja, deslocamentos e forças de superfície
prescritos para os pontos nodais, produz-se um sistema algébrico que, ao ser
resolvido, resulta nos valores das incógnitas do problema. Outra observação
pertinente: todo ponto fonte x
c
está localizado em um contorno "suave", portanto, os
coeficientes associados aos termos livres podem ser calculados através da
expressão
(3.30).
3.7.1 Formação do Sistema de Equações
Para ilustrar a aplicação da equação
(3.33) far-se-á uso da malha modelo
apresentada na Figura 3.6. A seguinte convenção é estabelecida quando tratar-se
da representação geométrica de malhas de elementos de contorno: os elementos de
57
contorno são representados por linhas azuis delimitadas por pequenos traços
vermelhos e sua numeração correspondente é aquela dentro dos círculos verdes; os
pontos azuis, sobre os elementos de contorno, são os nós de contorno e sua
numeração é aquela localizada próxima aos mesmos; caso existam pontos no
domínio do problema (também chamados de pontos internos), os mesmos
apresentarão cor vermelha e numeração independente daquela dos elementos ou
nós de contorno.
FIGURA 3.6 – Malha modelo formada por elementos de contorno constantes
Aplicando a equação (3.33), quando o ponto fonte é o Nó 1, resulta
++++++
2
2
2
2
1
12
2
1
2
2
1
11
1
2
1
1
1
12
1
1
1
1
1
11
1
2
1
12
1
1
1
11
udTudTudTudTuCuC
ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ
=++++
4
2
4
4
1
12
4
1
4
4
1
11
3
2
3
3
1
12
3
1
3
3
1
11
udTudTudTudT
ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ
++++=
2
2
2
2
1
12
2
1
2
2
1
11
1
2
1
1
1
12
1
1
1
1
1
11
tdUtdUtdUtdU
ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ
4
2
4
4
1
12
4
1
4
4
1
11
3
2
3
3
1
12
3
1
3
3
1
11
tdUtdUtdUtdU
++++
ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ (i)
++++++
2
2
2
2
1
22
2
1
2
2
1
21
1
2
1
1
1
22
1
1
1
1
1
21
1
2
1
22
1
1
1
21
udTudTudTudTuCuC
ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ
58
=++++
4
2
4
4
1
22
4
1
4
4
1
21
3
2
3
3
1
22
3
1
3
3
1
21
udTudTudTudT
ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ
++++=
2
2
2
2
1
22
2
1
2
2
1
21
1
2
1
1
1
22
1
1
1
1
1
21
tdUtdUtdUtdU
ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ
4
2
4
4
1
22
4
1
4
4
1
21
3
2
3
3
1
22
3
1
3
3
1
21
tdUtdUtdUtdU
++++
ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ (ii)
A expressão (i) corresponde a uma força unitária atuando no ponto fonte na
direção
1; a expressão (ii) corresponde a uma força unitária atuando no ponto fonte
na direção
2.
Em forma matricial, essas expressões são agrupadas do seguinte modo:
+
+
+
2
2
2
2
1
2
1
22
1
21
1
12
1
11
1
1
2
1
1
1
1
22
1
21
1
12
1
11
1
2
1
1
1
22
1
21
1
12
1
11
u
u
d
TT
TT
u
u
d
TT
TT
u
u
CC
CC
ΓΓ
ΓΓ
=
+
+
4
4
2
4
1
4
1
22
1
21
1
12
1
11
3
3
2
3
1
3
1
22
1
21
1
12
1
11
u
u
d
TT
TT
u
u
d
TT
TT
ΓΓ
ΓΓ
+
+
=
2
2
2
2
1
2
1
22
1
21
1
12
1
11
1
1
2
1
1
1
1
22
1
21
1
12
1
11
t
t
d
UU
UU
t
t
d
UU
UU
ΓΓ
ΓΓ
+
+
4
4
2
4
1
4
1
22
1
21
1
12
1
11
3
3
2
3
1
3
1
22
1
21
1
12
1
11
t
t
d
UU
UU
t
t
d
UU
UU
ΓΓ
ΓΓ
ou, de forma mais compacta,
=
=
=
=
=
+
4Ne
1n
n
n
2
n
1
n
1
22
1
21
1
12
1
11
4Ne
1n
n
n
2
n
1
n
1
22
1
21
1
12
1
11
1
2
1
1
1
22
1
21
1
12
1
11
t
t
d
UU
UU
u
u
d
TT
TT
u
u
CC
CC
ΓΓ
ΓΓ
De maneira análoga, para o Nó 2,
=
=
=
=
=
+
4Ne
1n
n
n
2
n
1
n
2
22
2
21
2
12
2
11
4Ne
1n
n
n
2
n
1
n
2
22
2
21
2
12
2
11
2
2
2
1
2
22
2
21
2
12
2
11
t
t
d
UU
UU
u
u
d
TT
TT
u
u
CC
CC
ΓΓ
ΓΓ
para o Nó 3,
=
=
=
=
=
+
4Ne
1n
n
n
2
n
1
n
3
22
3
21
3
12
3
11
4Ne
1n
n
n
2
n
1
n
3
22
3
21
3
12
3
11
3
2
3
1
3
22
3
21
3
12
3
11
t
t
d
UU
UU
u
u
d
TT
TT
u
u
CC
CC
ΓΓ
ΓΓ
e para o Nó 4,
=
=
=
=
=
+
4Ne
1n
n
n
2
n
1
n
4
22
4
21
4
12
4
11
4Ne
1n
n
n
2
n
1
n
4
22
4
21
4
12
4
11
4
2
4
1
4
22
4
21
4
12
4
11
t
t
d
UU
UU
u
u
d
TT
TT
u
u
CC
CC
ΓΓ
ΓΓ
Ao adotar-se a notação
59
=
n
22
n
21
n
12
n
11
n
CC
CC
C
=
n
2
n
1
n
u
u
u
=
n
2
n
1
n
t
t
t
=
n
22
n
21
n
12
n
11
n
UU
UU
U
=
n
22
n
21
n
12
n
11
n
TT
TT
T
as equações anteriores passam a ser reescritas como
=
=
=
=
=+
4Ne
1n
n
n
n
1
4Ne
1n
n
n
n
111
dd
ΓΓ
tΓUuΓTuC
=
=
=
=
=+
4Ne
1n
n
n
n
2
4Ne
1n
n
n
n
222
dd
ΓΓ
tΓUuΓTuC
=
=
=
=
=+
4Ne
1n
n
n
n
3
4Ne
1n
n
n
n
333
dd
ΓΓ
tΓUuΓTuC
=
=
=
=
=+
4Ne
1n
n
n
n
4
4Ne
1n
n
n
n
444
dd
ΓΓ
tΓUuΓTuC
ou, de maneira equivalente,
=
=
=
=
=+
4Ne
1n
n
n
n
c
4Ne
1n
n
n
n
ccc
dd
ΓΓ
tΓUuΓTuC c = 1, 2, ..., Ne = 4
Denotando as integrais das soluções fundamentais por
=
n
n
ccn
d
Γ
ΓTH
=
n
n
ccn
d
Γ
ΓUG
tem-se
=
=
=
=
=+
4Ne
1n
ncn
4Ne
1n
ncncc
tGuHuC c = 1, 2, ..., Ne = 4
Definindo
=+=
=
ncquando
ncquando
ccncn
cncn
CHH
HH
resulta
=
=
=
=
=
4Ne
1n
ncn
4Ne
1n
ncn
tGuH c = 1, 2, ..., Ne = 4
A equação anterior, reescrita em forma matricial, produz o sistema algébrico
tGuH
=
o qual, quando reordenado através da aplicação das condições de contorno
prescritas para o problema, produz o sistema algébrico final
FYA
=
60
onde o vetor Y contém todas as incógnitas (deslocamentos ou forças de superfície)
do problema; a matriz de coeficientes A é formada de colunas de H e G; o vetor F é
formado de colunas de H e G multiplicadas pelas condições de contorno prescritas.
Uma vez que esse sistema esteja resolvido, todos os valores das incógnitas de
contorno serão conhecidos.
O processo de introdução das condições de contorno no sistema algébrico
Hu = Gt, transformando-o, dessa maneira, no sistema algébrico final AY = F, será
ilustrado através das Figuras 3.7 e 3.8.
A Figura 3.7 apresenta o sistema algébrico Hu = Gt resultante para a malha
modelo da Figura 3.6, destacando, na cor azul, os valores dos deslocamentos
prescritos e, na cor vermelha, os valores das forças de superfície prescritas para um
problema arbitrário. Também estão destacadas as colunas das matrizes H e G que
multiplicam os valores das condições de contorno prescritas.
FIGURA 3.7 – Sistema algébrico tGuH
=
destacando os valores das condições de contorno
prescritas para um problema arbitrário
Para agrupar todas as incógnitas do problema no lado esquerdo da
igualdade e todos os valores das condições de contorno prescritas no lado direito da
igualdade, basta trocar as colunas das matrizes H e G da forma indicada na Figura
61
3.8 e inverter o sinal dos coeficientes. Agora, o lado direito da igualdade possui
apenas valores conhecidos, o que dá origem ao vetor F, enquanto que o lado
esquerdo da igualdade possui a matriz de coeficientes A que multiplica o vetor de
incógnitas Y, isto é, o sistema algébrico AY = F.
FIGURA 3.8 – Sistema algébrico FYA
=
resultante da reordenação das colunas das matrizes
H
e G de modo a agrupar todas as incógnitas do problema no lado direito da igualdade e os
valores das condições de contorno prescritas no lado esquerdo da igualdade
3.7.2 Integração
Todas as integrais, nas expressões anteriores, podem ser avaliadas
numericamente. Para o caso específico de elementos constantes, entretanto, é mais
simples e mais exato calcular algumas dessas integrais analiticamente,
particularmente aquelas sobre o elemento que apresenta singularidade, isto é,
quando
c = n. Nos demais elementos, os valores das integrais em
cn
H e
cn
G são
computados utilizando-se o processo de quadratura de Gauss.
62
3.7.2.1 Submatrizes
cc
H
As submatrizes
cc
H , que formam a diagonal de submatrizes de H, são
dadas por
=
=
2/10
02/1
HH
HH
cc
22
cc
21
cc
12
cc
11
cc
H
Esse resultado é obtido considerando-se a relação
10
ρ
1
r
nr
lim
0r
=
onde ρ denota o raio de curvatura do elemento. Para elementos com geometria reta,
ρ = , logo
0
11
r
nr
lim
0r
=
==
ρ
Quando essa última relação é utilizada na avaliação da integral da solução
fundamental apresentada em (3.16), em torno do ponto fonte x
c
e ao longo do
elemento que contém o ponto fonte, verifica-se que essa integral é nula. Desse
modo, as submatrizes
cc
H são dadas por
+
=
=
c
22
c
21
c
12
c
11
cc
22
cc
21
cc
12
cc
11
cc
CC
CC
00
00
HH
HH
H
Como mencionado anteriormente, em elementos constantes com geometria
reta, todo ponto fonte
x
c
está localizado em um contorno "suave", portanto, os
coeficientes
c
ij
C podem ser calculados através da expressão (3.30), conduzindo ao
resultado apresentado inicialmente.
10
MANSUR, W. J., TELLES, J. C. F., PRODANOFF, J. H. A., FRAUCHES, E. On BEM
singular integrals for two-dimensional potencial applications. Engeneering Analysis with Boundary
Elements, vol. 9, p. 185-187, 1992.
63
3.7.2.2 Submatrizes
cc
G
As submatrizes
cc
G , que formam a diagonal de submatrizes de G,
calculadas analiticamente a partir da solução fundamental apresentada em (3.15),
em torno do ponto fonte x
c
e ao longo do elemento que contém o ponto fonte,
resultam em
11
=
cc
22
cc
21
cc
12
cc
11
cc
GG
GG
G
sendo que
()
()( )
(
)
+
=
2
2
1
cc
11
R4
r
Rln143
18
R2
G
ν
νπμ
()
==
2
21
cc
21
cc
12
R4
rr
18
R2
GG
νπμ
()
()( )
(
)
+
=
2
2
2
cc
22
R4
r
Rln143
18
R2
G
ν
νπμ
onde R, r
1
e r
2
são definidos, com a ajuda da Figura 3.9, como
1
1
2
111
xxrr ==
r
1
2
2
222
xxrr ==
r
() ()
2
2
2
1
rr
2
1
RR +==
r
11
BREBBIA, C. A., DOMINGUEZ, J. Boundary Elements, An Introductory Course. Boston:
Computational Mechanics Publications, 1989, p. 199-202.
64
FIGURA 3.9 – Representação geométrica dos termos necessários para o cálculo dos
coeficientes das submatrizes
cc
G
3.7.2.3 Submatrizes
cn
G
quando nc
As submatrizes
cn
G quando c n (as submatrizes de G posicionadas fora da
diagonal de submatrizes) são calculadas através da integração numérica da solução
fundamental apresentada em (3.15). Para tanto é preciso definir os termos r, r,
1
e r,
2
.
Usando a Figura 3.10, onde
g denota um ponto de integração de Gauss, conclui-se
que
c
1
g
1
11
xxrr ==
r
c
2
g
2
22
xxrr ==
r
() ()
(
)
(
)
2
c
2
g
2
2
c
1
g
1
2
2
2
1
xxxxrrrr +=+==
r
()()
2
c
2
g
2
2
c
1
g
1
c
1
g
1
1
1
xxxx
xx
r
r
,r
+
==
r
r
65
()()
2
c
2
g
2
2
c
1
g
1
c
2
g
2
2
2
xxxx
xx
r
r
,r
+
==
r
r
FIGURA 3.10 – Representação geométrica dos termos necessários para o cálculo dos
coeficientes das submatrizes
cn
G quando nc
3.7.2.4 Submatrizes
cn
H quando nc
As submatrizes
cn
H quando c n (as submatrizes de H posicionadas fora da
diagonal de submatrizes) são calculadas através da integração numérica da solução
fundamental apresentada em
(3.16). Para tanto é preciso definir, além dos termos já
definidos na seção anterior, os termos r/n, n
1
e n
2
. Usando a Figura 3.11 conclui-se
que
(
)
θθθθαα
sinº90sinsinº90coscosº90coscoscosnnn
11
=+=====
r
r
(
)
θθθθαα
cosº90sincosº90cossinº90sinsinsinnnn
22
======
r
r
66
FIGURA 3.11 – Representação geométrica dos termos necessários para o cálculo dos
coeficientes das submatrizes
cn
H quando nc
O ângulo θ representa a inclinação do elemento em relação ao eixo x
1
, isto é,
()()
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
1
1
2
1
xxxx
xx
cos
+
=
θ
()()
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
1
2
2
2
xxxx
xx
sin
+
=
θ
e assim
()()
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
1
2
2
2
1
xxxx
xx
n
+
=
()()
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
2
1
1
1
2
xxxx
xx
n
+
=
Finalmente,
2211
n,rn,r
n
r
+=
()()
()()
+
+
+
=
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
1
2
2
2
2
c
2
g
2
2
c
1
g
1
c
1
g
1
xxxx
xx
xxxx
xx
n
r
67
()()
()()
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
2
1
1
1
2
c
2
g
2
2
c
1
g
1
c
2
g
2
xxxx
xx
xxxx
xx
+
+
+
3.7.3 Deslocamentos e Tensões nos Pontos Internos
Os deslocamentos e tensões nos pontos pertencentes ao domínio do
problema podem, uma vez que os valores das incógnitas de contorno tenham sido
obtidos, ser calculados utilizando-se as identidades de Somigliana (3.6) e (3.8),
respectivamente.
Para X
d
, a expressão (3.6) será reescrita, na ausência de forças de
corpo, como
()
(
)
()
(
)
()
=
ΓΓ
ΓxxXΓxxXX du,Tdt,Uu
j
d
ijj
d
ij
d
i
e, de modo equivalente, para o contorno discretizado, na forma
==
=
Ne
1n
n
n
d
ij
n
j
Ne
1n
n
n
d
ij
n
j
d
i
dTudUtu
ΓΓ
ΓΓ
Desenvolvendo a notação indicial e reagrupando matricialmente, de maneira
análoga ao que foi feito anteriormente, obtém-se
==
=
Ne
1n
n
n
2
n
1
n
d
22
d
21
d
12
d
11
Ne
1n
n
n
2
n
1
n
d
22
d
21
d
12
d
11
d
2
d
1
u
u
d
TT
TT
t
t
d
UU
UU
u
u
ΓΓ
ΓΓ
Adotando as mesmas notações já utilizadas, resulta
==
=
Ne
1n
n
n
n
d
Ne
1n
n
n
n
dd
dd
ΓΓ
uΓTtΓUu
ou
==
=
Ne
1n
ndn
Ne
1n
ndnd
uHtGu
Essa equação relaciona os deslocamentos em um ponto qualquer do
domínio com os valores dos deslocamentos e forças de superfície de todo o
contorno, e pode ser facilmente avaliada dado que as soluções fundamentais não
apresentam singularidades.
68
Considerando o mesmo ponto X
d
, a expressão (3.8) será reescrita, na
ausência de forças de corpo, para simplificar, como
()
(
)
()
(
)
()
=
ΓΓ
ΓxxXΓxxXX du,Sdt,D
k
d
kijk
d
kij
d
ij
σ
e, de modo equivalente, para o contorno discretizado, na forma
==
=
Ne
1n
n
n
d
kij
n
k
Ne
1n
n
n
d
kij
n
k
d
ij
dSudDt
ΓΓ
ΓΓ
σ
Desenvolvendo a notação indicial e reagrupando matricialmente, de maneira
análoga ao que foi feito anteriormente, obtém-se
==
=
Ne
1n
n
n
2
n
1
n
d
222
d
122
d
221
d
121
d
212
d
112
d
211
d
111
Ne
1n
n
n
2
n
1
n
d
222
d
122
d
221
d
121
d
212
d
112
d
211
d
111
d
22
d
21
d
12
d
11
u
u
d
SS
SS
SS
SS
t
t
d
DD
DD
DD
DD
ΓΓ
ΓΓ
σ
σ
σ
σ
Entretanto, levando em conta que σ
12
= σ
21
, a expressão anterior simplifica para
==
=
Ne
1n
n
n
2
n
1
n
d
222
d
122
d
212
d
112
d
211
d
111
Ne
1n
n
n
2
n
1
n
d
222
d
122
d
212
d
112
d
211
d
111
d
22
d
12
d
11
u
u
d
SS
SS
SS
t
t
d
DD
DD
DD
ΓΓ
ΓΓ
σ
σ
σ
Adotando as mesmas notações já utilizadas, acrescidas de
=
d
22
d
12
d
11
d
σ
σ
σ
σ
=
d
222
d
122
d
212
d
112
d
211
d
111
d
DD
DD
DD
D
=
d
222
d
122
d
212
d
112
d
211
d
111
d
SS
SS
SS
S
resulta
==
=
Ne
1n
n
n
n
d
Ne
1n
n
n
n
dd
dd
ΓΓ
uΓStΓDσ
Denotando as integrais por
=
n
n
ddn
d
Γ
ΓDD
=
n
n
ddn
d
Γ
ΓSS
obtém-se
==
=
Ne
1n
ndn
Ne
1n
ndnd
uStDσ
Essa equação relaciona as tensões em um ponto qualquer do domínio com
os valores dos deslocamentos e forças de superfície de todo o contorno. Assim
69
como no cálculo dos deslocamentos nos pontos internos, pode ser facilmente
avaliada dado que as soluções fundamentais não apresentam singularidades.
3.8 Elementos Isoparamétricos
Uma contribuição significativa na elaboração do Método de Elementos de
Contorno foi a introdução de uma representação paramétrica para a geometria e
para as funções incógnitas, similar à formulação isoparamétrica do Método de
Elementos Finitos
12
. Nesse tipo de formulação, o parâmetro geométrico x, as
incógnitas de deslocamento u
j
(x) e as incógnitas de forças de superfície t
j
(x) são
aproximadas utilizando funções de interpolação, da seguinte maneira:
()
()
()
=
=
=
=
=
=
m
1
jj
m
1
jj
m
1
jj
tNt
uNu
xNx
α
α
α
α
α
α
α
α
α
η
η
η
(3.34)
onde N
α
são polinômios de grau m-1 e apresentam, como característica fundamental,
o fato de terem valor unitário no ponto
α e valor nulo nos demais pontos. Os termos
α
j
x ,
α
j
u e
α
j
t são, respectivamente, as coordenadas geométricas, os deslocamentos
e as forças de superfície no ponto
α. Essas funções de interpolação são definidas
em termos de coordenadas adimensionais
η, sendo que -1 η 1, como mostra a
Figura 3.12.
12
LACHAT, J. C. A Further Development of the Boundary Integral Technique for
Elastostatics. PhD Thesis, University of Southampton, 1975 e LACHAT, J. C., WATSON, J. O.
Effective numerical treatment of boundary integral equations: A formulation for three-dimensional
elastostatics. International Journal for Numerical Methods in Engineering, n. 10, p. 991-1005,
1976.
70
FIGURA 3.12 – Elementos de contorno bidimensionais definidos em termos de um sistema de
coordenadas adimensional
Para elementos lineares, ou seja, m = 2, tem-se
()
η
= 1
2
1
N
1
()
η
+= 1
2
1
N
2
(3.35)
e para elementos quadráticos, onde m = 3,
()
1
2
1
N
1
=
ηη
2
2
1N
η
=
()
1
2
1
N
2
+=
ηη
(3.36)
Em geral, as funções de interpolação podem ser derivadas dos polinômios
Lagrangianos, os quais são definidos, para o grau
m-1, como
()
=
=
m
i0i
i
i
N
α
α
α
ηη
ηη
η
(3.37)
É possível observar que N
α
(η) é dado pelo produto de m fatores lineares. Os
polinômios de Lagrange possuem as seguintes propriedades: para um ponto
qualquer β, N
α
(η
β
) = δ
αβ
, onde η
0
η η
m
; a soma dos polinômios é igual à unidade,
ou seja,
()
1N
m
1
=
=
α
α
η
; a soma das derivadas primeiras dos polinômios é igual a zero.
71
Uma formulação discretizada de elementos de contorno é alcançada através
da substituição das expressões definidas em (3.34) na equação integral de contorno
(3.32), resultando em
() () () ()
∑∑∑∑
====
=+
Ne
1n
m
1
n
j
n
ij
Ne
1n
m
1
n
j
n
ijjij
tQuPuC
α
αα
α
αα
x'x'x'x'
(3.38)
onde os coeficientes
()
x'
α
n
ij
P e
(
)
x'
α
n
ij
Q são definidos em termos das integrais das
soluções fundamentais sobre os segmentos de contorno Γ
n
(com dΓ
n
= J
n
(η)dη, onde
J
n
(η) é o Jacobiano da transformação de coordenadas) da seguinte maneira:
( ) () ()
[]
()
+
=
1
1
nij
n
ij
dJ,TNP
ηηηη
α
α
xx'x'
(3.39)
( ) () ()
[]
()
+
=
1
1
nij
n
ij
dJ,UNQ
ηηηη
α
α
xx'x' (3.40)
O Jacobiano da transformação de coordenadas é dado por
13
()
2
m
1
n
2
2
m
1
n
1
2
2
2
1
n
x
d
dN
x
d
dN
d
dx
d
dx
J
+
=
+
=
==
α
α
α
α
α
α
ηηηη
η
(3.41)
O método mais direto de solução da equação (3.38) é o método de
colocação pontual, ou seja, essa equação é avaliada nos pontos nodais x
c
, para c =
1, 2, ..., Nn
, onde Nn corresponde ao número total de nós de contorno, gerando,
desse modo, um sistema algébrico de equações que pode ser facilmente resolvido,
após a aplicação das condições de contorno prescritas do problema, para
determinar os valores das incógnitas de deslocamentos e forças de superfície.
Assim:
∑∑∑∑
====
=+
Ne
1n
m
1
n
j
cn
ij
Ne
1n
m
1
n
j
cn
ij
c
j
c
ij
tQuPuC
α
αα
α
αα
c = 1, 2, ..., Nn (3.42)
O duplo somatório no lado esquerdo de (3.42) deve ser avaliado mantendo-
se em mente que alguns nós são compartilhados entre elementos. Uma vez que os
valores de deslocamentos são definidos de maneira única nesses nós, esse
somatório pode, então, ser combinado em um único somatório sobre todos os nós
de contorno, ou seja,
13
ALIABADI, M. H. The Boundary Element Method, Vol. 2, Applications in Solids and
Structures. Chippenham: John Wiley & Sons, 2002. p. 45.
72
∑∑
===
=+
Ne
1n
m
1
n
j
cn
ij
Nn
1
j
c
ij
c
j
c
ij
tGuHuC
α
αα
γ
γγ
c = 1, 2, ..., Nn (3.43)
onde
γ
c
ij
H é formado da combinação de coeficientes
α
cn
ij
P e
α
cn
ij
G é igual aos
coeficientes
α
cn
ij
Q .
Definindo
=+=
=
γ
γ
γγ
γγ
cquandoCHH
cquandoHH
c
ij
c
ij
c
ij
c
ij
c
ij
resulta
∑∑
===
=
Ne
1n
m
1
n
j
cn
ij
Nn
1
j
c
ij
tGuH
α
αα
γ
γγ
c = 1, 2, ..., Nn (3.44)
Essa equação pode ser escrita em forma matricial como
tGuH
=
onde H é uma matriz de dimensões 2Nn x 2Nn; G é uma matriz de dimensões 2Nn x
2(Ne)(m); u é um vetor com 2Nn componentes e t é um vetor com 2(Ne)(m)
componentes. Após a substituição das condições de contorno prescritas para o
problema, o sistema de equações anterior produz o sistema algébrico
FYA
=
onde o vetor Y contém todas as incógnitas (deslocamentos ou forças de superfície)
do problema; a matriz de coeficientes A é formada de colunas de H e G; o vetor F é
formado de colunas de
H e G multiplicadas pelas condições de contorno prescritas.
Uma vez que esse sistema esteja resolvido, todos os valores das incógnitas de
contorno serão conhecidos.
Da expressão (3.44) é possível deduzir que as submatrizes diagonais de H,
as quais contêm os coeficientes
c
ij
C , podem ser avaliadas indiretamente a partir de
uma consideração de movimento de corpo rígido, ou seja, se for imposto ao
problema somente condições de contorno de deslocamentos, tem-se
0uH
=
e, desse modo,
=
=
Nn
c1
c
ij
cc
ij
HH
γγ
γ
(3.45)
73
A expressão (3.45) só é válida para domínios finitos. Para domínios infinitos
as condições de regularidade no infinito não são mais satisfeitas, isso porque um
movimento de corpo rígido assume
(
)
(
)
1Ou
j
=
x
Nessa situação, a condição de regularidade torna-se
()() ()()
[]
() ( ) ()
xΓxx'xΓxxx'xxx'
ΓΓ
jij
0
jjijjij
0
ud,Tlimudt,Uu,Tlim ==
ρ
ρ
ρ
ρ
ρ
ρ
e a seguinte relação é obtida
=
=
Nn
c1
c
ijij
cc
ij
HH
γγ
γ
δ
(3.46)
3.8.1 Formação do Sistema de Equações
Para ilustrar a aplicação da equação (3.42) far-se-á uso das malhas modelo
apresentadas na Figura 3.13 e na Figura 3.14, para os casos de elementos de
contorno lineares e quadráticos, respectivamente.
3.8.1.1 Elementos Lineares
Aplicando a equação
(3.42), quando o ponto fonte é o Nó 1, resulta
()
=+++++
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n1
12
2n
1
2n1
11
1n
2
1n1
12
1n
1
1n1
11
1
2
1
12
1
1
1
11
uPuPuPuPuCuC
()
=
=
+++=
4Ne
1n
2n
2
2n1
12
2n
1
2n1
11
1n
2
1n1
12
1n
1
1n1
11
tQtQtQtQ (i)
()
=+++++
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n1
22
2n
1
2n1
21
1n
2
1n1
22
1n
1
1n1
21
1
2
1
22
1
1
1
21
uPuPuPuPuCuC
()
=
=
+++=
4Ne
1n
2n
2
2n1
22
2n
1
2n1
21
1n
2
1n1
22
1n
1
1n1
21
tQtQtQtQ (ii)
74
FIGURA 3.13 – Malha modelo formada por elementos de contorno lineares
Em forma matricial, essas equações passam a ser agrupadas do seguinte
modo:
=
+
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2n1
22
2n1
21
1n1
22
1n1
21
2n1
12
2n1
11
1n1
12
1n1
11
1
2
1
1
1
22
1
21
1
12
1
11
u
u
u
u
PPPP
PPPP
u
u
CC
CC
=
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2n1
22
2n1
21
1n1
22
1n1
21
2n1
12
2n1
11
1n1
12
1n1
11
t
t
t
t
QQQQ
QQQQ
De maneira análoga, para o Nó 2,
=
+
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2n2
22
2n2
21
1n2
22
1n2
21
2n2
12
2n2
11
1n2
12
1n2
11
2
2
2
1
2
22
2
21
2
12
2
11
u
u
u
u
PPPP
PPPP
u
u
CC
CC
75
=
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2n2
22
2n2
21
1n2
22
1n2
21
2n2
12
2n2
11
1n2
12
1n2
11
t
t
t
t
QQQQ
QQQQ
para o Nó 3,
=
+
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2n3
22
2n3
21
1n3
22
1n3
21
2n3
12
2n3
11
1n3
12
1n3
11
3
2
3
1
3
22
3
21
3
12
3
11
u
u
u
u
PPPP
PPPP
u
u
CC
CC
=
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2n3
22
2n3
21
1n3
22
1n3
21
2n3
12
2n3
11
1n3
12
1n3
11
t
t
t
t
QQQQ
QQQQ
e para o Nó 4,
=
+
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2n4
22
2n4
21
1n4
22
1n4
21
2n4
12
2n4
11
1n4
12
1n4
11
4
2
4
1
4
22
4
21
4
12
4
11
u
u
u
u
PPPP
PPPP
u
u
CC
CC
=
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2n4
22
2n4
21
1n4
22
1n4
21
2n4
12
2n4
11
1n4
12
1n4
11
t
t
t
t
QQQQ
QQQQ
ou, de maneira equivalente,
=
+
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2cn
22
2cn
21
1cn
22
1cn
21
2cn
12
2cn
11
1cn
12
1cn
11
c
2
c
1
c
22
c
21
c
12
c
11
u
u
u
u
PPPP
PPPP
u
u
CC
CC
=
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2cn
22
2cn
21
1cn
22
1cn
21
2cn
12
2cn
11
1cn
12
1cn
11
t
t
t
t
QQQQ
QQQQ
c = 1, 2, ..., Nn = 4
76
Tendo em mente que alguns nós são compartilhados entre elementos e que
os valores dos deslocamentos são definidos de maneira única nesses nós, o
somatório à esquerda na expressão anterior pode ser avaliado da seguinte maneira:
=
=
+
4Ne
1n
2n
2
2n
1
2cn
22
2cn
21
2cn
12
2cn
11
1n
2
1n
1
1cn
22
1cn
21
1cn
12
1cn
11
u
u
PP
PP
u
u
PP
PP
Expandindo o somatório obtém-se
11
2
11
1
11c
22
11c
21
11c
12
11c
11
u
u
PP
PP
+
12
2
12
1
12c
22
12c
21
12c
12
12c
11
u
u
PP
PP
+
+
21
2
21
1
21c
22
21c
21
21c
12
21c
11
u
u
PP
PP
+
22
2
22
1
22c
22
22c
21
22c
12
22c
11
u
u
PP
PP
+
+
31
2
31
1
31c
22
31c
21
31c
12
31c
11
u
u
PP
PP
+
32
2
32
1
32c
22
32c
21
32c
12
32c
11
u
u
PP
PP
+
+
41
2
41
1
41c
22
41c
21
41c
12
41c
11
u
u
PP
PP
+
42
2
42
1
42c
22
42c
21
42c
12
42c
11
u
u
PP
PP
As parcelas que apresentam a mesma cor devem ser combinadas, pois
possuem nós comuns a um mesmo elemento, isto é: o nó 2 do elemento 1 é o nó 1
do elemento 2; o nó 2 do elemento 2 é o nó 1 elemento 3; o nó 2 do elemento 3 é o
1 do elemento 4; o nó 2 do elemento 4 é o nó 1 do elemento 1. Adotando uma
notação do tipo nó
γ
= 1, 2, ..., Nn, ao invés da notação "nó
α
do elemento n", é
possível agrupar esses termos do seguinte modo:
=
=
4Nn
1
2
1
c
22
c
21
c
12
c
11
u
u
HH
HH
γ
γ
γ
γγ
γγ
A equação geral pode, agora, ser reescrita como
=
+
=
=
4Nn
1
2
1
c
22
c
21
c
12
c
11
c
2
c
1
c
22
c
21
c
12
c
11
u
u
HH
HH
u
u
CC
CC
γ
γ
γ
γγ
γγ
=
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2cn
22
2cn
21
1cn
22
1cn
21
2cn
12
2cn
11
1cn
12
1cn
11
t
t
t
t
GGGG
GGGG
c = 1, 2, ..., Nn = 4
onde
αα
cn
ij
cn
ij
QG = .
77
Agrupando todos os deslocamentos incógnitos, resulta
=
=
=
=
=
4Ne
1n
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
2cn
22
2cn
21
1cn
22
1cn
21
2cn
12
2cn
11
1cn
12
1cn
11
4Nn
1
2
1
c
22
c
21
c
12
c
11
t
t
t
t
GGGG
GGGG
u
u
HH
HH
γ
γ
γ
γγ
γγ
c = 1, 2, ..., Nn = 4
A equação anterior pode ser reescrita em forma matricial como
tGuH
=
onde H é uma matriz de dimensões 2Nn x 2Nn; G é uma matriz de dimensões 2Nn x
4Ne; u é um vetor com 2Nn componentes e t é um vetor com 4Ne componentes.
3.8.1.2 Elementos Quadráticos
Aplicando a equação (3.42), quando o ponto fonte é o Nó 1, resulta
()
=+++++++
=
=
4Ne
1n
3n
2
3n1
12
3n
1
3n1
11
2n
2
2n1
12
2n
1
2n1
11
1n
2
1n1
12
1n
1
1n1
11
1
2
1
12
1
1
1
11
uPuPuPuPuPuPuCuC
()
=
=
+++++=
4Ne
1n
3n
2
3n1
12
3n
1
3n1
11
2n
2
2n1
12
2n
1
2n1
11
1n
2
1n1
12
1n
1
1n1
11
tQtQtQtQtQtQ (i)
()
=+++++++
=
=
4Ne
1n
3n
2
3n1
22
3n
1
3n1
21
2n
2
2n1
22
2n
1
2n1
21
1n
2
1n1
22
1n
1
1n1
21
1
2
1
22
1
1
1
21
uPuPuPuPuPuPuCuC
()
=
=
+++++=
4Ne
1n
3n
2
3n1
22
3n
1
3n1
21
2n
2
2n1
22
2n
1
2n1
21
1n
2
1n1
22
1n
1
1n1
21
tQtQtQtQtQtQ (ii)
Procedendo de maneira análoga para os demais nós de contorno, é possível
resumir as equações resultantes numa única equação equivalente, dada por
=
+
=
=
4Ne
1n
3n
2
3n
1
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
3cn
22
3cn
21
2cn
22
2cn
21
1cn
22
1cn
21
3cn
12
3cn
11
2cn
12
2cn
11
1cn
12
1cn
11
c
2
c
1
c
22
c
21
c
12
c
11
u
u
u
u
u
u
PPPPPP
PPPPPP
u
u
CC
CC
78
FIGURA 3.14 – Malha modelo formada por elementos de contorno quadráticos
=
=
=
4Ne
1n
3n
2
3n
1
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
3cn
22
3cn
21
2cn
22
2cn
21
1cn
22
1cn
21
3cn
12
3cn
11
2cn
12
2cn
11
1cn
12
1cn
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
c = 1, 2, ..., Nn = 8
Tendo em mente que alguns nós são compartilhados entre elementos e que
os valores dos deslocamentos são definidos de maneira única nesses nós, o
somatório a esquerda na expressão anterior pode ser avaliado da seguinte maneira:
=
=
+
+
4Ne
1n
3n
2
3n
1
3cn
22
3cn
21
3cn
12
3cn
11
2n
2
2n
1
2cn
22
2cn
21
2cn
12
2cn
11
1n
2
1n
1
1cn
22
1cn
21
1cn
12
1cn
11
u
u
PP
PP
u
u
PP
PP
u
u
PP
PP
Expandindo o somatório obtém-se
11
2
11
1
11c
22
11c
21
11c
12
11c
11
u
u
PP
PP
+
12
2
12
1
12c
22
12c
21
12c
12
12c
11
u
u
PP
PP
+
13
2
13
1
13c
22
13c
21
13c
12
13c
11
u
u
PP
PP
+
+
21
2
21
1
21c
22
21c
21
21c
12
21c
11
u
u
PP
PP
+
22
2
22
1
22c
22
22c
21
22c
12
22c
11
u
u
PP
PP
+
23
2
23
1
23c
22
23c
21
23c
12
23c
11
u
u
PP
PP
+
79
+
31
2
31
1
31c
22
31c
21
31c
12
31c
11
u
u
PP
PP
+
32
2
32
1
32c
22
32c
21
32c
12
32c
11
u
u
PP
PP
+
33
2
33
1
33c
22
33c
21
33c
12
33c
11
u
u
PP
PP
+
+
41
2
41
1
41c
22
41c
21
41c
12
41c
11
u
u
PP
PP
+
42
2
42
1
42c
22
42c
21
42c
12
42c
11
u
u
PP
PP
+
43
2
43
1
43c
22
43c
21
43c
12
43c
11
u
u
PP
PP
As parcelas que apresentam a mesma cor devem ser combinadas, pois
possuem nós comuns a um mesmo elemento, isto é: o nó 3 do elemento 1 é o nó 1
do elemento 2; o nó 3 do elemento 2 é o nó 1 elemento 3; o nó 3 do elemento 3 é o
1 do elemento 4; o nó 3 do elemento 4 é o nó 1 do elemento 1. Adotando uma
notação do tipo nó
γ
= 1, 2, ..., Nn, ao invés da notação "nó
α
do elemento n", é
possível agrupar esses termos do seguinte modo:
=
=
8Nn
1
2
1
c
22
c
21
c
12
c
11
u
u
HH
HH
γ
γ
γ
γγ
γγ
A equação geral pode, agora, ser reescrita como
=
+
=
=
8Nn
1n
2
1
c
22
c
21
c
12
c
11
c
2
c
1
c
22
c
21
c
12
c
11
u
u
HH
HH
u
u
CC
CC
γ
γ
γγ
γγ
=
=
=
4Ne
1n
3n
2
3n
1
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
3cn
22
3cn
21
2cn
22
2cn
21
1cn
22
1cn
21
3cn
12
3cn
11
2cn
12
2cn
11
1cn
12
1cn
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
c = 1, 2, ..., Nn = 8
onde
αα
cn
ij
cn
ij
QG = .
Agrupando todos os deslocamentos incógnitos, resulta
=
=
=
=
=
4Ne
1n
3n
2
3n
1
2n
2
2n
1
1n
2
1n
1
3cn
22
3cn
21
2cn
22
2cn
21
1cn
22
1cn
21
3cn
12
3cn
11
2cn
12
2cn
11
1cn
12
1cn
11
8Nn
1
2
1
c
22
c
21
c
12
c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
u
u
HH
HH
γ
γ
γ
γγ
γγ
c = 1, 2, ..., Nn = 8
A equação anterior pode ser reescrita em forma matricial como
tGuH
=
80
onde H é uma matriz de dimensões 2Nn x 2Nn; G é uma matriz de dimensões 2Nn x
6Ne; u é um vetor com 2Nn componentes e t é um vetor com 6Ne componentes.
3.8.2 Integração
A avaliação dos coeficientes
α
cn
ij
P e
α
cn
ij
Q , dados pelas expressões (3.39) e
(3.40), respectivamente, quando o ponto fonte c não coincide com nenhum dos nós
do elemento n, não apresenta maiores dificuldades e pode ser alcançada através do
processo de quadratura de Gauss convencional. No entanto, quando o ponto fonte c
é um dos nós do elemento n, as expressões (3.39) e (3.40) apresentarão
singularidades e precisam ser avaliadas de maneira ligeiramente diferente. As
próximas seções descrevem o processo matemático necessário para contornar essa
dificuldade, tanto para elementos lineares quanto para elementos quadráticos.
3.8.2.1 Elementos Lineares – Coeficientes
α
cn
ij
Q
A expressão (3.40) pode ser reescrita como
() ()
[]
()
+
=
1
1
n
cn
ij
cn
ij
dJrUNQ
ηηηη
α
α
(3.47)
Para problemas lineares, as funções de interpolação são dadas por
() ()
ηη
= 1
2
1
N
1
() ()
ηη
+= 1
2
1
N
2
(3.48)
e a geometria do contorno, por sua vez, é dada por
()
=
=
2
1
jj
xNx
α
α
α
η
j = 1, 2 (3.49)
Desse modo, as coordenadas de um ponto qualquer no contorno são escritas como
(
)
(
)
() ()
+=
+=
2
22
1
21
g
2
2
12
1
11
g
1
xNxNx
xNxNx
ηη
ηη
(3.50)
Substituindo (3.48) em (3.50) resulta
81
(
)
(
)
()()
++=
++=
1
2
2
2
1
2
2
2
g
2
1
1
2
1
1
1
2
1
g
1
xx
2
1
xx
2
1
x
xx
2
1
xx
2
1
x
η
η
(3.51)
Utilizando (3.51) em (3.41) é possível determinar J
n
(η), logo
()
()()
L
2
1
xx
2
1
xx
2
1
d
dx
d
dx
J
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
2
2
2
1
n
=
+
=
+
=
ηη
η
(3.52)
onde L é o comprimento do elemento n que está sendo integrado.
Voltando à expressão (3.47), a solução fundamental é expressa por
()
[]
()
()
()
() ()
+
=
ηηδ
η
ν
νπμ
η
jiij
cn
ij
,r,r
r
1
ln43
18
1
rU (3.53)
ou, então,
()
[]
()
()
() ()
() ()
ηη
νπμ
δ
ηνπμ
ν
η
jiij
cn
ij
,r,r
18
1
r
1
ln
18
43
rU
+
=
(3.54)
Definindo
(
)
()
νπμ
ν
=
18
43
1CTE
()
νπμ
=
18
1
2CTE (3.55)
a solução fundamental torna-se
()
[]
()
() ()
ηηδ
η
η
jiij
cn
ij
,r,r2CTE
r
1
ln1CTErU +
=
(3.56)
e, desse modo, a expressão (3.47) é reescrita na forma
()
()
() () ()
2
L
d,r,rN2CTE
2
L
d
r
1
lnN1CTEQ
1
1
ji
1
1
ij
cn
ij
+
+
+
=
ηηηηηδ
η
η
αα
α
(3.57)
Na determinação dos termos
(
)
η
r
e
(
)
(
)
η
η
ji
,r,r , dois casos devem ser
considerados, de acordo com a posição do ponto fonte c dentro do elemento n,
conforme ilustra a Figura 3.15: o Caso 1 corresponde ao ponto fonte localizado no nó
inicial do elemento; o Caso 2 corresponde ao ponto fonte localizado no nó final do
elemento.
82
FIGURA 3.15 – Relação entre os sistemas de coordenadas adimensionais para elementos de
contorno lineares conforme a posição do ponto fonte dentro do elemento
Caso 1:
()
(
)
(
)
2
1
2
g
2
2
1
1
g
1
xxxxr +=
η
(
)
()
(
)
()
()
()
+=
+=
1
2
2
2
1
2
g
2
1
1
2
1
1
1
g
1
xx1
2
1
xx
xx1
2
1
xx
η
η
() ()
(
)
(
)
()
ηηη
+=++= 1L
2
1
xxxx1
2
1
r
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
(3.58)
() ()
(
)
()
(
)
()
(
)
2
2
1
1
2
1
1
1
g
1
1
1
g
1
11
L
xx
r
xx
r
xx
,r,r
=
=
ηη
ηη
(3.59)
() ()
(
)
()
(
)
()
(
)
2
2
1
2
2
2
1
2
g
2
1
2
g
2
22
L
xx
r
xx
r
xx
,r,r
=
=
ηη
ηη
(3.60)
() ()
(
)
()
(
)
()
(
)
(
)
2
1
2
2
2
1
1
2
1
1
2
g
2
1
1
g
1
21
L
xxxx
r
xx
r
xx
,r,r
=
=
ηη
ηη
(3.61)
83
Caso 2:
()
(
)
(
)
2
2
2
g
2
2
2
1
g
1
xxxxr +=
η
(
)
()
(
)
()
()
()
=
=
2
2
1
2
2
2
g
2
2
1
1
1
2
1
g
1
xx1
2
1
xx
xx1
2
1
xx
η
η
() ()
(
)
(
)
()
ηηη
=+= 1L
2
1
xxxx1
2
1
r
2
2
2
1
2
2
2
1
1
1
(3.62)
() ()
(
)
()
(
)
()
(
)
2
2
2
1
1
1
2
1
g
1
2
1
g
1
11
L
xx
r
xx
r
xx
,r,r
=
=
ηη
ηη
(3.63)
() ()
(
)
()
(
)
()
(
)
2
2
2
2
1
2
2
2
g
2
2
2
g
2
22
L
xx
r
xx
r
xx
,r,r
=
=
ηη
ηη
(3.64)
() ()
(
)
()
(
)
()
(
)
(
)
2
2
2
1
2
2
1
1
1
2
2
g
2
2
1
g
1
21
L
xxxx
r
xx
r
xx
,r,r
=
=
ηη
ηη
(3.65)
Substituindo esses resultados na equação (3.57) resulta
Caso 1:
() () ()
2
L
dN,r,r2CTE
2
L
d1L
2
1
lnN1CTEQ
1
1
ji
1
1
ij
cn
ij
+
+
+
+=
ηηηδηη
αα
α
() () ()
+
+
+=
+
+
2
L
d
2
1
lnNdLlnN1CTEQ
1
1
ij
1
1
ij
cn
ij
ηδ
η
ηηδη
αα
α
()
2
L
dN,r,r2CTE
1
1
ji
+
+
ηη
α
() () ()
+
+
=
+
+
2
L
dNLln1CTE
2
L
d
2
1
lnN1CTEQ
1
1
ij
1
1
ij
cn
ij
ηδηηδ
η
η
αα
α
()
2
L
dN,r,r2CTE
1
1
ji
+
+
ηη
α
(3.66)
Caso 2:
() () ()
2
L
dN,r,r2CTE
2
L
d1L
2
1
lnN1CTEQ
1
1
ji
1
1
ij
cn
ij
+
+
+
=
ηηηδηη
αα
α
() () ()
+
+=
+
+
2
L
d
2
1
lnNdLlnN1CTEQ
1
1
ij
1
1
ij
cn
ij
ηδ
η
ηηδη
αα
α
()
2
L
dN,r,r2CTE
1
1
ji
+
+
ηη
α
84
() () ()
+
=
+
+
2
L
dNLln1CTE
2
L
d
2
1
lnN1CTEQ
1
1
ij
1
1
ij
cn
ij
ηδηηδ
η
η
αα
α
()
2
L
dN,r,r2CTE
1
1
ji
+
+
ηη
α
(3.67)
As singularidades na primeira integral em (3.66) e na primeira integral em
(3.67) podem ser contornadas através das transformações de coordenadas
apresentadas na Figura 3.15, ou seja,
Caso 1:
2
1
1c
η
ξ
+
==
(3.68)
Caso 2:
2
1
2c
η
ξ
== (3.69)
Consequentemente, novas funções de interpolação serão obtidas para cada
caso da posição do ponto fonte, isto é,
Caso 1:
(
)
(
)
ξ
ξ
=
1N
1
(
)
ξ
ξ
=
2
N (3.70)
Caso 2:
(
)
ξ
ξ
=
1
N
(
)
(
)
ξ
ξ
=
1N
2
(3.71)
Também são encontradas novas relações (3.51) e (3.52) para cada caso da
posição do ponto fonte.
Caso 1:
(
)
()
+=
+=
1
2
1
2
2
2
g
2
1
1
1
1
2
1
g
1
xxxx
xxxx
ξ
ξ
(3.72)
()
()()
Lxxxx
d
dx
d
dx
J
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
2
2
2
1
n
=+=
+
=
ξξ
ξ
(3.73)
Caso 2:
(
)
()
+=
+=
2
2
1
2
2
2
g
2
2
1
1
1
2
1
g
1
xxxx
xxxx
ξ
ξ
(3.74)
()
()()
Lxxxx
d
dx
d
dx
J
2
1
2
2
2
2
1
1
2
1
2
2
2
1
n
=+=
+
=
ξξ
ξ
(3.75)
Substituindo (3.68) e (3.69) em (3.66) e (3.67), respectivamente, obtém-se
85
Caso 1:
() () () ()
+=
+
+
2
L
dNLln1CTE
2
L
d2lnN1CTEQ
1
1
ij
1
0
ij
cn
ij
ηδηξδξξ
αα
α
()
2
L
dN,r,r2CTE
1
1
ji
+
+
ηη
α
() () ()
+
=
+
+
2
L
dNLln1CTELd
1
lnN1CTEQ
1
1
ij
1
0
ij
cn
ij
ηδηξδ
ξ
ξ
αα
α
()
2
L
dN,r,r2CTE
1
1
ji
+
+
ηη
α
(3.76)
Caso 2:
() () ( ) () ()
+=
+
+
2
L
dNLln1CTE
2
L
d2lnN1CTEQ
1
1
ij
0
1
ij
cn
ij
ηδηξδξξ
αα
α
()
2
L
dN,r,r2CTE
1
1
ji
+
+
ηη
α
() () ()
+
=
+
+
2
L
dNLln1CTELd
1
lnN1CTEQ
1
1
ij
1
0
ij
cn
ij
ηδηξδ
ξ
ξ
αα
α
()
2
L
dN,r,r2CTE
1
1
ji
+
+
ηη
α
(3.77)
A primeira integral em (3.76) e a primeira integral em (3.77) são avaliadas por
meio de uma quadratura de Gauss modificada, denominada quadratura de Gauss
logarítmica (para valores calculados e tabelados de pontos e pesos de Gauss para a
quadratura Gaussiana logarítmica ver, por exemplo, BREBBIA e DOMINGUEZ
14
).
Essas integrais poderiam, alternativamente, ser calculadas analiticamente.
3.8.2.2 Elementos Lineares – Coeficientes
α
cn
ij
P
A expressão (3.39) pode ser reescrita como
() ()
[]
()
+
=
1
1
n
cn
ij
cn
ij
dJrTNP
ηηηη
α
α
(3.78)
sendo que
14
BREBBIA, C. A., DOMINGUEZ, J. Boundary Elements, An Introductory Course. Boston:
Computational Mechanics Publications, 1989, p. 271.
86
()
[]
()()
(
)
()
[
]
()
()
++
=
ijjijiij
cn
ij
,rn,rn21,r,r221
n
r
r14
1
rT
νδν
η
ηνπ
η
ou
()
[]
()
()
[]
η
η
η
rf
r
1
rT
cn
ij
=
onde f [r (η)] é, nitidamente, não singular.
Verificando o comportamento da expressão (3.78), para cada caso da
posição do ponto fonte, observa-se:
Caso 1:
()
()
()
[]
() ()
()
()
[]
=
+
==
+
+
1
1
1
1
n1
1cn
ij
dL
2
1
rf
1L
2
1
1
1
2
1
dJrf
r
1
NP
ηη
η
ηηηη
η
η
()
[]
+
+
=
1
1
drf
1
1
2
1
ηη
η
η
()
()
()
[]
() ()
()
()
[]
=
+
+==
+
+
1
1
1
1
n2
2cn
ij
dL
2
1
rf
1L
2
1
1
1
2
1
dJrf
r
1
NP
ηη
η
ηηηη
η
η
()
[]
+
=
1
1
drf
2
1
ηη
(Conclusão: apenas a primeira expressão apresenta singularidade).
Caso 2:
()
()
()
[]
() ()
()
()
[]
=
==
+
+
1
1
1
1
n1
1cn
ij
dL
2
1
rf
1L
2
1
1
1
2
1
dJrf
r
1
NP
ηη
η
ηηηη
η
η
()
[]
+
=
1
1
drf
2
1
ηη
()
()
()
[]
() ()
()
()
[]
=
+==
+
+
1
1
1
1
n2
2cn
ij
dL
2
1
rf
1L
2
1
1
1
2
1
dJrf
r
1
NP
ηη
η
ηηηη
η
η
()
[]
+
+
=
1
1
drf
1
1
2
1
ηη
η
η
(Conclusão: apenas a segunda expressão apresenta singularidade).
Os coeficientes
α
cn
ij
P singulares são exatamente os coeficientes que
compõem as submatrizes diagonais de H, as quais são calculadas indiretamente
87
através de consideração de movimento de corpo rígido, como discutido
anteriormente. A conclusão é que, para efeitos de implementação computacional, a
avaliação dos coeficientes
α
cn
ij
P , quando c é um dos nós do elemento n, pode ser
feita através da quadratura de Gauss convencional, pois os coeficientes singulares,
calculados imprecisamente através desse processo, são desprezados e
recalculados em função dos demais coeficientes, resultantes de integrações não
singulares e, portanto, precisamente avaliados.
3.8.2.3 Elementos Quadráticos – Coeficientes
α
cn
ij
Q
A expressão (3.40) pode ser reescrita como
() ()
[]
()
+
=
1
1
n
cn
ij
cn
ij
dJrUNQ
ηηηη
α
α
(3.79)
Para problemas quadráticos, as funções de interpolação são dadas por
()
1
2
1
N
1
=
ηη
2
2
1N
η
=
()
1
2
1
N
2
+=
ηη
(3.80)
e a geometria do contorno, por sua vez, é dada por
()
=
=
3
1
jj
xNx
α
α
α
η
j = 1, 2 (3.81)
Desse modo, as coordenadas de um ponto qualquer no contorno são escritas como
(
)
(
)
(
)
() () ()
++=
++=
3
23
2
22
1
21
g
2
3
13
2
12
1
11
g
1
xNxNxNx
xNxNxNx
ηηη
ηηη
(3.82)
Substituindo (3.80) em (3.82) resulta
(
)
(
)
()()
+++=
+++=
2
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
g
2
2
1
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
g
1
xxx
2
1
xx2x
2
1
x
xxx
2
1
xx2x
2
1
x
ηη
ηη
(3.83)
Utilizando (3.83) em (3.41) é possível determinar J
n
(η), logo
()
=
+
=
2
2
2
1
n
d
dx
d
dx
J
ηη
η
()()( )()
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
xx
2
1
xx2xxx
2
1
xx2x
+++
++=
ηη
(3.84)
88
Voltando à expressão (3.79), a solução fundamental é expressa por
()
[]
()
()
()
() ()
+
=
ηηδ
η
ν
νπμ
η
jiij
cn
ij
,r,r
r
1
ln43
18
1
rU
(3.85)
ou, então,
()
[]
()
()
() ()
() ()
ηη
νπμ
δ
ηνπμ
ν
η
jiij
cn
ij
,r,r
18
1
r
1
ln
18
43
rU
+
=
(3.86)
Definindo novamente
(
)
()
νπμ
ν
=
18
43
1CTE
()
νπμ
=
18
1
2CTE
(3.87)
a solução fundamental torna-se
()
[]
()
() ()
ηηδ
η
η
jiij
cn
ij
,r,r2CTE
r
1
ln1CTErU +
=
(3.88)
e, desse modo, a expressão (3.79) é reescrita na forma
()
()
()
+
=
+
1
1
nij
cn
ij
dJ
r
1
lnN1CTEQ
ηηδ
η
η
α
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
(3.89)
Na determinação dos termos
(
)
η
r e
(
)
(
)
η
η
ji
,r,r , três casos devem ser
considerados, de acordo com a posição do ponto fonte c dentro do elemento n,
conforme ilustra a Figura 3.16: o Caso 1 corresponde ao ponto fonte localizado no nó
inicial do elemento; o Caso 2 corresponde ao ponto fonte localizado no nó
intermediário do elemento; o
Caso 3 corresponde ao ponto fonte localizado no nó
final do elemento.
Caso 1:
()
(
)
(
)
2
1
2
g
2
2
1
1
g
1
xxxxr +=
η
()
()
()()
()
()
()()
+++=
+++=
1
2
2
2
3
2
2
2
1
2
1
2
g
2
1
1
2
1
3
1
2
1
1
1
1
1
g
1
xxxx2x
2
1
1xx
xxxx2x
2
1
1xx
ηη
ηη
89
()
()()
()()
2
1
2
2
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
2
1
3
1
2
1
1
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
1r
+++
+
++
+=
η
η
ηη
(3.90)
FIGURA 3.16 – Relação entre os sistemas de coordenadas adimensionais para elementos de
contorno quadráticos conforme a posição do ponte fonte dentro do elemento
() ()
(
)
()
(
)
()
=
=
ηη
ηη
r
xx
r
xx
,r,r
1
1
g
1
1
1
g
1
11
()()
()()()()
2
1
2
2
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
2
1
3
1
2
1
1
1
2
1
1
2
1
3
1
2
1
1
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
+++
++
++
=
ηη
η
(3.91)
() ()
(
)
()
(
)
()
=
=
ηη
ηη
r
xx
r
xx
,r,r
1
2
g
2
1
2
g
2
22
()()
()()()()
2
1
2
2
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
2
1
3
1
2
1
1
1
2
1
2
2
2
3
2
2
2
1
2
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
+++
++
++
=
ηη
η
(3.92)
() ()
(
)
()
(
)
()
=
=
ηη
ηη
r
xx
r
xx
,r,r
1
2
g
2
1
1
g
1
21
90
()
(
)
(
)( )
()()()()
2
1
2
2
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
2
1
3
1
2
1
1
1
1
2
2
2
3
2
2
2
1
2
1
1
2
1
3
1
2
1
1
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
+++
++
++
++
=
ηη
ηη
(3.93)
Caso 2:
()
(
)
(
)
2
2
2
g
2
2
2
1
g
1
xxxxr +=
η
()
(
)
(
)
[
]
()
()()
[]
++=
++=
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
2
g
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
1
g
1
xxxx2x
2
1
xx
xxxx2x
2
1
xx
ηη
ηη
()
(
)
(
)
[
]
()()
[]
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
xxxx2x
xxxx2x
2
1
r
+++
+++
=
η
η
ηη
(3.94)
() ()
(
)
()
(
)
()
=
=
ηη
ηη
r
xx
r
xx
,r,r
2
1
g
1
2
1
g
1
11
(
)
(
)
[]
()()
[]
()()
[]
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
xxxx2xxxxx2x
xxxx2x
+++++
++
=
ηη
η
(3.95)
() ()
(
)
()
(
)
()
=
=
ηη
ηη
r
xx
r
xx
,r,r
2
2
g
2
2
2
g
2
22
(
)
(
)
[
]
()()
[]
()()
[]
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
xxxx2xxxxx2x
xxxx2x
+++++
++
=
ηη
η
(3.96)
() ()
(
)
()
(
)
()
=
=
ηη
ηη
r
xx
r
xx
,r,r
2
2
g
2
2
1
g
1
21
()()
[]
()()
[]
()()
[]
()()
[]
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
xxxx2xxxxx2x
xxxx2xxxxx2x
+++++
++++
=
ηη
ηη
(3.97)
Caso 3:
()
(
)
(
)
2
3
2
g
2
2
3
1
g
1
xxxxr +=
η
()
()
()()
()
()
()()
++=
++=
2
2
3
2
3
2
2
2
1
2
3
2
g
2
2
1
3
1
3
1
2
1
1
1
3
1
g
1
xxxx2x
2
1
1xx
xxxx2x
2
1
1xx
ηη
ηη
91
()
()()
()()
2
2
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
2
1
3
1
3
1
2
1
1
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
1r
+++
+
++
=
η
η
ηη
(3.98)
() ()
(
)
()
(
)
()
=
=
ηη
ηη
r
xx
r
xx
,r,r
3
1
g
1
3
1
g
1
11
()()
()()()()
2
2
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
2
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
2
1
3
1
3
1
2
1
1
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
+++
++
++
=
ηη
η
(3.99)
() ()
(
)
()
(
)
()
=
=
ηη
ηη
r
xx
r
xx
,r,r
3
2
g
2
3
2
g
2
22
()()
()()()()
2
2
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
2
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
2
2
3
2
3
2
2
2
1
2
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
+++
++
++
=
ηη
η
(3.100)
() ()
(
)
()
(
)
()
=
=
ηη
ηη
r
xx
r
xx
,r,r
3
2
g
2
3
1
g
1
21
()
(
)
(
)( )
()()()()
2
2
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
2
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
1
3
1
3
1
2
1
1
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
xxxx2x
2
1
+++
++
++
++
=
ηη
ηη
(3.101)
Substituindo esses resultados na equação (3.89) resulta
Caso 1:
(
)
(
)
ηηη
f1r +=
() ()
(
)
()
++=
+
1
1
nij
cn
ij
dJf1lnN1CTEQ
ηηδηηη
α
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
()
()
() () ()() ()
+
++=
+
+
1
1
nij
1
1
nij
cn
ij
dJflnNdJ1lnN1CTEQ
ηηδηηηηδηη
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
()
()
() () ()() ()
+
+
+=
1
1
nij
1
1
nij
cn
ij
dJflnN1CTEdJ1lnN1CTEQ
ηηδηηηηδηη
αα
α
92
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
(3.102)
Caso 2:
() ()
ηηη
f
2
1
r =
() () ()
+
=
+
1
1
nij
cn
ij
dJf
2
1
lnN1CTEQ
ηηδηηη
α
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
()
()
() () () ()
+
+=
+
+
1
1
nij
1
1
nij
cn
ij
dJf
2
1
lnNdJlnN1CTEQ
ηηδηηηηδηη
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
()
()
() () () ()
+
+
=
1
1
nij
1
1
nij
cn
ij
dJf
2
1
lnN1CTEdJlnN1CTEQ
ηηδηηηηδηη
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
()
(
)
() ()
()
()
+
=
1
0
nij
0
1
nij
cn
ij
dJlnN1CTEdJlnN1CTEQ
ηηδηηηηδηη
αα
α
() () () () () () ()
+
+
+
1
1
nji
1
1
nij
dJ,r,rN2CTEdJf
2
1
lnN1CTE
ηηηηηηηδηη
αα
(3.103)
Caso 3:
(
)
(
)
ηηη
f1r =
() ()
(
)
()
+=
+
1
1
nij
cn
ij
dJf1lnN1CTEQ
ηηδηηη
α
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
()
()
() () ()() ()
+
+=
+
+
1
1
nij
1
1
nij
cn
ij
dJflnNdJ1lnN1CTEQ
ηηδηηηηδηη
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
()
()
() () ()() ()
+
+
=
1
1
nij
1
1
nij
cn
ij
dJflnN1CTEdJ1lnN1CTEQ
ηηδηηηηδηη
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
(3.104)
93
As singularidades na primeira integral em (3.102), na primeira e na segunda
integrais em (3.103) e na primeira integral em (3.104) podem ser contornadas através
das transformações de coordenadas apresentadas na Figura 3.16, ou seja,
Caso 1:
2
1
1c
η
ξ
+
== (3.105)
Caso 2:
η
ξ
η
ξ
=
=
= 'e2c (3.106)
Caso 3:
2
1
3c
η
ξ
== (3.107)
Consequentemente, novas funções de interpolação serão obtidas para cada
caso da posição do ponte fonte, isto é,
Caso 1:
()
(
)( )
112N
1
=
ξ
ξ
ξ
(
)
(
)
ξ
ξ
ξ
=
14N
2
(
)( )
12N
3
=
ξ
ξ
ξ
(3.108)
Caso 2:
() ()
1
2
1
N
1
=
ξξξ
(
)
2
2
1N
ξξ
=
() ()
1
2
1
N
3
+=
ξξξ
(3.109)
() ()
1''
2
1
'N
1
+=
ξξξ
(
)
(
)
2
2
'1'N
ξξ
=
() ()
1''
2
1
'N
3
=
ξξξ
(3.110)
Caso 3:
() ( )
12N
1
=
ξ
ξ
ξ
(
)
(
)
ξ
ξ
ξ
=
14N
2
(
)
(
)( )
112N
3
=
ξ
ξ
ξ
(3.111)
Também são encontradas novas relações (3.83) e (3.84) para cada caso da
posição do ponto fonte.
Caso 1:
()
(
)
()( )
++++=
++++=
1
2
3
2
2
2
1
2
3
2
2
2
1
2
2
g
2
1
1
3
1
2
1
1
1
3
1
2
1
1
1
2
g
1
xxx4x3xx2x2x
xxx4x3xx2x2x
ξξ
ξξ
(3.112)
()
(
)
(
)
[
]
()( )
[]
2
3
2
2
2
1
2
3
2
2
2
1
2
2
3
1
2
1
1
1
3
1
2
1
1
1
2
2
2
1
n
xx4x3xx2x4
xx4x3xx2x4
d
dx
d
dx
J
++++
++++
=
+
=
ξ
ξ
ξξ
ξ
(3.113)
94
Caso 2:
(
)
(
)
()()
+++=
+++=
2
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
g
2
2
1
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
g
1
xxx
2
1
xx2x
2
1
x
xxx
2
1
xx2x
2
1
x
ξξ
ξξ
(3.114)
()
()()
()
()
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
2
2
1
n
xx
2
1
xx2x
xx
2
1
xx2x
d
dx
d
dx
J
+++
+
++
=
+
=
ξ
ξ
ξξ
ξ
(3.115)
()
(
)
(
)
()
()()
++=
++=
2
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
g
2
2
1
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
g
1
xxx'
2
1
xx2x'
2
1
x
xxx'
2
1
xx2x'
2
1
x
ξξ
ξξ
(3.116)
()
()()
()
()
2
1
2
3
2
3
2
2
2
1
2
2
1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
2
2
1
n
xx
2
1
xx2x'
xx
2
1
xx2x'
'd
dx
'd
dx
'J
++
+
+
=
+
=
ξ
ξ
ξξ
ξ
(3.117)
Caso 3:
()
(
)
()( )
++++=
++++=
3
2
3
2
2
2
1
2
3
2
2
2
1
2
2
g
2
3
1
3
1
2
1
1
1
3
1
2
1
1
1
2
g
1
xx3x4xxx2x2x
xx3x4xxx2x2x
ξξ
ξξ
(3.118)
()
(
)
(
)
[
]
()( )
[]
2
3
2
2
2
1
2
3
2
2
2
1
2
2
3
1
2
1
1
1
3
1
2
1
1
1
2
2
2
1
n
x3x4xxx2x4
x3x4xxx2x4
d
dx
d
dx
J
++++
++++
=
+
=
ξ
ξ
ξξ
ξ
(3.119)
Substituindo (3.105), (3.106) e (3.107) em (3.102), (3.103) e (3.104),
respectivamente, obtém-se
Caso 1:
() ( ) () () ()() ()
+
+
=
1
1
nij
1
0
nij
cn
ij
dJflnN1CTEdJ2lnN1CTEQ
ηηδηηξξδξξ
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
() () () () ()()()
+
+
=
1
1
nij
1
0
nij
cn
ij
dJf2lnN1CTEdJlnN1CTEQ
ηηδηηξξδξξ
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
95
() () () ()()()
+
+
=
1
1
nij
1
0
nij
cn
ij
dJf2lnN1CTEdJ
1
lnN1CTEQ
ηηδηηξξδ
ξ
ξ
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
(3.120)
Caso 2:
() () () () () ()
+
+
=
1
0
nij
0
1
nij
cn
ij
dJlnN1CTE'd'J'ln'N1CTEQ
ξξδξξξξδξξ
αα
α
() () () () () () ()
+
+
+
1
1
nji
1
1
nij
dJ,r,rN2CTEdJf
2
1
lnN1CTE
ηηηηηηηδηη
αα
() ( ) () () ()
+
+
=
1
0
nij
0
1
nij
cn
ij
dJlnN1CTE'd'J
'
1
ln'N1CTEQ
ξξδξξξξδ
ξ
ξ
αα
α
() () () () () () ()
+
+
+
1
1
nji
1
1
nij
dJ,r,rN2CTEdJf
2
1
lnN1CTE
ηηηηηηηδηη
αα
() () () ()
+
+
+
=
1
0
nij
0
1
nij
cn
ij
dJ
1
lnN1CTE'd'J
'
1
ln'N1CTEQ
ξξδ
ξ
ξξξδ
ξ
ξ
αα
α
() () () () () () ()
+
+
+
1
1
nji
1
1
nij
dJ,r,rN2CTEdJf
2
1
lnN1CTE
ηηηηηηηδηη
αα
(3.121)
Caso 3:
() ( ) () () ()() ()
+
+
=
1
1
nij
0
1
nij
cn
ij
dJflnN1CTEdJ2lnN1CTEQ
ηηδηηξξδξξ
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
() () () () ()()()
+
+
=
1
1
nij
0
1
nij
cn
ij
dJf2lnN1CTEdJlnN1CTEQ
ηηδηηξξδξξ
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
() () () ()()()
+
+
=
1
1
nij
0
1
nij
cn
ij
dJf2lnN1CTEdJ
1
lnN1CTEQ
ηηδηηξξδ
ξ
ξ
αα
α
() () () ()
+
+
1
1
nji
dJ,r,rN2CTE
ηηηηη
α
(3.122)
A primeira integral em (3.120), a primeira e a segunda integrais em (3.121) e
a primeira integral em
(3.122) são avaliadas por meio de uma quadratura de Gauss
modificada, denominada quadratura de Gauss logarítmica (para valores calculados e
tabelados de pontos e pesos de Gauss para a quadratura Gaussiana logarítmica ver,
96
por exemplo, BREBBIA e DOMINGUEZ
15
). Como mencionado para o caso de
elementos lineares, essas integrais poderiam, alternativamente, ser calculadas
analiticamente.
3.8.2.4 Elementos Quadráticos – Coeficientes
α
cn
ij
P
A expressão (3.39) pode ser reescrita como
() ()
[]
()
+
=
1
1
n
cn
ij
cn
ij
dJrTNP
ηηηη
α
α
(3.123)
sendo que
()
[]
()()
(
)
()
[
]
()
()
++
=
ijjijiij
cn
ij
,rn,rn21,r,r221
n
r
r14
1
rT
νδν
η
ηνπ
η
ou
()
[]
()
()
[]
η
η
η
rg
r
1
rT
cn
ij
=
onde g [r (η)] é, nitidamente, não singular.
Verificando o comportamento da expressão (3.123), para cada caso da
posição do ponto fonte, observa-se:
Caso 1:
(
)
(
)
ηηη
f1r +=
()
()
()
[]
() ()
()
()
()
[]
()
=
+
==
+
+
1
1
n
1
1
n1
1cn
ij
dJrg
f1
1
1
2
1
dJrg
r
1
NP
ηηη
ηη
ηηηηη
η
η
(
)
()
()
[]
()
+
+
=
1
1
n
dJrg
f1
1
2
1
ηηη
ηη
η
η
()
()
()
[]
() ( )( )()
()
()
()
[]
()
=
+
+==
+
+
1
1
n
1
1
n2
2cn
ij
dJrg
f1
1
11dJrg
r
1
NP
ηηη
ηη
ηηηηη
η
η
(
)
()
()
[]
()
+
=
1
1
n
dJrg
f
1
ηηη
η
η
15
BREBBIA, C. A., DOMINGUEZ, J. Boundary Elements, An Introductory Course. Boston:
Computational Mechanics Publications, 1989, p. 271.
97
()
()
()
[]
() ()
()
()
()
[]
()
=
+
+==
+
+
1
1
n
1
1
n3
3cn
ij
dJrg
f1
1
1
2
1
dJrg
r
1
NP
ηηη
ηη
ηηηηη
η
η
()
()
[]
()
+
=
1
1
n
dJrg
f2
1
ηηη
η
η
(Conclusão: apenas a primeira expressão apresenta singularidade).
Caso 2:
() ()
ηηη
f
2
1
r =
()
()
()
[]
() ()
()
()
[]
()
=
==
+
+
1
1
n
1
1
n1
1cn
ij
dJrg
f
2
1
1
1
2
1
dJrg
r
1
NP
ηηη
ηη
ηηηηη
η
η
(
)
()
()
[]
()
+
=
1
1
n
dJrg
f
1
ηηη
η
η
()
()
()
[]
() ( )( )()
()
()
[]
()
=
+==
+
+
1
1
n
1
1
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2cn
ij
dJrg
f
2
1
1
11dJrg
r
1
NP
ηηη
ηη
ηηηηη
η
η
(
)
(
)
()
()
[]
()
+
+
=
1
1
n
dJrg
f
11
2
ηηη
ηη
η
η
()
()
()
[]
() ()
()
()
[]
()
=
+==
+
+
1
1
n
1
1
n3
3cn
ij
dJrg
f
2
1
1
1
2
1
dJrg
r
1
NP
ηηη
ηη
ηηηηη
η
η
(
)
()
()
[]
()
+
+
=
1
1
n
dJrg
f
1
ηηη
η
η
(Conclusão: apenas a segunda expressão apresenta singularidade).
Caso 3:
(
)
(
)
ηηη
f1r =
()
()
()
[]
() ()
()
()
()
[]
()
=
==
+
+
1
1
n
1
1
n1
1cn
ij
dJrg
f1
1
1
2
1
dJrg
r
1
NP
ηηη
ηη
ηηηηη
η
η
()
()
[]
()
+
=
1
1
n
dJrg
f2
1
ηηη
η
η
()
()
()
[]
() ( )( )()
()
()
()
[]
()
=
+==
+
+
1
1
n
1
1
n2
2cn
ij
dJrg
f1
1
11dJrg
r
1
NP
ηηη
ηη
ηηηηη
η
η
(
)
()
()
[]
()
+
+
=
1
1
n
dJrg
f
1
ηηη
η
η
98
()
()
()
[]
() ()
()
()
()
[]
()
=
+==
+
+
1
1
n
1
1
n3
3cn
ij
dJrg
f1
1
1
2
1
dJrg
r
1
NP
ηηη
ηη
ηηηηη
η
η
(
)
()
()
[]
()
+
+
=
1
1
n
dJrg
f1
1
2
1
ηηη
ηη
η
η
(Conclusão: apenas a terceira expressão apresenta singularidade).
Os coeficientes
α
cn
ij
P singulares são exatamente os coeficientes que
compõem as submatrizes diagonais de H, as quais são calculadas indiretamente
através de consideração de movimento de corpo rígido, como discutido
anteriormente. A conclusão é que, para efeitos de implementação computacional, a
avaliação dos coeficientes
α
cn
ij
P , quando c é um dos nós do elemento n, pode ser
feita através da quadratura de Gauss convencional, pois os coeficientes singulares,
calculados imprecisamente através desse processo, são desprezados e
recalculados em função dos demais coeficientes, resultantes de integrações não
singulares e, portanto, precisamente avaliados.
3.8.3 Deslocamentos e Tensões nos Pontos Internos
É possível obter os valores dos deslocamentos e tensões nos pontos
internos a partir dos valores dos deslocamentos e forças de superfície do contorno
utilizando-se as identidades de Somigliana para deslocamentos, (3.6), e tensões,
(3.8), que podem ser discretizadas de maneira similar à expressão (3.43).
Para um ponto qualquer
X
d
, a versão discretizada de (3.6) é
∑∑
===
=
Nn
1
j
d
ij
Ne
1n
m
1
n
j
dn
ij
d
i
uHtGu
γ
γγ
α
αα
(3.124)
e a versão discretizada de (3.8) é
∑∑
===
=
Nn
1
k
d
kij
Ne
1n
m
1
n
k
dn
kij
d
ij
uStD
γ
γγ
α
αα
σ
(3.125)
99
4 CÓDIGOS COMPUTACIONAIS
4.1 Elementos Constantes
As considerações matemáticas relativas ao desenvolvimento do Método de
Elementos de Contorno utilizando elementos de contorno constantes, apresentadas
no capítulo precedente, foram implementadas no código denominado
MEC_ELASTIC_CONST, escrito em linguagem de programação Fortran 95, que consta
do CD anexo a este trabalho. Esse código é formado pelos seguintes arquivos fonte:
a) MEC_ELASTIC_CONST.f90;
b) MEC_ELASTIC_CONST_SUBROTINAS.f90.
4.1.1 Organização e Funcionamento do Código
A organização e o funcionamento desse código podem ser resumidos nas
seguintes etapas:
a) declaração do nome do programa e dos módulos e bibliotecas utilizadas;
100
b) declaração das variáveis globais e definições;
c) atribuição do número dos arquivos de entrada e saída de dados;
d) leitura do nome dos arquivos de entrada e saída de dados e abertura dos
mesmos (em caso de erro o programa encerra sua execução alertando o
usuário);
e) chamada da sub-rotina INPUT1 para leitura dos dados contidos no arquivo
de entrada de dados: leitura da linha de título do problema e linha de
parâmetros globais do problema;
f) alocação de memória para as variáveis do problema (em caso de erro o
programa encerra sua execução alertando o usuário);
g) chamada da sub-rotina INPUT2 para leitura dos demais dados contidos no
arquivo de entrada de dados;
h) chamada da sub-rotina MATRIZES_G_H para cálculo dos coeficientes das
matrizes G e H e formação do sistema AY = F;
chamada da sub-rotina INTEGRACAO_LOCAL para cálculo dos coeficientes
das submatrizes diagonais de G;
chamada da sub-rotina INTEGRACAO_EXTERNA para cálculo dos
coeficientes das submatrizes posicionadas fora das diagonais de G e H;
i) chamada da sub-rotina SOLVER para solução do sistema de equações
através do método de Gauss (em caso de erro o programa encerra sua
execução alertando o usuário);
j) chamada da sub-rotina
SOLUCAO_CONTORNO para reordenação dos valores
calculados no contorno do problema;
k) chamada da sub-rotina
PONTOS_INTERNOS para cálculo dos deslocamentos
e tensões nos pontos internos;
chamada da sub-rotina INTEGRACAO_EXTERNA para cálculo dos
coeficientes necessários para a obtenção dos deslocamentos nos
pontos internos;
chamada da sub-rotina TENSOES_INTERNAS para cálculo dos coeficientes
necessários para a obtenção das tensões nos pontos internos;
l) chamada da sub-rotina OUTPUT para transcrição dos resultados no arquivo
de saída de dados;
m) fechamento dos arquivos de entrada e saída de dados.
101
4.1.2 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados
Um exemplo de arquivo de entrada de dados para o código
MEC_ELASTIC_CONST é apresentado na Figura 4.1 (e ilustrado na Figura 4.2),
constituindo-se dos seguintes campos:
*** CAVIDADE CIRCULAR SOB PRESSAO CONSTANTE (12 ELEMENTOS CONSTANTES) ***
0 0 12 7 10 20500.0 0.3 1.0E-10 1.0E-3 1.0E-3
1 -0.7765 -2.8978
2 -2.1213 -2.1213
3 -2.8978 -0.7765
4 -2.8978 0.7765
5 -2.1213 2.1213
6 -0.7765 2.8978
7 0.7765 2.8978
8 2.1213 2.1213
9 2.8978 0.7765
10 2.8978 -0.7765
11 2.1213 -2.1213
12 0.7765 -2.8978
1 1 -50.0000 1 -86.6025
2 1 -86.6025 1 -50.0000
3 1 -100.0000 0 0.0000
4 1 -86.6025 1 50.0000
5 1 -50.0000 1 86.6025
6 0 0.0000 1 100.0000
7 1 50.0000 1 86.6025
8 1 86.6025 1 50.0000
9 1 100.0000 0 0.0000
10 1 86.6025 1 -50.0000
11 1 50.0000 1 -86.6025
12 0 0.0000 1 -100.0000
1 4.0000 0.0000
2 5.0000 0.0000
3 6.0000 0.0000
4 7.0000 0.0000
5 8.0000 0.0000
6 9.0000 0.0000
7 10.0000 0.0000
FIGURA 4.1 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_CONST
a) linha de título do problema: contém uma breve descrição do problema
analisado (máximo 100 caracteres);
b) linha de parâmetros globais do problema: índice do tipo de domínio do
problema (
0 para domínio infinito e 1 para domínio finito); índice do estado
plano adotado (
0 para Estado Plano de Deformações e 1 para Estado
Plano de Tensões); número de elementos de contorno; número de pontos
internos; número de pontos de Gauss para integração numérica (valores
possíveis: 2, 4, 8 ou 10); módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de
Young; coeficiente de Poisson; valor de tolerância adotado na solução do
sistema de equações para determinar coeficientes nulos; valor de
tolerância adotado para o arredondamento dos valores de deslocamentos
102
calculados; valor de tolerância adotado para o arredondamento dos
valores de tensões e forças de superfície calculados;
c) bloco de coordenadas dos pontos extremos dos elementos de contorno:
número do ponto; coordenada X; coordenada Y;
d) bloco de condições de contorno prescritas para os nós de contorno:
número do nó; índice do tipo de condição de contorno prescrita para a
direção X (0 para deslocamentos prescritos e 1 para forças de superfície
prescritas); valor da condição de contorno prescrita para a direção X;
índice do tipo de condição de contorno prescrita para a direção Y (0 para
deslocamentos prescritos e 1 para forças de superfície prescritas); valor
da condição de contorno prescrita para a direção Y;
e) bloco de coordenadas dos pontos internos: número do ponto; coordenada
X; coordenada Y.
FIGURA 4.2 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados
do código MEC_ELASTIC_CONST
4.2 Elementos Lineares
As considerações matemáticas relativas ao desenvolvimento do Método de
Elementos de Contorno utilizando elementos de contorno lineares, apresentadas no
103
capítulo precedente, foram implementadas no código denominado MEC_ELASTIC_LIN,
escrito em linguagem de programação Fortran 95, que consta do CD anexo a este
trabalho. Esse código é formado pelos seguintes arquivos fonte:
a) MEC_ELASTIC_LIN.f90;
b) MEC_ELASTIC_LIN_SUBROTINAS.f90.
4.2.1 Organização e Funcionamento do Código
A organização e o funcionamento desse código podem ser resumidos nas
seguintes etapas:
a) declaração do nome do programa e dos módulos e bibliotecas utilizadas;
b) declaração das variáveis globais e definições;
c) atribuição do número dos arquivos de entrada e saída de dados;
d) leitura do nome dos arquivos de entrada e saída de dados e abertura dos
mesmos (em caso de erro o programa encerra sua execução alertando o
usuário);
e) chamada da sub-rotina INPUT1 para leitura dos dados contidos no arquivo
de entrada de dados: leitura da linha de título do problema e linha de
parâmetros globais do problema;
f) alocação de memória para as variáveis do problema (em caso de erro o
programa encerra sua execução alertando o usuário);
g) chamada da sub-rotina INPUT2 para leitura dos demais dados contidos no
arquivo de entrada de dados;
h) chamada da sub-rotina MATRIZES_G_H para cálculo dos coeficientes das
matrizes G e H e formação do sistema AY = F;
chamada da sub-rotina INTEGRACAO_LOCAL_P para cálculo dos
coeficientes das submatrizes P quando o ponto fonte é um dos nós do
elemento que está sendo integrado;
chamada da sub-rotina
INTEGRACAO_LOCAL_Q para cálculo dos
coeficientes das submatrizes
Q quando o ponto fonte é um dos nós do
elemento que está sendo integrado;
104
chamada da sub-rotina INTEGRACAO_EXTERNA para cálculo dos
coeficientes das submatrizes P e Q quando o ponto fonte não é um dos
nós do elemento que está sendo integrado;
i) chamada da sub-rotina SOLVER para solução do sistema de equações
através do método de Gauss (em caso de erro o programa encerra sua
execução alertando o usuário);
j) chamada da sub-rotina SOLUCAO_CONTORNO para reordenação dos valores
calculados no contorno do problema;
k) chamada da sub-rotina PONTOS_INTERNOS para cálculo dos deslocamentos
e tensões nos pontos internos;
chamada da sub-rotina INTEGRACAO_EXTERNA para cálculo dos
coeficientes necessários para a obtenção dos deslocamentos nos
pontos internos;
chamada da sub-rotina TENSOES_INTERNAS para cálculo dos coeficientes
necessários para a obtenção das tensões nos pontos internos;
l) chamada da sub-rotina OUTPUT para transcrição dos resultados no arquivo
de saída de dados;
m) fechamento dos arquivos de entrada e saída de dados.
4.2.2 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados
Um exemplo de arquivo de entrada de dados para o código MEC_ELASTIC_LIN
é apresentado na Figura 4.3 (e ilustrado na Figura 4.4), constituindo-se dos
seguintes campos:
a) linha de título do problema: contém uma breve descrição do problema
analisado (máximo 100 caracteres);
b) linha de parâmetros globais do problema: índice do tipo de domínio do
problema (0 para domínio infinito e 1 para domínio finito); índice do estado
plano adotado (0 para Estado Plano de Deformações e 1 para Estado
Plano de Tensões); número de elementos de contorno; número de pontos
internos; número de pontos de Gauss para integração numérica (valores
105
possíveis: 2, 4, 8 ou 10); módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de
Young; coeficiente de Poisson; valor de tolerância adotado na solução do
sistema de equações para determinar coeficientes nulos; valor de
tolerância adotado para o arredondamento dos valores de deslocamentos
calculados; valor de tolerância adotado para o arredondamento dos
valores de tensões e forças de superfície calculados;
*** CAVIDADE CIRCULAR SOB PRESSAO CONSTANTE (12 ELEMENTOS LINEARES) ***
0 0 12 7 10 20500.0 0.3 1.0E-10 1.0E-3 1.0E-3
1 -1.5000 -2.5981
2 -2.5981 -1.5000
3 -3.0000 0.0000
5 -2.5981 1.5000
5 -1.5000 2.5981
6 0.0000 3.0000
7 1.5000 2.5981
8 2.5981 1.5000
9 3.0000 0.0000
10 2.5981 -1.5000
11 1.5000 -2.5981
12 0.0000 -3.0000
1 1 -50.0000 1 -86.6025 1 -86.6025 1 -50.0000
2 1 -86.6025 1 -50.0000 1 -100.0000 0 0.0000
3 1 -100.0000 0 0.0000 1 -86.6025 1 50.0000
4 1 -86.6025 1 50.0000 1 -50.0000 1 86.6025
5 1 -50.0000 1 86.6025 0 0.0000 1 100.0000
6 0 0.0000 1 100.0000 1 50.0000 1 86.6025
7 1 50.0000 1 86.6025 1 86.6025 1 50.0000
8 1 86.6025 1 50.0000 1 100.0000 0 0.0000
9 1 100.0000 0 0.0000 1 86.6025 1 -50.0000
10 1 86.6025 1 -50.0000 1 50.0000 1 -86.6025
11 1 50.0000 1 -86.6025 0 0.0000 1 -100.0000
12 0 0.0000 1 -100.0000 1 -50.0000 1 -86.6025
1 4.0000 0.0000
2 5.0000 0.0000
3 6.0000 0.0000
4 7.0000 0.0000
5 8.0000 0.0000
6 9.0000 0.0000
7 10.0000 0.0000
FIGURA 4.3 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_LIN
c) bloco de coordenadas dos nós de contorno: número do nó; coordenada X;
coordenada Y;
d) bloco de condições de contorno prescritas para os elementos de
contorno: número do elemento; índice do tipo de condição de contorno
prescrita para a direção X do primeiro nó do elemento (0 para
deslocamentos prescritos e 1 para forças de superfície prescritas); valor
da condição de contorno prescrita para a direção X do primeiro nó do
elemento; índice do tipo de condição de contorno prescrita para a direção
Y do primeiro nó do elemento (0 para deslocamentos prescritos e 1 para
forças de superfície prescritas); valor da condição de contorno prescrita
para a direção
Y do primeiro nó do elemento; índice do tipo de condição
de contorno prescrita para a direção
X do segundo nó do elemento (0 para
106
deslocamentos prescritos e 1 para forças de superfície prescritas); valor
da condição de contorno prescrita para a direção X do segundo nó do
elemento; índice do tipo de condição de contorno prescrita para a direção
Y do segundo nó do elemento (0 para deslocamentos prescritos e 1 para
forças de superfície prescritas); valor da condição de contorno prescrita
para a direção Y do segundo nó do elemento;
e) bloco de coordenadas dos pontos internos: número do ponto; coordenada
X; coordenada Y.
FIGURA 4.4 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados
do código MEC_ELASTIC_LIN
4.3 Elementos Quadráticos
As considerações matemáticas relativas ao desenvolvimento do Método de
Elementos de Contorno utilizando elementos de contorno quadráticos, apresentadas
no capítulo precedente, foram implementadas no código denominado
MEC_ELASTIC_QUAD, escrito em linguagem de programação Fortran 95, que consta do
CD anexo a este trabalho. Esse código é formado pelos seguintes arquivos fonte:
a)
MEC_ELASTIC_QUAD.f90;
b) MEC_ELASTIC_QUAD_SUBROTINAS.f90.
107
4.3.1 Organização e Funcionamento do Código
A organização e o funcionamento desse código podem ser resumidos nas
seguintes etapas:
a) declaração do nome do programa e dos módulos e bibliotecas utilizadas;
b) declaração das variáveis globais e definições;
c) atribuição do número dos arquivos de entrada e saída de dados;
d) leitura do nome dos arquivos de entrada e saída de dados e abertura dos
mesmos (em caso de erro o programa encerra sua execução alertando o
usuário);
e) chamada da sub-rotina INPUT1 para leitura dos dados contidos no arquivo
de entrada de dados: leitura da linha de título do problema e linha de
parâmetros globais do problema;
f) alocação de memória para as variáveis do problema (em caso de erro o
programa encerra sua execução alertando o usuário);
g) chamada da sub-rotina INPUT2 para leitura dos demais dados contidos no
arquivo de entrada de dados;
h) chamada da sub-rotina MATRIZES_G_H para cálculo dos coeficientes das
matrizes G e H e formação do sistema AY = F;
chamada da sub-rotina INTEGRACAO_LOCAL_P para cálculo dos
coeficientes das submatrizes
P quando o ponto fonte é um dos nós do
elemento que está sendo integrado;
chamada da sub-rotina
INTEGRACAO_LOCAL_Q para cálculo dos
coeficientes das submatrizes Q quando o ponto fonte é um dos nós do
elemento que está sendo integrado;
chamada da sub-rotina INTEGRACAO_EXTERNA para cálculo dos
coeficientes das submatrizes P e Q quando o ponto fonte não é um dos
nós do elemento que está sendo integrado;
i) chamada da sub-rotina SOLVER para solução do sistema de equações
através do método de Gauss (em caso de erro o programa encerra sua
execução alertando o usuário);
108
j) chamada da sub-rotina SOLUCAO_CONTORNO para reordenação dos valores
calculados no contorno do problema;
k) chamada da sub-rotina PONTOS_INTERNOS para cálculo dos deslocamentos
e tensões nos pontos internos;
chamada da sub-rotina INTEGRACAO_EXTERNA para cálculo dos
coeficientes necessários para a obtenção dos deslocamentos nos
pontos internos;
chamada da sub-rotina TENSOES_INTERNAS para cálculo dos coeficientes
necessários para a obtenção das tensões nos pontos internos;
l) chamada da sub-rotina OUTPUT para transcrição dos resultados no arquivo
de saída de dados;
m) fechamento dos arquivos de entrada e saída de dados.
4.3.2 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados
Um exemplo de arquivo de entrada de dados para o código
MEC_ELASTIC_QUAD é apresentado na Figura 4.5 (e ilustrado na Figura 4.6),
constituindo-se dos seguintes campos:
a) linha de título do problema: contém uma breve descrição do problema
analisado (máximo 100 caracteres);
b) linha de parâmetros globais do problema: índice do tipo de domínio do
problema (0 para domínio infinito e 1 para domínio finito); índice do estado
plano adotado (0 para Estado Plano de Deformações e 1 para Estado
Plano de Tensões); número de elementos de contorno; número de pontos
internos; número de pontos de Gauss para integração numérica (valores
possíveis: 2, 4, 8 ou 10); módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de
Young; coeficiente de Poisson; valor de tolerância adotado na solução do
sistema de equações para determinar coeficientes nulos; valor de
tolerância adotado para o arredondamento dos valores de deslocamentos
calculados; valor de tolerância adotado para o arredondamento dos
valores de tensões e forças de superfície calculados;
109
c) bloco de coordenadas dos nós de contorno: número do nó; coordenada X;
coordenada Y;
*** CAVIDADE CIRCULAR SOB PRESSAO CONSTANTE (6 ELEMENTOS QUADRÁTICOS) ***
0 0 6 7 10 20500.0 0.3 1.0E-10 1.0E-3 1.0E-3
1 -1.5000 -2.5981
2 -2.5981 -1.5000
3 -3.0000 0.0000
4 -2.5981 1.5000
5 -1.5000 2.5981
6 0.0000 3.0000
7 1.5000 2.5981
8 2.5981 1.5000
9 3.0000 0.0000
10 2.5981 -1.5000
11 1.5000 -2.5981
12 0.0000 -3.0000
1 1 -50.0000 1 -86.6025 1 -86.6025 1 -50.0000 1 -100.0000 0 0.0000
2 1 -100.0000 0 0.0000 1 -86.6025 1 50.0000 1 -50.0000 1 86.6025
3 1 -50.0000 1 86.6025 0 0.0000 1 100.0000 1 50.0000 1 86.6025
4 1 50.0000 1 86.6025 1 86.6025 1 50.0000 1 100.0000 0 0.0000
5 1 100.0000 0 0.0000 1 86.6025 1 -50.0000 1 50.0000 1 -86.6025
6 1 50.0000 1 -86.6025 0 0.0000 1 -100.0000 1 -50.0000 1 -86.6025
1 4.0000 0.0000
2 5.0000 0.0000
3 6.0000 0.0000
4 7.0000 0.0000
5 8.0000 0.0000
6 9.0000 0.0000
7 10.0000 0.0000
FIGURA 4.5 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_QUAD
d) bloco de condições de contorno prescritas para os elementos de
contorno: número do elemento; índice do tipo de condição de contorno
prescrita para a direção X do primeiro nó do elemento (0 para
deslocamentos prescritos e 1 para forças de superfície prescritas); valor
da condição de contorno prescrita para a direção X do primeiro nó do
elemento; índice do tipo de condição de contorno prescrita para a direção
Y do primeiro nó do elemento (0 para deslocamentos prescritos e 1 para
forças de superfície prescritas); valor da condição de contorno prescrita
para a direção Y do primeiro nó do elemento; índice do tipo de condição
de contorno prescrita para a direção X do segundo nó do elemento (0 para
deslocamentos prescritos e
1 para forças de superfície prescritas); valor
da condição de contorno prescrita para a direção X do segundo nó do
elemento; índice do tipo de condição de contorno prescrita para a direção
Y do segundo nó do elemento (0 para deslocamentos prescritos e 1 para
forças de superfície prescritas); valor da condição de contorno prescrita
para a direção Y do segundo nó do elemento; índice do tipo de condição
de contorno prescrita para a direção X do terceiro nó do elemento (0 para
deslocamentos prescritos e 1 para forças de superfície prescritas); valor
110
da condição de contorno prescrita para a direção X do terceiro nó do
elemento; índice do tipo de condição de contorno prescrita para a direção
Y do terceiro nó do elemento (0 para deslocamentos prescritos e 1 para
forças de superfície prescritas); valor da condição de contorno prescrita
para a direção Y do terceiro nó do elemento;
e) bloco de coordenadas dos pontos internos: número do ponto; coordenada
X; coordenada Y.
FIGURA 4.6 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados
do código MEC_ELASTIC_QUAD
4.4 Múltiplos Contornos
Na prática da engenharia muitos problemas apresentam mais de um
contorno, tal como ilustrado na Figura 4.7. Essa figura representaria, por exemplo,
uma chapa utilizada numa ligação parafusada de uma estrutura metálica.
Esse tipo de problema pode ser facilmente analisado desde que a direção da
normal a cada contorno esteja bem definida. Para tanto, em problemas
bidimensionais, basta adotar a regra de que o contorno externo é discretizado em
sentido anti-horário e os contornos internos em sentido horário.
111
FIGURA 4.7 – Exemplo de problema que apresenta múltiplos contornos
4.4.1 Detalhes da Implementação Computacional
Os códigos apresentados e discutidos anteriormente são facilmente
adaptados para a solução de problemas de múltiplos contornos desde que seja
fornecido o número de contornos do problema e o último nó de cada contorno.
Obviamente, as sub-rotinas INPUT1 e INPUT2 devem ser modificadas de
modo a armazenar esses novos valores; no entanto, as modificações mais
importantes para o pleno funcionamento dos novos códigos ocorrem nas sub-rotinas
MATRIZES_G_H, SOLUCAO_CONTORNO e PONTOS_INTERNOS. Essas sub-rotinas necessitam
de alterações nos algoritmos que identificam as situações de final de contorno,
permitindo, desse modo, a correta integração dos elementos de contorno, montagem
das matrizes de coeficientes e obtenção dos valores das incógnitas do problema. A
sub-rotina
OUTPUT também necessita ser modificada de modo a transcrever
corretamente os resultados no arquivo de saída de dados.
112
Para finalizar, vale ressaltar que nenhuma alteração é necessária nas sub-
rotinas que realizam as integrações das soluções fundamentais.
4.4.2 Código em Fortran 95
As considerações matemáticas apresentadas na seção precedente foram
implementadas no código denominado MEC_ELASTIC_QUAD_MC, escrito em linguagem
de programação Fortran 95, que consta do CD anexo a este trabalho. Esse código é
formado pelos seguintes arquivos fonte:
a) MEC_ELASTIC_QUAD_MC.f90;
b) MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SUBROTINAS.f90.
4.4.3 Organização e Funcionamento do Código
A organização e o funcionamento desse código são idênticos ao do código
MEC_ELASTIC_QUAD.
4.4.4 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados
Um exemplo de arquivo de entrada de dados para o código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC é apresentado na Figura 4.8 (e ilustrado na Figura 4.9),
constituindo-se dos mesmos campos do arquivo de entrada de dados do código
MEC_ELASTIC_QUAD acrescido das seguintes modificações:
a) linha de parâmetros globais do problema: índice do tipo de domínio do
problema (0 para domínio infinito e 1 para domínio finito); índice do estado
plano adotado (0 para Estado Plano de Deformações e 1 para Estado
Plano de Tensões); número de contornos do problema; número de
113
elementos de contorno; número de pontos internos; número de pontos de
Gauss para integração numérica (valores possíveis: 2, 4, 8 ou 10); módulo
de elasticidade longitudinal ou módulo de Young; coeficiente de Poisson;
valor de tolerância adotado na solução do sistema de equações para
determinar coeficientes nulos; valor de tolerância adotado para o
arredondamento dos valores de deslocamentos calculados; valor de
tolerância adotado para o arredondamento dos valores de tensões e
forças de superfície calculados;
b) linha de identificação dos contornos do problema: número do último nó de
cada contorno.
*** CILINDRO CIRCULAR SOB PRESSAO CONSTANTE (6 ELEMENTOS QUADRÁTICOS) ***
1 0 2 6 9 10 20500.0 0.3 1.0E-10 1.0E-4 1.0E-1
8 12
1 0.0000 -8.0000
2 5.6569 -5.6569
3 8.0000 0.0000
4 5.6569 5.6569
5 0.0000 8.0000
6 -5.6569 5.6569
7 -8.0000 0.0000
8 -5.6569 -5.6569
9 -3.0000 0.0000
10 0.0000 3.0000
11 3.0000 0.0000
12 0.0000 -3.0000
1 0 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 0 0.0
2 1 0.0 0 0.0 1 0.0 1 0.0 0 0.0 1 0.0
3 0 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 0 0.0
4 1 0.0 0 0.0 1 0.0 1 0.0 0 0.0 1 0.0
5 1 -100.0000 0 0.0000 0 0.0000 1 100.0000 1 100.0000 0 0.0000
6 1 100.0000 0 0.0000 0 0.0000 1 -100.0000 1 -100.0000 0 0.0000
1 3.5 0.0
2 4.0 0.0
3 4.5 0.0
4 5.0 0.0
5 5.5 0.0
6 6.0 0.0
7 6.5 0.0
8 7.0 0.0
9 7.5 0.0
FIGURA 4.8 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_QUAD_MC
114
FIGURA 4.9 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados
do código MEC_ELASTIC_QUAD_MC
4.5 Considerações de Simetria
Outra situação muito comum na prática da engenharia são os problemas que
apresentam simetria em termos de geometria e carregamento, tal como ilustrado na
Figura 4.10.
É possível tomar partido dessas simetrias para reduzir o número de
incógnitas do problema e, consequentemente, diminuir o esforço de modelagem
115
empregado na análise do problema. As seções a seguir demonstram esse
procedimento em detalhes.
FIGURA 4.10 – Exemplo de problema que apresenta simetria
4.5.1 Problema Exemplo para Análise de Simetria
Tomando a equação integral de contorno discretizada
∑∑
===
=
Ne
1n
m
1
n
j
cn
ij
Nn
1
j
c
ij
tGuH
α
αα
γ
γγ
c = 1, 2, ..., Nn
e desenvolvendo-a para a malha modelo da Figura 4.11 obtém-se
+
+
+
+
4
2
4
1
4c
22
4c
21
4c
12
4c
11
3
2
3
1
3c
22
3c
21
3c
12
3c
11
2
2
2
1
2c
22
2c
21
2c
12
2c
11
1
2
1
1
1c
22
1c
21
1c
12
1c
11
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
+
+
+
+
+
8
2
8
1
8c
22
8c
21
8c
12
8c
11
7
2
7
1
7c
22
7c
21
7c
12
7c
11
6
2
6
1
6c
22
6c
21
6c
12
6c
11
5
2
5
1
5c
22
5c
21
5c
12
5c
11
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
+
+
+
+
+
12
2
12
1
12c
22
12c
21
12c
12
12c
11
11
2
11
1
11c
22
11c
21
11c
12
11c
11
10
2
10
1
10c
22
10c
21
10c
12
10c
11
9
2
9
1
9c
22
9c
21
9c
12
9c
11
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
116
=
+
+
+
16
2
16
1
16c
22
16c
21
16c
12
16c
11
15
2
15
1
15c
22
15c
21
15c
12
15c
11
14
2
14
1
14c
22
14c
21
14c
12
14c
11
13
2
13
1
13c
22
13c
21
13c
12
13c
11
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
u
u
HH
HH
+
=
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
13c
22
13c
21
12c
22
12c
21
11c
22
11c
21
13c
12
13c
11
12c
12
12c
11
11c
12
11c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
+
+
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
23c
22
23c
21
22c
22
22c
21
21c
22
21c
21
23c
12
23c
11
22c
12
22c
11
21c
12
21c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
+
+
33
2
33
1
32
2
32
1
31
2
31
1
33c
22
33c
21
32c
22
32c
21
31c
22
31c
21
33c
12
33c
11
32c
12
32c
11
31c
12
31c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
+
+
43
2
43
1
42
2
42
1
41
2
41
1
43c
22
43c
21
42c
22
42c
21
41c
22
41c
21
43c
12
43c
11
42c
12
42c
11
41c
12
41c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
+
+
53
2
53
1
52
2
52
1
51
2
51
1
53c
22
53c
21
52c
22
52c
21
51c
22
51c
21
53c
12
53c
11
52c
12
52c
11
51c
12
51c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
117
+
+
63
2
63
1
62
2
62
1
61
2
61
1
63c
22
63c
21
62c
22
62c
21
61c
22
61c
21
63c
12
63c
11
62c
12
62c
11
61c
12
61c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
+
+
73
2
73
1
72
2
72
1
71
2
71
1
73c
22
73c
21
72c
22
72c
21
71c
22
71c
21
73c
12
73c
11
72c
12
72c
11
71c
12
71c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
+
83
2
83
1
82
2
82
1
81
2
81
1
83c
22
83c
21
82c
22
82c
21
81c
22
81c
21
83c
12
83c
11
82c
12
82c
11
81c
12
81c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
c = 1, 2, ..., 16
FIGURA 4.11 – Malha modelo para análise de problemas que apresentam simetria
118
Dependendo do tipo de simetria apresentada pelo problema, essa equação
pode ser rearranjada de diferentes maneiras.
4.5.1.1 Simetria em Relação ao Eixo Horizontal
Se o problema apresentar somente simetria em relação ao eixo horizontal,
tal como ilustrado na Figura 4.12, as condições de contorno para deslocamentos
serão dadas por
=
0
u
u
u
1
1
1
2
1
1
=
16
2
16
1
2
2
2
1
u
u
u
u
=
15
2
15
1
3
2
3
1
u
u
u
u
=
14
2
14
1
4
2
4
1
u
u
u
u
=
13
2
13
1
5
2
5
1
u
u
u
u
=
12
2
12
1
6
2
6
1
u
u
u
u
=
11
2
11
1
7
2
7
1
u
u
u
u
=
10
2
10
1
8
2
8
1
u
u
u
u
=
0
u
u
u
9
1
9
2
9
1
e as condições de contorno para forças de superfície por
=
81
2
81
1
82
2
82
1
83
2
83
1
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
=
71
2
71
1
72
2
72
1
73
2
73
1
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
=
61
2
61
1
62
2
62
1
63
2
63
1
33
2
33
1
32
2
32
1
31
2
31
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
=
51
2
51
1
52
2
52
1
53
2
53
1
43
2
43
1
42
2
42
1
41
2
41
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
Aplicando essas condições de contorno na equação integral de contorno
genérica encontra-se
+
+
+
2
2
2
1
16c
22
16c
21
16c
12
16c
11
2c
22
2c
21
2c
12
2c
11
1
2
1
1
1c
22
1c
21
1c
12
1c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
u
u
HH
HH
+
+
+
+
+
4
2
4
1
14c
22
14c
21
14c
12
14c
11
4c
22
4c
21
4c
12
4c
11
3
2
3
1
15c
22
15c
21
15c
12
15c
11
3c
22
3c
21
3c
12
3c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
u
u
HH
HH
HH
HH
+
+
+
+
+
6
2
6
1
12c
22
12c
21
12c
12
12c
11
6c
22
6c
21
6c
12
6c
11
5
2
5
1
13c
22
13c
21
13c
12
13c
11
5c
22
5c
21
5c
12
5c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
u
u
HH
HH
HH
HH
+
+
+
+
+
8
2
8
1
10c
22
10c
21
10c
12
10c
11
8c
22
8c
21
8c
12
8c
11
7
2
7
1
11c
22
11c
21
11c
12
11c
11
7c
22
7c
21
7c
12
7c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
u
u
HH
HH
HH
HH
119
=
+
9
2
9
1
9c
22
9c
21
9c
12
9c
11
u
u
HH
HH
FIGURA 4.12 – Malha modelo considerando apenas simetria em relação ao eixo horizontal
+
+
+
=
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
81c
22
81c
21
82c
22
82c
21
83c
22
83c
21
81c
12
81c
11
82c
12
82c
11
83c
12
83c
11
13c
22
13c
21
12c
22
12c
21
11c
22
11c
21
13c
12
13c
11
12c
12
12c
11
11c
12
11c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
+
+
+
+
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
71c
22
71c
21
72c
22
72c
21
73c
22
73c
21
71c
12
71c
11
72c
12
72c
11
73c
12
73c
11
23c
22
23c
21
22c
22
22c
21
21c
22
21c
21
23c
12
23c
11
22c
12
22c
11
21c
12
21c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
120
+
+
+
+
33
2
33
1
32
2
32
1
31
2
31
1
61c
22
61c
21
62c
22
62c
21
63c
22
63c
21
61c
12
61c
11
62c
12
62c
11
63c
12
63c
11
33c
22
33c
21
32c
22
32c
21
31c
22
31c
21
33c
12
33c
11
32c
12
32c
11
31c
12
31c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
+
+
+
43
2
43
1
42
2
42
1
41
2
41
1
51c
22
51c
21
52c
22
52c
21
53c
22
53c
21
51c
12
51c
11
52c
12
52c
11
53c
12
53c
11
43c
22
43c
21
42c
22
42c
21
41c
22
41c
21
43c
12
43c
11
42c
12
42c
11
41c
12
41c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
c = 1, 2, ..., 9
ou, de maneira equivalente,
+
+
1
2
1
1
83c
22
83c
21
83c
12
83c
11
11c
22
11c
21
11c
12
11c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
2
2
2
1
82c
22
82c
21
82c
12
82c
11
12c
22
12c
21
12c
12
12c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
3
2
3
1
73c
22
73c
21
73c
12
73c
11
81c
22
81c
21
81c
12
81c
11
21c
22
21c
21
21c
12
21c
11
13c
22
13c
21
13c
12
13c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
+
+
+
4
2
4
1
72c
22
72c
21
72c
12
72c
11
22c
22
22c
21
22c
12
22c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
5
2
5
1
63c
22
63c
21
63c
12
63c
11
71c
22
71c
21
71c
12
71c
11
31c
22
31c
21
31c
12
31c
11
23c
22
23c
21
23c
12
23c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
+
+
+
6
2
6
1
62c
22
62c
21
62c
12
62c
11
32c
22
32c
21
32c
12
32c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
7
2
7
1
53c
22
53c
21
53c
12
53c
11
61c
22
61c
21
61c
12
61c
11
41c
22
41c
21
41c
12
41c
11
33c
22
33c
21
33c
12
33c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
+
+
+
8
2
8
1
52c
22
52c
21
52c
12
52c
11
42c
22
42c
21
42c
12
42c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
121
=
+
+
9
2
9
1
51c
22
51c
21
51c
12
51c
11
43c
22
43c
21
43c
12
43c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
=
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
81c
22
81c
21
82c
22
82c
21
83c
22
83c
21
81c
12
81c
11
82c
12
82c
11
83c
12
83c
11
13c
22
13c
21
12c
22
12c
21
11c
22
11c
21
13c
12
13c
11
12c
12
12c
11
11c
12
11c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
+
+
+
+
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
71c
22
71c
21
72c
22
72c
21
73c
22
73c
21
71c
12
71c
11
72c
12
72c
11
73c
12
73c
11
23c
22
23c
21
22c
22
22c
21
21c
22
21c
21
23c
12
23c
11
22c
12
22c
11
21c
12
21c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
+
+
+
+
33
2
33
1
32
2
32
1
31
2
31
1
61c
22
61c
21
62c
22
62c
21
63c
22
63c
21
61c
12
61c
11
62c
12
62c
11
63c
12
63c
11
33c
22
33c
21
32c
22
32c
21
31c
22
31c
21
33c
12
33c
11
32c
12
32c
11
31c
12
31c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
+
+
+
43
2
43
1
42
2
42
1
41
2
41
1
51c
22
51c
21
52c
22
52c
21
53c
22
53c
21
51c
12
51c
11
52c
12
52c
11
53c
12
53c
11
43c
22
43c
21
42c
22
42c
21
41c
22
41c
21
43c
12
43c
11
42c
12
42c
11
41c
12
41c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
c = 1, 2, ..., 9
Os coeficientes
α
cn
ij
P e
α
cn
ij
Q resultantes das integrações sobre os elementos
não discretizados podem ser obtidos através da técnica de reflexão do ponto fonte
ilustrada na Figura 4.13.
122
FIGURA 4.13 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo horizontal
4.5.1.2 Simetria em Relação ao Eixo Vertical
Se o problema apresentar somente simetria em relação ao eixo vertical, tal
como ilustrado na Figura 4.14, as condições de contorno para deslocamentos serão
dadas por
=
1
2
1
2
1
1
u
0
u
u
=
16
2
16
1
2
2
2
1
u
u
u
u
=
15
2
15
1
3
2
3
1
u
u
u
u
=
14
2
14
1
4
2
4
1
u
u
u
u
=
13
2
13
1
5
2
5
1
u
u
u
u
=
12
2
12
1
6
2
6
1
u
u
u
u
=
11
2
11
1
7
2
7
1
u
u
u
u
=
10
2
10
1
8
2
8
1
u
u
u
u
=
9
2
9
2
9
1
u
0
u
u
e as condições de contorno para forças de superfície por
123
=
81
2
81
1
82
2
82
1
83
2
83
1
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
=
71
2
71
1
72
2
72
1
73
2
73
1
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
=
61
2
61
1
62
2
62
1
63
2
63
1
33
2
33
1
32
2
32
1
31
2
31
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
=
51
2
51
1
52
2
52
1
53
2
53
1
43
2
43
1
42
2
42
1
41
2
41
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
FIGURA 4.14 – Malha modelo considerando apenas simetria em relação ao eixo vertical
Aplicando essas condições de contorno na equação integral de contorno
genérica encontra-se
+
+
+
2
2
2
1
16c
22
16c
21
16c
12
16c
11
2c
22
2c
21
2c
12
2c
11
1
2
1
1
1c
22
1c
21
1c
12
1c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
u
u
HH
HH
+
+
+
+
+
4
2
4
1
14c
22
14c
21
14c
12
14c
11
4c
22
4c
21
4c
12
4c
11
3
2
3
1
15c
22
15c
21
15c
12
15c
11
3c
22
3c
21
3c
12
3c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
u
u
HH
HH
HH
HH
+
+
+
+
+
6
2
6
1
12c
22
12c
21
12c
12
12c
11
6c
22
6c
21
6c
12
6c
11
5
2
5
1
13c
22
13c
21
13c
12
13c
11
5c
22
5c
21
5c
12
5c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
u
u
HH
HH
HH
HH
+
+
+
+
+
8
2
8
1
10c
22
10c
21
10c
12
10c
11
8c
22
8c
21
8c
12
8c
11
7
2
7
1
11c
22
11c
21
11c
12
11c
11
7c
22
7c
21
7c
12
7c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
u
u
HH
HH
HH
HH
124
=
+
9
2
9
1
9c
22
9c
21
9c
12
9c
11
u
u
HH
HH
+
+
+
=
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
81c
22
81c
21
82c
22
82c
21
83c
22
83c
21
81c
12
81c
11
82c
12
82c
11
83c
12
83c
11
13c
22
13c
21
12c
22
12c
21
11c
22
11c
21
13c
12
13c
11
12c
12
12c
11
11c
12
11c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
+
+
+
+
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
71c
22
71c
21
72c
22
72c
21
73c
22
73c
21
71c
12
71c
11
72c
12
72c
11
73c
12
73c
11
23c
22
23c
21
22c
22
22c
21
21c
22
21c
21
23c
12
23c
11
22c
12
22c
11
21c
12
21c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
+
+
+
+
33
2
33
1
32
2
32
1
31
2
31
1
61c
22
61c
21
62c
22
62c
21
63c
22
63c
21
61c
12
61c
11
62c
12
62c
11
63c
12
63c
11
33c
22
33c
21
32c
22
32c
21
31c
22
31c
21
33c
12
33c
11
32c
12
32c
11
31c
12
31c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
+
+
+
43
2
43
1
42
2
42
1
41
2
41
1
51c
22
51c
21
52c
22
52c
21
53c
22
53c
21
51c
12
51c
11
52c
12
52c
11
53c
12
53c
11
43c
22
43c
21
42c
22
42c
21
41c
22
41c
21
43c
12
43c
11
42c
12
42c
11
41c
12
41c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
c = 1, 2, ..., 9
ou, de maneira equivalente,
+
+
1
2
1
1
83c
22
83c
21
83c
12
83c
11
11c
22
11c
21
11c
12
11c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
2
2
2
1
82c
22
82c
21
82c
12
82c
11
12c
22
12c
21
12c
12
12c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
3
2
3
1
73c
22
73c
21
73c
12
73c
11
81c
22
81c
21
81c
12
81c
11
21c
22
21c
21
21c
12
21c
11
13c
22
13c
21
13c
12
13c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
125
+
+
+
4
2
4
1
72c
22
72c
21
72c
12
72c
11
22c
22
22c
21
22c
12
22c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
5
2
5
1
63c
22
63c
21
63c
12
63c
11
71c
22
71c
21
71c
12
71c
11
31c
22
31c
21
31c
12
31c
11
23c
22
23c
21
23c
12
23c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
+
+
+
6
2
6
1
62c
22
62c
21
62c
12
62c
11
32c
22
32c
21
32c
12
32c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
7
2
7
1
53c
22
53c
21
53c
12
53c
11
61c
22
61c
21
61c
12
61c
11
41c
22
41c
21
41c
12
41c
11
33c
22
33c
21
33c
12
33c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
+
+
+
8
2
8
1
52c
22
52c
21
52c
12
52c
11
42c
22
42c
21
42c
12
42c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
=
+
+
9
2
9
1
51c
22
51c
21
51c
12
51c
11
43c
22
43c
21
43c
12
43c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
+
+
+
=
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
81c
22
81c
21
82c
22
82c
21
83c
22
83c
21
81c
12
81c
11
82c
12
82c
11
83c
12
83c
11
13c
22
13c
21
12c
22
12c
21
11c
22
11c
21
13c
12
13c
11
12c
12
12c
11
11c
12
11c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
+
+
+
+
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
71c
22
71c
21
72c
22
72c
21
73c
22
73c
21
71c
12
71c
11
72c
12
72c
11
73c
12
73c
11
23c
22
23c
21
22c
22
22c
21
21c
22
21c
21
23c
12
23c
11
22c
12
22c
11
21c
12
21c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
+
+
+
+
33
2
33
1
32
2
32
1
31
2
31
1
61c
22
61c
21
62c
22
62c
21
63c
22
63c
21
61c
12
61c
11
62c
12
62c
11
63c
12
63c
11
33c
22
33c
21
32c
22
32c
21
31c
22
31c
21
33c
12
33c
11
32c
12
32c
11
31c
12
31c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
GGGGGG
QQQQQQ
126
+
+
+
43
2
43
1
42
2
42
1
41
2
41
1
51c
22
51c
21
52c
22
52c
21
53c
22
53c
21
51c
12
51c
11
52c
12
52c
11
53c
12
53c
11
43c
22
43c
21
42c
22
42c
21
41c
22
41c
21
43c
12
43c
11
42c
12
42c
11
41c
12
41c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
c = 1, 2, ..., 9
Os coeficientes
α
cn
ij
P e
α
cn
ij
Q resultantes das integrações sobre os elementos
não discretizados podem ser obtidos através da técnica de reflexão do ponto fonte
ilustrada na Figura 4.15.
FIGURA 4.15 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo vertical
4.5.1.3 Simetria em Relação ao Eixo Horizontal e Vertical
Se o problema apresentar simetria em relação ao eixo horizontal e vertical
simultaneamente, tal como ilustrado na Figura 4.16, as condições de contorno para
deslocamentos serão dadas por
127
=
=
9
2
9
1
1
1
1
2
1
1
u
u
0
u
u
u
=
=
=
16
2
16
1
10
2
10
1
8
2
8
1
2
2
2
1
u
u
u
u
u
u
u
u
=
=
=
15
2
15
1
11
2
11
1
7
2
7
1
3
2
3
1
u
u
u
u
u
u
u
u
=
=
=
14
2
14
1
12
2
12
1
6
2
6
1
4
2
4
1
u
u
u
u
u
u
u
u
=
=
13
2
13
1
5
2
5
2
5
1
u
u
u
0
u
u
e as condições de contorno para forças de superfície por
=
=
=
81
2
81
1
82
2
82
1
83
2
83
1
53
2
53
1
52
2
52
1
51
2
51
1
41
2
41
1
42
2
42
1
43
2
43
1
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
=
=
=
71
2
71
1
72
2
72
1
73
2
73
1
63
2
63
1
62
2
62
1
61
2
61
1
31
2
31
1
32
2
32
1
33
2
33
1
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
FIGURA 4.16 – Malha modelo considerando simetria em relação ao eixo horizontal e vertical
simultaneamente
128
Aplicando essas condições de contorno na equação integral de contorno
genérica encontra-se
+
+
1
2
1
1
9c
22
9c
21
9c
12
9c
11
1c
22
1c
21
1c
12
1c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
+
+
+
+
+
2
2
2
1
16c
22
16c
21
16c
12
16c
11
10c
22
10c
21
10c
12
10c
11
8c
22
8c
21
8c
12
8c
11
2c
22
2c
21
2c
12
2c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
HH
HH
HH
HH
+
+
+
+
+
3
2
3
1
15c
22
15c
21
15c
12
15c
11
11c
22
11c
21
11c
12
11c
11
7c
22
7c
21
7c
12
7c
11
3c
22
3c
21
3c
12
3c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
HH
HH
HH
HH
+
+
+
+
+
4
2
4
1
14c
22
14c
21
14c
12
14c
11
12c
22
12c
21
12c
12
12c
11
6c
22
6c
21
6c
12
6c
11
4c
22
4c
21
4c
12
4c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
HH
HH
HH
HH
=
+
+
5
2
5
1
13c
22
13c
21
13c
12
13c
11
5c
22
5c
21
5c
12
5c
11
u
u
HH
HH
HH
HH
+
+
+
+
+
+
+
=
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
81c
22
81c
21
82c
22
82c
21
83c
22
83c
21
81c
12
81c
11
82c
12
82c
11
83c
12
83c
11
53c
22
53c
21
52c
22
52c
21
51c
22
51c
21
53c
12
53c
11
52c
12
52c
11
51c
12
51c
11
41c
22
41c
21
42c
22
42c
21
43c
22
43c
21
41c
12
41c
11
42c
12
42c
11
43c
12
43c
11
13c
22
13c
21
12c
22
12c
21
11c
22
11c
21
13c
12
13c
11
12c
12
12c
11
11c
12
11c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
+
+
+
+
+
+
+
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
71c
22
71c
21
72c
22
72c
21
73c
22
73c
21
71c
12
71c
11
72c
12
72c
11
73c
12
73c
11
63c
22
63c
21
62c
22
62c
21
61c
22
61c
21
63c
12
63c
11
62c
12
62c
11
61c
12
61c
11
31c
22
31c
21
32c
22
32c
21
33c
22
33c
21
31c
12
31c
11
32c
12
32c
11
33c
12
33c
11
23c
22
23c
21
22c
22
22c
21
21c
22
21c
21
23c
12
23c
11
22c
12
22c
11
21c
12
21c
11
t
t
t
t
t
t
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
GGGGGG
c = 1, 2, ..., 5
ou, de maneira equivalente,
129
+
+
+
+
1
2
1
1
83c
22
83c
21
83c
12
83c
11
51c
22
51c
21
51c
12
51c
11
43c
22
43c
21
43c
12
43c
11
11c
22
11c
21
11c
12
11c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
2
2
2
1
82c
22
82c
21
82c
12
82c
11
52c
22
52c
21
52c
12
52c
11
42c
22
42c
21
42c
12
42c
11
12c
22
12c
21
12c
12
12c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
3
2
3
1
81c
22
81c
21
81c
12
81c
11
73c
22
73c
21
73c
12
73c
11
61c
22
61c
21
61c
12
61c
11
53c
22
53c
21
53c
12
53c
11
41c
22
41c
21
41c
12
41c
11
33c
22
33c
21
33c
12
33c
11
21c
22
21c
21
21c
12
21c
11
13c
22
13c
21
13c
12
13c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
4
2
4
1
72c
22
72c
21
72c
12
72c
11
62c
22
62c
21
62c
12
62c
11
32c
22
32c
21
32c
12
32c
11
22c
22
22c
21
22c
12
22c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
=
+
+
+
+
5
2
5
1
71c
22
71c
21
71c
12
71c
11
63c
22
63c
21
63c
12
63c
11
31c
22
31c
21
31c
12
31c
11
23c
22
23c
21
23c
12
23c
11
u
u
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
PP
+
+
+
+
+
+
+
=
13
2
13
1
12
2
12
1
11
2
11
1
81c
22
81c
21
82c
22
82c
21
83c
22
83c
21
81c
12
81c
11
82c
12
82c
11
83c
12
83c
11
53c
22
53c
21
52c
22
52c
21
51c
22
51c
21
53c
12
53c
11
52c
12
52c
11
51c
12
51c
11
41c
22
41c
21
42c
22
42c
21
43c
22
43c
21
41c
12
41c
11
42c
12
42c
11
43c
12
43c
11
13c
22
13c
21
12c
22
12c
21
11c
22
11c
21
13c
12
13c
11
12c
12
12c
11
11c
12
11c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
+
+
+
+
+
+
+
23
2
23
1
22
2
22
1
21
2
21
1
71c
22
71c
21
72c
22
72c
21
73c
22
73c
21
71c
12
71c
11
72c
12
72c
11
73c
12
73c
11
63c
22
63c
21
62c
22
62c
21
61c
22
61c
21
63c
12
63c
11
62c
12
62c
11
61c
12
61c
11
31c
22
31c
21
32c
22
32c
21
33c
22
33c
21
31c
12
31c
11
32c
12
32c
11
33c
12
33c
11
23c
22
23c
21
22c
22
22c
21
21c
22
21c
21
23c
12
23c
11
22c
12
22c
11
21c
12
21c
11
t
t
t
t
t
t
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
QQQQQQ
c = 1, 2, ..., 5
Os coeficientes
α
cn
ij
P e
α
cn
ij
Q resultantes das integrações sobre os elementos
não discretizados podem ser obtidos através da técnica de reflexão do ponto fonte
ilustrada nas Figuras 4.17, 4.18 e 4.19.
130
FIGURA 4.17 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo vertical para um problema que apresenta simetria em relação ao eixo horizontal e vertical
simultaneamente
FIGURA 4.18 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo horizontal e vertical para um problema que apresenta simetria em relação ao eixo
horizontal e vertical simultaneamente
131
FIGURA 4.19 – Técnica de reflexão do ponto fonte considerando apenas simetria em relação ao
eixo horizontal para um problema que apresenta simetria em relação ao eixo horizontal e
vertical simultaneamente
4.5.1.4 Deslocamentos e Tensões nos Pontos Internos
Para a determinação dos deslocamentos e tensões nos pontos internos, as
equações integrais de contorno discretizadas
∑∑
===
=
Nn
1
j
d
ij
Ne
1n
m
1
n
j
dn
ij
d
i
uHtGu
γ
γγ
α
αα
e
∑∑
===
=
Nn
1
k
d
kij
Ne
1n
m
1
n
k
dn
kij
d
ij
uStD
γ
γγ
α
αα
σ
são avaliadas de maneira idêntica ao processo descrito nas seções precedentes: os
coeficientes são agrupados em função das condições de contorno prescritas para o
problema e os coeficientes resultantes de integrações sobre os elementos não
discretizados são obtidos através das técnicas de reflexão do ponto fonte ilustradas
anteriormente.
132
4.5.2 Detalhes da Implementação Computacional
O código para múltiplos contornos apresentado e discutido anteriormente é
facilmente adaptado para a solução de problemas que apresentam considerações
de simetria desde que seja fornecido o tipo de simetria do problema e o tipo de cada
contorno do problema, ou seja, se um dado contorno é aberto ou fechado.
Obviamente, as sub-rotinas
INPUT1 e INPUT2 devem ser modificadas de
modo a armazenar esses novos valores; no entanto, as modificações mais
importantes para o pleno funcionamento do novo código ocorrem nas sub-rotinas
MATRIZES_G_H, SOLUCAO_CONTORNO e PONTOS_INTERNOS. Essas sub-rotinas devem ser
alteradas de modo a efetuar os processos de reflexão dos pontos fonte e a correta
sinalização dos coeficientes de acordo com o tipo de simetria do problema,
permitindo, desse modo, a correta integração dos elementos de contorno, montagem
das matrizes de coeficientes e obtenção dos valores das incógnitas do problema. A
sub-rotina OUTPUT também necessita ser modificada de modo a transcrever
corretamente os resultados no arquivo de saída de dados.
Para finalizar, vale ressaltar que nenhuma alteração é necessária nas sub-
rotinas que realizam as integrações das soluções fundamentais.
4.5.3 Código em Fortran 95
As considerações matemáticas apresentadas nas seções precedentes foram
implementadas no código denominado MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM, escrito em
linguagem de programação Fortran 95, que consta do CD anexo a este trabalho.
Esse código é formado pelos seguintes arquivos fonte:
a) MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM.f90;
b) MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM_SUBROTINAS.f90.
133
4.5.4 Organização e Funcionamento do Código
A organização e o funcionamento desse código são idênticos ao do código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC.
4.5.5 Modelo de Arquivo de Entrada de Dados
Um exemplo de arquivo de entrada de dados para o código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM é apresentado na Figura 4.20 (e ilustrado na Figura 4.21),
constituindo-se dos mesmos campos do arquivo de entrada de dados do código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC acrescido das seguintes modificações:
a) linha de parâmetros globais do problema: índice do tipo de domínio do
problema (0 para domínio infinito e 1 para domínio finito); índice do estado
plano adotado (0 para Estado Plano de Deformações e 1 para Estado
Plano de Tensões); índice para o tipo de simetria do problema (0 para
nenhuma simetria; 1 para simetria em relação ao eixo X; 2 para simetria
em relação ao eixo Y; 3 para simetria em relação ao eixo X e Y
simultaneamente); número de contornos do problema; número de
elementos de contorno; número de nós de contorno; número de pontos
internos; número de pontos de Gauss para integração numérica (valores
possíveis:
2, 4, 8 ou 10); módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de
Young; coeficiente de Poisson; valor de tolerância adotado na solução do
sistema de equações para determinar coeficientes nulos; valor de
tolerância adotado para o arredondamento dos valores de deslocamentos
calculados; valor de tolerância adotado para o arredondamento dos
valores de tensões e forças de superfície calculados;
b) linha de identificação dos contornos do problema: número do último nó de
cada contorno;
c) linha de identificação do tipo de cada contorno do problema (
0 para
contornos fechados e 1 para contornos abertos).
134
*** CONCENTRACAO DE TENSOES EM PLACA RETANGULAR COM ORIFICIO CIRCULAR CENTRAL (10 QUADRÁTICOS) ***
1 1 3 2 10 22 8 10 20500.0 0.3 1.0E-10 1.0E-3 1.0E-1
19 22
1 1
1 20.0000 0.0000
2 20.0000 2.0000
3 20.0000 4.0000
4 20.0000 6.0000
5 20.0000 8.0000
6 20.0000 9.0000
7 20.0000 10.0000
8 19.0000 10.0000
9 18.0000 10.0000
10 16.0000 10.0000
11 14.0000 10.0000
12 12.0000 10.0000
13 10.0000 10.0000
14 8.0000 10.0000
15 6.0000 10.0000
16 4.0000 10.0000
17 2.0000 10.0000
18 1.0000 10.0000
19 0.0000 10.0000
20 0.0000 1.0000
21 0.7071 0.7071
22 1.0000 0.0000
1 1 100.0 1 0.0 1 100.0 1 0.0 1 100.0 1 0.0
2 1 100.0 1 0.0 1 100.0 1 0.0 1 100.0 1 0.0
3 1 100.0 1 0.0 1 100.0 1 0.0 1 100.0 1 0.0
4 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0
5 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0
6 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0
7 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0
8 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0
9 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0
10 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0
1 0.0000 2.0000
2 0.0000 3.0000
3 0.0000 4.0000
4 0.0000 5.0000
5 0.0000 6.0000
6 0.0000 7.0000
7 0.0000 8.0000
8 0.0000 9.0000
FIGURA 4.20 – Modelo de arquivo de entrada de dados do código MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM
FIGURA 4.21 – Ilustração da malha do modelo de arquivo de entrada de dados
do código MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM
135
4.6 Peculiaridades da Modelagem de Problemas Utilizando MEC
Alguns aspectos devem ser mantidos em mente no que diz respeito à
modelagem de problemas elastostáticos lineares bidimensionais através do Método
de Elementos de Contorno:
a) todo problema deve possuir ao menos uma condição de contorno de
deslocamento prescrita para cada direção do problema
1
(não
necessariamente em um mesmo nó de contorno, tampouco em nós de um
mesmo contorno, no caso de problemas com múltiplos contornos). Isso
ocorre porque a matriz
H é inerentemente singular, logo, se o problema
for modelado somente com forças de superfície prescritas, a matriz de
coeficientes A do sistema de equações corresponderá diretamente à
matriz H e, portanto, o problema não terá solução;
b) para os contornos abertos em problemas que apresentam simetria em
relação ao eixo horizontal, a prescrição de deslocamentos verticais nulos
para os pontos localizados sobre o eixo de simetria horizontal gera um
sistema de equações "instável". Isso se deve ao fato de que, devido à
própria consideração de simetria horizontal, qualquer valor de força de
superfície vertical calculada nesses pontos será anulada pela sua
contraparte simétrica, ou seja, existem infinitos valores de forças de
superfície que satisfazem o problema para esses pontos. No entanto, a
observação apontada no item "a)" continua válida para a direção
horizontal, isto é, deve-se ter ao menos uma condição de contorno de
deslocamento prescrita na direção horizontal do problema (em qualquer
nó de contorno, inclusive naqueles sobre o eixo de simetria horizontal);
c) para contornos abertos em problemas que apresentam simetria em
relação ao eixo vertical, a prescrição de deslocamentos horizontais nulos
para os pontos localizados sobre o eixo de simetria vertical gera um
sistema de equações "instável". Isso se deve ao fato de que, devido à
1
Obs.: essa condição aplica-se não só ao Método de Elementos de Contorno, mas a
qualquer método numérico.
136
própria consideração de simetria vertical, qualquer valor de força de
superfície horizontal calculada nesses pontos será anulada pela sua
contraparte simétrica, ou seja, existem infinitos valores de forças de
superfície que satisfazem o problema para esses pontos. No entanto, a
observação apontada no item "a)" continua válida para a direção vertical,
isto é, deve-se ter ao menos uma condição de contorno de deslocamento
prescrita na direção vertical do problema (em qualquer nó de contorno,
inclusive naqueles sobre o eixo de simetria vertical);
d) para contornos abertos em problemas que apresentam simetria em
relação ao eixo horizontal e vertical simultaneamente, a prescrição de
deslocamentos verticais/horizontais nulos para os pontos localizados
sobre os eixos de simetria horizontal/vertical gera um sistema de
equações "instável". Isso se deve ao fato de que, devido à própria
consideração de simetria horizontal e vertical simultânea, qualquer valor
de força de superfície vertical/horizontal calculada nesses pontos será
anulada pela sua contraparte simétrica, ou seja, existem infinitos valores
de forças de superfície que satisfazem o problema para esses pontos.
Nessa situação não é necessário cumprir a observação apontado no item
"a)", ou seja, é possível modelar o problema somente com forças de
superfície prescritas;
e) Quando os coeficientes das matrizes H e G são reordenados, mediante a
introdução das condições de contorno prescritas para o problema,
compondo a matriz de coeficientes
A, os coeficientes provenientes da
matriz
G são multiplicados pelo módulo de elasticidade transversal de
modo que todos os coeficientes da matriz A tenham a mesma ordem de
grandeza. Esse procedimento ajuda a aumentar a precisão da solução
numérica calculada.
137
5 PROBLEMAS RESOLVIDOS
A validação dos códigos desenvolvidos será feita mediante a análise de
problemas que possuem solução analítica conhecida e que, portanto, podem servir
de referência para determinar a precisão das soluções numéricas obtidas.
Os arquivos de entrada e saída de dados de todos os problemas
apresentados neste capítulo encontram-se no CD anexo a este trabalho.
5.1 Cavidade Pressurizada
5.1.1 Considerações Gerais
Considere-se o problema de uma cavidade em um meio infinito sob pressão
uniforme tal como ilustrado na Figura 5.1, onde
r
i
denota o raio interno da cavidade,
p denota a pressão interna da cavidade e r denota a distância do centro da cavidade
até um ponto qualquer localizado no domínio do problema.
138
FIGURA 5.1 – Cavidade em um meio infinito sob pressão uniforme
5.1.2 Solução Analítica
A solução analítica para esse problema é dada por
1
2
2
i
rr
r
pr
=
σ
(5.1)
2
2
i
r
pr
=
θθ
σ
(5.2)
(
)
r
pr
E
1
u
2
i
r
ν
+
= (5.3)
onde σ
rr
denota a tensão radial, σ
θθ
denota a tensão angular e u
r
denota o
deslocamento radial.
1
A solução analítica apresentada aqui foi obtida a partir da solução analítica para o
problema de cilindro pressurizado dada na seção 5.2.2 tomando o limite quando r
e
139
5.1.3 Dados do Problema
A tabela a seguir apresenta os dados utilizados na análise do problema de
cavidade pressurizada.
Tabela 5.1 – Dados utilizados na análise do problema de cavidade pressurizada
E
(KN/cm
2
)
20500,0
ν
0,3
p
(KN/cm
2
)
100,0
r
i
(cm)
3,0
5.1.4 Malhas de Elementos Constantes
As seções a seguir ilustram as malhas de elementos de contorno constantes
utilizadas na análise do problema de cavidade pressurizada.
2
2
Para a convenção adotada na representação geométrica de malhas de elementos de
contorno neste trabalho ver a seção 3.7.1.
140
5.1.4.1 Malha CAV12C
FIGURA 5.2 – Representação geométrica da malha CAV12C
5.1.4.2 Malha CAV24C
FIGURA 5.3 – Representação geométrica da malha CAV24C
141
5.1.4.3 Malha CAV48C
FIGURA 5.4 – Representação geométrica da malha CAV48C
5.1.5 Malhas de Elementos Lineares
As seções a seguir ilustram as malhas de elementos de contorno lineares
utilizadas na análise do problema de cavidade pressurizada.
3
3
Para a convenção adotada na representação geométrica de malhas de elementos de
contorno neste trabalho ver a seção 3.7.1.
142
5.1.5.1 Malha CAV12L
FIGURA 5.5 – Representação geométrica da malha CAV12L
5.1.5.2 Malha CAV24L
FIGURA 5.6 – Representação geométrica da malha CAV24L
143
5.1.5.3 Malha CAV48L
FIGURA 5.7 – Representação geométrica da malha CAV48L
5.1.6 Malhas de Elementos Quadráticos
As seções a seguir ilustram as malhas de elementos de contorno
quadráticos utilizadas na análise do problema de cavidade pressurizada.
4
4
Para a convenção adotada na representação geométrica de malhas de elementos de
contorno neste trabalho ver a seção 3.7.1.
144
5.1.6.1 Malha CAV6Q
FIGURA 5.8 – Representação geométrica da malha CAV6Q
5.1.6.2 Malha CAV12Q
FIGURA 5.9 – Representação geométrica da malha CAV12Q
145
5.1.6.3 Malha CAV24Q
FIGURA 5.10 – Representação geométrica da malha CAV24Q
5.1.7 Resultados
5.1.7.1 Tensões Radiais
Tabela 5.2 – Tensões radiais obtidas com o código MEC_ELASTIC_CONST
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
CAV12C
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV24C
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV48C
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 4,0
-5,625000E+01 -6,552230E+01 16,48 -5,783670E+01 2,82 -5,683420E+01 1,04
2 5,0
-3,600000E+01 -3,821910E+01 6,16 -3,675030E+01 2,08 -3,637310E+01 1,04
3 6,0
-2,500000E+01 -2,612290E+01 4,49 -2,551900E+01 2,08 -2,525910E+01 1,04
4 7,0
-1,836735E+01 -1,913700E+01 4,19 -1,874850E+01 2,08 -1,855770E+01 1,04
5 8,0
-1,406250E+01 -1,464240E+01 4,12 -1,435430E+01 2,08 -1,420830E+01 1,04
6 9,0
-1,111111E+01 -1,156740E+01 4,11 -1,134160E+01 2,07 -1,122630E+01 1,04
7 10,0
-9,000000E+00 -9,369130E+00 4,10 -9,186700E+00 2,07 -9,093310E+00 1,04
146
Tabela 5.3 – Tensões radiais obtidas com o código MEC_ELASTIC_LIN
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
CAV12L
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV24L
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV48L
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 4,0
-5,625000E+01 -5,110290E+01 -9,15 -5,469580E+01 -2,76 -5,585120E+01 -0,71
2 5,0
-3,600000E+01 -3,226460E+01 -10,38 -3,499220E+01 -2,80 -3,574460E+01 -0,71
3 6,0
-2,500000E+01 -2,236960E+01 -10,52 -2,430000E+01 -2,80 -2,482260E+01 -0,71
4 7,0
-1,836735E+01 -1,643030E+01 -10,55 -1,785310E+01 -2,80 -1,823690E+01 -0,71
5 8,0
-1,406250E+01 -1,257880E+01 -10,55 -1,366870E+01 -2,80 -1,396260E+01 -0,71
6 9,0
-1,111111E+01 -9,938620E+00 -10,55 -1,080000E+01 -2,80 -1,103220E+01 -0,71
7 10,0
-9,000000E+00 -8,050250E+00 -10,55 -8,748000E+00 -2,80 -8,936060E+00 -0,71
Tabela 5.4 – Tensões radiais obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
CAV6Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV12Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV24Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 4,0
-5,625000E+01 -5,581630E+01 -0,77 -5,623160E+01 -0,03 -5,624960E+01 -0,0007
2 5,0
-3,600000E+01 -3,573920E+01 -0,72 -3,598560E+01 -0,04 -3,599950E+01 -0,0014
3 6,0
-2,500000E+01 -2,482980E+01 -0,68 -2,498970E+01 -0,04 -2,499950E+01 -0,0020
4 7,0
-1,836735E+01 -1,824650E+01 -0,66 -1,835970E+01 -0,04 -1,836700E+01 -0,0019
5 8,0
-1,406250E+01 -1,397160E+01 -0,65 -1,405670E+01 -0,04 -1,406220E+01 -0,0021
6 9,0
-1,111111E+01 -1,104000E+01 -0,64 -1,110650E+01 -0,04 -1,111080E+01 -0,0028
7 10,0
-9,000000E+00 -8,942770E+00 -0,64 -8,996270E+00 -0,04 -8,999780E+00 -0,0024
5.1.7.2 Tensões Angulares
Tabela 5.5 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_CONST
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
CAV12C
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV24C
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV48C
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 4,0
5,625000E+01 6,080350E+01 8,10 5,768610E+01 2,55 5,683500E+01 1,04
2 5,0
3,600000E+01 3,788520E+01 5,24 3,674840E+01 2,08 3,637360E+01 1,04
3 6,0
2,500000E+01 2,608540E+01 4,34 2,551840E+01 2,07 2,525930E+01 1,04
4 7,0
1,836735E+01 1,913110E+01 4,16 1,874820E+01 2,07 1,855780E+01 1,04
5 8,0
1,406250E+01 1,464130E+01 4,12 1,435410E+01 2,07 1,420830E+01 1,04
6 9,0
1,111111E+01 1,156710E+01 4,10 1,134150E+01 2,07 1,122630E+01 1,04
7 10,0
9,000000E+00 9,369050E+00 4,10 9,186630E+00 2,07 9,093340E+00 1,04
147
Tabela 5.6 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_LIN
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
CAV12L
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV24L
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV48L
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 4,0
5,625000E+01 5,075290E+01 -9,77 5,468980E+01 -2,77 5,584970E+01 -0,71
2 5,0
3,600000E+01 3,224090E+01 -10,44 3,499220E+01 -2,80 3,574410E+01 -0,71
3 6,0
2,500000E+01 2,236690E+01 -10,53 2,430000E+01 -2,80 2,482230E+01 -0,71
4 7,0
1,836735E+01 1,642990E+01 -10,55 1,785310E+01 -2,80 1,823680E+01 -0,71
5 8,0
1,406250E+01 1,257870E+01 -10,55 1,366880E+01 -2,80 1,396260E+01 -0,71
6 9,0
1,111111E+01 9,938600E+00 -10,55 1,080000E+01 -2,80 1,103220E+01 -0,71
7 10,0
9,000000E+00 8,050240E+00 -10,55 8,748000E+00 -2,80 8,936040E+00 -0,71
Tabela 5.7 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
CAV6Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV12Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV24Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 4,0
5,625000E+01 5,588290E+01 -0,65 5,622910E+01 -0,04 5,624810E+01 -0,0034
2 5,0
3,600000E+01 3,576080E+01 -0,66 3,598540E+01 -0,04 3,599900E+01 -0,0028
3 6,0
2,500000E+01 2,483730E+01 -0,65 2,498970E+01 -0,04 2,499930E+01 -0,0028
4 7,0
1,836735E+01 1,824950E+01 -0,64 1,835980E+01 -0,04 1,836690E+01 -0,0024
5 8,0
1,406250E+01 1,397300E+01 -0,64 1,405670E+01 -0,04 1,406210E+01 -0,0028
6 9,0
1,111111E+01 1,104070E+01 -0,63 1,110650E+01 -0,04 1,111080E+01 -0,0028
7 10,0
9,000000E+00 8,943140E+00 -0,63 8,996270E+00 -0,04 8,999760E+00 -0,0027
5.1.7.3 Deslocamentos Radiais
Tabela 5.8 – Deslocamentos radiais obtidos com o código MEC_ELASTIC_CONST
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
CAV12C
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV24C
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV48C
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 4,0
1,426830E-02 1,501930E-02 5,26 1,456890E-02 2,11 1,441620E-02 1,04
2 5,0
1,141460E-02 1,190290E-02 4,28 1,165140E-02 2,07 1,153300E-02 1,04
3 6,0
9,512200E-03 9,905250E-03 4,13 9,709490E-03 2,07 9,610830E-03 1,04
4 7,0
8,153300E-03 8,488110E-03 4,11 8,322400E-03 2,07 8,237860E-03 1,04
5 8,0
7,134100E-03 7,426700E-03 4,10 7,282100E-03 2,07 7,208130E-03 1,04
6 9,0
6,341500E-03 6,601410E-03 4,10 6,472970E-03 2,07 6,407230E-03 1,04
7 10,0
5,707300E-03 5,941250E-03 4,10 5,825670E-03 2,07 5,766500E-03 1,04
148
Tabela 5.9 – Deslocamentos radiais obtidos com o código MEC_ELASTIC_LIN
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
CAV12L
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV24L
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV48L
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 4,0
1,426830E-02 1,277970E-02 -10,43 1,386900E-02 -2,80 1,416700E-02 -0,71
2 5,0
1,141460E-02 1,021180E-02 -10,54 1,109500E-02 -2,80 1,133350E-02 -0,71
3 6,0
9,512200E-03 8,508620E-03 -10,55 9,245850E-03 -2,80 9,444610E-03 -0,71
4 7,0
8,153300E-03 7,292940E-03 -10,55 7,925020E-03 -2,80 8,095370E-03 -0,71
5 8,0
7,134100E-03 6,381290E-03 -10,55 6,934390E-03 -2,80 7,083450E-03 -0,71
6 9,0
6,341500E-03 5,672250E-03 -10,55 6,163900E-03 -2,80 6,296400E-03 -0,71
7 10,0
5,707300E-03 5,105020E-03 -10,55 5,547510E-03 -2,80 5,666750E-03 -0,71
Tabela 5.10 – Deslocamentos radiais obtidos com o código MEC_ELASTIC_QUAD
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
CAV6Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV12Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
Malha
CAV24Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 4,00
1,426830E-02 1,417380E-02 -0,66 1,426250E-02 -0,04 1,426800E-02 -0,0021
2 5,00
1,141460E-02 1,134090E-02 -0,65 1,140990E-02 -0,04 1,141440E-02 -0,0018
3 6,00
9,512200E-03 9,451550E-03 -0,64 9,508250E-03 -0,04 9,511950E-03 -0,0026
4 7,00
8,153300E-03 8,101660E-03 -0,63 8,149930E-03 -0,04 8,153090E-03 -0,0026
5 8,00
7,134100E-03 7,089100E-03 -0,63 7,131190E-03 -0,04 7,133950E-03 -0,0021
6 9,00
6,341500E-03 6,301500E-03 -0,63 6,338830E-03 -0,04 6,341280E-03 -0,0035
7 10,00
5,707300E-03 5,671390E-03 -0,63 5,704950E-03 -0,04 5,707170E-03 -0,0023
5.1.7.4 Análise dos Resultados
Os Gráficos 5.1, 5.2 e 5.3 apresentam a solução analítica para as tensões
radiais ao longo da linha de pontos internos comparada às soluções numéricas
obtidas com as malhas constantes, lineares e quadráticas, respectivamente. Nota-se
que quanto mais se afasta da borda da cavidade, menor é a influência da pressão
interna da cavidade. Por exemplo, para um ponto localizado na posição r = 10cm,
isto é, distante 7cm da borda da cavidade, o que equivale a pouco mais do 2,3 vezes
o raio da cavidade, a tensão radial é menor do que 10% do valor da pressão interna
da cavidade. O mesmo se dá com a solução analítica para as tensões angulares ao
longo da linha de pontos internos, ilustrada nos Gráficos 5.7, 5.8 e 5.9 e comparada
às soluções numéricas obtidas com as malhas constantes, lineares e quadráticas,
respectivamente. Finalmente, os Gráficos 5.13, 5.14 e 5.15 apresentam a solução
149
analítica para os deslocamentos radiais ao longo da linha de pontos internos
comparada às soluções numéricas obtidas com as malhas constantes, lineares e
quadráticas, respectivamente. O mesmo tipo de comportamento é identificado:
quanto mais distante o ponto se encontra da borda da cavidade, menor é a
influência da deformação da cavidade no deslocamento radial desse ponto.
Obviamente, o maior deslocamento radial ocorre na borda da cavidade e é igual a
0,19mm, aproximadamente 0,32% do diâmetro da cavidade.
Os Gráficos 5.4, 5.5 e 5.6 apresentam os erros obtidos no cálculo das
tensões radiais para as malhas constantes, lineares e quadráticas, respectivamente;
os Gráficos 5.10, 5.11 e 5.12 apresentam os erros obtidos no cálculo das tensões
angulares para as malhas constantes, lineares e quadráticas, respectivamente; e os
Gráficos 5.16, 5.17 e 5.18 apresentam os erros obtidos no cálculo dos
deslocamentos radiais para as malhas constantes, lineares e quadráticas,
respectivamente.
Em todos esses gráficos observa-se o mesmo comportamento: os erros das
malhas de elementos constantes são positivos enquanto os erros das malhas
lineares e quadráticas são negativos; malhas mais discretizadas, ou seja, com maior
número de elementos, obtêm resultados mais exatos e apresentam erros mais
uniformes; malhas menos discretizadas apresentam erros menos uniformes e mais
grosseiros, principalmente nos pontos mais próximos do contorno da cavidade (com
exceção dos resultados numéricos para tensões radiais e angulares das malhas
lineares menos discretizadas, onde ocorre exatamente o contrário, ou seja, os
pontos mais próximos do contorno da cavidade apresentam erros menores).
Finalmente, e curiosamente, somente as malhas lineares mais discretizadas são
capazes de obter resultados mais exatos que os obtidos com as malhas constantes.
150
Gráfico 5.1 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus
malhas CAV12C, CAV24C e CAV48C
-110,00
-100,00
-90,00
-80,00
-70,00
-60,00
-50,00
-40,00
-30,00
-20,00
-10,00
0,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CAV12C
Malha CAV24C
Malha CAV48C
Gráfico 5.2 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus
malhas CAV12L, CAV24L e CAV48L
-110,00
-100,00
-90,00
-80,00
-70,00
-60,00
-50,00
-40,00
-30,00
-20,00
-10,00
0,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CAV12L
Malha CAV24L
Malha CAV48L
151
Gráfico 5.3 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus
malhas CAV6Q, CAV12Q e CAV24Q
-110,00
-100,00
-90,00
-80,00
-70,00
-60,00
-50,00
-40,00
-30,00
-20,00
-10,00
0,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CAV6Q
Malha CAV12Q
Malha CAV24Q
Gráfico 5.4 – Erro no cálculo das tensões radiais versus raio versus
malhas CAV12C, CAV24C e CAV48C
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CAV12C
Malha CAV24C
Malha CAV48C
152
Gráfico 5.5 – Erro no cálculo das tensões radiais versus raio versus
malhas CAV12L, CAV24L e CAV48L
-11,00
-10,00
-9,00
-8,00
-7,00
-6,00
-5,00
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CAV12L
Malha CAV24L
Malha CAV48L
Gráfico 5.6 – Erro no cálculo das tensões radiais versus raio versus
malha CAV6Q, CAV12Q e CAV24Q
-1,00
-0,95
-0,90
-0,85
-0,80
-0,75
-0,70
-0,65
-0,60
-0,55
-0,50
-0,45
-0,40
-0,35
-0,30
-0,25
-0,20
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CAV6Q
Malha CAV12Q
Malha CAV24Q
153
Gráfico 5.7 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus
malhas CAV12C, CAV24C e CAV48C
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
110,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CAV12C
Malha CAV24C
Malha CAV48C
Gráfico 5.8 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus
malhas CAV12L, CAV24L e CAV48L
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
110,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CAV12L
Malha CAV24L
Malha CAV48L
154
Gráfico 5.9 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus
malhas CAV6Q, CAV12Q e CAV24Q
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
110,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CAV6Q
Malha CAV12Q
Malha CAV24Q
Gráfico 5.10 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus
malhas CAV12C, CAV24C e CAV48C
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CAV12C
Malha CAV24C
Malha CAV48C
155
Gráfico 5.11 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus
malhas CAV12L, CAV24L e CAV48L
-11,00
-10,00
-9,00
-8,00
-7,00
-6,00
-5,00
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CAV12L
Malha CAV24L
Malha CAV48L
Gráfico 5.12 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus
malha CAV6Q, CAV12Q e CAV24Q
-1,00
-0,95
-0,90
-0,85
-0,80
-0,75
-0,70
-0,65
-0,60
-0,55
-0,50
-0,45
-0,40
-0,35
-0,30
-0,25
-0,20
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CAV6Q
Malha CAV12Q
Malha CAV24Q
156
Gráfico 5.13 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus
malhas CAV12C, CAV24C e CAV48C
0,0000
0,0025
0,0050
0,0075
0,0100
0,0125
0,0150
0,0175
0,0200
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Deslocamento (cm)
Sol. Analítica
Malha CAV12C
Malha CAV24C
Malha CAV48C
Gráfico 5.14 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus
malhas CAV12L, CAV24L e CAV48L
0,0000
0,0025
0,0050
0,0075
0,0100
0,0125
0,0150
0,0175
0,0200
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Deslocamento (cm)
Sol. Analítica
Malha CAV12L
Malha CAV24L
Malha CAV48L
157
Gráfico 5.15 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus
malhas CAV6Q, CAV12Q e CAV24Q
0,0000
0,0025
0,0050
0,0075
0,0100
0,0125
0,0150
0,0175
0,0200
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Deslocamento (cm)
Sol. Analítica
Malha CAV6Q
Malha CAV12Q
Malha CAV24Q
Gráfico 5.16 – Erro no cálculo dos deslocamentos radiais versus raio versus
malhas CAV12C, CAV24C e CAV48C
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CAV12C
Malha CAV24C
Malha CAV48C
158
Gráfico 5.17 – Erro no cálculo dos deslocamentos radiais versus raio versus
malhas CAV12L, CAV24L e CAV48L
-11,00
-10,00
-9,00
-8,00
-7,00
-6,00
-5,00
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CAV12L
Malha CAV24L
Malha CAV48L
Gráfico 5.18 – Erro no cálculo dos deslocamentos radiais versus raio versus
malha CAV6Q, CAV12Q e CAV24Q
-1,00
-0,95
-0,90
-0,85
-0,80
-0,75
-0,70
-0,65
-0,60
-0,55
-0,50
-0,45
-0,40
-0,35
-0,30
-0,25
-0,20
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CAV6Q
Malha CAV12Q
Malha CAV24Q
159
5.2 Cilindro Pressurizado
5.2.1 Considerações Gerais
Considere-se o problema de um cilindro sob pressão uniforme tal como
ilustrado na Figura 5.11, onde r
i
denota o raio interno do cilindro, r
e
denota o raio
externo do cilindro, p denota a pressão interna do cilindro e r denota a distância do
centro do cilindro até um ponto qualquer localizado no domínio do problema.
FIGURA 5.11 – Cilindro sob pressão uniforme
5.2.2 Solução Analítica
A solução analítica para esse problema é dada por
5
=
2
2
e
2
i
2
e
2
i
rr
r
r
1
rr
pr
σ
(5.4)
5
ALIABADI, M. H. The Boundary Element Method, Vol. 2, Applications in Solids and
Structures. Chippenham: John Wiley & Sons, 2002, p. 83.
160
+
=
2
2
e
2
i
2
e
2
i
r
r
1
rr
pr
θθ
σ
(5.5)
()
()
+
+
=
ν
ν
21
r
r
1
r
r
E
pr1
u
2
e
2
i
e
r
(5.6)
onde σ
rr
denota a tensão radial, σ
θθ
denota a tensão angular e u
r
denota o
deslocamento radial.
5.2.3 Dados do Problema
A tabela a seguir apresenta os dados utilizados na análise do problema de
cilindro pressurizado.
Tabela 5.11 – Dados utilizados na análise do problema de cilindro pressurizado
E
(KN/cm
2
)
20500,0
ν
0,3
p
(KN/cm
2
)
100,0
r
e
(cm)
8,0
r
i
(cm)
3,0
161
5.2.4 Malhas de Elementos Quadráticos
As seções a seguir ilustram as malhas de elementos de contorno
quadráticos utilizadas na análise do problema de cilindro pressurizado.
6
5.2.4.1 Malha CIL18Q
FIGURA 5.12 – Representação geométrica da malha CIL18Q
6
Para a convenção adotada na representação geométrica de malhas de elementos de
contorno neste trabalho ver a seção 3.7.1.
162
5.2.4.2 Malha CIL30Q
FIGURA 5.13 – Representação geométrica da malha CIL30Q
163
5.2.4.3 Malha CIL36Q
FIGURA 5.14 – Representação geométrica da malha CIL36Q
164
5.2.5 Resultados
5.2.5.1 Tensões Radiais
Tabela 5.12 – Tensões radiais obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm2)
Malha
CIL18Q
(KN/cm2)
Erro
(%)
Malha
CIL30Q
(KN/cm2)
Erro
(%)
Malha
CIL36Q
(KN/cm2)
Erro
(%)
1 3,5
-6,912801E+01 -6,850150E+01 -0,91 -6,850190E+01 -0,91 -6,908050E+01 -0,07
2 4,0
-4,909091E+01 -4,865240E+01 -0,89 -4,865310E+01 -0,89 -4,906530E+01 -0,05
3 4,5
-3,535354E+01 -3,504060E+01 -0,89 -3,504160E+01 -0,88 -3,533640E+01 -0,05
4 5,0
-2,552727E+01 -2,530830E+01 -0,86 -2,530950E+01 -0,85 -2,551530E+01 -0,05
5 5,5
-1,825695E+01 -1,810470E+01 -0,83 -1,810600E+01 -0,83 -1,824850E+01 -0,05
6 6,0
-1,272727E+01 -1,262360E+01 -0,81 -1,262470E+01 -0,81 -1,272140E+01 -0,05
7 6,5
-8,423884E+00 -8,356800E+00 -0,80 -8,357470E+00 -0,79 -8,420050E+00 -0,05
8 7,0
-5,009276E+00 -4,972120E+00 -0,74 -4,970650E+00 -0,77 -5,007070E+00 -0,04
9 7,5
-2,254546E+00 -2,801990E+00 24,28 -2,240640E+00 -0,62 -2,256640E+00 0,09
5.2.5.2 Tensões Angulares
Tabela 5.13 – Tensões angulares obtidas com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(KN/cm2)
Malha
CIL18Q
(KN/cm2)
Erro
(%)
Malha
CIL30Q
(KN/cm2)
Erro
(%)
Malha
CIL36Q
(KN/cm2)
Erro
(%)
1 3,5
1,018553E+02 1,010090E+02 -0,83 1,010070E+02 -0,83 1,017980E+02 -0,06
2 4,0
8,181818E+01 8,121510E+01 -0,74 8,121320E+01 -0,74 8,177870E+01 -0,05
3 4,5
6,808081E+01 6,757450E+01 -0,74 6,757280E+01 -0,75 6,804900E+01 -0,05
4 5,0
5,825455E+01 5,782530E+01 -0,74 5,782350E+01 -0,74 5,822760E+01 -0,05
5 5,5
5,098422E+01 5,061220E+01 -0,73 5,061040E+01 -0,73 5,096060E+01 -0,05
6 6,0
4,545455E+01 4,512560E+01 -0,72 4,512330E+01 -0,73 4,543340E+01 -0,05
7 6,5
4,115116E+01 4,085520E+01 -0,72 4,085210E+01 -0,73 4,113180E+01 -0,05
8 7,0
3,773655E+01 3,746680E+01 -0,71 3,746200E+01 -0,73 3,771870E+01 -0,05
9 7,5
3,498182E+01 3,527590E+01 0,84 3,472710E+01 -0,73 3,496640E+01 -0,04
165
5.2.5.3 Deslocamentos Radiais
Tabela 5.14 – Deslocamentos radiais obtidos com o código MEC_ELASTIC_QUAD_MC
Pt
r
(cm)
Solução
Analítica
(cm)
Malha
CIL18Q
(cm)
Erro
(%)
Malha
CIL30Q
(cm)
Erro
(%)
Malha
CIL36Q
(cm)
Erro
(%)
1 3,5
2,042770E-02 2,027640E-02 -0,74 2,027600E-02 -0,74 2,041800E-02 -0,05
2 4,0
1,826340E-02 1,812770E-02 -0,74 1,812730E-02 -0,75 1,825480E-02 -0,05
3 4,5
1,662620E-02 1,650400E-02 -0,73 1,650360E-02 -0,74 1,661840E-02 -0,05
4 5,0
1,535790E-02 1,524600E-02 -0,73 1,524560E-02 -0,73 1,535070E-02 -0,05
5 5,5
1,435790E-02 1,425390E-02 -0,72 1,425350E-02 -0,73 1,435120E-02 -0,05
6 6,0
1,355920E-02 1,346130E-02 -0,72 1,346090E-02 -0,72 1,355290E-02 -0,05
7 6,5
1,291530E-02 1,282220E-02 -0,72 1,282190E-02 -0,72 1,290930E-02 -0,05
8 7,0
1,239300E-02 1,230380E-02 -0,72 1,230350E-02 -0,72 1,238720E-02 -0,05
9 7,5
1,196810E-02 1,188200E-02 -0,72 1,188160E-02 -0,72 1,196240E-02 -0,05
5.2.5.4 Análise dos Resultados
Os Gráficos 5.19 a 5.21, 5.23 a 5.25 e 5.27 a 5.29 apresentam,
respectivamente, a solução analítica para as tensões radiais ao longo da linha de
pontos internos, a solução analítica para as tensões angulares ao longo da linha de
pontos internos e a solução analítica para os deslocamentos radiais ao longo da
linha de pontos internos, comparadas às soluções numéricas obtidas com as malhas
CIL18Q, CIL30Q e CIL36Q, respectivamente.
O Gráfico 5.22 apresenta o erro obtido no cálculo das tensões radiais para
as diferentes malhas quadráticas; o Gráfico 5.26 apresenta o erro obtido no cálculo
das tensões angulares para as diferentes malhas quadráticas; e o Gráfico 5.30
apresenta o erro obtido no cálculo dos deslocamentos radiais para as diferentes
malhas quadráticas.
Tanto para as tensões radiais quanto para as tensões angulares a malha
CIL18Q apresenta erros grosseiros no ponto mais próximo da borda externa do
cilindro. A malha CIL30Q elimina essas discrepâncias e a malha CIL36Q converge
uniformemente para as soluções analíticas. Para os deslocamentos radiais a malha
CIL30Q não apresenta melhorias em relação aos resultados da malha CIL18Q. A
malha
CIL36Q, por sua vez, converge uniformemente para a solução analítica.
166
Gráfico 5.19 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus
malha CIL18Q
-110,00
-100,00
-90,00
-80,00
-70,00
-60,00
-50,00
-40,00
-30,00
-20,00
-10,00
0,00
3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CIL18Q
Gráfico 5.20 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus
malha CIL30Q
-110,00
-100,00
-90,00
-80,00
-70,00
-60,00
-50,00
-40,00
-30,00
-20,00
-10,00
0,00
3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CIL30Q
167
Gráfico 5.21 – Solução analítica para as tensões radiais versus raio versus
malha CIL36Q
-110,00
-100,00
-90,00
-80,00
-70,00
-60,00
-50,00
-40,00
-30,00
-20,00
-10,00
0,00
3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CIL 36Q
Gráfico 5.22 – Erro no cálculo das tensões radiais versus raio versus
malha CIL18Q, CIL30Q e CIL36Q
-2,50
0,00
2,50
5,00
7,50
10,00
12,50
15,00
17,50
20,00
22,50
25,00
3,03,54,04,55,05,56,06,57,07,58,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CIL18Q
Malha CIL30Q
Malha CIL36Q
168
Gráfico 5.23 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus
malha CIL18Q
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
110,00
120,00
130,00
140,00
3,03,54,04,55,05,56,06,57,07,58,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CIL18Q
Gráfico 5.24 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus
malha CIL30Q
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
110,00
120,00
130,00
140,00
3,03,54,04,55,05,56,06,57,07,58,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CIL30Q
169
Gráfico 5.25 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio versus
malha CIL36Q
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
110,00
120,00
130,00
140,00
3,03,54,04,55,05,56,06,57,07,58,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
Sol. Analítica
Malha CIL36Q
Gráfico 5.26 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus
malha CIL18Q, CIL30Q e CIL36Q
-1,00
-0,90
-0,80
-0,70
-0,60
-0,50
-0,40
-0,30
-0,20
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CIL18Q
Malha CIL30Q
Malha CIL36Q
170
Gráfico 5.27 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus
malha CIL18Q
0,0000
0,0025
0,0050
0,0075
0,0100
0,0125
0,0150
0,0175
0,0200
0,0225
0,0250
3,03,54,04,55,05,56,06,57,07,58,0
Raio (cm)
Deslocamento (cm)
Sol. Analítica
Malha CIL18Q
Gráfico 5.28 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus
malha CIL30Q
0,0000
0,0025
0,0050
0,0075
0,0100
0,0125
0,0150
0,0175
0,0200
0,0225
0,0250
3,03,54,04,55,05,56,06,57,07,58,0
Raio (cm)
Deslocamento (cm)
Sol. Analítica
Malha CIL30Q
171
Gráfico 5.29 – Solução analítica para os deslocamentos radiais versus raio versus
malha CIL36Q
0,0000
0,0025
0,0050
0,0075
0,0100
0,0125
0,0150
0,0175
0,0200
0,0225
0,0250
3,03,54,04,55,05,56,06,57,07,58,0
Raio (cm)
Deslocamento (cm)
Sol. Analítica
Malha CIL36Q
Gráfico 5.30 – Erro no cálculo dos deslocamentos radiais versus raio versus
malha CIL18Q, CIL30Q e CIL36Q
-1,00
-0,90
-0,80
-0,70
-0,60
-0,50
-0,40
-0,30
-0,20
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
Raio (cm)
Erro (%)
Malha CIL18Q
Malha CIL30Q
Malha CIL36Q
172
5.3 Placa com Orifício
5.3.1 Considerações Gerais
Considere-se o problema de uma placa retangular com orifício central sob
tração uniforme, tal como ilustrado na Figura 5.15, onde r
i
denota o raio interno do
orifício, σ
0
denota a tração a qual a placa está submetida, L
x
e L
y
denotam as
dimensões da placa e r denota a distância do centro do orifício, segundo um ângulo
θ com a horizontal, até um ponto qualquer localizado no domínio do problema.
FIGURA 5.15 – Placa retangular com orifício central sob tração uniforme
5.3.2 Solução Analítica
A solução analítica para esse problema é dada por
θ
σσ
σ
2cos
r
r4
r
r3
1
2
r
r
1
2
2
2
i
4
4
i0
2
2
i0
rr
++
= (5.7)
173
θ
σσ
σ
θθ
2cos
r
r3
1
2
r
r
1
2
4
4
i0
2
2
i0
+
+=
(5.8)
θ
σ
σ
θ
2sin
r
r2
r
r3
1
2
2
2
i
4
4
i0
r
+= (5.9)
onde σ
rr
denota a tensão normal radial, σ
θθ
denota a tensão normal angular e σ
rθ
denota a tensão tangencial.
As expressões anteriores correspondem a uma placa de tamanho infinito, no
entanto, segundo TIMOSHENKO
7
, podem ser utilizadas como solução para o caso
de uma placa de dimensões finitas desde que o diâmetro do orifício não seja
superior a ¼ da dimensão L
y
da placa.
5.3.3 Dados do Problema
A tabela a seguir apresenta os dados utilizados na análise do problema de
placa com orifício.
Tabela 5.15 – Dados utilizados na análise do problema de placa com orifício
E
(KN/cm
2
)
20500,0
ν
0,3
σ
0
(KN/cm)
100,0
r
i
(cm)
1,0
L
x
(cm)
40,0
L
y
(cm)
20,0
7
TIMOSHENKO, S. P., GOODIER, J. N. Theory of Elasticity. 3. ed. Tokyo: McGraw-Hill,
1970, p. 90.
174
5.3.4 Malhas de Elementos Quadráticos
As seções a seguir ilustram as malhas de elementos de contorno
quadráticos utilizadas na análise do problema de placa com orifício.
8
8
Para a convenção adotada na representação geométrica de malhas de elementos de
contorno neste trabalho ver a seção 3.7.1.
175
5.3.4.1 Malha PL68Q
FIGURA 5.16 – Representação geométrica da malha PL68Q
176
5.3.4.2 Malha PL34QX
FIGURA 5.17 – Representação geométrica da malha PL34QX
177
5.3.4.3 Malha PL34QY
FIGURA 5.18 – Representação geométrica da malha PL34QY
178
5.3.4.4 Malha PL17Q
FIGURA 5.19 – Representação geométrica da malha PL17Q
179
5.3.5 Resultados
Tabela 5.16 – Tensões angulares obtidas com o código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM para a malha PL68Q
Pt
r
(cm)
θ
(º)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
PL68Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 1,25 90,00
1,934400E+02 1,953060E+02 0,96
2 1,50 90,00
1,518519E+02 1,532650E+02 0,93
3 1,75 90,00
1,323199E+02 1,335270E+02 0,91
4 2,00 90,00
1,218750E+02 1,229800E+02 0,91
5 2,25 90,00
1,157293E+02 1,167780E+02 0,91
6 2,50 90,00
1,118400E+02 1,128550E+02 0,91
7 2,75 90,00
1,092343E+02 1,102260E+02 0,91
8 3,00 90,00
1,074074E+02 1,083830E+02 0,91
9 3,25 90,00
1,060782E+02 1,070390E+02 0,91
10 3,50 90,00
1,050812E+02 1,060300E+02 0,90
11 3,75 90,00
1,043141E+02 1,052500E+02 0,90
12 4,00 90,00
1,037109E+02 1,046340E+02 0,89
13 4,25 90,00
1,032279E+02 1,041370E+02 0,88
14 4,50 90,00
1,028349E+02 1,037290E+02 0,87
15 4,75 90,00
1,025107E+02 1,033870E+02 0,85
16 5,00 90,00
1,022400E+02 1,030960E+02 0,84
17 5,25 90,00
1,020115E+02 1,028440E+02 0,82
18 5,50 90,00
1,018168E+02 1,026220E+02 0,79
19 5,75 90,00
1,016495E+02 1,024230E+02 0,76
20 6,00 90,00
1,015046E+02 1,022420E+02 0,73
21 6,25 90,00
1,013783E+02 1,020730E+02 0,69
22 6,50 90,00
1,012675E+02 1,019130E+02 0,64
23 6,75 90,00
1,011697E+02 1,017570E+02 0,58
24 7,00 90,00
1,010829E+02 1,016040E+02 0,52
25 7,25 90,00
1,010055E+02 1,014490E+02 0,44
26 7,50 90,00
1,009363E+02 1,012890E+02 0,35
27 7,75 90,00
1,008740E+02 1,011220E+02 0,25
28 8,00 90,00
1,008179E+02 1,009430E+02 0,12
29 8,25 90,00
1,007670E+02 1,007500E+02 -0,02
30 8,50 90,00
1,007208E+02 1,005370E+02 -0,18
31 8,75 90,00
1,006787E+02 1,003010E+02 -0,38
32 9,00 90,00
1,006401E+02 1,000370E+02 -0,60
33 9,25 90,00
1,006049E+02 9,973720E+01 -0,86
34 9,50 90,00
1,005724E+02 9,939070E+01 -1,18
35 9,75 90,00
1,005426E+02 9,798090E+01 -2,55
180
Tabela 5.17 – Tensões angulares obtidas com o código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM para a malha PL34QX
Pt
r
(cm)
θ
(º)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
PL34QX
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 1,25 90,00
1,934400E+02 1,953130E+02 0,97
2 1,50 90,00
1,518519E+02 1,532680E+02 0,93
3 1,75 90,00
1,323199E+02 1,335280E+02 0,91
4 2,00 90,00
1,218750E+02 1,229800E+02 0,91
5 2,25 90,00
1,157293E+02 1,167780E+02 0,91
6 2,50 90,00
1,118400E+02 1,128550E+02 0,91
7 2,75 90,00
1,092343E+02 1,102260E+02 0,91
8 3,00 90,00
1,074074E+02 1,083820E+02 0,91
9 3,25 90,00
1,060782E+02 1,070390E+02 0,91
10 3,50 90,00
1,050812E+02 1,060290E+02 0,90
11 3,75 90,00
1,043141E+02 1,052490E+02 0,90
12 4,00 90,00
1,037109E+02 1,046330E+02 0,89
13 4,25 90,00
1,032279E+02 1,041360E+02 0,88
14 4,50 90,00
1,028349E+02 1,037280E+02 0,87
15 4,75 90,00
1,025107E+02 1,033860E+02 0,85
16 5,00 90,00
1,022400E+02 1,030940E+02 0,84
17 5,25 90,00
1,020115E+02 1,028430E+02 0,82
18 5,50 90,00
1,018168E+02 1,026210E+02 0,79
19 5,75 90,00
1,016495E+02 1,024220E+02 0,76
20 6,00 90,00
1,015046E+02 1,022400E+02 0,72
21 6,25 90,00
1,013783E+02 1,020720E+02 0,68
22 6,50 90,00
1,012675E+02 1,019110E+02 0,64
23 6,75 90,00
1,011697E+02 1,017560E+02 0,58
24 7,00 90,00
1,010829E+02 1,016030E+02 0,51
25 7,25 90,00
1,010055E+02 1,014480E+02 0,44
26 7,50 90,00
1,009363E+02 1,012880E+02 0,35
27 7,75 90,00
1,008740E+02 1,011210E+02 0,24
28 8,00 90,00
1,008179E+02 1,009420E+02 0,12
29 8,25 90,00
1,007670E+02 1,007490E+02 -0,02
30 8,50 90,00
1,007208E+02 1,005360E+02 -0,18
31 8,75 90,00
1,006787E+02 1,003010E+02 -0,38
32 9,00 90,00
1,006401E+02 1,000360E+02 -0,60
33 9,25 90,00
1,006049E+02 9,973710E+01 -0,86
34 9,50 90,00
1,005724E+02 9,939130E+01 -1,17
35 9,75 90,00
1,005426E+02 9,798270E+01 -2,55
181
Tabela 5.18 – Tensões angulares obtidas com o código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM para a malha PL34QY
Pt
r
(cm)
θ
(º)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
PL34QY
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 1,25 90,00
1,934400E+02 1,953130E+02 0,97
2 1,50 90,00
1,518519E+02 1,532680E+02 0,93
3 1,75 90,00
1,323199E+02 1,335280E+02 0,91
4 2,00 90,00
1,218750E+02 1,229800E+02 0,91
5 2,25 90,00
1,157293E+02 1,167780E+02 0,91
6 2,50 90,00
1,118400E+02 1,128550E+02 0,91
7 2,75 90,00
1,092343E+02 1,102260E+02 0,91
8 3,00 90,00
1,074074E+02 1,083820E+02 0,91
9 3,25 90,00
1,060782E+02 1,070390E+02 0,91
10 3,50 90,00
1,050812E+02 1,060290E+02 0,90
11 3,75 90,00
1,043141E+02 1,052490E+02 0,90
12 4,00 90,00
1,037109E+02 1,046330E+02 0,89
13 4,25 90,00
1,032279E+02 1,041360E+02 0,88
14 4,50 90,00
1,028349E+02 1,037280E+02 0,87
15 4,75 90,00
1,025107E+02 1,033860E+02 0,85
16 5,00 90,00
1,022400E+02 1,030950E+02 0,84
17 5,25 90,00
1,020115E+02 1,028430E+02 0,82
18 5,50 90,00
1,018168E+02 1,026210E+02 0,79
19 5,75 90,00
1,016495E+02 1,024220E+02 0,76
20 6,00 90,00
1,015046E+02 1,022400E+02 0,72
21 6,25 90,00
1,013783E+02 1,020720E+02 0,68
22 6,50 90,00
1,012675E+02 1,019110E+02 0,64
23 6,75 90,00
1,011697E+02 1,017560E+02 0,58
24 7,00 90,00
1,010829E+02 1,016030E+02 0,51
25 7,25 90,00
1,010055E+02 1,014480E+02 0,44
26 7,50 90,00
1,009363E+02 1,012880E+02 0,35
27 7,75 90,00
1,008740E+02 1,011210E+02 0,24
28 8,00 90,00
1,008179E+02 1,009420E+02 0,12
29 8,25 90,00
1,007670E+02 1,007490E+02 -0,02
30 8,50 90,00
1,007208E+02 1,005360E+02 -0,18
31 8,75 90,00
1,006787E+02 1,003010E+02 -0,38
32 9,00 90,00
1,006401E+02 1,000360E+02 -0,60
33 9,25 90,00
1,006049E+02 9,973710E+01 -0,86
34 9,50 90,00
1,005724E+02 9,939130E+01 -1,17
35 9,75 90,00
1,005426E+02 9,798290E+01 -2,55
182
Tabela 5.19 – Tensões angulares obtidas com o código
MEC_ELASTIC_QUAD_MC_SIM para a malha PL17Q
Pt
r
(cm)
θ
(º)
Solução
Analítica
(KN/cm
2
)
Malha
PL17Q
(KN/cm
2
)
Erro
(%)
1 1,25 90,00
1,934400E+02 1,953130E+02 0,97
2 1,50 90,00
1,518519E+02 1,532680E+02 0,93
3 1,75 90,00
1,323199E+02 1,335280E+02 0,91
4 2,00 90,00
1,218750E+02 1,229800E+02 0,91
5 2,25 90,00
1,157293E+02 1,167780E+02 0,91
6 2,50 90,00
1,118400E+02 1,128550E+02 0,91
7 2,75 90,00
1,092343E+02 1,102260E+02 0,91
8 3,00 90,00
1,074074E+02 1,083820E+02 0,91
9 3,25 90,00
1,060782E+02 1,070390E+02 0,91
10 3,50 90,00
1,050812E+02 1,060290E+02 0,90
11 3,75 90,00
1,043141E+02 1,052490E+02 0,90
12 4,00 90,00
1,037109E+02 1,046330E+02 0,89
13 4,25 90,00
1,032279E+02 1,041360E+02 0,88
14 4,50 90,00
1,028349E+02 1,037280E+02 0,87
15 4,75 90,00
1,025107E+02 1,033860E+02 0,85
16 5,00 90,00
1,022400E+02 1,030950E+02 0,84
17 5,25 90,00
1,020115E+02 1,028430E+02 0,82
18 5,50 90,00
1,018168E+02 1,026210E+02 0,79
19 5,75 90,00
1,016495E+02 1,024220E+02 0,76
20 6,00 90,00
1,015046E+02 1,022400E+02 0,72
21 6,25 90,00
1,013783E+02 1,020720E+02 0,68
22 6,50 90,00
1,012675E+02 1,019110E+02 0,64
23 6,75 90,00
1,011697E+02 1,017560E+02 0,58
24 7,00 90,00
1,010829E+02 1,016030E+02 0,51
25 7,25 90,00
1,010055E+02 1,014480E+02 0,44
26 7,50 90,00
1,009363E+02 1,012880E+02 0,35
27 7,75 90,00
1,008740E+02 1,011210E+02 0,24
28 8,00 90,00
1,008179E+02 1,009420E+02 0,12
29 8,25 90,00
1,007670E+02 1,007490E+02 -0,02
30 8,50 90,00
1,007208E+02 1,005360E+02 -0,18
31 8,75 90,00
1,006787E+02 1,003010E+02 -0,38
32 9,00 90,00
1,006401E+02 1,000360E+02 -0,60
33 9,25 90,00
1,006049E+02 9,973720E+01 -0,86
34 9,50 90,00
1,005724E+02 9,939140E+01 -1,17
35 9,75 90,00
1,005426E+02 9,798290E+01 -2,55
183
5.3.6 Análise dos Resultados
O Gráfico 5.31 apresenta a solução analítica para as tensões angulares ao
longo da linha de pontos internos. Observa-se que a partir de uma determinada
distância da borda do furo central (aproximadamente 5cm), as concentrações de
tensões causadas pelo orifício não exercem mais influência sobre as tensões
angulares dos pontos internos. Outro ponto importante: na borda do furo central a
tensão angular equivale a 3 vezes o valor da tração uniforme aplicada à placa.
Os Gráficos 5.32 a 5.35 apresentam os erros obtidos no cálculo das tensões
angulares para as diferentes malhas quadráticas. Com exceção dos dois pontos
mais próximos da borda da placa, os resultados são satisfatórios e atestam a
funcionalidade do código desenvolvido, pois, independentemente da discretização
adotada, os resultados são idênticos.
Gráfico 5.31 – Solução analítica para as tensões angulares versus raio
0,00
25,00
50,00
75,00
100,00
125,00
150,00
175,00
200,00
225,00
250,00
275,00
300,00
325,00
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
Raio (cm)
Tensão (KN/cm²)
184
Gráfico 5.32 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha PL68Q
-2,75
-2,50
-2,25
-2,00
-1,75
-1,50
-1,25
-1,00
-0,75
-0,50
-0,25
0,00
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
Raio (cm)
Erro (%)
Gráfico 5.33 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha PL34QX
-2,75
-2,50
-2,25
-2,00
-1,75
-1,50
-1,25
-1,00
-0,75
-0,50
-0,25
0,00
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
Raio (cm)
Erro (%)
185
Gráfico 5.34 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha PL34QY
-2,75
-2,50
-2,25
-2,00
-1,75
-1,50
-1,25
-1,00
-0,75
-0,50
-0,25
0,00
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
Raio (cm)
Erro (%)
Gráfico 5.35 – Erro no cálculo das tensões angulares versus raio versus malha PL17Q
-2,75
-2,50
-2,25
-2,00
-1,75
-1,50
-1,25
-1,00
-0,75
-0,50
-0,25
0,00
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
Raio (cm)
Erro (%)
186
6 CONCLUSÃO
O Método de Elementos de Contorno prova ser uma técnica numérica que
apresenta um alicerce matemático muito bem estabelecido e que, a despeito do fato
de ser relativamente nova, quando comparado a outros métodos de análise
numérica utilizados em diferentes áreas da Engenharia, possui características
inerentes que o colocam em pé de igualdade ou mesmo, para determinadas classes
de problemas, o tornam uma escolha altamente interessante.
Sob esse ponto de vista, uma das principais contribuições deste trabalho é
constituir-se numa fonte bibliográfica introdutória para o Método de Elementos de
Contorno, principalmente dentro do Programa de Pós-Graduação em Método
Numéricos em Engenharia (PPGMNE), fomentando o interesse de futuros alunos do
programa pelo método. Para tanto, uma estrutura didática e detalhada foi adotada
na apresentação dos tópicos afins e na elaboração dos códigos computacionais.
No que se refere aos códigos computacionais, esses foram implementados
em linguagem de programação Fortran 95 que, ao contrário de sua antecessora
(Fortran 77), incorpora o que há de mais moderno em termos de programação
estruturada, alocação dinâmica de memória, compartilhamento de dados entre
procedimentos, verificação da consistência entre argumentos de chamada e
variáveis mudas em tempo de compilação, criação de estruturas de dados
187
complexas a partir de tipos de dados definidos pelo usuário, ponteiros e
programação orientada a objetos. Ou seja, os códigos estão implementados em uma
linguagem poderosa que oferece uma ampla gama de recursos de programação,
possibilitando que futuras melhorias e inclusões de novos recursos se dêem de
maneira muito fácil.
6.1 Sugestões para Trabalhos Futuros
As principais sugestões para futuros trabalhos que venham a ser
desenvolvidos a partir da presente obra compreenderiam:
a) estudo matemático e implementação computacional do cálculo dos
coeficientes
α
cn
ij
P singulares através da avaliação de integrais no sentido
do Valor Principal de Cauchy, descartando, desse modo, a necessidade
de considerações de movimento de corpo rígido para a obtenção dos
referidos coeficientes (atrelado a esse item estaria a necessidade de
determinar os coeficientes
c
ij
C associados aos termos livres para qualquer
tipo de geometria do contorno nos pontos fonte, inclusive contornos
considerados "não-suaves");
b) estudo matemático e implementação computacional da equação integral
de contorno para tensões no contorno, calculando as integrais singulares
e hiper-singulares, resultantes das soluções fundamentais
(
)
xx',D
kij
e
()
xx',S
kij
, através da avaliação de integrais no sentido do Valor Principal
de Cauchy e de Hadamard, respectivamente;
c) análise do comportamento numérico e computacional dos códigos
desenvolvidos mediante a introdução de novos algoritmos para solução
de sistemas de equações lineares;
d) criação de uma interface gráfica para entrada de dados e visualização dos
resultados obtidos.
188
REFERÊNCIAS
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