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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE QUIMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
ESTUDO FITOQUÍMICO DA MADEIRA NOBRE KHAYA IVORENSIS
(MELIACEAE) IMUNE A HYPSIPYLA GRANDELLA E SUA ADAPTAÇÃO
QUÍMICA AO BOTRYOSPHAERIA RHODINA
KARINE VALADARES GUIMARÃES*
Orientadora: Prof
a
. Dra. Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva
* Bolsista Fapesp
SÃO CARLOS – SP
2007
Tese apresentada como parte dos
requisitos para a obtenção do título de
DOUTOR EM CIÊNCIAS, na área de
concentração QUÍMICA ORGÂNICA.
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Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da
Biblioteca Comunitária/UFSCar
G963ef
Guimarães, Karine Valadares.
Estudo fitoquímico da madeira nobre Khaya ivorensis
(Meliaceae) imune a Hypsipyla grandella e sua adaptação
química ao Botryosphaeria rhodina / Karine Valadares
Guimarães. -- São Carlos : UFSCar, 2008.
243 f.
Tese (Doutorado) -- Universidade Federal de São Carlos,
2007.
1. Produtos naturais. 2. Meliaceae. 3. Limonóides. 4.
Khaya. 5. Hypsipyla grandella. 6. Quantificação. I. Título.
CDD: 547.3 (20
a
)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia
Departamento de Quimica
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Curso de Doutorado
Assinaturas dos membros da banca examinadora que avaliaram e
aprovaram a defesa de tese de doutorado da candidata Karine Valadares
Guimarães realizado em 20 de novembro de 2007:
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Profa. Dra. Reginà'Virícenzi Oliveira
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Profa. Ora. Mitsue Haraguchi
Dedico este trabalho:
A minha filhinha Larissa, a melhor parte de tudo isso.
Ao Tiago, meu grande amor, meu porto-seguro.
As famílias Valadares, Guimarães, Vicente e Reche, meus presentes de Deus.
“Um homem disciplinado é um tesouro.
Quem sabe desincumbir-se dos serviços
monótonos e constantes, pode
compreender grandes realizações com a
certeza do êxito. Agir com ordem e ter
consciência de que a vida é uma ação que
não cessa, significa um avançado passo
no caminho da evolução”.
Joanna de Ângelis
AGRADECIMENTOS
À professora Dra. Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva por sua
orientação e amizade.
Ao Dr. Manfred Willy Müller por fornecer o material vegetal com muita
boa vontade e por sua contribuição neste trabalho.
Ao professor Dr. Edson Rodrigues Filho, por ter permitido que eu
utilizasse o LC/MS por horas consecutivas, por sua colaboração e amizade.
Ao professor Dr. Alzir por ter disponibilizado o aparelho de CLAE
indispensável neste trabalho.
Aos professores Dr. João Batista Fernandes e Dr. Paulo Cezar Vieira.
Dr. Antônio Gilberto Ferreira pelos ensinamentos e conselhos.
Aos amigos do Laboratório de Produtos Naturais por toda troca de
experiência e estímulo e por tornarem a execução deste trabalho ainda mais
prazerosa.
Aos amigos dos Laboratórios de Espectrometria de Massas, CLAE e
RMN pela convivência e ensinamentos, principalmente a Bianca e ao Gezimar, que
muito contribuíram e auxiliaram nas análises do perfil químico.
As minhas queridas alunas de iniciação científica Vanessa e Suzana
por suas amizades e dedicação.
Aos técnicos Luciana, Paulo, Thiago e Mariana por terem colaborado
para a realização deste trabalho.
Às secretárias da PPGQ Luciani, Ariane e Cristina pelos trabalhos
prestados.
À FAPESP pela bolsa concedida
A todos aqueles que acreditaram neste trabalho e contribuíram para a
execução do mesmo.
Resumo
ESTUDO FITOQUÍMICO DA MADEIRA NOBRE KHAYA IVORENSIS
(MELIACEAE) IMUNE A HYPSIPYLA GRANDELLA E SUA ADAPTAÇÃO
QUÍMICA AO BOTRYOSPHAERIA RHODINAAs espécies de Khaya
ivorensis correspondem ao mogno africano com madeira de ótima qualidade.
Com isto, tem-se intensificado a introdução de espécies deste gênero em
substituição ao mogno Swietenia macrophylla, já que elas vêem se mostrando
imunes a Hypsipyla grandella. Contudo, recentemente foi observado K.
ivorensis sintomáticas ao fungo Botryosphaeria rhodina em plantações
experimentais, caracterizadas por apresentarem nódulos os quais tornam a
madeira de menor valor comercial. Os objetivos deste trabalho foram: 1)
Estudo fitoquímico de Khaya ivorensis sintomática ao fungo (Botryosphaeria
rhodina), porém permanecendo imune a Hypsipyla grandella. 2) Comparar por
LC-MS se houve interferência do fungo no metabolismo secundário de K.
ivorensis, analisando espécies sintomáticas e não sintomáticas a este fungo e
3) Desenvolvimento e validação do método de quantificação do limonóide
angolensato de metila por LC-MS/MS (SRM). Foram isoladas 18 substâncias,
11 relatadas pela primeira vez em Khaya ivorensis, sendo 4 limonóides do tipo
fragmalina (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-[4.2.110,30.11,4]-triciclo-meliac-7-
oato de metila, 2,14-epoxi-1a,6,8a-tri-hidroxi-3-oxo-[4.2.110,30.11,4]-
triciclomeliac-7-oato de metila, 1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-
[3.3.110,2.11,4]-triciclomeliac-7-oato de metila e Khayanolídeo F), 2 apo-
protolimonóides (24-hidroxigrandifoliolenona e Acetato de sapelina E ), 1
limonóide do grupo gedunina (7-desacetil gedunina) e 1 do tipo mexicanolídeo
(8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal) e 3 triterpenos (odoratona , 23-hidroxi-
20(22)-en-21,23-γ-lactona-angolensato de metila e 21-hidroxi-20(22)-en-21,23-
γ-lactona-angolensato de metila) e mais sete substâncias comuns no gênero
(angolensato de metila, 7-desacetoxi-7-oxogedunina, mexicanolídeo, khivorina,
6-hidroxiangolensato, 3-desacetil-khivorina e grandifoliolenona). Analisando os
cromatogramas de íons totais (TIC) juntamente com os espectros de massas
obtidos destes, observaram diferenças que justificassem uma mudança nos
metabólitos presentes nos tecidos analisados, ou seja, por meio do
experimento de full scan pôde-se inferir que o ataque por fungo ocasionou
modificação nos metabólitos dos tecidos analisados. O método de validação de
acordo com os parâmetros utilizados foi considerado: seletivo, linear, sensível,
preciso, exato e reprodutível.
Abstract
PHYTOCHEMISTRY STUDY OF NOBLE WOOD KHAYA IVORENSIS
(MELIACEAE) IMMUNE TO HYPSIPYLA GRANDELLA, TO UNDERSTAND A
RECENT PROBLEM: ATACK BY BOTRYOSPHAERIA RHODINA - The
species of Khaya ivorensis was introduced in Brazil and has been showing
resistant to Hypsipyla grandella. However, recently was observed K. ivorensis
symptomatic to fungus Botryosphaeria rhodina in experimental plantations,
which is characterized by nodules which make the wood less commercial value.
The objectives of this study were: 1) Phytochemistry study of Khaya ivorensis
symptomatic to Botryosphaeria rhodina, but remained resistant to Hypsipyla
grandella. 2) Analyses by LC-MS to verify if there was interference of the fungus
in the secondary metabolism of K.ivorensis, analyzing species symptomatic and
no symptomatic to this fungus. 3) Development and validation of the method of
quantification of limonoid methyl angolensate by LC-MS/MS (SRM). In
phytochemistry study was isolated 18 substances, 11 reported for the first time
in Khaya ivorensis: 4 fragmaline limonoids: 1α,2β,3α,6,8α,14β–hexahydroxy-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-methyl-tricyclo-meliac-7-oate, 2,14-epoxy-1α,6,8α – trihydroxy-3-
oxo-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-methyl-tricyclomeliac-7-oato, 1α,6,8α,14β,30β
pentahydroxy-3-oxo-[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-methyl-triciclomeliac-7-oate and khayanolide
F; 2 apo-protolimonoids: 24-hydroxygrandifoliolenone and sapelin E acetate; 1
limonoid of gedunin group: 7-deacetyl gedunin; 1 of mexicanolide group:
mexicanolide; and 3 triterpenes: odoratone, 23-hydroxy-20(22)-en-21,23-δ-
lactone-methyl angolensate and 21-hydroxy-20(22)-en-21,23-δ-lactone-methyl
angolensate. Analyzing the chromatograms of the total ions (ICT) together with
the mass spectra was not observed differences that suggested a change in
metabolites present in the examined extracts. The validation method is in
accordance with the parameters used were considered: selective, linear,
sensitive, precise, accurate and reproducible.
ix
Abreviaturas e Símbolos
ACN Acetonitrila
AcOET Acetato de etila
APCI Atmospheric Pressure Chemical Ionization
CC Cromatografia em Coluna
CCDC Cromatografia em Camada Delgada Comparativa
CEPLAC Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira
CG-EM Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas
CLAE Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
COSY Correlation Spectroscopy
DCM Diclorometano
d Dubleto
dd Duplo Dubleto
ddd Duplo Duplo Dubleto
ddl Duplo Dubleto Largo
ddt Duplo Duplo Tripleto
DEPT Distortion less Enhancement by Polarization Transfer
dl Dubleto Largo
dq Duplo Quarteto
DQ Departamento de Química
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EM/ESI Espectroscopia de Massa modo Eletrospray
ESI Eletrospray
ESOMI Estação Experimental Sosthenes de Miranda
EtOH Etanol
EMF-H Extrato metanólico das folhas fração hexânica
EMF-D Extrato metanólico das folhas fração diclorometano
EMF-Ac Extrato metanólico das folhas fração acetato
EMCc-H Extrato metanólico da casca do caule fração hexânica
EMCc-D Extrato metanólico da casca do caule fração diclorometano
eV Elétron-volt
HMBC Heteronuclear Multiplete Bond Correlation
HPLC High Performance Liquid Chromatography
x
HSQC Heteronuclear Single Quantum Coherence
Hz Hertz
IE Impacto Eletrônico
J Constante de acoplamento
KRaH Extrato hexânico das raízes
KRaD Extrato diclorometano das raízes
KRaM Extrato metanólico das raízes
Lit. Literatura
LC/MS Cromatografia Líquida acoplada a Espectrometria de Massas
LC-MS/MS Cromatografia quida acoplada a Espectrometria de Massas em
seqüências
m Multipleto
Me Metila
MeOH Metanol
mult Multiplicidade
m/z Relação massa/carga
MHz Mega-hertz
nOe nuclear Overhouser effect
q Quarteto
RMN Ressonância Magnética Nuclear
RMN
1
H Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio
RMN
13
C Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13
s Singleto
sl Singleto Largo
SRM Selected Reaction Monitoring
SPE Extração em fase sólida
t Tripleto
tl Tripleto Largo
TIC Cromatograma de Ìons Totais
UV Ultravioleta
[α]
D
Rotação específica
δ
H
Deslocamento químico para hidrogênio
δ
C
Deslocamento químico para carbono
xi
Lista de Tabelas
Tabela 3.1 – Extratos brutos obtidos da espécie Khaya ivorensis sintomática ao
Botryosphaeria rhodina
27
Tabela 3.2 – Frações provenientes do fracionamento dos extratos metanólicos
das folhas e casca do caule de K. ivorensis
31
Tabela 3.3 – Fracionamento dos extratos de K. ivorensis sintomática ao
Botryosphaeria rhodina
34
Tabela 4.1 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 1 (angolensato de metila) 48
Tabela 4.2 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide – 2 (7-desacetil gedunina). 56
Tabela 4.3 - Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 3 (7-desacetoxi-7-
oxogedunina)
61
Tabela 4.4 - Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 4 (mexicanolídeo) 68
Tabela 4.5 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 5 (1α,6,8α,14β,30β
penta-hidroxi-3-oxo-[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila)
76
Tabela 4.6 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 6 (8β-hidroxicarapina 3,8-
hemiacetal )
83
Tabela 4.7 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 7 (1α,2β,3α,6,8α,14β
hexa-hidroxi-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila.)
91
Tabela 4.8 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 8 (2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-
hidroxi-3-oxo-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila)
99
Tabela 4.9 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 9 (6-hydroxiangolensato
de metila.)
107
Tabela 4.10 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 10 (khivorina) 114
Tabela 4.11 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide - 11 (3-desacetil-
khivorina)
121
Tabela 4.12 – Valores de RMN
1
H e
13
C do triterpeno - 12 (odoratona) 127
Tabela 4.13 – Valores de RMN
1
H e
13
C do protolimonóide - 13 (24-
hidroxigrandifoliolenona)
135
Tabela 4.14 – Valores de RMN
1
H e
13
C do Protolimonóide - 14 (Acetato de
sapelina E)
142
Tabela 4.15 – Valores de RMN
13
C do Protolimonóide - 15 (Grandifoliolenona) e
do Protolimonóide - 16 (Acetato de sapelina E)
150
Tabela 4.16 – Valores de RMN
13
C do limonóide – 17 (23-hidroxi-20(22)-en-
21,23-γ-lactona-angolensato de metila) e do limonóide - 18 (21-
hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-lactona-angolensato de metila)
160
Tabela 4.17 – Valores de RMN
13
C do limonóide – 17 (23-hidroxi-20(22)-en-
21,23-γ-lactona-angolensato de metila) e do limonóide - 18 (21-
hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-lactona-angolensato de metila)
161
Tabela 5.1 - Extratos aquosos e clorofórmio obtidos dos materiais vegetais
(caule, casca do caule e folhas) de K. ivorensis sintomática e não
sintomática ao B. Rhodina
175
Tabela 5.2 - Extratos etanólico obtidos dos materiais vegetais (caule, casca do
caule e folhas) de K. ivorensis sintomática e não sintomática ao B.
Rhodina
204
Tabela 5.3 – Parâmetros utilizados no LC-MS\MS 224
Tabela 5.4 – Parâmetros de quantificação do angolensato de metila 227
Tabela 5.5 – Sensibilidade e linearidade para as matrizes (caule, casca do cale
e folhas não sintomáticas ao Botryosphaeria rhodina). Para n=3
231
xii
Tabela 5.6 – Exatidão (%) e Precisão (%) Intradia: Triplicata de cada ponto da
curva; Interdias: Triplicata de cada ponto analisado em 4 dias não
consecutivos, com intervalo de 4 dias entre cada seqüência de
injeções.
233
Tabela 5.7 - Recuperação (n =5) de angolensato de metila no CQB, CQM e
CQA.
235
Tabela 5.8 – Concentração de angolensato de metila nas matrizes (caule, casca
do caule e folha) sintomáticas e não sitomaticas ao B. rhodina.
236
Lista de Fluxogramas
Fluxograma 3.1 - Obtenção dos extratos de Khaya ivorensis com sintomas
frente ao Botryosphaeria rhodina
26
Fluxograma 3.2 - Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico das raízes
de Khaya ivorensis com sintomas frente ao Botryosphaeria
Rhodina
28
Fluxograma 3.3 - Fracionamento cromatográfico do extrato
diclorometanometano das raízes de Khaya ivorensis com sintomas
frente ao Botryosphaeria Rhodina
29
Fluxograma 3.4 - Fracionamento cromatográfico do extrato metanólico das
raízes de Khaya ivorensis com sintomas frente ao Botryosphaeria
rhodina
30
Fluxograma 3.5 – Partição líquido-líquido dos extratos metanólicos das folhas e
da casca do cerne
31
Fluxograma 3.6 - Fracionamento cromatográfico da fase hexano e
diclorometanometano da casca do cerne de Khaya ivorensis
sintomática ao Botryosphaeria rhodina
32
Fluxograma 3.7 - Fracionamento cromatográfico da fase Hexano e
diclorometanometano das folhas de Khaya ivorensis sintomática
ao Botryosphaeria rhodina
33
xiii
Lista de Figuras
Figura 1.1 - Árvore e folhagem do Mogno. 01
Figura 1.2 - Casca e madeira do mogno. 02
Figura 1.3 – Rotas biogenéticas dos limonóides de Meliaceae. 04
Figura 1.4 – Khaya ivorensis sem sintoma (a) e formações de nódulos em K.
ivorensis com sintomas (b).
06
Figura 3.1 – Cromatogramas das frações KRiD-C3, KCH-C4, KDC-C3, KHG-
C5, KDG-C4, KCH-C3, KCH-C5, KHG-C4 e KDG-C3, obtidos por
eluição do gradiente exploratório.
37
Figura 3.8 – Cromatograma da fração KCD-C3 obtido por eluição do gradiente
exploratório.
39
Figura 3.9 – Cromatograma da fração KCH-C3 obtido por eluição do gradiente
exploratório
39
Figura 4.1 - Espectro de RMN
1
H do limonóide angolensato de metila (400
MHz, CDCl
3
)
49
Figura 4.2 - Espectro de RMN
13
C do limonóide angolensato de metila (50
MHz, CDCl
3
)
49
Figura 4.3 - Espectro de DEPT do limonóide angolensato de metila (50 MHz,
CDCl
3
)
50
Figura 4.4 - Espectro de HSQC do limonóide angolensato de metila (400 MHz,
CDCl
3
)
50
Figura 4.5 - Espectro de HMBC do limonóide angolensato de metila (400 MHz,
CDCl
3
)
51
Figura 4.6 - Espectro de COSY do limonóide angolensato de metila (400 MHz,
CDCl
3
)
51
Figura 4.7 - Espectro de massas ESI (+) de angolensato de metila 52
Figura 4.8 – Espectro de RMN
1
H de 7–desacetilgedunina. (200MHz, CDCl
3
) 57
Figura 4.9 – Espectro de RMN
13
C de 7–desacetilgedunina. (50MHz, CDCl
3
) 57
Figura 4.10 - Espectro de HSQC de 7–desacetilgedunina (400 MHz, CDCl
3
) 58
Figura 4.11 - Espectro de HMBC de 7–desacetilgedunina (400 MHz, CDCl
3
) 58
Figura 4.11B - Espectro ampliado de HMBC de 7–desacetilgedunina (400
MHz, CDCl
3
)
59
Figura 4.12 – Espectro de COSY de 7-desacetoxi-7-oxogedunina (400MHZ,
CDCl
3
)
59
Figura 4.13 - Espectro de massas ESI (-) de 7–desacetil gedunina 60
Figura 4.14 – Espectro de RMN
1
H de 7-desacetoxi-7-oxogedunina (400MHZ,
CDCl3)
62
Figura 4.15 – Espectro de RMN
13
C de 7-desacetoxi-7-oxogedunina (50MHZ,
CDCl
3
)
62
Figura 4.16 – Espectro de massas ESI (+) de 7-desacetoxi-7-oxogedunina
63
Figura 4.17 – Espectro de RMN
1
H de mexicanolídeo. (400MHz, CDCl
3
) 69
Figura 4.18 – Espectro de RMN
13
C de mexicanolídeo. (50MHz, CDCl3)
69
Figura 4.19 – Espectro de HSQC de mexicanolídeo (400 MHz, CDCl
3
) 70
Figura 4.20 – Espectro de HMBC de mexicanolídeo (400 MHz, CDCl
3
) 70
Figura 4.21 - Espectro de COSY de mexicanolídeo (400 MHz, CDCl
3
) 71
Figura 4.22 – Espectro de massas ESI (-) de mexicanolídeo 71
xiv
Figura 4.23 – Espectro de RMN
1
H de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-
[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
77
Figura 4.24 – Espectro de RMN
13
C de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-
[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (100MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
77
Figura 4.25 – Espectro de HSQC de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-
[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) ((400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
78
Figura 4.26 – Espectro de HMBC de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-
[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
78
Figura 4.27 – Espectro de massas ESI (-) de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-
3-oxo-[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila)
79
Figura 4.28 – Espectro de RMN
1
H de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal
(400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD)
84
Figura 4.29 – Espectro de RMN
13
C de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal
(400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD)
84
Figura 4.30 – Espectro de HSQC de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal
(400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD)
85
Figura 4.31 – Espectro de HMBC de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal
(400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD)
85
Figura 4.32 - Espectro de COSY de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal
(400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD)
86
Figura 4.33 – Espectro de massas ESI (-) de 8β-hidroxicarapina 3,8-
hemiacetal
86
Figura 4.34 – Espectro de RMN
1
H de (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila.) ((400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD)
92
Figura 4.35 – Espectro de RMN
13
C de (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila.) (100MHz, CDCl
3
e CD
3
OD).
92
Figura 4.36 – Espectro de HSQC de (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila.) (400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD)
93
Figura 4.37 – Espectro de HMBC de (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila.) (400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD)
93
Figura 4.38 – Espectro de massas ESI (-) de (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-
hidroxi-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila.)
94
Figura 4.39 – Espectro de RMN
1
H de (2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) ((400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
100
Figura 4.40 – Espectro de RMN
13
C de (2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (100MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
100
Figura 4.41 – Espectro de HSQC de (2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
101
xv
Figura 4.42 – Espectro de HMBC de (2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
101
Figura 4.43 – Espectro de COSY de (2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
102
Figura 4.44 – Espectro de massas ESI (-) de (2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-
oxo-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila)
108
Figura 4.45 – Espectro de RMN
1
H de 6-hydroxiangolensato de metila
(400MHz, CDCl
3
)
109
Figura 4.46 – Espectro de RMN
13
C de 6-hydroxiangolensato de metila
(100MHz, CDCl
3
)
110
Figura 4.47 – Espectro de HSQC de 6-hydroxiangolensato de metila (400MHz,
CDCl
3
)
115
Figura 4.48 – Espectro de HMBC de 6-hydroxiangolensato de metila
(400MHz, CDCl
3
)
115
Figura 4.49 – Espectro de massas ESI (-) de 6-hydroxiangolensato de metila 116
Figura 4.50 – Espectro de RMN
1
H de khivorina (400MHz, CDCl
3
) 116
Figura 4.51 – Espectro de RMN
13
C de khivorina (100MHz, CDCl
3
) 117
Figura 4.52 – Espectro de HSQC de (khivorina) (400MHz, CDCl
3
) 117
Figura 4.53 – Espectro de HMBC de (khivorina) (400MHz, CDCl
3
) 122
Figura 4.54 – Espectro de COSY de (khivorina) (400MHz, CDCl
3
) 122
Figura 4.55 – Espectro de massas ESI (-) de khivorina 123
Figura 4.56 – Espectro de RMN
1
H de 3-desacetilkhivorina (400MHz, CDCl
3
) 123
Figura 4.57 – Espectro de RMN
13
C de3-desacetilkhivorina (100MHz, CDCl
3
) 124
Figura 4.58 – Espectro de HSQC de 3-desacetilkhivorina (400MHz, CDCl
3
) 124
Figura 4.59 – Espectro de HMBC de 3-desacetilkhivorina (400MHz, CDCl
3
128
Figura 4.60 - Espectro de COSY de 3-desacetilkhivorina (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD)
128
Figura 4.61 – Espectro de massas ESI (+) de 3-desacetilkhivorina 128
Figura 4.62 – Espectro de RMN
1
H de odoratona (400MHz, CDCl
3
) 129
Figura 4.63 – Espectro de RMN
13
C de odoratona (100MHz, CDCl
3
) 129
Figura 4.64 – Espectro de DEPT 135
o
de odoratona (100MHz, CDCl
3
) 130
Figura 4.65 – Espectro de HSQC de odoratona (400MHz, CDCl
3
) 130
Figura 4.66 – Espectro de HMBC de odoratona (400MHz, CDCl
3
). 131
Figura 4.67 – Espectro de COSY de odoratona (400MHz, CDCl
3
) 131
Figura 4.68 – Espectro de massas ESI (-) de (odoratona) 136
Figura 4.69 – Espectro de RMN
1
H de 24-hidroxigrandifoliolenona (400MHz,
CDCl
3
)
136
Figura 4.70 – Espectro de RMN
13
C de 24-hidroxigrandifoliolenona (100MHz,
CDCl
3
136
Figura 4.71 – Espectro de HSQC de 24-hidroxigrandifoliolenona (400MHz,
CDCl
3
)
137
Figura 4.72 – Espectro de HMBC de 24-hidroxigrandifoliolenona (400MHz,
CDCl
3
)
137
Figura 4.73 – Espectro de COSY de 24-hidroxigrandifoliolenona (400MHz,
CDCl
3
)
138
Figura 4.74 – Espectro de massas ESI (-) de 24-hidroxigrandifoliolenona 138
Figura 4.75 – Espectro de RMN
1
H de Acetato de sapelina E (400MHz, CDCl
3
) 143
xvi
Figura 4.76 – Espectro de RMN
13
C de Acetato de sapelina E (100MHz, CDCl
3
143
Figura 4.77 – Espectro de HSQC de Acetato de sapelina E (400MHz, CDCl
3
)
144
Figura 4.78 – Espectro de HMBC de Acetato de sapelina E (400MHz, CDCl
3
)
144
Figura 4.79 – Espectro de COSY de Acetato de sapelina E (400MHz, CDCl
3
)
145
Figura 4.80 – Espectro de massas ESI (+) de Acetato de sapelina E
145
Figura 4.81 – Espectro de RMN
1
H da mistura de grandifoliolenona (15) e
acetato de sapelina E (16) (400 MHz, CDCl
3
).
151
Figura 4.81B – Ampliação do espectro de RMN
1
H da mistura de
grandifoliolenona (15) e acetato de sapelina E (16) (400 MHz,
CDCl
3
)
151
Figura 4.82 – Espectro de RMN
13
C (PENDANT) da mistura de
grandifoliolenona (15) e acetato de sapelina E (16) (50 MHz,
CDCl
3
).
152
Figura 4.83 – Mapa de correlações HSQC da mistura de grandifoliolenona
(15) e acetato de sapelina E (16) (400 MHz, CDCl
3
)
152
Figura 4.83B – Ampliação do mapa de correlações HSQC da mistura de
grandifoliolenona (15) e acetato de sapelina E (16) (400 MHz,
CDCl
3
).
153
Figura 4.84 – Mapa de correlações HMBC da mistura de grandifoliolenona
(15) e acetato de sapelina E (16) (400 MHz, CDCl
3
).
153
Figura 4.84B – Ampliação do mapa de correlações HMBC da mistura de
grandifoliolenona (15) e acetato de sapelina E (16) (400 MHz,
CDCl
3
).
154
Figura 4.85 – Espectro de COSY da mistura de grandifoliolenona (15) e
acetato de sapelina E (16) (400 MHz, CDCl
3
).
154
Figura 4.86 – Espectro de massas ESI (+) de Acetato de sapelina E 155
Figura 4.87 – Espectro de RMN
1
H da mistura de 23-hidroxi-20(22)-em-21,23-
γ-lactona-angolensato de metila (17) 21-hidroxi-20(22)-em-21,23-
γ-lactona-angolensato de metila (18) (400 MHz, CDCl
3
).
162
Figura 4.88 – Espectro de RMN
13
C da mistura de 23-hidroxi-20(22)-em-21,23-
γ-lactona-angolensato de metila (17) 21-hidroxi-20(22)-em-21,23-
γ-lactona-angolensato de metila (18) (400 MHz, CDCl
3
)
162
Figura 4.89 – Espectro de RMN
13
C (PENDANT) da mistura de 23-hidroxi-
20(22)-em-21,23-γ-lactona-angolensato de metila (17) 21-hidroxi-
20(22)-em-21,23-γ-lactona-angolensato de metila (18) (400 MHz,
CDCl
3
).
163
Figura 4.90 – Espectro de HSQC da mistura de 23-hidroxi-20(22)-em-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (17) 21-hidroxi-20(22)-em-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (18) (400 MHz, CDCl
3
).
163
Figura 4.91 – Espectro de HMBC da mistura de 23-hidroxi-20(22)-em-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (17) 21-hidroxi-20(22)-em-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (18) (400 MHz, CDCl
3
).
164
Figura 4.92 – Espectro de COSY da mistura de 23-hidroxi-20(22)-em-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (17) 21-hidroxi-20(22)-em-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (18) (400 MHz, CDCl
3
).
164
xvii
Figura 4.93 – Espectro de massas ESI (+) da mistura de 23-hidroxi-20(22)-
em-21,23-γ-lactona-angolensato de metila (17) 21-hidroxi-20(22)-
em-21,23-γ-lactona-angolensato de metila (18) (400 MHz, CDCl
3
).
164
Figura 5.1 – Esquema para o pré-tratamento das amostras de Khaya
ivorensis.
169
Figura 5.2 - Cromatograma de eluição gradiente da fração metanólica de
folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina após
tratamento por extração em fase sólida (Varian
- Bond-eluit –CN).
170
Figura 5.3 - Cromatograma de eluição gradiente da fração de folhas de K.
ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina, após tratamento por
extração em fase sólida (Varian
- Bond-eluit –CN).
171
Figura 5.4 - Cromatograma de eluição gradiente da fração de folhas de K.
ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina: (a) após tratamento
por extração em fase sólida (Varian
- Bond-eluit –CN)e (b) sem
tratamento.
173
Figura 5.5 – Esquema da extração 3 174
Figura 5.6 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmio das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao
fungo B. rhodina.
177
Figura 5.7 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmio das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao
fungo B. rhodina.
177
Figura 5.6a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmico das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo
B. rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
178
Figura 5.7a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
178
Figura 5.6b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo
B. rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
179
Figura 5.7b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
179
Figura 5.6c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo
B. rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
180
Figura 5.7c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
180
Figura 5.6d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo
B. rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
181
Figura 5.7d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
181
Figura 5.8 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmio do cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao
fungo B. rhodina.
182
xviii
Figura 5.9 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmio do cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao
fungo B. rhodina.18
182
Figura 5.8a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio do cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
183
Figura 5.9a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio do cerne de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
183
Figura 5.8b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio do cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
184
Figura 5.9b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio do cerne de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
184
Figura 5.8c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio do cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
185
Figura 5.9c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio do cerne de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
185
Figura 5.8d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio do cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
186
Figura 5.9d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio do cerne de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
186
Figura 5.10 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis não-
sintomático ao fungo B. rhodina.
187
Figura 5.11 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis
sintomático ao fungo B. rhodina.
187
Figura 5.10a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
188
Figura 5.11a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
188
Figura 5.10b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B.rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
189
Figura 5.11b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
189
Figura 5.10c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
190
xix
Figura 5.11c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
190
Figura 5.10d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
191
Figura 5.11d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
191
Figura 5.12 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato aquoso das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao
fungo B. rhodina.
192
Figura 5.13 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato aquoso das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao
fungo B. rhodina.
192
Figura 5.12a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 1 a 15min.
193
Figura 5.13a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
193
Figura 5.12b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 15 a 30min.
194
Figura 5.13b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 15 a 30min.
194
Figura 5.12c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 30 a 45min.
195
Figura 5.13c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
clorofórmio das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 30 a 45min.
195
Figura 5.14 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato aquoso do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B. rhodina.
196
Figura 5.15 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato aquoso do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo
B. rhodina.
196
Figura 5.14a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
197
Figura 5.15a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15 min.
197
Figura 5.14b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 30min.
198
xx
Figura 5.15b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 30 min.
198
Figura 5.14c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 30 a 45min.
199
Figura 5.15c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 30 a 45min.
199
Figura 5.16 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato aquoso do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B. rhodina.
200
Figura 5.17 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato aquoso do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo
B. rhodina.
200
Figura 5.16a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomática ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
201
Figura 5.17a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
da casca do cerne de K. ivorensis sintomática ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 1 a 15min.
201
Figura 5.16b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomática ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 15 a 30min.
202
Figura 5.17b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
da casca do cerne de K. ivorensis sintomática ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 15 a 30min.
202
Figura 5.16c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomática ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 30 a 35min.
203
Figura 5.17c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso
da casca do cerne de K. ivorensis sintomática ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 30 a 35min.
203
Figura 5.18 – Esquema para a extração 4 204
Figura 5.19 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato etanólico das folhas de K. ivorensis não - sintomático
ao fungo B. rhodina.
206
Figura 5.20 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato etanólico das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao
fungo B. rhodina.
206
Figura 5.19a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico das folhas de K. ivorensis não - sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
207
Figura 5.20a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
207
Figura 5.19b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico das folhas de K. ivorensis não - sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
208
xxi
Figura 5.20b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
208
Figura 5.19c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico das folhas de K. ivorensis não - sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
209
Figura 5.20c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
209
Figura 5.19d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico das folhas de K. ivorensis não - sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
210
Figura 5.20d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
210
Figura 5.21 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato etanólico do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B. rhodina.
211
Figura 5.22 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato etanólico do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo
B. rhodina.
211
Figura 5.21a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
212
Figura 5.22a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 1 a 15min.
212
Figura 5.21b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
213
Figura 5.22b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 15 a 25min.
213
Figura 5.21c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
214
Figura 5.22c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 25 a 35min.
214
Figura 5.21d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
215
Figura 5.22d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 35 a 45min.
215
Figura 5.23 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato etanólico da casca do cerne de K. ivorensis não-
sintomático ao fungo B. rhodina.
216
xxii
Figura 5.24 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo
do extrato etanólico da casca do cerne de K. ivorensis sintomático
ao fungo B. Rhodina
216
Figura 5.23a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
217
Figura 5.24a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo
B. rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
217
Figura 5.23b – Espectros de massas dos analitos presentes do extrato
etanólico da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
218
Figura 5.24b – Espectros de massas dos analitos presentes do extrato
etanólico da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo
B. rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
Figura 5.23c – Espectros de massas dos analitos presentes do extrato
etanólico da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao
fungo B. rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
218
219
Figura 5.24c – Espectros de massas dos analitos presentes do extrato
etanólico da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo
B. rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
219
Figura 5.23d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
220
Figura 5.24d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato
etanólico Da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo
B. rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
220
Figura 5.25 – Espectros dos íons filhos de m/z 471, variando a energia de
ionização em 12, 15 e 18eV.
225
Figura 5.26 – Proposta de fragmentação de angolensato de metila;( Proposta
1 e 2 - perda de água ,18Da) e (Proposta 3: perda de uma
molécula de MeOH, 32Da)
226
Figura 5.27 – Cromatograma de SRM do cerne referente à transição 471
453 no modo positivo para as concentrações 5 e 1000ng/mL do
angolensato de metila.
229
Figura 5.28 – Cromatograma de SRM da casca do cerne referente à transição
471 453 no modo positivo para as concentrações 5 e
1000ng/mL do angolensato de metila.
229
Figura 5.29 – Cromatograma de SRM das folhas referente à transição 471
453 no modo positivo para as concentrações 5 e 1000ng/mL do
angolensato de metila.
230
Figura 5.30 – Curva de calibração externa de angolensato de metila para a
matriz cerne não sintomático ao B. rhodina. Faixa de trabalho de 5
a 1000µg/mL, n = 3
230
Figura 5.31 – Curva de calibração externa de angolensato de metila para a
matriz casca do cerne não sintomático ao B. rhodina. Faixa de
trabalho de 5 a 1000µg/mL, n = 3.
231
Figura 5.32 – Curva de calibração externa de angolensato de metila para a
matriz folha não sintomática ao B. rhodina. Faixa de trabalho de 5
a 1000µg/mL, n = 3.
231
xxiii
Figura 5.33 – Curva de calibração externa de angolensato de metila para a
matriz cerne não sintomático ao B. rhodina. Faixa de trabalho de 5
a 1000µg/mL, n = 3.
234
Figura 5.34 – Curva de calibração externa de angolensato de metila para a
matriz casca do cerne não sintomático ao B. rhodina. Faixa de
trabalho de 5 a 1000µg/mL, n = 3.
235
Figura 5.35 – Curva de calibração externa de angolensato de metila para a
matriz folha não sintomática ao B. rhodina. Faixa de trabalho de 5
a 1000µg/mL, n = 3.
235
Figura 5.36 – Cromatograma de SRM do cerne referente à transição 471
453 e 471 439 no modo positivo do angolensato de metila na
matriz cerne sintomático e não sintomático.
237
Figura 5.37 – Cromatograma de SRM do cerne referente à transição 471
453 e 471 439 no modo positivo do angolensato de metila na
matriz casca do cerne sintomático e não sintomático.
237
Figura 5.38 – Cromatograma de SRM do cerne referente à transição 471
453 e 471 439 no modo positivo do angolensato de metila na
matriz casca do cerne sintomático e não sintomático
238
xxiv
Sumário
1- Introdução 01
1.2 - Investigações sobre a resistência de plantas exóticas 02
1.3 – Perfil químico da família Meliaceae 03
1.4 – O gênero Khaya e a espécie Khaya ivorensis 05
1.5 – Revisão dos metabólitos secundários do gênero Khaya. 07
1.5.1 – Esteróides 07
1.5.2 – Cicloartanos 08
1.5.3 – Apo-protolimonóides derivados do eufol/tirucalol 09
1.5.4 – Grupo Azadirono (Grupo 1) 09
1.5.5 – Grupo gedunina (Grupo 2) 11
1.5.6 – Grupo B-seco (Grupo 4) 12
1.5.7 – Limonóides mexicanolídeo (Grupo 5) 13
1.5.8 – Limonóides fragmalina 17
1.5.9 – Limonóides com modificações nos anéis A e B 19
1.5.10 – Cumarinas 20
1.5.11 – Flavonóides 20
2 – Objetivos 23
3 – Procedimentos Experimentais 25
3.1 – Material Botânico 25
3.2 – Obtenção dos extratos orgânicos de Khaya ivorensis sintomática ao fungo
Botryosphaeria rhodina
25
3.3 – Fracionamento dos extratos brutos de Khaya ivorensis sintomática ao
Botryosphaeria rhodina.
27
3.3.1 – Isolamento e purificação do extrato hexânico das raízes 27
3.3.2 – Isolamento e purificação do extrato diclorometano das raízes 28
3.3.3 – Isolamento e purificação das raízes do extrato metanólico 29
3.3.4 – Fracionamentos dos extratos metanólicos das folhas e casca do caule 30
3.3.5 – Fracionamentos das frações EMCc–H e EMCc-D 32
3.3.6 – Fracionamentos das frações EMF–H e EMF-D 32
3.3.7 – Tratamento dos extratos via CLAE - gradiente 33
3.4 – Equipamentos 40
3.4.1 – Evaporadores 40
3.4.2 - Espectrômetros de Ressonância Magnética Nuclear 40
xxv
3.4.3 – Espectrômetro de massas 40
3.4.4 – Câmara de análise de fluorescência por luz ultravioleta 40
3.4.5 – Balança analitica 40
3.4.6 – CLAE 40
3.5 – Materiais 41
3.5.1 - Fases Estacionárias 41
3.5.2 – Solventes 41
3.5.3 – Placas Cromatográficas 41
4 - Resultados e discussões do estudo fitoquímico de Khaya ivorensis
sintomática ao fungo Botryosphaeria rhodina
43
4.1 - Determinação estrutural do limonóide – 1 43
4.2 - Determinação estrutural do limonóide – 2 e 3 52
4.3 - Determinação estrutural do limonóide - 4 63
4.4 - Determinação estrutural do limonóide - 5 72
4.5 - Determinação estrutural do limonóide - 6 79
4.6 - Determinação estrutural do limonóide - 7 87
4.7 - Determinação estrutural do limonóide - 8 94
4.8 - Determinação estrutural do limonóide 9 103
4.9 - Determinação estrutural do limonóide 10 110
4.10 - Determinação estrutural do limonóide 11 118
4.11 - Determinação estrutural do triterno 12 125
4.12 - Determinação estrutural do protolimonóide- 13 131
4.13 - Determinação estrutural do protolimonóide- 14 139
4.14 - Determinação estrutural do protolimonóide- 15 e 16 146
4.15 – Determinação estrutural dos limonóides - 17 e 18 155
5 - Resultados e Discussões do Perfil Químico de Khaya ivorensis
sintomática e não sintomática ao fungo Botryosphaeria rhodina
167
5.1 – Desenvolvimento de método para análise do perfil químico da espécie
Khaya ivorensis sintomática e não sintomática ao fungo Botryosphaeria
rhodina
167
5.2 – Quantificação de Angolensato de Metila nos tecidos vegetais de Khaya
ivorensis sintomática e não sintomática ao fungo
221
5.2.1 – Validação de métodos analíticos 221
5.2.2 – Desenvolvimento do Método e Seletividade 223
5.2.3 – Linearidade e Sensibilidade 227
5.2.4 – Precisão e exatidão 232
xxvi
5.2.5 – Recuperação 234
5.2.6 – Quantificação de angolensato de metila nas matrizes sintomáticas ao
Botryosphaeria rhodina
236
5.2.7 – Considerações Finais 239
6 – Conclusões Gerais
241
7 – Referências Bibliográficas
243
1
1- Introdução
A família Meliaceae compreende 51 gêneros de plantas lenhosas dos
trópicos e subtrópicos de ambos os hemisférios. O número de espécies é de
aproximadamente 1400 (BANERJI e NIGAM, 1984). No Brasil são encontrados seis
gêneros (PENNINGTON e STYLER, 1975): Cedrela (cedro-branco, cedro-rosa,
cedro-vermelho), Cabralea, Swietenia (mogno), Carapa (andiroba), Guarea, e
Trichilia que apresentam grande interesse econômico por parte das indústrias
madeireiras.
Figura 1.1 - Árvore e folhagem do Mogno:
http://www.clubedasemente.org.br/mogno.html
O mogno (Swietenia macrophylla, Figura 1.1) vulgarmente chamado de
aguana, araputanga e mogno brasileiro em países de língua portuguesa, é muito
conhecido no exterior por caoba (em espanhol), acajou (em francês) e mahogany
(em inglês) (PINHEIRO,A.L. 2000 e MÜLLER, et al, 2002).
A árvore é de grande porte, decídua, heliófita, característica de floresta
de terra firme, e de rápido crescimento em seu habitat natural. Sua madeira é
indicada para o mobiliário de luxo, painéis, lambris, objetos de adorno, esquadrias,
laminados e folhas faqueadas, contraplacados, acabamentos internos como
guarnições, venezianas, rodapés, molduras, assoalhos, etc.
Devido às excepcionais qualidades e vantagens comparativas, o
mogno foi eleito ao longo dos séculos como madeira ideal para nobres, sofisticadas
e duradouras aplicações. Sua durabilidade, textura e manuseio aliados à facilidade
de acabamento, sua densidade média, o rendimento volumétrico da árvore e a
pequena área de alburno, além da cor clássica, elevaram-no à categoria ideal e
preferida (Figura 1.2).
2
Figura 1.2 - Casca e madeira do mogno:
http://www.clubedasemente.org.br/mogno.html
Porém nos últimos anos as reservas naturais de espécies desses
gêneros vêm diminuindo rapidamente devido à exploração intensiva e ao
desmatamento desordenado das matas, para a agricultura e pecuária. Desta forma,
tem se intensificado o plantio dessas espécies fornecedoras de madeira nobre,
contudo, sem grande sucesso. Isto porque os brotos jovens dessas plantas sofrem
ataques drásticos de larvas de um microlepdóptero do gênero Hypsipyla. Este
ataque chega a provocar a morte dos brotos, estimulando a formação de vários
outros brotos, levando a ramificação na copa do vegetal jovem. Como conseqüência,
tem-se a formação de árvores adultas com muitos ramos, de troncos curtos e não
homogêneo, reduzindo drasticamente o valor e a viabilidade comercial do mogno
OIANO, 2000.
1.2 - Investigações sobre a resistência de plantas exóticas
Vários experimentos foram realizados na tentativa de combater a praga
Hypsipyla grandella, no entanto, a busca e seleção de plantas resistentes ao ataque
deste inseto parecem ser o melhor caminho. Testes realizados em várias regiões
tropicais indicam que as Meliaceae exóticas não são ou são bem menos atacadas
por Hypsipyla da região, quando comparadas com os ataques observados àquelas
nativas. Por exemplo, Cedrela odorata da América Latina, introduzida na Austrália
não é atacada por H. robusta, a qual destrói plantações de Toona ciliata var
australis, nativa desta região. Na África Cedrela odorata não é atrativa para H.
robusta, assim como nas Filipinas Swietenia macrophylla está livre de ataques e tem
sido usada para reflorestamento (GRIJPMA, et al, 1970). Em Honduras o ataque de
H. grandella a Khaya nyasica, K. ivorensis, Toona ciliata e Entandrophragma rederi
era mínimo, enquanto que as nativas Cedrela odorata e Swietenia macrophyla são
3
fortemente atacadas. Em Porto Rico, as exóticas Toona ciliata e T. sureni também
não são atacadas pelo inseto nativo.
1.3 – Perfil químico da família Meliaceae
É comum encontrar nesta família limonóides, que são conhecidos por
apresentarem vários tipos de atividades biológicas: anticancerígena, antiparasitária,
antimalária, antifúngica, antibacteriana, antiviral e principalmente atividade contra
insetos (CHAMPAGNE, et al.; 1992).
A família Meliaceae é capaz de produzir vários tipos estruturais de
limonóides (Figura 1.3) a partir de um precursor comum (grupo 1), que possui
esqueleto básico de 26 átomos de carbono. Esse precursor sofre abertura oxidativa
dos anéis B, D e B/D para produzir os limonóides dos grupos 2, 6 e 4. Os limonóides
do grupo 4, após sofrerem uma reciclização produzem os limonóides do grupo 5
conhecidos como mexicanolídeos. A partir do mesmo precursor, a abertura oxidativa
dos anéis A/B leva aos limonóides dos grupos 8 e 9. A clivagem oxidativa do anel C
produz os limonóides com anel C-seco típicos do grupo da azadiractina (grupo 7).
Os limonóides presentes nos gêneros pertencentes à subfamília
Swietenioideae no geral seguem a rota que leva ao grupo do mexicanolídeo (grupo
5), enquanto os gêneros da subfamília Melioideae formam principalmente limonóides
ao longo de rotas biogenéticas que levam aos grupos 6, 7, 8 e 9. Várias pesquisas
no grupo de Produtos Naturais da Universidade Federal de São Carlos já foram
desenvolvidas com o objetivo de se certificarem se a preferência ou não ao ataque
de Hypsipyla está correlacionada com os metabólitos secundários presentes em
gêneros dessas subfamílias, que são bem distintos como mencionado
anteriormente. De acordo com essas informações, nota-se uma forte preferência do
inseto a gêneros da subfamília Swieteniodeae e não Melioideae. Neste trabalho
pretende-se dar continuidade ao estudo fitoquímico de plantas exóticas, para isso foi
escolhida uma espécie de mogno africano, a Khaya ivorensis.
4
Figura 1.3 – Rotas biogenéticas dos limonóides de Meliaceae.
Grupo 3
Grupo 4
Grupo 8
23
18
20
21
22
1
2
3
45
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
19
28
29
OR
O
O
O
23
21
22
1
2
3
45
6
7
810
11
14
15
16
19
28
29
18
20
9
12
13
17
O
OR
O
O
O
O
23
18
20
21
22
1
2
3
45
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
19
28
29
O
O
O
COOMe
Grupo 9
Grupo 2
1
19
2
3
4
10
28
29
5
23
6
7
11
8
9
12
13
14
15
16
17
18
20
21
22
OR
RO
O
O
O
Grupo 1
23
22
OR
O
RO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
28 29
Grupo 7
28
23
2
3
OR
O
RO
RO
O
OR
1
4
5
6
7
8
9
10
11
13
14
15
16
17
19
20
21
22
29
12
18
9
30
3
2
1
10
O
O
O
OHO
OR
OR
12
11
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
4
5
6
7
8
Grupo 5
HO
H
H
H
H
OH
Apoeufol (20R)
Apotirucalol (20S)
17
16
20
21
18
22
23
2
3
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
19
28 29
Grupo 6
O
RO
COOR
30
30
23
5
6
7
COOR
1
19
2
3
4
10
28
29
11
8
9
12
13
14
15
16
17
18
20
21
22
O
RO
O
O
Swietenioideae
Melioideae
5
1.4 – O gênero Khaya e a espécie Khaya ivorensis
O gênero Khaya A. Juss, é classificado junto à subfamília
Swietenioideae, ocorre na África e Madagascar. Ele é de difícil taxonomia,
devido à grande similaridade entre as espécies. Atualmente apenas seis
espécies são oficialmente reconhecidas: K. anthoteca (Welw.) C. DC., K.
grandifoliola C. DC., K. ivorensis A. Chev., K. madagascariensis Jumelle et
Perrier, K. nyasica Stapf ex BaK.f. e K. senegalensis (Desr.) A. Juss.
O mogno africano (Khaya ivorensis) é uma espécie que vem
despertando o interesse de pequenos produtores na Amazônia, por apresentar
madeira de boa qualidade e crescimento rápido. Suas árvores possuem em
torno de 22m de altura e 2m de perímetro, sendo uma importante fonte de
mogno da África. Ao contrário das Meliaceas nativas da Amazônia, o mogno
africano não é atacado pela broca das ponteiras (Hypsipyla grandella), que
como mencionado anteriormente é o principal problema silvicultural das
meliáceas tradicionais.
O gênero Khaya apresenta uma grande importância para as
indústrias madeireiras, com isto, tem-se intensificado a introdução de suas
espécies no Brasil, em substituição ao nosso mogno Swietenia macrophylla,
Durante o ano de 2001, foram distribuídas 70.000 sementes
dessa espécie, para pequenos produtores de 144 municípios do Estado do
Pará, como forma de promover a espécie e estimular o reflorestamento junto à
agricultura familiar.
A Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA) distribuiu também 38
quilos de sementes de espécies florestais regionais, por meio dos cursos e
treinamentos, beneficiando técnicos de instituições de pesquisa, prefeituras
municipais, estudantes e instituições ambientais.
No entanto, este investimento pode não ter sucesso, isso porque
recentemente o Dr. Manfred Willy Müller da CEPLAC - Superintendência
Regional da Bahia, Salvador -, observou a ocorrência de cancro na Khaya
ivorensis, provavelmente provocado por fungo em áreas experimentais da
CEPLAC, localizado no Recôncavo baiano (MÜLLER et al, 2002).
Estes fungos provocam a formação de nódulos que tornam a
madeira de menor valor comercial, como observa-se na Figura 1.4. Segundo o
pesquisador Müller, estima-se que a área plantada com Khaya, somente no
6
estado do Pará, seja de aproximadamente 20.000ha visando a exploração de
madeira e que a proliferação da doença poderá inviabilizar a expansão do
mogno africano, haja vista que existem outras plantações no Brasil, visando à
exploração desta madeira, ele acredita que o combate deste fungo vai ser o
problema na introdução do mogno africano.
Figura 1.4 – Khaya ivorensis sem sintoma (a) e formações de nódulos em K.
ivorensis com sintoma (b), (c) e (d).
(a)
(b)
(c)
(d)
7
Em virtude deste relato, o estudo fitoquímico da espécie Khaya
ivorensis, com cancro, porém permanecendo resistente a H. grandella, busca
entender este ataque por fungo e também contribuir com os estudos sobre a
quimiossistemática deste gênero.
Já foram realizados no laboratório de Produtos naturais da
UFSCar os estudos fitoquímicos de Khaya senegalensis (SALLES, 1995), K.
ivorensis sem cancro (BARBOSA, 2007) e de K. anthotheca (FERREIRA et al,
2005), todas as espécies resistentes ao ataque do microlepdóptero Hypsipylla
grandella, como também foi realizado o estudo fitoquímico de Swietenia
macrophylla (SOARES, 2002, DA SILVA, 2005), a qual sofre ataque deste
inseto.
Podendo assim, questionar se a preferência da H. grandella a
determinadas espécies, está ou não associada à rota biogenética dos
limonóides.
É importante mencionar que o desenvolvimento deste projeto foi
realizado paralelo ao projeto de doutorado de Silva, 2007 que teve por objetivo
pesquisar o isolamento, identificação e desenvolvimento deste fungo.
Com objetivo de conhecer o perfil químico de Khaya, foi feita uma
revisão da ocorrência dos compostos isolados deste gênero, em parceria com
Barbosa, 2007, onde observou-se a predominância da classe dos limonóides,
os quais são caracterizados por apresentarem esqueletos do tipo azadirono
(Grupo 1, Figura 1.3), gedunina (Grupo 2, Figura 1.3) e derivados
mexicanolídeos (Grupo 5, Figura 1.3) (SALLES, 1995).
1.5 – Revisão dos metabólitos secundários do gênero Khaya
1.5.1 – Esteróides
Os fitoesteróides são de ocorrência ampla no reino vegetal. Entre
estes os mais comuns são o sitosterol, estimagmasterol e campesterol.
Normalmente aparecem em misturas, de difícil separação, pois apresentam
propriedades físicas semelhantes. O sitosterol já foi isolado das espécies K.
anthotheca (EKONG, et al., 1975; HALSALL e TROKE, 1975), K. grandifoliola
(FERREIRA, et al., 2005, CONNOLLY, et al., 1968; TCHUENDEM, et al.,
1998), K. ivorensis (ADESOGAN, et al., 1970b; ADESINA, 1983), K. nyasica
8
(TAYLOR, 1969), K. senegalensis (ADESINA, 1983; OLMO, et al., 1996). O
campesterol e o estigmasterol foram isolados de K. anthotheca (EKONG, et al.,
1975; FERREIRA, et al., 2005), K. ivorensis (ADESINA, 1983), K. senegalensis
(ADESINA, 1983; OLMO, et al., 1996), e O 3β-O-β-D-glucopiranosilsitosterol de
K. anthotheca (TCHIMENE, et al., 2005), K. senegalensis (OLMO, et al., 1996).
1.5.2 – Cicloartanos
Na literatura há apenas relatos da presença do cicloeucalenol e
24-metilenocicloartanol na casca do caule de K. anthotheca (EKONG, et al.,
1975).
HO
Β-sitosterol
HO
cam
p
esterol
HO
estigmasterol
O
glu-D-β
3β-O-β-D-glucopiranosil sitosterol
H
HO
H
cicloeucalenol
H
HO
H
24-metilenocicloartanol
9
1.5.3 – Apo-protolimonóides derivados do eufol/tirucalol
Os apo-protolimonóides são os precursores biossintéticos dos
limonóides, eles possuem oito átomos de carbono na cadeia lateral e
insaturação no C-14. Foi relatado um apo-protolimonóide (a grandifoliolenona)
com anel de seis membros na cadeia lateral, em K. grandifoliola (CONNOLLY,
et al., 1967a, CONNOLLY, et al., 1971) e K. ivorensis (ADESOGAN, et al.,
1970a).
1.5.4 – Grupo Azadirono (Grupo 1)
São considerados os limonóides com os esqueletos triterpênicos
intactos. Foram relatados 14 limonóides presentes na casca do caule, caule,
sementes, galhos e raízes nas espécies de Khaya:
- K. anthotheca:
(1) azadirona (HALSALL e TROKE, 1975)
(2) 11α-acetoxiazadirona (HALSALL e TROKE, 1975)
(3)1α,11:14β,15β-diepoxi-6-hidroximeliaca-5,9,20,22-tetraen-3,7-
diona (HALSALL e TROKE, 1975)
(4) 11β-acetoxiazadirona (EKONG, et al., 1975)
(5) 3,7-diacetato de desoxihavanensina (ADESOGAN, et al.,
1970b)
(6) havanensina (ADESOGAN, et al., 1970b)
(7) 1,7-diacetato de havanensina (ADESOGAN, et al., 1970b)
(8) triacetato de havanensina (ADESOGAN, et al., 1970b)
(9) cedrelona (ADESOGAN, et al., 1970b, EKONG, et al., 1975)
OAcO
O
H
OH
OH
grandifoliolenona
10
(10) anthothecol (ADESOGAN, et al., 1970b , EKONG, et al.,
1975 HALSALL & TROKE, 1975)
(11) khayanthona, (ADESOGAN & TAYLOR, 1967c e
ADESOGAN, et al., 1970b)
- K. nyasica:
(12) desoxikhayathona (TAYLOR, 1969)
(11) khayanthona (TAYLOR, 1969).
- K. grandifoliola:
(13) 7-hidroxi-7-desacetoxikhivorina (CONNOLLY, et al., 1968).
(14) 7-oxo-7-desacetoxikhivorina (CONNOLLY, et al., 1968)
O
H
OOAc
R
1
R
1
1
H
2
α-AcO
4
β
-
AcO
OAc
O
H
OH
AcO
5
O
O
OH
OO
R
R
9
H
10
α-OAc
O
O
R
1
R
3
R
2
O
R1 R2 R3
11
OAc OAc OAc
12
OH OH OH
13
OAc OH OAc
14
OAc O OAc
O
O
O
OH
OO
3
OR
2
O
HO
R
3
O
R
1
O
R1 R2 R3
6
H H H
7
Ac Ac H
8
Ac Ac Ac
11
1.5.5 – Grupo gedunina (Grupo 2)
Os limonóides deste grupo são caracterizados por um anel D-
lactônico, que são formados por meio de reações de Baeyer-Villiger. Foram
relatados 12 limonóides isolados das sementes, caule, casca do caule e raízes
no gênero Khaya:
(15) gedunina em K. grandifoliola (BICKII, et al., 2000) e K.
senegalensis (ADESOGAN, et al., 1967a)
(16) 7-desacetoxi-7-oxogedunina em K. ivorensis (ADESOGAN &
TAYLOR, 1970a; TAYLOR, 1977) e K. senegalensis (ADESOGAN & TAYLOR,
1968).
(17) grandifoliona em K. grandifoliola (CONNOLLY, et al., 1968).
(18) 3,7-didesacetilkhivorina em K. senegalensis
(GOVINDACHARI, et al., 1997; GOVINDACHARI & KUMARI, 1998).
(19) 3-desacetilkhivorina em K. anthotheca (ADESOGAN &
TAYLOR, 1967c; ADESOGAN, et al., 1970b), K. ivorensis (ADESOGAN &
TAYLOR, 1970a; TAYLOR, 1977; TAYLOR, 1970; TAYLOR, 1969), K.
madagascariensis (TAYLOR, 1970), K. nyasica (TAYLOR, 1969) e K.
senegalensis (ADESIDA, et al., 1967; ADESOGAN, et al., 1967a; ADESOGAN
& TAYLOR, 1968; GOVINDACHARI, et al., 1997).
(20) 1-desacetilkhivorina em K. grandifoliola (BICKII, et al., 2000).
(21) 7-desacetilkhivorina em K. grandifoliola (BICKII, et al., 2000),
K. ivorensis (ADESOGAN & TAYLOR, 1970a; TAYLOR, 1977; TAYLOR, 1970;
TAYLOR, 1977), K. senegalensis (GOVINDACHARI & KUMARI, 1998). Embora
tenham nomes diferentes, 17 e 21, tratam-se do mesmo limonóide
(22) khivorina em K. anthotheca (ADESOGAN & TAYLOR, 1967c;
ADESOGAN, et al., 1970b), K. ivorensis (ADESOGAN & TAYLOR, 1970a;
TAYLOR, 1977), K. nyasica (TAYLOR, 1969), K. senegalensis (TAYLOR, 1967;
ADESIDA, et al., 1967; ADESOGAN, et al., 1967a; ADESOGAN & TAYLOR,
1968).
(23) nyasina em K. nyasica (TAYLOR, 1967, TAYLOR, 1969;
CONNOLLY, et al., 1973).
(24) 11β-acetoxikhivorina em K. madagascariensis (TAYLOR,
1970 e TAYLOR, 1968), K. nyasica (TAYLOR, 1969).
12
(25) 3-desacetil-7-desacetoxi-7-oxokhivorina em K. senegalensis
(GOVINDACHARI, et al., 1997; GOVINDACHARI & KUMARI, 1998;
ABDELGALEIL e IWAGAWA, 2004).
(26) 7-desacetoxi-7-oxokhivorina em K. senegalensis (ADESIDA,
et al., 1967; ADESOGAN, et al., 1967a; ADESOGAN & TAYLOR, 1968)
1.5.6 – Grupo B-seco (Grupo 4)
Os limonóides deste grupo apresentam o anel D-lactônico e o
anel B aberto. Foram relatados cinco limonóides com este tipo estrutural, eles
foram isolados do caule, raízes, casca do caule e sementes. A seguir estão
descritos os nomes, as estruturas e as espécies em que cada um foi
encontrado.
(27) angolensato de metila em K. anthotheca (TCHIMENE, et al.,
2005), K. grandifoliola (CONNOLLY, et al., 1967b; CONNOLLY, et al., 1968;
O
O
OR
O
O
R
15
OAc
16
=O
O
O
O
OR
1
R
3
OOR
2
O
R1 R2 R3
17 Ac H Ac
18
Ac H H
19
Ac Ac H
20
H Ac Ac
21 Ac H Ac
22
Ac Ac Ac
O
O
O
OAc
AcO OAc
RO
O
R
23
H
24
Ac
O
O
O
OAc
RO O
O
R
25
H
26
Ac
13
CONNOLLY, et al., 1971; TCHUENDEM, et al., 1998; BICKII, et al., 2000), K.
ivorensis (ADESIDA, et al., 1967; ADESOGAN & TAYLOR, 1968;TAYLOR,
1977), K. senegalensis (ADESIDA, et al., 1967; ADESOGAN & TAYLOR, 1968;
ABDELGALEIL, et al., 2001; NAKATANI, et al., 2000a; NAKATANI, et al.,
2000b; NAKATANI, et al., 2001).
(28) 6-hidroxiangolensato de metila em K. anthotheca
(TCHIMENE, et al., 2005), K. grandifoliola (CONNOLLY, et al., 1967b;
CONNOLLY, et al., 1968; CONNOLLY, et al., 1971; TCHUENDEM, et al., 1998;
BICKII, et al., 2000), K. ivorensis (ADESOGAN & TAYLOR, 1968; TAYLOR,
1977), K. senegalensis (ADESOGAN & TAYLOR, 1968; ABDELGALEIL, et al.,
2001; ABDELGALEIL e IWAGAWA, 2004).
(29) 6-acetoxiangolensato de metila em K. grandifoliola
(CONNOLLY, et al., 1967b; CONNOLLY, et al., 1971), K. senegalensis
(ABDELGALEIL, et al., 2001)
(30) khayanosídeo em K. senegalensis (NAKATANI, et al., 2002)
(31) ivorensato de metila em K. ivorensis (ADESOGAN &
TAYLOR, 1969; ADESOGAN & TAYLOR, 1970a, TAYLOR, 1977),
1.5.7 – Limonóides mexicanolídeo (Grupo 5)
Este grupo é caracterizado por possuir o anel B seco com
subseqüente ciclização. Foram descritos 36 limonóides em várias espécies de
Khaya, sendo isolados principalmente das sementes, mas também foram
encontrados nas raízes, galhos, casca do caule e caule. Os limonóides de
Khaya que fazem parte deste grupo foram descritos abaixo:
O
O
CO
2
Me
O
O
O
R
R
27
H
28
OH
29
OAc
O
O
CO
2
Me
O
O
O
O
31
O
H
O
O
O
β
CO
2
Me
O
D
glu
O
H
O
O
O
β
CO
2
Me
O
D
gluglu
30
14
(32) 6-desoxidestigloilswietenina em K. senegalensis
(GOVINDACHARI, et al., 1998).
(33) acetato de 6-desoxidestigloilswietenina em K. senegalensis
(ADESIDA, et al., 1967; ADESOGAN & TAYLOR, 1968).
(34) 3β-isobutiriloxi-1-oxomeliac-8,30-enato de metila em K.
nyasica (TAYLOR, 1969).
(35) swietenina em K. nyasica (TAYLOR, 1969).
(36) diacetato de 6-epidestigloilswietenina em K. senegalensis
(ADESIDA, et al., 1967).
(37) 3β,12β-diacetoxi-1-oxomeliac-8(30)-enato de metila em K.
senegalensis (ADESOGAN & TAYLOR, 1968).
(38) 6-desoxiswietenolídeo em K. ivorensis (ADESOGAN &
TAYLOR, 1970a), K. senegalensis (GOVINDACHARI, et al., 1997;
GOVINDACHARI, et al., 1999)
(39) fissinolídeo em K. nyasica (TAYLOR, 1969), K. ivorensis
(ADESOGAN & TAYLOR, 1970a; TAYLOR, 1977)., K. grandifoliola
(ADESOGAN & TAYLOR, 1967b), K. madagascariensis (TAYLOR, 1970), K.
senegalensis (KHALID, et al., 1998; GOVINDACHARI, et al., 1999)
(40) khayasina em K. ivorensis (VANUCCI, et al., 1992),
K.senegalensis (ADESOGAN & TAYLOR, 1968)
(41) mexicanolídeo em K. ivorensis (ADESOGAN & TAYLOR,
1970a), K. senegalensis (ADESOGAN & TAYLOR, 1968; GOVINDACHARI, et
al., 1998; GOVINDACHARI, et al., 1999)
(42) swietenolídeo em K. ivorensis (TAYLOR, 1977),
K.grandifoliola (BICKII, et al., 2000)
(43) 6-acetilswietenolídeo em K.grandifoliola (BICKII, et al., 2000)
(44) 2α,3β-di-hidroxi-3-deoximexicanolídeo em K. senegalensis
(GOVINDACHARI, et al., 1997; GOVINDACHARI, et al., 1998)
(45) 2-hidroxifissinolídeo em K. ivorensis (ADESOGAN &
TAYLOR, 1970a), K. senegalensis (TAYLOR, 1977)
(46) 2-acetoxifissinolídeo em K. ivorensis (TAYLOR, 1977)
(47) 2α-hidroximexicanolídeo em K. senegalensis
(GOVINDACHARI, et al., 1997; GOVINDACHARI e KUMARI, 1998;
GOVINDACHARI, et al., 1999)
15
(48) 2,6-di-hidroxifissinolídeo em K. senegalensis (KHALID, et al.,
1998)
(49) 3β-hidroxi-3-deoxicarapina em K. senegalensis
(GOVINDACHARI, et al., 1997; GOVINDACHARI, et al., 1998)
(50) 3β-acetoxi-1-oxo-meliac-14(15)-enato de metila em K.
nyasica (TAYLOR, 1969)
(51) 3β-acetoxi-3-desoxo-6(R)-hidroxicarapina em K.
senegalensis (KHALID, et al., 1998) e K. anthotheca (TCHIMENE, et al., 2005)
(52) 6(R),8α-di-hidroxicarapina em K. anthotheca (TCHIMENE, et
al., 2005)
(53) 3β-isobutiriloxi-1-oxomeliacato de metila em K. anthotheca
(ADESOGAN, 1970b)
(54) 3β-acetoxi-2-hidroxi-1-oxomeliacato de metila em K.
madagascariensis (TAYLOR, 1970)
(55) 3β-isobutiriloxi-30α-acetoxi-1-oxomeliacato de metila em K.
nyasica (TAYLOR, 1970)
(56) khayanona em K. senegalensis (NAKATANI, et al.,, 2001)
(57) seneganolídeo A em K. senegalensis (ABDELGALEIL, et al.,
2004)
(58) 2-hidroxiseneganolídeo A em K. senegalensis
(ABDELGALEIL, et al., 2004)
(59) 2-acetoxiseneganolídeo A em K. senegalensis
(ABDELGALEIL, et al., 2004)
(60) Anthothecanolídeo em K. anthotheca (TCHIMENE, et al.,
2005)
(61) 3-O-acetilanthothecanolídeo em K. anthotheca (TCHIMENE,
et al., 2005)
(62) 2,3-di-O-acetilanthothecanolídeo em K. anthotheca
(TCHIMENE, et al., 2005)
(63) Seneganolídeo em K. senegalensis (NAKATANI, et al.,
2000a; ABDELGALEIL, et al., 2001; NAKATANI, et al., 2001; NAKATANI, et al.,
2002)
(64) 2-Hidroxiseneganolídeo em K. senegalensis (NAKATANI, et
al., 2001; NAKATANI, et al., 2002)
16
O
R
1
O
O
R
3
O
R
2
R
4
MeO
2
C
R1 R2 R3 R4
49
H OH H H
50
H OAc H
β-H
51
OH OAc H
β-H
52
OH O H
α- OH
(65) 1α,8α-óxido-3β-acetoxi-2α-acilperoxi-1α,14α-di-hidroxi-
[3.3.1
10,2
]-biciclomeliac-7,19-olídeo em K. anthotheca (FERREIRA, et al., 2005)
(66) substância C em K. ivorensis (ADESOGAN & TAYLOR,
1970a; TAYLOR, 1977)
(67) composto E em K. ivorensis (TAYLOR, 1977)
O
R
2
O
O
O
O
R
1
MeO
2
C
R1 R2
32
H H
33
H Ac
34
H COPr
i
35
OH H
36
AcO Ac
O
OAc
O
O
O
OAc
MeO
2
C
37
O
R
1
O
O
R
3
O
R
2
MeO
2
C
R1 R2 R3
38
H OH H
39
H OAc H
40
H OCOPr
i
H
41
H O H
42
OH OH H
43
AcO OH H
44
H OH OH
45
H OAc OH
46
H OAc OAc
47
H O OH
48
OAc
Oac
2
OH
O
R
1
O
O
R
3
O
R
2
R
4
R
5
MeO
2
C
R1 R2 R3 R4 R5
53
H OCOPr
i
H H
β-H
54
H OAc OH H
β-H
55
H OCOPr
i
H OAc-
β-H
56
OH OH O H
α-OH
17
1.5.8 – Limonóides fragmalina
Os limonóides pertencentes a essa classe são derivados dos
mexicanolídeo. A maior parte destes limonóides foi relatada na espécie Khaya
senegalensis, isolados principalmente da casca do caule e folhas. A seguir
serão mostrados 11 limonóides descritos na literatura.
(68) Khayanolídeo D em K. senegalensis (NAKATANI, et al.,
2002)
(69) Khayanolídeo B em K. senegalensis (NAKATANI, et al.,
2002; ABDELGALEIL, et al., 2001; NAKATANI, ET AL., 2001)
(70) Khayanolídeo E em K. senegalensis (NAKATANI, et al.,
2002)
(71)1α-acetoxi-3β,6,8α-triidroxi-2α-metoxi-2β,14β-epoxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila em K. senegalensis (OLMO, et
al.,1997)
O
R
1
O
O
O
OH
MeO
2
C
R
57
H
58
OH
59
AcO
O
O
O
R
1
R
3
O
O
R
2
O
H
R
4
R1 R2 R3 R4
60
OH OH OH H
61
OAc OH OH H
62
OAc OAc OH H
63
O OH H OH
64
O OH H OH
O
O
O
O
O
O
MeO
2
C
66
O
O
O
HO
OH
O
O
HO
MeO
2
C
67
18
(72) Khayanolídeo A em K. senegalensis (NAKATANI, et al.,
2000b; ABDELGALEIL, et al., 2001; NAKATANI, ET AL., 2001)
(73) 1-O-acetilkhayanolídeo A em K. senegalensis (NAKATANI, et
al., 2001; NAKATANI, et al., 2002)
(74)1α,2β,3α,6,8α,14β-hexa-hidroxi-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-
7-oato de metila em K. senegalensis (OLMO, et al.,1996) e K. anthotheca
(FERREIRA, et al., 2005)
(75)1α-acetoxi-2β,3α,6,8α,14β-penta-hidroxi-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-
triciclomeliac-7-oato de metila em K. senegalensis (OLMO, et al.,1996)
(76) Khayanolídeo C em K. senegalensis (ABDELGALEIL, et al.,
2001)
(77)1α,6,8α,14β,30β-penta-hidroxi-3-oxo-[3.3.110,2.11,4]-
triciclomeliac-7-oato de metila em K. senegalensis (OLMO, et al.,1997,
NAKATANI, et al., 2002)
(78)1α-acetoxi-6,8α,14β,30β-tetra-hidroxi-3-oxo-[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-
triciclomeliac-7-oato de metila em K. senegalensis (OLMO, et al.,1997)
22
23
R
2
6
28
4
2
3
R
4
20
21
16
12
18
17
15
14
13
11
5
7
29
19
10
1
9
8
30
R
1
MeO
O
O
O
OH
O
O
OR
3
R1 R2 R3 R4
68
H OH H H
69
OH OH H H
70
OH O Ac H
71
OH OH Ac OMe
20
22
21
18
23
17
16
15
14
13
11
12
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
30
HO
MeO
O
O
O
O
O
OH
O
H
OH
OR
1
R1
72
H
73
Ac
12
18
20
22
21
23
17
16
15
14
13
11
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
30
HO
MeO
O
OH
OH
O
O
OH
OH
O
H
OR
1
R1
74
H
75
Ac
19
1.5.9 – Limonóides com modificações nos anéis A e B
Apenas dois limonóides foram relatados com modificações nos
anéis A e B. O 3-acetoxi-8,14-dien-8,30-seco-khayalactona (79) isolado dos
galhos de Khaya anthotheca (ABDELGALEIL, et al., 2004) e o khayalactona
(80) isolado da casca do caule de K. anthotheca (TCHIMENE, et al., 2005) e K.
grandifoliola (TCHUENDEM, et al,. 1998).
18
20
22
21
23
16
OH
12
17
15
14
13
11
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
30
HO
MeO
O
OH
O
O
OH
O
H
O
76
20
22
21
17
16
15
18
23
14
13
11
12
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
30
HO
MeO
O
O
O
O
OH
OH
O
H
H
OR
OH
R1
77
H
78
Ac
O
O
O
OH
O
MeO O
AcO
O
79
O
O
O
OH
O
O
H
OH
MeO O
80
20
1.5.10 – Cumarinas
Na literatura também foi relatada a presença de apenas quatro
cumarinas no gênero Khaya:
umbeliferona isolada de K. ivorensis (ADESINA, 1983),
aesculetina isolada de K. senegalenis (ADESINA, 1983),
escopoletina isolada de K. anthotheca (FERREIRA, et al., 2005),
K. ivorensis (ADESINA, 1983) e K. senegalensis (ADESINA, 1983; OLMO, et
al., 1997)
escoparona isolada de K. ivorensis (ADESINA, 1983), K.
senegalensis (ADESINA, 1983; OLMO, et al., 1996)
1.5.11 – Flavonóides
Os flavonóides isolados de Khaya foram relatados principalmente
em Khaya senegalensis, sendo apenas cinco destes compostos descritos na
literatura:
β-quercitrina isolado de K.senegalensis (OLMO, et al., 1997),
rutina isolado de K.senegalensis (OLMO, et al., 1997),
catequina isolado de K. grandifoliola (TCHUENDEM, et al,. 1998;
BICKII, ET AL., 2000),
catequina-(4α,6)-catequina isolado de K.senegalensis (KAYSER,
et al., 2001),
catequina-(4α,8)-catequina isolado de K.senegalensis (KAYSER,
et al., 2001).
OHO O
OHO O
HO
umbeliferona aesculetina
OO
MeO
MeO
OHO O
MeO
escopoletina escoparona
21
O
OH
OH
ORha
OH
HO
O
β
-
q
uercitrina
O
OH
OH
OGlc-Rha
OH
HO
O
rutina
O
OH
HO
OH
OH
OH
catequina
O
OH
HO
OH
O
OH
HO
OH
OH
OH
OH
OH
catequina-(4α,8)-catequina
O
OH
HO
OH
O
HO
OH
HO
OH
OH
OH
OH
cate
q
uina-
(
4
α
,6
)
-cate
q
uina
23
2 – Objetivos
1) Estudo fitoquímico de Khaya ivorensis sintomática ao fungo
Botryosphaeria rhodina, porém permanecendo imune a Hypsipyla grandella.
2) Comparar por LC-MS se houve interferência do fungo no
metabolismo secundário de K. ivorensis, analisando espécies sintomáticas e
não sintomáticas ao Botryosphaeria rhodina.
3) Desenvolvimento de método de quantificação do limonóide
angolensato de metila por LC-MS/MS (SRM)
25
3 – Procedimentos Experimentais
3.1 – Material Botânico
A espécie Khaya ivorensis foi adquirida no dia 20 de outubro de
2003, na Estação Experimental Sosthenes de Miranda (ESOMI), unidade
experimental de Pesquisas do Cacau (CEPLAC), localizada no município de
São Sebastião do Passe, região do Recôncavo da Bahia, de uma plantação
modelo com sintomas (cancro) frente a fungos. Foram coletadas parte de uma
planta sem cancro (folhas, galhos e cernes) e também parte de uma planta
com cancro (raízes, galhos, folhas e cernes). A coleta foi supervisionada pelo
Dr. Manfred Willy Müller do CEPLAC e pelo doutorando Sebastião da Cruz
Silva. É importante relatar que este aluno faz parte do grupo de pesquisa de
Produtos Naturais da UFSCar e o objetivo do seu projeto foi pesquisar o
isolamento, a identificação e desenvolvimento do fungo isolado da espécie
Khaya ivorensis. Este doutorando caracterizou o fungo patógeno como sendo o
Botryosphaeria rhodina.
3.2 – Obtenção dos extratos orgânicos de Khaya ivorensis sintomática ao
fungo Botryosphaeria rhodina
O material vegetal coletado foi separado por partes, seco em
estufa de circulação de ar a 40
o
C por mais ou menos 36 horas, pulverizado em
moinho Willey e posteriormente extraído à temperatura ambiente e macerado
com solventes em ordem crescente de polaridade (hexano,
diclorometanometano, metanol e metanol:água 1:1) por três dias, repetindo-se
o processo por 3 vezes (Fluxograma 3.1). As soluções resultantes foram
concentradas sob vácuo em evaporador rotativo obtendo assim os extratos
brutos descritos na Tabela 3.1.
26
Fluxograma 3.1 - Obtenção dos extratos de Khaya ivorensis com sintomas
frente ao Botryosphaeria rhodina
Tabela 3.1 – Extratos brutos obtidos da espécie Khaya ivorensis sintomática ao
Botryosphaeria rhodina
Q de Ms (g): quantidade em gramas de material seco e moído
Q de E (g): quantidade em gramas de extrato seco
Parte vegetal Q de Ms(g) Solvente Q de E (g) Código
Raiz Hexano 8,69 KRaH
Raiz Diclorometanometano 9,56 KRaD
Raiz Metanol 92,36 KRaM
Raiz
2105,5
Hidrometanólico fungou KRaA
Raízes secundárias Hexano 0,40 KRiH
Raízes secundárias Diclorometano 0,77 KRiD
Raízes secundárias Metanol 4,19 KRiM
Raízes secundárias
77,4
Hidrometanólico 3,20 KRiA
Cerne Hexano 18,83 KCH
Cerne Diclorometano 7,18 KCD
Cerne Metanol 138,85 KCM
Cerne
4400,4
Hidrometanólico fungou KCA
Casca do cerne Hexano 12,85 KCcH
Casca do cerne Diclorometano 19,095 KCcD
Casca do cerne Metanol 18,29 KCcM
Casca do cerne
1144,6
Hidrometanólico 17,61 KCcA
Galhos Hexano 0,95 KGH
Galhos Diclorometano 1,087 KGD
Galhos Metanol 8,56 KGM
Galhos
158,4
Hidrometanólico 12,41 KGA
Folhas Hexano 11,07 KFH
Folhas Diclorometano 36,30 KFD
Folhas Metanol 6,91 KFM
Folhas
335,4
Hidrometanólico 34,6 KFA
Material Vegetal
Extrato Hexânico
Torta
Extrato Diclorometano
Torta
Torta
Extrato Metanólico
TortaExtrato Hidrometanólico
A
A
A
A
Maceração com Hexano
por três dias por três vezes
Maceração com
Diclorometanometano por três
Maceração com Metanol
por três dias por três vezes
Maceração com mistura de
Água/Metanol na proporção de
1:1
p
or três dias
p
or duas vezes
27
3.3 – Fracionamento dos extratos brutos de Khaya ivorensis sintomática
ao Botryosphaeria rhodina
3.3.1 – Isolamento e purificação dos constituintes do extrato hexânico das
raízes
O extrato hexânico das raízes de Khaya ivorensis com sintomas
frente ao Botryosphaeria rhodina foi submetido à cromatografia em coluna de
sílica-gel (230-400µm). Foram obtidas 80 frações analisadas via cromatografia
em camada delgada comparativa onde verificou-se que seus constituintes
eluiam satisfatoriamente a baixa polaridade. As frações foram reunidas de
acordo com as semelhanças de R
f
produzindo 12 subfrações. Após revelação
em U.V. e em vanilina ácida percebeu-se a presença de uma mancha intensa
cor de vinho nas frações KRaH 1-12 a 18-22, estas foram analisadas através
de RMN
1
H onde observou-se a presença de misturas de terpenos e esteróides.
As frações KRaH 34-35 a 45-53 apresentaram uma mancha bem
escura após revelação em U.V. e em vanilina ácida. A fração KRaH-44 foi
analisada por meio de RMN
1
H e verificou-se a presença de sinais
característicos de um limonóide e após determinação estrutural foi
caracterizado por limonóide 1.
As frações KRaH-34-35 e 45-53 foram submetidas a CLAE
utilizando uma coluna de octadecil (C-18) e fase móvel ACN:H
2
O (3:7), mas
constatou-se, por RMN
1
H, ser o mesmo limonóide 1.
O Fluxograma 3.2 mostra a visão geral do fracionamento
cromatográfico do extrato KRaH.
28
Fluxograma 3.2 - Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico das
raízes de Khaya ivorensis com sintomas frente ao
Botryosphaeria Rhodina
3.3.2 – Isolamento e purificação dos constituintes do extrato
diclorometanometano das raízes
O extrato diclorometanometano das raízes de K. ivorensis com
sintomas frente ao Botryosphaeria rhodina foi fracionado por meio de
cromatografia em coluna de sílica-gel (230-400mesh). Obtendo-se 60 frações
que foram agrupadas em 9 subfrações de acordo com R
f
apresentados na
CCDC. O Fluxograma 3.3 mostra, de forma geral, o fracionamento
cromatográfico do extrato KRaD, onde foram isolados os limonóides 1, 2, 3 e 7.
Limonóide 1
1-12
3,61g
Misturas de
limonóides
Coluna de octadecil (C-18)
(25 x 2cm)
Modo isocrático
Eluentes: ACN:H
2
O (3:7)
Coluna de sílica (230-400µm)
(47 x 4,6cm)
Modo gradiente
Eluentes: Hex/AcOEt/MeOH
KRaH
8,6862g
36-43
0,03g
16-17
0,62g
44
0,29g
18-22
0,49g
23-29
0,27g
34-35
0,05g
13-15
0,66g
30-33
0,13g
45-53
0,39g
54-64
0,23g
65-80
0,15g
Limonóide 1
Fitoesteróides
Misturas de
limonóides
29
Fluxograma 3.3 - Fracionamento cromatográfico do extrato
diclorometanometano das raízes de Khaya ivorensis com
sintomas frente ao Botryosphaeria Rhodina
3.3.3 – Isolamento e purificação dos constituintes das raízes do extrato
metanólico
O extrato metanólico das raízes de K. ivorensis com sintomas
frente ao Botryosphaeria rhodina foi submetido à cromatografia em coluna de
celulose cristalina. Foram obtidas 62 frações agrupadas de acordo com o R
f
apresentados na CCDC, reunidas em 9 subfrações, sendo possível isolar o
limonóide 4 e 1.
CLAE -Preparativo
Coluna Polimérica-
Asahipak GS-31 2G
(50 x 2,5cm)
Eluentes: MeOH:DCM (95:5)
V=4,5mL/min;
λ =217 e254nm
CLAE- Preparativo
Coluna de octadecil
(C-18)
(25 x 2,12cm)
Eluentes:
MeOH:H
2
O
(gradiente)
V=14,5mL/min
λ =217 e 254nm
33-39
1,39g
CLAE-
Preparativo
Coluna de
octadecil (C-18)
(25 x 2,12cm)
Eluentes:
ACN:H
2
O (3:7)
V
=
7mL/min
Coluna de sílica
(230-400µm)
(27 x 2,3cm)
Modo gradiente
Hex/AcOEt/MeOH
CLAE -Preparativo
Coluna Polimérica-
Asahipak GS-31 2G
(50 x 2,1cm)
Eluentes:MeOH:DC
M (95:5)
V=4,5mL/min;
λ
=
217 e254nm
Coluna de sílica (230-400
µ
m)
(60 x 5,2cm)
Modo gradiente
Eluentes: Hex/AcOEt/MeOH
1-12
0,88g
43-52
1,24g
20-23
0,48g
53-60
0,88g
25-28
1,53g
29-32
2,19g
39-40
0,01g
13-19
0,47g
Limonóide 2
1-15
0,33g
16-24
0,05g
25-29
0,32g
30-32
0,02g
Limonóide 1 e 3
Limonóide 1
Limonóide 7
33-38
0,01g
KRaD
9,5605g
30
Fluxograma 3.4 - Fracionamento cromatográfico do extrato metanólico das
raízes de Khaya ivorensis com sintomas frente ao
Botryosphaeria rhodina
3.3.4 – Fracionamentos dos extratos metanólicos das folhas e casca do
cerne
Os extratos metanólicos das folhas e casca do cerne de K.
ivorensis com cancro por Botryosphaeira rhodina foram submetidos à partição
líquido-líquido (Fluxograma 3.5) em um funil de separação, com a finalidade de
separar os constituintes altamente polares. A Tabela 3.2 mostra as frações
obtidas deste fracionamento.
Coluna de Sephadex_LH20
®
(47 x 1,8cm)
Modo isocrático
Eluente: MeOH
Coluna de celulose D-Microcristalina
(30 x 1,8cm)
Modo gradiente
Eluentes: Hex/AcOEt/MeOH
KRaM
8,6862g
1-7
3,61g
47-50
0,57g
11-19
0,62g
51-62
0,29g
20-25
0,12g
26-30
0,08g
38-46
0,06g
8-10
0,66g
31-37
0,13g
Limonóide 1
Limonóide 4
31
Fluxograma 3.5 – Partição líquido-líquido dos extratos metanólicos das folhas
e da casca do cerne.
Tabela 3.2 – Frações provenientes do fracionamento dos extratos metanólicos
das folhas e casca do cerne de K. ivorensis
Fração Solvente Massa (g)
EMF-H
EMF-D
EMF-Ac
EMCc-H
EMCc-D
EMCc-Ac
Hexano
CH
2
Cl
2
AcOEt
Hexano
CH
2
Cl
2
AcOEt
0,44
1,72
1,22
2,60
1,66
1,32
Suspensão em metanol/água 7:3 + hexano
(300 mL por 3 vezes)
Fração
Diclorometanometano
Extrato metanólico Khaya ivorensis com
sintomas frente ao Botryosphaeira rhodina
Extração com
diclorometanometano (300 mL por
3 vezes
)
Parte hidroalcoólica
Fração hexânica
Parte hidroalcoólica
Fração Acetato de etila Parte hidroalcoólica
Extração com Acetato de etila
(300 mL por 3 vezes)
32
3.3.5 – Fracionamentos das frações EMCc–H e EMCc-D
As frações EMCc-H e EMCc-D foram reunidas e submetidas à
cromatografia em coluna de sílica-gel (Fluxograma 3.6), utilizando como
eluentes: Hexano/diclorometanometano/acetona/metanol, obtendo-se 54
frações, as quais foram agrupadas por CCDC.
Fluxograma 3.6 - Fracionamento cromatográfico da fase hexano e
diclorometanometano da casca do cerne de Khaya
ivorensis sintomática ao Botryosphaeria rhodina
3.3.6 – Fracionamentos das frações EMF–H e EMF-D
As frações EMF-H e EMF-D também foram reunidas e
submetidas à cromatografia em coluna de sílica-gel (Fluxograma 3.7),
utilizando como eluentes: hexano/acetato de etila/metanol, obtendo-se 38
frações, as quais foram agrupadas por CCDC.
1-6
1,2g
EMCc-H/EMCc-D
4,0g
Coluna de sílica (230-400
µ
m)
(22 x 6cm)
Modo gradiente
Eluentes: Hex/DCM/Acetona/MeOH
40-48
0,57g
12-15
0,03g
49-54
0,29g
16-17
0,01g
18-22
0,08g
31-39
0,06g
7-12
0,4g
23-30
0,13g
Limonóide 5
Limonóides
em misturas
33
Fluxograma 3.7 - Fracionamento cromatográfico da fase Hexano e
diclorometanometano das folhas de Khaya ivorensis
sintomática ao Botryosphaeria rhodina
3.3.7 – Tratamento dos extratos via CLAE - gradiente
Além das frações trabalhadas apresentadas anteriormente, outras
frações foram analisadas, como por exemplo, o extrato hexânico das cascas
dos cernes, onde foram feitas sucessivas cromatografias em coluna sem
grandes sucessos. Isso porque, observaram-se via RMN
1
H, que a maior parte
destas frações apresentava sinais característicos de limonóides, sendo os
sinais mais intensos peculiares ao composto angolensato de metila. Isso
implica que este limonóide achava-se em maior quantidade nestas frações, o
que tornou mais trabalhoso encontrar os limonóides em menores quantidades,
além disso, as frações que tinham estas substâncias em misturas possuíam
pouquíssima massa o que dificultava purificá-las por cromatografia clássica.
CLAE- Preparativo
Coluna de octadecil (C-18)
(25 x 2,12cm)
Eluentes: MeOH:H
2
O (gradiente)
V=14,5 mL/min
λ =217 e 254nm
1-4
0,41g
EMF-H/EMF-D
2,0g
Coluna de sílica (230-400
µ
m)
(19 x 4 cm)
Modo gradiente
Eluentes: Hex/AcOEt/MeOH
29-34
0,37g
8-10
0,03g
35-38
0,29g
11-14
0,02g
15
0,01g
22-28
0,06g
5-8
0,4g
16-21
0,13g
Limonóide 7
Limonóide 8
34
Diante da dificuldade em se obter novos limonóides optou-se por
fazer um gradiente exploratório via CLAE (Cromatografia Liquida de Alta
Eficiência). Para isso os extratos foram previamente limpos via coluna filtrante
com emprego de vácuo em funil de placa sinterizada, para evitar que as
impurezas ficassem retidas na coluna cromatográfica e conseqüentemente
danificando-a. O tratamento utilizado para a pré-limpeza dos extratos encontra-
se na Tabela 3.3 a seguir:
Tabela 3.3 – Fracionamento dos extratos de K. ivorensis sintomática ao
Botryosphaeria rhodina
KCH
(sílica-gel 230-400 mesh e florisil, 15 x 9cm, modo gradiente)
Frações
a
KCH-C1 KCH-C1 KCH-C3 KCH-C4 KCH-C5
Massa (g)
0,020 10,224 2,303 0,603 1,149
KGH
(sílica-gel 230-400 mesh e florisil, 17 x 9cm, modo gradiente)
Frações
a
KGH-C1 KGH-C2 KGH-C3 KGH-C4 KGH-C5
Massa (g)
0,008 0,467 0,096 0,031 0,310
KFH
(sílica-gel 230-400 mesh e florisil, 15 x 9cm, modo gradiente)
Frações
a
KFH-C1 KFH-C2 KFH-C3 KFH-C4 KFH-C5
Massa (g)
0,721 0,624 0,876 0,394 0,748
KRiD
(sílica-gel 230-400 mesh e florisil, 10 x 9cm, modo gradiente)
Frações
a
KRiD-C1 KRiD-C2 KRiD-C3 KRiD-C4 KRiD-C5
Massa (g)
0,001 0,081 0,266 0,171 -
KFD
(sílica-gel 230-400 mesh e florisil, 17 x 9cm, modo gradiente)
Frações
a
KFD-C1 KFD -C2 KFD -C3 KFD -C4 KFD -C5
Massa (g)
0,007 1,402 1,076 2,194 2,817
35
KCD
(sílica-gel 230-400 mesh e florisil, 17 x 9cm, modo gradiente)
Frações
a
KCD-C1 KCD-C2 KCD-C3 KCD-C4 KCD -C5
Massa (g)
0,008 2,800 1,424 1,1303 2,2175
KGD
(sílica-gel 230-400 mesh e florisil, 17 x 9cm, modo gradiente)
Frações
a
KGD-C1 KGD-C2 KGD-C3 KGD-C4 KGD-C5
Massa (g)
0,003 0,101 0,105 0,2362 0,592
KCcD
(sílica-gel 230-400mesh e florisil, 17 x 9cm, modo gradiente)
Frações
a
KCcD-C1 KCcD-C2 KCcD C3 KCcD-C4 KCcD-C5
Massa (g)
0,001 13,947 1,931 1,694 2,733
a
C1- hexano 100%,
C2- acetato de etila:hexano (3:7),
C3– acetato de etila:hexano (1:1),
C4- acetato de etila 100% e
C5- metanol 100%
Para o desenvolvimento do método de análise de limonóides em
extratos, foi realizada uma análise gradiente exploratória via CLAE utilizando
uma coluna analítica C
18
– Gemini (150 x 4,6mm, 10µm) contendo uma pré-
coluna (4 x 3mm, 5 µm). Gradientes exploratórios em fase reversa são
usualmente feitos com amplas faixas de gradientes, 5% a 100% onde se
emprega uma mistura de H
2
O (solvente A) e um solvente orgânico (solvente B -
MeOH ou acetonitrila - ACN) como constituintes da fase móvel.
Foi empregado um detector de arranjo de fotodiodos com seleção
da faixa de comprimento de onda entre 250-500nm na região do UV para se
obter a determinação das absorbâncias das substâncias presentes na amostra.
A eluição dos compostos presentes em Khaya ivorensis
sintomática ao Botryosphaeria rhodina foi avaliada utilizando-se uma variação
de acetonitrila (solvente B) - em água (5-100%), por 60 minutos, com uma
vazão de 2,0 mL/min, no entanto, foi necessário melhorar a interação e
distribuição cromatográfica dos compostos presentes nas amostras analisadas
com a fase estacionária, desta forma, a condição cromatográfica gradiente
utilizada foi de 5 a 100% de MeOH, usado como solvente orgânico em
substituição a acetonitrila, por 60 minutos e com uma vazão de 1,0 mL/min.
36
Os cromatogramas apresentados na Figura 3.1 mostram o
gradiente exploratório obtidos para se avaliar as características dos
constituintes químicos dos extratos de khaya ivorensis sintomática ao
Botryosphaeria rhodina, onde notou-se que as frações analisadas
apresentaram substâncias de média e baixa polaridade.
37
Figura 3.1 – Cromatogramas das frações KRiD-C3, KCH-C3, KCH-C4, KCH-
C5, KCD-C3, KGH-C4, KHC-C5, KGH-C5 e KGD-C3 e KGD-C4
obtidos por eluição do gradiente exploratório, 5 a 100% de
MeOH, usado como solvente orgânico por 60 minutos e com
uma vazão de 1,0 mL/min.
KRiD-C3
KCH-C3
KCH-C4
KCH-C5
KCD-C3
KGH-C4
KGH-C5
KGD-C3
KGD-C4
38
Conhecendo o perfil cromatográfico das frações estudadas,
variações no percentual do modificador orgânico (alteração na inclinação do
gradiente) foram testadas com o intuito de melhorar a retenção dos compostos
e a seletividade das bandas.
As condições avaliadas não foram adequadas para se obter
melhor retenção dos compostos presentes nas amostras, assim como, uma
melhor separação destes. A elevada absorção na região do UV do angolensato
de metila interferiu na observação das bandas dos demais compostos.
Desta forma optou-se por fazer as análises no modo gradiente,
utilizando coluna preparativa C
18
– Gemini (250 x 21,2mm, 10µm). O gradiente
exploratório foi realizado com uma fase móvel em H
2
O e MeOH, alterando a
força da fase móvel, variando a porcentagem de MeOH de 5% a 100% por 60
mim, com uma vazão de 1 mL/min.,acompanhado a corrida gradiente com um
detector de UV (λ = 217, 254 e 365nm).
Todas as frações KRiD-C3, KCH-C4, KCH-C5, KGH-C4, KHC-C5,
KGH-C5 e KGD-C3 e KGD-C4 foram trabalhadas, mas as frações KCD-C3 e
KCH-C3, tiveram uma melhor separação cromatográfica. O cromatograma
apresentado na Figura 3.8 refere-se à eluição do gradiente exploratório, via
CLAE, da fração KCD-C3 onde observaram-se vários picos de absorção sendo
possível isolar oito substâncias: dois triterpenos e seis limonóides.
A Figura 3.9 refere-se ao cromatograma da fração KCH-C3, onde
também apresentou vários picos de absorção, mas só foi possível identificar
quatro limonóides.
39
Figura 3.8 – Cromatograma da fração KCD-C3 obtido por eluição do gradiente
exploratório MeOH de 5% a 100% por 60 mim, com uma vazão
de 1 mL/min.,acompanhado a corrida gradiente com um
detector de UV (λ = 217, 254 e 365nm).
Figura 3.9 – Cromatograma da fração KCH-C3 obtido por eluição do gradiente
exploratório, MeOH de 5% a 100% por 60 mim, com uma vazão
de 1 mL/min.,acompanhado a corrida gradiente com um
detector de UV (λ = 217, 254 e 365nm).
L13 e14
L9
L1
L12
L11
T 15 e 16
L13 e 14
L1
L6
L10
40
3.4 – Equipamentos
3.4.1 - Evaporadores
BÜCHI, rotavapor R-114, equipado com banho BÜCHI B-480 e recirculador
refrigerado NESLAB, modelo CFT-25 mantido a 5°C.
BÜCHI, rotavapor R-200, equipado com banho BÜCHI 490 e recirculador
refrigerado NESLAB, modelo CFT-25 mantido a 5°C.
3.4.2 - Espectrômetros de Ressonância Magnética Nuclear
BRUKER modelo DRX 400
BRUKER modelo ARX 200
3.4.3 – Espectrômetro de massas
MICROMASS QUATTRO LC – Ionização por Eletrospray
CG-EM: Shimadzu QP 5000 Ionização por impacto eletrônico
3.4.4 – Câmara de análise de fluorescência por luz ultravioleta
Cabine tipo SPECTROLINE modelo CM-10 com luz tipo SPECTROLINE
modelo ENF-260C. (λ = 254 e 365nm)
3.4.5 – Balança analítica
SARTORIUS modelo BP210S
AND modelo HR200
3.4.6 – CLAE
Cromatógrafo: Shimadzu SCL-10Avp, equipado com: válvula de reciclo,
válvula de injeção Rheodyne 7725i, alça de amostragem de 200, 500 e 2000µL,
bombas Shimadzu LC-6AD e detector de UV-Vis Shimadzu SPD-10vvp.
Cromatógrafo: ÄKTA, equipado com: válvula de injeção inv-907, alça de
amostragem de 200, 500 e 2000µL, bombas P-900 (P-901/903) e detector de
UV-900.
Cromatógrafo: Shimadzu SCL-10Avp, equipado com: degaseificador de
membrana Shimadzu DGU-14A, duas bombas Shimadzu LC-10ADvp e
detectores de Foto-diodo Shimadzu SPD-M10Avp.
41
3.5 – Materiais
3.5.1 - Fases Estacionárias
Sílica gel 60 (70-230 mesh ASTM), MERCK
Sílica gel (230-400 mesh ASTM), MERCK
Celulose microcristalina, VETEC
3.5.2 - Solventes
MERCK, SINTH, VETEC, LABSYNTH e outros destilados na sala de
destilação do Departamento de Química da UFSCar para obtenção de extratos
e fracionamento dos mesmos.
Solventes deuterados da MERCK e ALDRICH para obtenção de espectros de
RMN.
3.5.3 - Placas Cromatográficas
Cromatoplaca de sílica gel 60 GF
254
em alumínio, MERCK
43
4 - Resultados e Discussões do Estudo fitoquímico de Khaya ivorensis
sintomática ao Botryosphaeria Rhodina
4.1 - Determinação estrutural do limonóide 1:
Para a determinação estrutural do limonóide 1 foram feitos os
espectros de RMN
1
H, RMN
13
C, DEPT, HSQC, HMBC, COSY e ESI/MS
representados respectivamente por FIGURAS 4.1, 4,2, 4,3, 4.4, 4.5, 4,6 e 4.7. Os
valores dos deslocamentos químicos foram comparados com os valores
encontrados na literatura (TABELA 4.1).
A identificação deste limonóide foi iniciada pelos sinais de
deslocamentos químicos do anel furano. Analisando o espectro de hidrogênio,
notou-se um sinal em δ
H
6,39 d (J = 1,7Hz) que via HSQC acoplou com um sinal em
δ
C
109,7 e correlacionou-se via HMBC com os sinais em δ
C
120,6, 140,5 e 142,5. O
sinal em δ
H
7,39 t (J = 1,7Hz) acoplou com o sinal do carbono em δ
C
142,5 e
correlacionou-se com os sinais de carbono em δ
C
120,6 e 140,5. Já o sinal δ
C
140,5
acoplou com o sinal de hidrogênio em δ
H
7,44 sl e correlacionou-se em δ
C
109,7,
120,6 e 142,5. Observou-se via DEPT que o sinal em δ
C
120,6, refere-se a um
carbono quaternário e como foi mostrado anteriormente ele correlacionou-se com os
hidrogênios em δ
H
6,39 e 7,44.
Desta forma, as correlações citadas sugeriram as subestruturas A e B
para o anel furano, e pôde-se atribuir os sinais δ
C
120,6, 109,7, 142,5 e δ
C
140,5
respectivamente aos carbonos 20, 22, 23 e 21 ou 20, 22, 21 e 23, isso porque
observaram correlações a
3
J ou a
2
J como mostrado nas subestruturas A e B abaixo:
O
H
H
H
7,39
142,5
7,44
140,5
120,6
109,5
6,39
Subestrutura A
7,39
142,5
7,44
140,5
120,6
109,5
6,39
O
H
H
H
Subestrutura B
ou
HMBC
HC
44
Além das correlações apresentadas para os sinais em δ
C
109,7,
120,6 e
140,5 estes também correlacionaram-se com o sinal δ
H
5,67 que acoplou com o sinal
em δ
C
79,3 (via DEPT indica ser um CH). Estas correlações sugeriram o sinal em δ
H
5,67 para o H-17 e confirmaram o sinal em δ
C
140,5 para o C-21. Assim sendo, a
subestrutura A representou adequadamente o anel furano, pois, o sinal em H-17
correlacionou com o sinal δ
C
140,5 (
3
J), mas para se correlacionar com o sinal em δ
C
142,5 (C-23) seria necessário um
4
J.
Estas correlações discutidas acima sugeriram que o anel D foi oxidado
para C-16 lactona e que o sinal δ
H
5,67 mostrou correlações com os sinais de
carbono do anel furano e também correlacionou-se com o sinal de um carbono
quaternário em δ
C
41,1 que indicou o C-13 e com os sinais em δ
C
29,0 e 13,5 que
apontaram ser respectivamente os C-12 e Me-18.
Analisando os dois pares de dubletos em δ
H
2,91 d (J = 18Hz) e δ
H
2,58 d (J = 18Hz) verificou-se que estes acoplaram em δ
C
33,5 e correlacionaram-se
com os sinais em δ
C
80,0 e 169,9, sendo que somente aquele em δ
H
2,58
correlacionou-se com o sinal δ
C
41,1 (C–13). Estas correlações permitiram atribuir
os dois sinais de hidrogênio (CH
2
) ao 2H-15, δ
C
33,5 (C-15), assim como, o sinal em
δ
C
169,9
ao C-16.
O sinal em δ
H
0,87 da Me-18 correlacionou com os sinais em δ
C
41,1
(C-13), 29,0 (C-12), 79,3 (C-17) e 80,0. Estas correlações confirmaram as
atribuições feitas acima, como mostradas abaixo e sugeriram a presença de uma
hidroxila ou éter (OR) em C-14 (δ
C
80,0).
HMBC
HC
O
O
OR
O
20
21
22
23
16
15
14
13
17
18
12
45
Notaram-se no espectro de RMN
1
H dois sinais de hidrogênio
característicos de dupla terminal em δ
H
4,90 s e δ
H
5,16 s, os quais acoplaram em δ
C
111,4 (C-30) e correlacionaram-se com os sinais de C-14 e em δ
C
49,6. O sinal em
δ
H
4,90 também correlacionou com o sinal de carbono sp
2
totalmente substituído em
δ
C
145,4. A correlação do sinal de C-14 permitiu posicionar esta dupla ligação entre
C-8 e C-30. As demais correlações levaram a atribuir em δ
C
49,6 o C-9 e em δ
C
145,4 o C-8.
O sinal em δ
H
2,18 d (J= 2,4Hz) (H-9) mostrou correlações via HMBC
com os seguintes sinais de carbonos: δ
C
145,4 (C-8), 111,4 (C-30), 80,0 (C-14),
77,0, 29,0 (C-12) e 23,5. Por meio destas correlações foi assinalado o sinal em δ
C
23,5 para o C-11 e em δ
C
77,0 – sinal de deslocamento químico característico de
carbono oxidado - para o C-1. Ainda verificou um sinal em δ
H
0,95 que acoplou via
HSQC em δ
C
21,2 e correlacionou-se em δ
C
77,0 (C-1), 42,6 (C-5), 43,7 (um
quaternário, C–10) e δ
C
49,6 (CH, C–9). Estas correlações permitiram atribuir o sinal
em δ
H
0,95 a Me-19.
Observou-se também um sinal em δ
H
3,72 s característico de uma
metoxila de um grupo carbometoxi que acoplou via HSQC em δ
C
51,8 e
correlacionou via HMBC em δ
C
173,6 – sinal de deslocamento químico que indica
um carbometoxi para o C-7, este correlacionou com os sinais em δ
H
2,62 dd (J=10,4
e 16,4Hz) e δ
H
2,26 d (J=16,4Hz) correspondentes aos 2H-6, os quais acoplaram
em δ
C
32,4 (C-6). Estas correlações conferem à abertura do anel B.
Os dois dubletos em δ
H
2,52 dd (J=4,0 e 14,3Hz) e δ
H
2,91dd (J=6,6 e
14,3Hz), acoplaram via HSQC em δ
C
39,1 (C-2) e correlacionaram-se em δ
C
21,2
HMBC
HC
OR
11
12
13
14
30
8
1
10
9
O
O
O
5
11
12
13
14
30
8
1
10
9
O
O
O
19
46
(Me-19) e 25,4 (Me-28) e também com o sinal de uma carbonila em δ
C
212,7, esta
só poderia estar em C-3 considerando o esqueleto básico de um limonóide.
Os sinais de duas metilas em δ
H
1,19 e δ
H
1,04 por meio do HSQC
acoplaram em δ
C
25,4 e 21,2 respectivamente, e correlacionaram via HMBC com os
sinais em δ
C
42,6 (C-5), 47,8 (C-4) e com C-3. Assim sendo, as duas metilas
corresponderam àquelas ligadas ao C–4, ou seJa Me-28 e Me-29.
Logo, os sinais em δ
H
2,91 e 2,52 referem-se aos 2H-2. As constantes
de acoplamento do sinal em δ
H
2,52 (dd, J=4,0 e 14,3Hz) sugerem atribuí-lo ao H-
2eq e do sinal em δ
H
2,91 (dd, J=6,2 e 14,3) ao H-2ax. Uma vez que as constantes
de acoplamento entre dois hidrogênios axiais são grandes e varia de 9-13Hz,
enquanto entre dois hidrogênios axial-equatorial ou equatorial-equatorial elas são
pequenas, variando de 2-5Hz. Esta informação permitiu inferir que a hidroxila ou OR
em C-1 deve estar em axial (face α), pois, as constantes encontradas em δ
H
3,53
foram: dd, J=4,0 e 6,2Hz, H-1equatorial.
Com todos os dados em mãos faltou verificar se em C-14 e C-1
estariam hidroxilas ou éter. Considerando que todos os sinais de carbono foram
atribuídos e supondo as hidroxilas ausentes, a ligação éter só poderia ser entre C-1
e C-14.
Por meio do espectro de massas ESΙ (+) (FIGURA 4,7) foi possível
verificar um pico em m/z 471 [M+H]
+
, correspondente ao íon pseudo-molecular,
confirmado pelos picos em m/z 493 e m/z 509, respectivamente, dos íons do aduto
de sódio e potássio. Assim, foi possível confirmar a fórmula molecular C
27
H
34
O
6
para
o limonóide 1, que é denominado de angolensato de metila.
HMBC
HC
29 28
11
12
13
14
30
8
1
10
9
O
O
O
O
OR
OOMe
OR
2
3
4
5
6
7
47
Como visto nas discussões anteriores, só não foi possível atribuir
corretamente os sinais de 2H-11 e 2H-12. Comparando com os sinais descritos na
literatura (KADOTA et al, 1990) (TABELA 4,1), confirmaram-se os sinais em δ
1,59
m para o H-11a e 2,18 sl para os H-11b, 1,90 ddd (18,7,14,0 e 5,0Hz) para H-12a e
1,12 m para H12b.
O limonóide angolensato de metila apresentou rotação ótica específica
de [α]
D
= -40,0
o
(c 0,0014; CHCl
3
).
OO
O
O
O
H
COOMe
1
3
5
6
29
28
30
8
14
16
17
20
21
22
23
18
12
13
11
9
10
19
15
2
Limonóide 1
(angolensato de metila)
48
TABELA 4.1 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide 1 (angolensato de metila)
LITERATURA
(KADOTA et al, 1990)
LIMONÓIDE 1
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
1 3,52 dd (6,5 e 4,0) 77,2 3,53 dd (6,6 e 4,0) 77,0
2a 2,51 dd (14,5 e 4,0) 39,4 2,52 dd (14,3 e 4,0)
2b 2,90 dd (14,5 e 6,0) 2,91 dd (14,3 e 6,6)
39,1
3 212,6 212,7
4 48,0 47,8
5 2,88 d (10,5) 42,9 2,88 d (10,3) 42,6
6a 2,25 d (16,5) 32,5 2,26 d (16,4)
6b 2,61 dd (15,6 e 10,5) 2,62 dd (16,4 e 10,3)
32,4
7 173,8 173,6
8 145,9 145,4
9 2,17 dd (5,0e 1,5) 50,0 2,17 sl 49,6
10 44,1 43,7
11a 1,57 tl (14,5 e 5,0) 23,8 1,59 m 23,5
11b 2,20 m 2,18 sl
12a 1,90 dt (14,0 e 5,0) 29,3 1,90 ddd (18,7,14,0 e 5,0)
12b 1,14 ddd (14,0; 6,0 e 1,5) 1,12 m
29,0
13 41,5 41,1
14 80,2 80,0
15a 2,58 d (18,0) 33,8 2,58 d (18,0)
15b 2,91 d (18,0) 2,91 d (18,0)
33,5
16 169,9 169,9
17 5,67 s 79,6 5,67 s 79,3
18 0,84 s 13,8 0,87 s 13,5
19 0,95 s 21,7 0,95 s 21,2
20 120,2 120,6
21 7,44 dd (1,5 e 0,8) 141,0 7,44 sl 142,5
22 6,39 dd (1,5 e 0,8) 109,8 6,39 d (1,7) 109,7
23 7,38 t (1,5) 143,1 7,39 t (1,7) 142,5
28 1,05 26,0 1,04 25,4
29 1,19 21,5 1,19 21,2
30a 4,90 s 111,5 4,90 s
30b 5,15 s 5,15 s
111,4
OMe 3,72 s 52,1 3,72 s 51,8
1 =.CDCl
3
, 400MHz
2 = CDCl
3
, 100MHz
3=CDCl
3
, 400MHz
49
FIGURA 4.1 - Espectro de RMN
1
H do limonóide angolensato de metila (400 MHz,
CDCl
3
)
FIGURA 4.2 - Espectro de RMN
13
C do limonóide angolensato de metila (50 MHz,
CDCl
3
)
50
FIGURA 4.3 - Espectro de DEPT do limonóide angolensato de metila (50 MHz,
CDCl
3
).
FIGURA 4.4 - Espectro de HSQC do limonóide angolensato de metila (400 MHz,
CDCl
3
).
51
FIGURA 4.5 - Espectro de HMBC do limonóide angolensato de metila (400 MHz,
CDCl
3
)
FIGURA 4.6 - Espectro de COSY do limonóide angolensato de metila (400 MHz,
CDCl
3
)
52
m/z
160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720 740
%
0
100
Padrao_3 1019 (26.154) Sm (Md, 1.00); Cm (909:1060) 1: Scan ES+
1.23e7
x2 493
491
471
183
150
172
509
533
551
593
565
FIGURA 4.7 - Espectro de massas ESI (+) de angolensato de metila
4.2 - Determinação estrutural dos limonóides 2 e 3:
A determinação estrutural do limonóide 2 foi feita por interpretação dos
espectros de RMN
1
H,
13
C, HSQC, HMBC, COSY e ESI/MS (FIGURAS 4.8, 4.9, 4.10,
4.11, 4.12 e 4,13) e também por comparação dos valores de deslocamentos
químicos obtidos com os valores descritos na literatura (TABELA 4.2) (KADOTA et
al., 1990a).
O espectro de RMN
1
H apresentou sinais característicos do anel furano
em δ
H
7,41 m, 7,41 m e 6,36 dd (J = 1,6 e 0,8Hz) e relativos aos hidrogênios H-21,
H-23 e H-20. No espectro de RMN
13
C o anel furano caracterizou-se pelos sinais em
δ
C
141,2 (C-21), 143,0 (C-23), 120,7 (C-20) e 110,0 (C-22). Estas atribuições foram
observadas no mapa de correlações HSQC. Cinco sinais de singletos relativos às
metilas terciárias em δ
H
1,09, 1,10, 1,15, 1,20 e 1,24, juntamente com os sinais
característicos do anel furano, evidenciaram que esta substância trata-se de um
limonóide.
No espectro de RMN
1
H, dois singletos em δ
H
3,90 (H-15) e 5,60 (H-17)
acoplam via HSQC em δ
C
57,9 e 78,5, respectivamente. As correlações destes
sinais, baseadas no HMBC, permitiram inferir a presença do anel D δ-lactônico com
um epóxido entre C-14 e C-15. Notou-se também que estes singletos
correlacionaram com o sinal de carbono em δ
C
69,8, o que sugeriu que este sinal de
deslocamento químico fosse atribuído ao carbono tetrassubstituído do epóxido (C-
53
14), haja visto, que nessa posição atribuiu-se um
3
J. Estas correlações juntamente
com as observadas para a Me-18 levaram ao fechamento do anel D, como mostrado
nas figuras a seguir:
A presença de dois dubletos em δ
H
5,85 e 7,11 (J= 10,2Hz),
característicos de uma ligação dupla conjugada a uma carbonila no anel A, foi
observada no espectro de RMN
1
H, os quais foram atribuídos aos hidrogênios
olefínicos H-1 e H-2. O acoplamento destes dubletos foi evidenciado no espectro de
COSY. Esta ligação dupla foi caracterizada no espectro de RMN
13
C, pelos sinais em
δ
C
157,7 e 125,8 e via HSQC estes sinais foram atribuídos aos C-1 e C-2
respectivamente. De acordo com esqueleto básico de um limonóide a carbonila
conjugada só poderia estar em C-3 (δ
C
204,5).
O sinal do singleto de metila em δ
H
1,20 acoplou em δ
C
20,0 e foi
atribuído a Me-19 de acordo com as correlações mostradas abaixo, bem como, as
demais correlações para o anel A.
H
H
O
1
2
3
4
5
10
19
HC
HMBC
1
2
3
4
5
O
19
10
HC
HMBC
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
O
O
H
O
2
2
2
3
2
1
18
12
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
O
O
H
H
O
2
2
2
3
2
1
18
12
54
No espectro de RMN
1
H também foi observado um singleto largo em δ
H
3,58, característico de um hidrogênio oximetínico, que foi atribuído ao H-7, que via
HSQC acoplou em δ
C
70,0 (C-7), este sinal correlacionou via HMBC com o sinal em
δ
C
18,7. Como o sinal em δ
H
1,09, via HSQC (Figura 4.11B), acoplou em δ
C
18,7,
este foi atribuído como sendo a Me-30, que seria a única ainda não determinada. As
demais correlações para o anel B e para a Me-30 foram apresentadas a seguir:
O espectro de massas ESΙ (-) para este limonóide 2 (FIGURA 4.12)
apresentou um pico em m/z 439 [M-1]
-
daltons, correspondente ao íon pseudo-
molecular de acordo com a fórmula molecular C
26
H
32
O
6
e apresentou rotação ótica
específica de [α]
D
= +27,7
o
(c 0,0019; CHCl
3
).
Em virtude da determinação mostrada, concluiu-se que o limonóide 2
refere-se ao 7-desacetilgedunina. Este limonóide já foi isolado de outras espécies
de Meliaceae - Swietenia mahagoni, (KADOTA et al., 1990), enxerto de Cedrela
odorata sobre Toona ciliata (PAULA, 1996), Pseudocedrela kotschyii (BANERJI e
NIGAM, et al.,1984), e também de Cedrela fissilis (LEITE et al., 2006), sendo a
primeira vez relatado no gênero Khaya.
Os valores de deslocamentos químicos encontrados para o limonóide
2 comparados com aqueles descritos na literatura para o 7-desacetilgedunina
(PAULA, 1996) foram concordantes (TABELA 4.2).
Como o limonóide – 3 difere do 7-desacetil gedunina (2) pela presença
de uma carbonila em C-7, que caracterizou o 7-desacetoxi-7-oxogedunina. Foram
necessários apenas os espectros RMN
1
H,
3
C e ESI/MS (FIGURAS 4.14, 4.15 e
4.16), haja visto, que os espectros destes limonóides são bem semelhantes.
O limonóide 7-desacetoxi-7-oxogedunina foi isolado de várias espécies
pertencentes à família Meliaceae, por exemplo, Cedrela odorata, Guarea guidona,
OH
9
8
7
6
5
10
19
30
HC
HMBC
55
Khaya senegalensis, Pseudocedrela kotschyii, Carapa guianensis (BANERJI e
NIGAM, 1984) e também de Cedrela fissilis (LEITE, 2006).
O espectro de RMN
1
H apresentou sinais característicos do anel furano
em δ
H
7,42 sl, 7,40 t (J = 1,7Hz) e 6,36 sl relativos aos hidrogênios H-21, H-23 e H-
20. No espectro de RMN
13
C o anel furano caracterizou-se pelos sinais em δ
C
141,0
(C-21), 143,1 (C-23), 120,1 (C-20) e 109,8 (C-22).
Observaram-se cinco sinais de singletos relativos às metilas terciárias
em δ
H
1,13, 1,14, 1,16, 1,22 e 1,35 atribuídos a Me-18, Me-29, Me-28, Me-30 e Me-
19, respectivamente; e um anel D δ-lactônico com sinais de epóxido em δ
C
65,5 (C-
14) e δ
C
56,6 (C-15), e em δ
H
3,87(sl) e δ
H
5,47(sl). Dois duplos dubletos (J = 10, 0 e
4,2Hz) em δ
H
7,10 e 5,93 relativos à H-1 e H-2 indicaram a natureza do anel A 1-en-
3-ona, que foi definido por meio dos sinais em δ
C
156,0 e δ
C
126,5, relativos aos
carbonos da ligação dupla e do sinal de carbonila em δ
C
203,3 (C-3). O anel B
apresentou sinais bem distintos em δ
H
2,41 (H-6α), 2,18 (H-5) e 2,93 (H-6β), devido
ao acoplamento geminal do H-6β, t (J = 14,4Hz) com H-6α dd (J = 14,0 e 3,1Hz) e
diaxial com H-5, dd (J = 14,0 e 3,1Hz). Por fim, também observou-se um sinal de
carbonila não conjugada em δ
C
208,2 que confirma o C-7.
As demais atribuições foram realizadas através da comparação com
os dados descritos na literatura (KADOTA et al., 1990) para o limonóide 7-
desacetoxi-7-oxogedunina (3) (TABELA 4.3). O espectro de massas (ESI) modo
positivo deste limonóide (FIGURA 4.16) apresentou um pico m/z 438 daltons,
correspondentes ao íon molecular, condizente com a fórmula molecular C
26
H
30
O
6
.
Este limonóide também apresentou rotação ótica específica de [α]
D
= +16,5
o
(c
0,0005; CHCl
3
).
Limonóide 2
(7-desacetilgedunina)
O
O
O
O
OH
1
2
3
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
O
20
21
22
23
4
O
O
O
O
O
1
2
3
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
O
20
21
22
23
4
Limonóide 3
(7-desacetoxi-7-oxogedunina)
56
TABELA 4.2 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide 2 (7-desacetilgedunina)
LITERATURA
(PAULA, 1996)
LIMONÓIDE 2
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
δ
H
3
(Hz) δ
C
4
1 7,12 d (12,0) 158,0 7,11 d (10,2) 157,7
2 5,85d (12,0) 125,7 5,85 d (10,2) 125,8
3 204,9 204,5
4 44,2 44,3
5 2,49 dd (13,2 e 2,2) 44,5 2,49 dd (13,2 e 2,2) 44,7
6a 1,95 m ou 1,87 m 27,2 1,90 m ou 1,70 m
6b 1,87 m ou 1,95 m 1,70 m ou 1,90 m
27,4
7 3,57 sl 69,6 3,58 sl 70,0
8 43,7 43,7
9 2,52 dd (12,8 e 6,0) 37,9 2,52 dd (12,4 e 6,2) 38,4
10 40,2 40,3
11a 1,92 m 1,98 m
11b 1,81m
15,1
1,83 sl
15,1
12a 1,59 m 26,4 1,58 m
12b 1,70 m 1,70 m
26,5
13 38,4 38,4
14 70,1 69,8
15 3,94 s 57,9 3,90 s 57,9
16 168,6 168,2
17 5,61 s 78,6 5,60 s 78,5
18 1,24 s 17,8 1,24 s 120,7
19 1,20 s 19,9 1,20s 143,0
20 120,6 110,0
21 7,45 m 141,2 7,41 m 141,2
22 6,32 m 110,0 6,36 dd (J = 1,6 e 0,8Hz) 17,8
23 7,45 m 143,0 7,41 m 20,0
28 1,10 s 27,3 1,10 s 27,4
29 1,11 s 21,5 1,15 s 21,5
30 1,14 s 18,7 1,09 s 18,7
1= CDCl
3
, 400MHz
2=CDCl
3
, 100MHz
3=CDCl
3
, 200MHz
4=CDCl
3
, 50MHz
57
FIGURA 4.8 – Espectro de RMN
1
H de 7–desacetilgedunina. (200MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.9 – Espectro de RMN
13
C de 7–desacetilgedunina. (50MHz, CDCl3).
58
FIGURA 4.10 - Espectro de HSQC de 7–desacetilgedunina (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.11 - Espectro de HMBC de 7–desacetilgedunina (400 MHz, CDCl
3
).
59
FIGURA 4.11B - Espectro ampliado de HMBC de 7–desacetilgedunina (400 MHz,
CDCl
3
).
FIGURA 4.12 – Espectro de COSY de 7-desacetoxi-7-oxogedunina (400MHZ,
CDCl
3
).
60
FIGURA 4.13 - Espectro de massas ESI (-) de 7–desacetilgedunina.
m/z
160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720 740
%
0
100
Padrao_2_LCMS 1079 (27.685) Cm (1076:1080) 1: Scan ES-
1.41e7
396
243
177
323
259
316
285
271
343
341
378
368
439
422
412
455
61
TABELA 4.3 - Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide 3 (7-desacetoxi-7-
oxogedunina)
LITERATURA
(KADOTA et al, 1990)
LIMONÓIDE 3
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
δ
H
1
(Hz) δ
C
3
1 7,10 d (10,0) 155,9 7,11 d (10,2) 157,7
2 5,93d (10,0) 126,5 5,93 d (10,2) 125,7
3 203,2 204,6
4 42,5 44,2
5 2,18 dd (14,0 e 3,5) 54,6 2,18 dd (14,0 e 3,1) 44,6
6ª 2,41 dd (14,0 e 3,5) 36,7 2,41 dd (14,0 e 3,1)
6b 2,93 t (14,0) 2,93 t (14,0)
27,3
7 208,2 70,1
8 53,4 43,7
9 2,22 dd (11,0 e 1,5) 47,6 2,22 dd (10,8 e 1,5) 38,0
10 39,6 40,2
11ª 2,0 m 2,0 m
11b 1,79m
17,2
1,82 m
14,1
12ª 1,48 m 32,2 1,50 m
12b 1,99 m 1,87 m
26,4
13 37,7 38,4
14 65,6 69,7
15 3,87 s 53,6 3,87 s 57,8
16 166,8 168,3
17 5,47 s 78,0 5,47 s 78,6
18 1,14 s 20,9 1,13s 120,6
19 1,36 s 19,9 1,35s 142,9
20 120,2 109,9
21 7,42 dd (1,8 e 1,0) 141,4 7,42 sl 141,2
22 6,37 dd (1,8 e 1,0) 109,8 6,36 sl 17,8
23 7,40 t (1,8) 143,1 7,40 t (1,7) 19,9
28 1,16 s 27,0 1,16 s 27,1
29 1,14 s 20,7 1,14 s 21,5
30 1,22 s 17,4 1,22 s 18,7
1= CDCl
3
, 400MHz
2=CDCl
3
, 100MHz
3= CDCl
3
, 50MHz
62
FIGURA 4.14 – Espectro de RMN
1
H de 7-desacetoxi-7-oxogedunina (400MHZ,
CDCl3)
FIGURA 4.15 – Espectro de RMN
13
C de 7-desacetoxi-7-oxogedunina (50MHZ,
CDCl
3
)
63
FIGURA 4.16 – Espectro de massas ESI (+) de 7-desacetoxi-7-oxogedunina
4.3 - Determinação estrutural do limonóide 4:
A determinação estrutural para o limonóide 4 foi realizada através dos
espectros de RMN
1
H (FIGURA 4.17), RMN
13
C (FIGURA 4.18), HSQC (FIGURA
4.19), HMBC (FIGURA 4.20), COSY (FIGURA 4.21) e ESI/MS (FIGURA 4.22) e
também por comparação com os dados descritos na literatura (GOVINDACHARI e
KUMARI, 1998).
O espectro de RMN
1
H apresentou sinais característicos do anel furano
em δ
H
7,58 q (J = 0,8Hz), 7,40 t (J = 1,6Hz) e 6,49 dd (J = 1,6 e 0,8Hz) e um singleto
em 5,27, estes sinais acoplam via HSQC com os sinais em δ
C
141,6 (C-21), 142,8
(C-23), 110,0 (C-22) e 120,4 (C-20) e 80,7 (C-17), respectivamente. Foram
observados no espectro de RMN
1
H quatro singletos de metilas δ
H
0,88, 0,99, 1,01 e
1,25 e também um singleto característico de um grupo carbometoxi em δ
H
3,73.
O singleto em δ
H
5,27 (H-17), por meio da análise do mapa de
correlações HSQC, correlacionou-se com os sinais em δ
C
110,0 (
3
J, C-22), 120,4 (
2
J,
C-20), 141,6 (
3
J, C-21), 38,0 (
2
J, C-13), 17,4 (
3
J) e também em δ
C
133,9 (
4
J). Como o
sinal em δ
C
17,4 (Me-18) acoplou via HSQC em δ
H
1,01 e correlacionou-se via HMBC
em δ
C
133,9 (
4
J), 80,7 (C-17), 38,0 (C-13) e 28,8 (C-12), este sinal foi atribuído a Me-
18.
m/z
160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720 740
%
0
100
Padrao_1_a 920 (23.632) Sm (Mn, 3x2.00); Cm (920-(921:934+910:919)) 1: Scan ES+
3.36e5
438
183
179
151
154
299
263
209
199
252
224
228
289281
347
305
317
337
355
380
362
416
395
409
429
470
453
510
477
485
495
576
526
571
549
532
720
650
613
605
587
641
633
717
684
663
696
744
747
64
Os sinais em δ
H
3,50 dd (J = 2,5 e 1,7Hz) e 3,47 t (J = 2,5Hz),
acoplaram em δ
C
33,0 (C-15) e correlacionaram com os sinais em δ
C
169,8 e δ
C
133,9, desta forma, pode-se atribuir os sinais em δ
C
133,9 ao C-8 e em δ
C
169,8 ao
C-16 (carbonílico). As outras correlações para o anel D lactônico podem ser
observadas a seguir:
No espectro de RMN
1
H também foram notados um duplo dubleto em
δ
H
3,21 dd (J = 13,8 e 3,1Hz) e um multipleto em δ
H
2,31, estes sinais acoplaram
entre si no espectro de COSY e em δ
C
36,5 no mapa de correlações HSQC. O sinal
δ
H
3,21 correlacionou-se via HMBC com os sinais δ
C
50,5, 58,0, 125,4, 133,9 e com
os sinais característicos de carbonila em δ
C
211,1 e 213,0, no entanto, o sinal δ
H
2,31
apresentou correlações somente com os sinais δ
C
211,1 e 125,4. Pode-se então
atribuir os sinais em δ
H
2,31 e 3,21 aos 2H-30.
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
2
2
23
2
1
O
O
H
18
12
8
HC
HMBC
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
2
2
2
3
2
1
O
O
18
12
8
HC
HMBC
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
2
2
2
3
2
1
O
O
18
12
8
65
O sinal em δ
C
58,0 acoplou via HSQC com o sinal em δ
H
3,25 dd (J =
5,0 e 3,1Hz) e correlacionou-se com os sinais em δ
C
213,0, 211,0 e 133,9 e também
a
4
J com o sinal em δ
C
50,5. Este sinal em δ
C
58,0, foi atribuído ao C-2 e o sinal em
δ
H
50,5 ao C-9, como o dubleto em δ
H
2,10 (H-9) correlacionou-se com o sinal em δ
C
125,4, foi possível atribuí-lo ao C-14.
O espectro de RMN
1
H também apresentou dois duplos dubletos em δ
H
2,49 (J
= 8,1 e 4,8Hz, H-5) e δ
H
2,76 (J = 8,1 e 4,8Hz, H-6). O sinal de H-5 acoplou-se em δ
C
40,2 (C-5) e correlacionou-se através do mapa de correlações HMBC com os sinais
em δ
C
173,6 (C-7), 54,3 (C-10), e 50,5 (C-9), 32,3 (C-6), 22,0 (Me-29) e 18,0/17,9
(Me-19 ou 28 / Me-28 ou 19). O outro sinal δ
C
2,48 acoplou em δ
C
32,2 (C-6) e
correlacionou-se com os sinais em δ
C
173,6 (C-7), 54,3 (C-10) , 49,4 (C-4) e 40,2. As
correlações dos dois duplos dubletos podem ser visualizadas a seguir:
H
C
HMBC
O
O
H
19
9
8
14
30
10
1
2
3
HC
HMBC
O
O
H
19
9
8
14
30
10
1
2
3
66
Os singletos de metila em δ
H
0,88 e 0,99 acoplaram via HSQC em δ
C
17,9/18,0 e δ
C
22,0, respectivamente. Estes sinais apresentaram correlações entre si
e também com os sinais em δ
C
211,0 (C-3), 49,4 (C-4), 40,2 (C-5), os quais foram
então atribuídos as metilas Me-28 (δ
H
0,88) e Me-29 ((0,99). O singleto δ
H
1,25, foi
atribuído a Me-19 e este via HSQC acoplou com o sinal em δ
C
17,9/18,0 e
correlacionou-se com os sinais δ
C
213,0 (C-1), 54,3 (C-10), 50,5 (C-9), 40,2 (C-5).
Não foi possível atribuir os sinais de deslocamentos químicos de carbono (δ
C
17,9 ou
18,0) para as Me-28 e Me-19, haja visto, que os sinais são muito próximos.
O espectro de massas ESΙ (-) para este limonóide 4 (FIGURA 4.22)
apresentou um pico em m/z 467 [M-1]
-
daltons, correspondente ao íon pseudo-
molecular de acordo com a fórmula molecular C
27
H
32
O
7
; e este apresentou rotação
ótica específica de [α]
D
= -74,7
o
(c 0,0024; CHCl
3
).
Em virtude da determinação mostrada, e comparando os dados de
RMN
13
C com os dados apresentados na literatura (TABELA 4.3), concluiu-se que o
limonóide – 4 refere-se ao mexicanolídeo.
Este limonóide já foi isolado de outras espécies de Meliaceae –
Cedrela glaziovii, Cedrela mexicana, Cedrela odorata e Khaya grandifoliola, Khaya
HC
HMBC
O
O
H
19
9
8
14
30
10
1
2
3
MeO O
5
6
7
29
28
4
O
O
H
19
9
8
14
30
10
1
2
3
MeO O
5
6
7
29
28
4
O
O
H
19
9
8
14
30
10
1
2
3
MeO O
5
6
7
29
28
4
H
C
HMBC
67
senegalensis, Khaya ivorensis (BANERJI E NIGAM, 1984) e Cedrela fissilis (LEITE
et al., 2006).
15
20
22
23
11
13
17
16
21
5
6
7
29
28
4
MeO O
O
H
O
O
O
O
12
19
9
8
14
30
10
1
2
3
Limonóide 4
(mexicanolídeo)
68
TABELA 4.4 - Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide 4 (mexicanolídeo)
LITERATURA (LEITE, 2005) LIMONÓIDE 4
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
1 212,9 213,0
2 3,24dd (5,0 e 3,0) 125,7 3,25dd (5,0 e 3,1) 58,0
3 204,2 211,1
4 49,4 49,4
5 2,76 dd (8,1 e 4,8) 40,2 2,76 dd (8,1 e 4,8) 40,2
6a 2,50 m 32,4 2,49 dd (8,1 e 4,8)
6b
32,3
7 173,6 173,6
8 133,9 133,9
9 2,10 m 50,6 2,10 dl (6,4) 50,5
10 54,3, 54,3
11a 1,80 m 1,83 m
11b
18,6
1,80 m
18,6
12a 1,15 m 28,9 1,15 m
12b 1,83 m
28,8
13 38,0 38,0
14 125,4 125,4
15a 3,50 m 3,50 dd (2,5 e 1,7)
15b
33,0
3,47 t (2,5)
33,0
16 169,8 169,8
17 5,27 s 80,7 5,27 s 80,7
18 0,87 s 17,4 1,01 s 17,4
19 1,01 s 17,9 1,25 s 18,0
20 120,4 120,4
21 7,58 m 142,8 7,58 q (0,8) 141,6
22 6,49 dd (1,7 e 0,6) 110,0 6,49 dd (1,6 e 0,8) 110,0
23 7,41 t (1,7) 141,6 7,40 t (1,6) 142,8
28 1,25s 18,0
0,88 s
17,9
29 0,99 s 21,9 0,99 s 22,0
30a 3,25 dd (13,8 e 3,1) 3,21 dd (13,7 e 3,0)
30b 2,32 m
36,5
2,31 m
36,5
OMe 3,73 s 52,2 3,73 s 52,2
1= CDCl
3
, 400MHz
2=CDCl
3
, 100MHz
69
FIGURA 4.17 – Espectro de RMN
1
H de mexicanolídeo (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.18 – Espectro de RMN
13
C de mexicanolídeo (50MHz, CDCl3).
70
FIGURA 4.19 – Espectro de HSQC de mexicanolídeo (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.20 – Espectro de HMBC de mexicanolídeo (400 MHz, CDCl
3
).
71
FIGURA 4.21 - Espectro de COSY de mexicanolídeo (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.22 – Espectro de massas ESI (-) de mexicanolídeo.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
Padrao_4_LCMS 1018 (26.120) Cm (1016:1023-(1024:1046+969:1012)) 1: Scan ES-
7.22e6
394
467
72
4.4 - Determinação estrutural do limonóide 5:
A determinação estrutural para o limonóide – 5 foi realizada através
dos espectros de RMN
1
H (Figura 4.23), RMN
13
C (Figura 4.24), HSQC (Figura 4.25),
HMBC (Figura 4.26) e ESI/MS (Figura 4.27) e por comparação com os dados
descritos na literatura (OLMO et al.,1997).
No espectro de RMN
1
H observou-se a presença de três sinais
referentes às metilas em δ
H
1,11, 1,18 e 1,33. Um singleto em δ
H
3,72, característico
de um grupo metoxila, três sinais desblindados em δ
H
7,42, 7,41 e 6,39 típicos de
hidrogênios do anel furano e três sinais que devem corresponder à prótons
carbinólicos em δ
H
5,53, 4,34 e 4,29. Essas informações sugerem que o limonóide 5
referia-se a um derivado do mexicanolídeo, pois, apresenta três metilas e carboxila
no C-7. Como a espécie estudada é classificada na subfamília Swietenioideae, é
comum encontrar limonóides do grupo mexicanólideo.
Essa proposta é reforçada em função de se observar dois pares de
sinais típicos de sistema AB, um deles em δ
H
2,68 d (J = 18,9 Hz) e δ
H
3,21 dd (J =
18,9 e 8,0Hz) e outro em δ
H
1,83 d (J = 12,7 Hz) e 2,17 dd (J = 12,7 e 3,1Hz),
sugerindo a presença de dois grupos metilênicos isolados, onde seus prótons
acoplam apenas entre si, com constantes grandes, geminais.
O espectro de RMN
1
H apresentou sinais em δ
H
7,42 m (H-21), 7,41 d
(J = 1,8Hz, H-23) e 6,39 sl (H-22), os quais através do mapa de correlações HSQC
acoplaram com os sinais em δ
C
141,3 (C-21), 143,1 (C-23), 110,2 (C-22),
respectivamente. Estes sinais H-21, H-22 e H-23 correlacionaram via HMBC com o
sinal em δ
C
120,7, que foi atribuído ao C-20.
Um singleto em δ
H
5,55 (H-17), característico de um limonóide com
anel D-lactônico, acoplou via HSQC em δ
C
81,1 (C-17) e mostrou, via HMBC,
correlações com os sinais em δ
C
14,5, 33,0, 110,2 (C-22), 120,7 (C-20), 141,3 (C-
21). O sinal em δ
H
1,11 acoplou em δ
C
14,5 e foi atribuído a Me-18. Os sinais dos
hidrogênios da Me-18 mostraram correlações em δ
C
26,2 (C-12), 37,8 (C-13), 81,1
(C-17) e 87,4. Estas correlações sugeriram uma hidroxila em C-14 e atribuíram o
sinal δ
C
87,4 a C-14. Os sinais em δ
H
2,68 d (J = 18,9 Hz) e δ
H
3,21 dd (J = 18,9 e
8,0 Hz) - referem-se a um dos grupos metilênicos citados inicialmente – acoplaram
73
em δ
C
33,0 e correlacionaram-se em δ
C
171,9, este sinal é característico de carboxila
de lactona, assinalado ao C-16. Este grupo metilênico foi atribuído ao CH
2
-15.
O espectro de RMN
1
H mostrou um dubleto em δ
H
3,12 (J = 6,0Hz, H-5),
via HSQC este acoplou em δ
C
43,3 (C-5) e correlacionou-se por meio do mapa de
correlações HMBC em δ
C
19,0 (C-19), 44,2 (C-29), 50,6 (C-4), 56,3 (C-9), 60,1 (C-
10) e 71,3 (C-6). Um outro sinal em δ
C
4,29 d (J = 6,0 Hz, H-6) acoplou em δ
C
71,3
(indicativo de um carbono metínico carbinólico) e correlacionou-se com os sinais em
δ
C
43,3 (C-5), 50,6 (C-4), 60,1 (C-10), 174,9 (C-7) e 207,1 (C-3). Em δ
H
2,22
observou-se um outro dubleto (J = 6,0Hz, H-9) que acoplou, via HSQC, em δ
C
56,3
(C-9) e correlacionou-se, via HMBC, com os sinais em δ
C
43,3 (C-5), 60,1 (C-10), e
87,4 (C-8 - carbono quaternário e carbinólico). Também foram notados os sinais dos
prótons do grupo metila em δ
H
1,33 (Me-19) acoplando em δ
C
19,0 e
correlacionando-se com os sinais em δ
C
43,3 (C-5), 56,3 (C-9), 60,1 (C-10). Estas
correlações podem ser observadas a seguir:
O espectro de RMN
1
H apresentou ainda um sinal em δ
H
2,77 d
(10,4Hz, H-2), via HSQC acoplou em δ
C
63,6 (C-2) e correlacionou-se em δ
C
207,1
(C-3), 56,3 (C-9), 60,1 (C-10) e com dois carbonos quaternários e carbinólicos em δ
C
HC
HMBC
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
2
2
2
3
2
1
18
12
O
O
OH
8
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
O
H
O
2
2
2
3
2
1
18
OH
HO
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
MeO O
O
H
OH
9
8
14
30
OH
HO
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
MeO O
O
H
OH
9
8
14
30
HC
HMBC
74
84,6 (C-1) e 87,4 (C-14). Sinais dos hidrogênios da metila em δ
H
1,18 acoplaram em
δ
C
15,6 e correlacionaram-se, via HMBC, com os sinais em δ
C
43,3 (C-5), 50,6 (C-4)
e 207,1 (C-3). Este sinal (δ
C
15,6) foi atribuído a Me-28. Também foi observado um
duplo dubleto em δ
H
4,33 dd (11,7 e 5,5Hz, H-30) que acoplou em δ
C
74,7 (C-30) e
correlacionou-se com os sinais em δ
C
50,6 (C-29), 84,6 (C-8), e 207,1 (C-3).
A estereoquímica deste limonóide 5 foi baseada na biossíntese dos
limonóides do tipo estrutural fragmalina (OLMO et al., 1996). A atribuição para H-30
em α e, portanto a hidroxila presente neste carbono estar em β, foi baseada em
dados da literatura (BOKEL e TAYLOR, 1989), onde constata-se que quando se tem
em C-30 um substituinte OR em α e, portanto H-30β, este acopla com H-2 com uma
constante pequena de 3Hz. Ao passo que se as posições estão trocadas, H-30α e
H-2 acoplam com uma constante próxima de 10Hz, que é o caso em questão.
Em virtude da determinação mostrada, e comparando os dados de
RMN
13
C com os dados apresentados na literatura (TABELA 4.5), concluiu que o
limonóide 5 refere-se ao 1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-
triciclomeliac-7-oato de metila
Este limonóide já foi relatado anteriormente em Khaya senegalenis
(OLMO et al., 1996) e K. anthoteca (Ferreira, 2005), mas é a primeira vez que este é
citado em Khaya ivorensis.
O espectro de massas ESΙ (-) para este limonóide 5 (Figura 4,27) não
apresentou o pico do íon molecular, condizente com a formula C
27
H
34
O
11
, mas o
[M
+
-H
2
O]
-
a m/z 516 (100%). Este apresentou rotação ótica específica de [α]
D
=
+17,1
o
(c 0,0023; MeOH).
HC
HMBC
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
MeO O
OH
O
H
OH
9
8
14
30
HO
OH
75
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
OH
OH
O
O
OH
H
O
9
8
14
30
MeO O
HO
OH
O
11
13
15
16
17
20
21
22
23
12
LIMONÓIDE 5
(1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-
triciclomeliac-7-oato de metila)
76
TABELA 4.5 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide 5 (1α,6,8α,14β,30β–penta-
hidroxi-3-oxo-[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila)
1= DMSO-d
6
, 200MHz, 3=CDCl
3
e CD
3
OD, 400MHz
2= DMSO-d
6
, 50MHz, 4=CDCl
3
e CD
3
OD, 100MHz
LITERATURA ( OLMO et al., 1996 ) LIMONÓIDE 5
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
δ
H
3
(Hz) δ
C
4
1
83,6
84,6
2 2,88 d (10,3) 62,7 2,77 d (10,4) 63,6
3
206,5
207,1
4
49,3
50,6
5 3,25 d (8,0) 41,9 3,12 d (6,0) 43,3
6 4,22 dd (8,0 e 5,0) 70,0 4,29 d (6,0) 71,3
7
173,6
174,9
8
86,80
87,4
9 2,28 dl (10,0) 54,6 2,22 d (6,0) 56,3
10
59,3
60,1
11β
1,90 m 1,90 m
11α
1,77 – 1,83 m
16,2
1,75 m
15,5
12β
1,77 – 1,83 m 26,3 1,65 m
12α
0,85 dl (9,0) 0,95 m
26,5
13
36,9
37,8
14
83,0 87,4
15β
2,69 (ABd =18,6) 2,68 (ABd =18,9)
15α
3,10
33,1
3,21dd (18,9 e 8,0)
33,0
16
169,9
171,9
17 5,40 s 80,2 5,55 s 81,1
18 1,11 s 14,6 1,11 s 14,5
19 1,33 s 18,3 1,33 s 19,0
20
120,7
120,7
21 7,59 m 141,5 7,42 m 141,3
22 6,47 m 110,4 6,39 sl 110,2
23 7,56 m 143,3 7,41 d (1,8) 143,1
28 0,99 s 15,3 1,18 s 15,6
29a 1,78 (ABd =12,6) 1,83 (ABd =12,7)
29b 2,11
44,3
2,17 dd (12,7)
44,2
30 4,37 d (10,3) 74,5 4,33 dd (11,7 e 5,5) 74,7
OMe 3,66 s 51,6 3,72 s 52,2
OH 5,44 d (5,0) 5,53 s
OH 4,97 sl 4,39 d
OH 4,60 sl 4,29 s
77
FIGURA 4.23 – Espectro de RMN
1
H de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-
[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
FIGURA 4.24 – Espectro de RMN
13
C de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-
[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (100MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
78
FIGURA 4.25 – Espectro de HSQC de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-
[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) ((400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
FIGURA 4.26 – Espectro de HMBC de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-oxo-
[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
79
FIGURA 4.27 – Espectro de massas ESI (-) de (1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-
oxo-[3.3.1
10,2
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila).
4.5 - Determinação estrutural do limonóide 6:
O espectro de RMN
1
H (Figura 4.28) do limonóide 6 confirmou a
presença de um anel furano β-substituído, devido aos sinais observados em δ
H
7,51(m) (H-23), 7,44 (td;1,7Hz) (H-21) e 6,47 (dd; 0,8 e 1,7Hz) (H-22), os quais
acoplaram via HSQC (Figura 4.30) com os sinais em δ
C
143,2 (C-23), 141,4 (C-21) e
110,0 (C-22), respectivamente (Figura 4.29). Por meio do mapa de correlações
HMBC (Figura 4.31) as correlações observadas entre estes sinais e o sinal em δ
C
119,9 permitiram atribuir este ao C-20.
Um singleto em δ
H
5,19 acoplou via HSQC em δ
C
81,0 e mostrou
correlações via HMBC com os sinais em δ
C
165,5, 141,4, 119,9, 110,0, 31,8, 36,9,
(carbono quaternário) e 21,6 (grupamento metila). O sinal δ
H
1,08 acoplou, via
HSQC, em δ
C
21,6 e mostrou correlações em δ
C
164,9, 81,0, 36,9, 31,8. Estas
correlações permitiram atribuir o sinal em δ
C
81,0 ao C-17, aferir o sinal em δ
C
21,6 a
Me-18, como também admitir uma ligação dupla no C-14 (δ
C
164,9) e confirmar os
sinais em δ
C
36,9 ao C-13 e em δ
C
31,8 ao C-12.
m/z
160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720 740
%
0
100
Padrao_5_LCMS 755 (19.379) Sm (Mn, 3x2.00); Cm (751:756-(757:804+675:749)) 1: Scan ES-
5.82e6
516
455
484
562
80
O
O
O
H
H
H
H
(7,44;143,2)
(7,51;141,4)
(6,47; 110,0)
(5,19; 81,0)
(119,9)
(21,6)
(36,9)
(6,46; 118,5)
(164,9)
(165,5)
O sinal δ
H
6,46 (s), característico de hidrogênio olefínico, acoplou, via
HSQC, em δ
C
118,5 e apresentou correlações via HMBC em δ
C
164,9, 165,5, 36,9 e
82,2, permitindo atribuir o δ
C
118,5 ao C-15. O sinal em δ
C
82,2 foi conferido ao C-8
já que esta foi a única posição a
3
J possível de ser atribuída e garantindo ainda
haver uma ligação com oxigênio (OR).
O sinal δ
H
3,70 (s) acoplou via HSQC em δ
C
52,4 (grupo metoxila) e
correlacionou-se via HMBC em δ
C
174,3 e o sinal δ
H
2,22 acoplou via HSQC em δ
C
32,4 e correlacionou-se em δ
C
41,3, 52,4 e 174,3. Estas correlações sugeriram
atibuir ao C-7 o deslocamento δ
C
174,3 (grupo carbometoxi) e ao C-6 δ
C
32,4. O
sinal δ
H
2,76 (dd; 9,4 e 3,1Hz) acoplou via HSQC em δ
c
41,3 e correlacionou-se com
δ
C
174,3, 212,2, 41,9, 47,0, 82,2 e 18,8, permitindo atribuir o deslocamento em δ
C
41,3 ao C-5.
Os sinais característicos de metila em δ
H
1,14 (s) e 0,80 (s) acoplaram
em δ
C
22,2 e 18,8, respectivamente, correlacionaram-se com os sinais em δ
C
41,3 e
108,5. Estas correlações permitiram atribuir estes sinais as Me-29 (δ
C
22,2) e Me-
28.(δ
C
18,8). Desta forma, pôde-se assinalar o C-4 em δ
C
41,9 e o C-3 em δ
C
108,5.
Mas, é importante inferir que este valor de deslocamento para o C-3 sugere ligações
com oxigênio (OR).
Observou-se ainda que o sinal em δ
H
3,04 acoplou, via HSQC, em δ
C
57,8 e correlacionou-se em δ
C
212,2, 82,2, 47,0 e 52,4. E os sinais δ
H
2,10 e δ
H
2,78
acoplaram, via HSQC, em δ
C
47,0 e correlacionaram-se via HMBC com os δ
C
212,2,
82,2, 52,4 e 165,5. Estas correlações sugeriram o sinal em δ
C
57,8 para o C-2 e o
em δ
C
47,0 para o C-30.
81
O singleto em δ
H
0,97 acoplou, via HSQC, em δ
H
16,8 e correlacionou-
se, via HMBC, em δ
C
212,2, 52,0, 53,2 e 41,3. Estas correlações levaram a atribuir
δ
C
16,8 a Me-19 e δ
C
53,2 (carbono quaternário) o C-10.
As demais atribuições para o limonóide 6 foram confirmadas por meio
das técnicas de RMN descritas e por comparação com os dados da literatura para o
limonóide Cedrodorina (VEITCH et al., 1999), juntamente como o limonóide 8β-
hidroxicarapina 3,8-hemiacetal (CONNOLLY et al., 1993) (Tabela 4.6). Assim, foi
possível verificar sinais de deslocamentos químicos entre os carbonos C-14 e C-15
mais desblindados, o que sugeriram a presença de uma insaturação, como ocorre
no 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal e não uma hidroxila no C-14 como ocorre na
Cedrodorina. Outra diferença importante entre estes limonóides, é o valor do sinal
em δ
H
108,5 (C-3) muito mais desblindado no limonóide 6, que sugeriu além da
ponte etérica entre C-3 e C-8, um outro grupo OH em C-3. Dessa forma, concluiu-se
que o limonóide 6 trata-se do limonóide 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal. Este
limonóide foi relatado por CONNOLLY et al., 1993 como produto da oxidação de
carapina, mas é a primeira vez que o mesmo é descrito em planta.
O espectro de massas ESΙ (-) (Figura 4.33) para o limonóide 6
apresentou o pico do íon molecular em m/z 484 daltons [M-1]
-
, condizente com a
formula C
27
H
32
O
8
. Este apresentou rotação ótica específica de [α]
D
= +48,5
o
(c
0,001; CHCl
3
).
O
H
OR
MeO
O
174,3
2,22; 32,4
2,76; 41,3
1,14; 22,2
0,80; 18,8
108,5
41,9
3,04; 57,8
2,10 e 2,75; 47,0
53,2
0,97; 16,8
82
O
O
O
O
O
MeO
HO
O
6
3
9
8
14
1
10
12
Limonóide 6
(8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal)
O
O
O
O
O
OH
CH
3
OOC
Cedrodorina
83
TABELA 4.6 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide 6 (8β-hidroxicarapina 3,8-
hemiacetal )
1= CDCl
3
, 67,8MHz, 2= CDCl
3
, 67,8MHz, 3=CDCl
3
e CD
3
OD, 400MHz
LITERATURA
(VEITCH et al., 1999)
(CONNOLLY et
al., 1993)
LIMONÓIDE 6
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
δ
C
2
δ
H
3
(Hz) δ
C
3
1
214,1 212,9
212,2
2 3,03 m 48,9 53,5 3,04 d (6,0) 57,8
3 4,00 d (5,8) 93,0 108,6
108,5
4
38,0
41,9
5 2,83 d (2,8) 48,5 2,76 dd (9,4 e 3,1) 41,3
6 4,36 sl, 71,0 2,22 dd ( 9,4 e 3,1) 32,4
7
175,7
174,3
8
85,2 81,7
82,2
9 2,04 dd (12,2 e
4,6)
52,6 1,64 dd (10,2 e
4,3)
52,0
10 51,0
53,2
11α
1,56 m 18,2 1,69 m
11β
1,90 m
1,87 m
19,5
12α
1,74 m 28,8 1,90 m
12β
1,52 m 1,38 m
31,8
13 40,1
36,9
14 74,4 166,5
164,9
15α
2,52 d (17,7) 37,2
15β
3,16 d (17,7)
118,6 6,46 s
118,5
16 170,1 165,0
165,5
17 6,22 s 76,4 81,1 5,19 s 81,0
18 1,00 s 16,1 1,08 s 21,6
19 1,32 s 18,4 0,97 s 16,8
20 120,9
119,9
21 7,48 m 140,7 7,51 m 141,4
22
6,45 m
109,9 6,47 dd (1,8 e 0,8) 110,0
23 7,46 t (1,5) 143,1 7,44 td (1,8) 143,2
28 0,95 s 21,4 1,18 s 18,8
29ª 1,05 s 29,9 1,14 s 22,2
30α
2,07 d (12,5) 42,9 2,10td (12,1)
30β
2,54 dd (12,5 e
6,7)
2,78 d (12,1)
47,0
OMe 3,83 s 52,6 3,70 s 52,4
OH-6 2,59 sl 5,53 s
OH-14 4,39 d
84
FIGURA 4.28 – Espectro de RMN
1
H de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal (400MHz,
CDCl
3
e CD
3
OD).
FIGURA 4.29 – Espectro de RMN
13
C de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal
(400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD).
85
FIGURA 4.30 – Espectro de HSQC de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal (400MHz,
CDCl
3
e CD
3
OD)
Figura 4.31 – Espectro de HMBC de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal (400MHz,
CDCl
3
e CD
3
OD).
86
FIGURA 4.32 - Espectro de COSY de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal (400MHz,
CDCl
3
e CD
3
OD).
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
Padrao_6_LCMS 959 (24.610) Sm (Mn, 2x2.00); Cm (955:959) 1: Scan ES-
1.35e7
484
410
255
311
638
FIGURA 4.33 – Espectro de massas ESI (-) de 8β-hidroxicarapina 3,8-hemiacetal.
.
87
4.6 - Determinação estrutural do limonoíde 7:
A determinação estrutural para o limonóide 7 foi realizada através dos
espectros de RMN
1
H (Figura 4.34), RMN
13
C (Figura 4.35), HSQC (Figura 4.36),
HMBC (Figura 4.37), ESI/MS (Figura 4.38) e por comparação com os dados
descritos na literatura (OLMO et al.,1997).
O espectro de RMN
1
H apresentou-se semelhante ao espectro do
limonóide 5, onde observou-se a presença de três sinais referentes às metilas em δ
H
1,02, 1,10 e 1,22, um singleto em δ
H
3,71, característico de um grupo metoxila, três
sinais desblindados em δ
H
7,51, 7,39 e 6,46 típicos de hidrogênios do anel furano e
três sinais que devem corresponder à prótons carbinólicos em δ
H
4,18, 4,50 e 5,78.
Desta forma, essas informações sugerem que o limonóide 7, também trata-se de um
derivado do mexicanólideo, pois, apresenta três metilas e carboxila no C-7, além de
se observar dois pares de sinais de grupos metilênicos isolados, típicos de sistema
AB, um deles em δ
H
2,83 e δ
H
3,12 d (J = 18,8 Hz) e outro em δ
H
1,32 e 1,91 dd (J =
11,8 Hz).
O espectro de RMN
1
H apresentou sinais em δ
H
7,39 m (H-21), 7,51 sl
(H-23) e 6,46 sl (H-22), os quais através do mapa de correlações HSQC acoplaram
com os sinais em δ
C
140,7 (C-21), 142,3 (C-23), 109,7 (C-22), respectivamente.
Estes sinais H-21, H-22 e H-23 correlacionaram via HMBC com o sinal em δ
C
120,4,
que foi atribuído ao C-20. Estas correlações podem ser observadas na pág. 82.
Um singleto em δ
H
5,78 (H-17), característico de um limonóide com
anel D-lactônico, acoplou via HSQC em δ
C
81,0 (C-17) e mostrou, via HMBC,
correlações com os sinais em δ
C
14,1, 25,9, 37,4, 109,7 (C-22), 120,4 (C-20), 140,7
(C-21). O sinal em δ
H
1,02 acoplou em δ
C
14,1 e foi atribuído a Me-18. Os sinais dos
hidrogênios da Me-18 mostraram correlações em δ
C
25,9 (C-12), 37,4 (C-13), 81,0
(C-17) e 83,8. Estas correlações sugerem uma hidroxila em no C-14 com
deslocamento δ
C
83,8.
Os sinais em δ
H
2,83 e δ
H
3,12 d (J = 18,8 Hz) - referem-se a um dos
grupos metilênicos citados inicialmente – acoplaram em δ
C
31,8 e correlacionaram-
se em δ
C
171,9, este sinal é característico de carboxila de lactona, assinalado ao C-
16. Este grupo metilênico foi atribuído ao CH
2
15.
88
O espectro de RMN
1
H mostrou um dubleto em δ
H
3,21 (J = 3,5Hz, H-5),
o qual via HSQC, acoplou em δ
C
40,2 (C-5) e correlacionou-se por meio do mapa de
correlações HMBC em δ
C
18,9 (Me-28), 44,5 (C-29), 42,0 (C-4), 55,5 (C-9), 58,9 (C-
10) e 70,7 (C-6). Um outro sinal em δ
C
4,18 d (J = 9,0 Hz, H-6) acoplou em δ
C
70,7
(indicativo de um carbono metínico carbinólico) e correlacionou-se com os sinais em
δ
C
40,2 (C-5), 42,0 (C-4), 58,9 (C-10), 175,2 (C-7). Em δ
H
2,10 observou-se um outro
dubleto (J = 8,3Hz, H-9) que acoplou, via HSQC, em δ
C
55,5 (C-9) e correlacionou-
se, via HMBC, com os sinais em δ
C
40,2 (C-5), 58,6 (C-10), 25,9 (C-12) e 86,6 (C-8)
- carbono quaternário e carbinólico. Também notaram-se os sinais dos prótons do
grupo metila em δ
H
1,22 (Me-19), estes acoplaram-se em δ
C
19,0 e mostraram
correlações com os sinais em δ
C
40,2 (C-5), 55,5 (C-9), 58,9 (C-10) e 86,6 (C-8).
Estas correlações podem ser observadas a seguir:
O espectro de RMN
1
H apresentou ainda um sinal em δ
H
4,50 dd (9,4 e
6,6Hz, H-2), o qual via HSQC, acoplou em δ
C
72,2 (C-2) e correlacionou-se em δ
C
42,0 (C-4) e com dois carbonos quaternários e carbinólicos em δ
C
81,1 (C-1) e 86,6
(C-8). Sinais dos hidrogênios da metila em δ
H
1,10 acoplaram em
δ
C
18,6 e
correlacionaram-se, via HMBC, com os sinais em δ
C
40,2 (C-5), 42,0 (C-4), 44,5 (C-
HC
HMBC
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
2
2
2
3
2
1
18
12
O
O
OH
8
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
O
H
O
2
2
2
3
2
1
18
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
30
OH
HO
MeO
O
OH
OH
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
30
OH
HO
MeO
O
OH
OH
H
C
HMBC
89
29), sendo possível atribuir o sinal em δ
C
18,6 a Me-28. Também foi observado um
duplo dubleto em δ
H
2,66 d (9,4Hz, H-30) que acoplou em δ
C
63,0 (C-30) e
correlacionou-se com os sinais em δ
C
55,5 (C-9), 58,9 (C-10), 72,2 (C-2), 81,1 (C-1),
83,8 (C-14) e 86,6 (C-8). As demais correlações podem ser observadas a seguir:
Comparando os valores de sinais de deslocamentos químicos dos
limonóides 5 e 7, notou-se que estes são semelhantes, permanecendo os anéis C e
D bastante similares. A diferença entre eles está na ausência do sinal da carbonila e
na existência de mais um sinal referente a um carbono metínico carbinólico. No
entanto, consultando a literatura observou-se que Olmo et al, 1996 mostraram que a
diferença estava no sistema tricíclico, e que é comum o rearranjo pinacol no
esqueleto [3.3.1
10,2
]-biciclo-meliac, levando ao sistema [4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac.
Os dados obtidos de RMN
1
H e de RMN
13
C para o limonóide 7 foram
comparados com os descritos na literatura (OLMO et al., 1996) (Tabela 4.7) e pôde-
se identificá-lo como 1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-
7-oato de metila. Este limonóide já foi citado anteriormente em Khaya senegalenis
(OLMO et al., 1996) e anthoteca (Ferreira, 2005), sendo que é a primeira vez que
este composto está sendo relatado em Khaya ivorensis.
O espectro de massas ESΙ (-) para este limonoíde 7 (Figura 4.38) não
apresentou a molécula desprotonada condizente com a formula C
27
H
36
O
11
, mas o
[M-H
2
O]
-
a m/z 518 (100%). Este apresentou rotação ótica específica de [α]
D
=
+52,1
o
(c= 0,0014; MeOH), correspondendo ao mesmo tipo de deslocamento da luz
polarizada citada na literatura (OLMO et al., 1996).
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
30
OH
HO
MeO
O
OH
OH
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
30
OH
HO
MeO
O
OH
OH
HC
HMBC
90
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
30
OH
HO
MeO
O
OH
OH
O
O
OH
OH
O
20
22
21
17
16
15
14
13
11
12
18
Limonóide 7
(1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-
triciclo-meliac-7-oato de metila)
91
TABELA 4.7 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonoíde 7 (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-
hidroxi-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila.)
1= DMSO-d
6
, 200MHz, 2= DMSO-d
6
, 50MHz, 3= CDCl
3
e CD
3
OD, 400MHz 4= CDCl
3
e CD
3
OD, 100MHz
LITERATURA (OLMO et al., 1996 )
LIMONOÍDE 7
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
δ
H
3
(Hz) δ
C
4
1
83,6
81,1
2 4,28 dd (9,2 e 7,2) 72,3 4,50 dd (9,4 e 6,6) 72,2
3 3,21 dd (9,0 e 7,2) 78,2
3,40 d (6,6)
78,5
4
42,4
42,0
5 2,88 d (6,8) 40,4 3,21 d (3,5) 40,2
6 4,03 dd (6,8 e 3,6) 71,4 4,18 d (9,0) 70,7
7
175,1
175,2
8
86,6
86,6
9 2,03 dl (9,0) 55,8 2,10 d (8,3) 55,5
10
59,2
58,9
11α
1,74 m 2,04 m
11β
1,60 m
16,4
1,67 m
16,0
12α
1,78 m 26,0 1,77 m
12β
0,62 m 0,86 m
25,9
13
37,1
37,4
14
80,7 83,8
15α
2,63 (ABd =18,5) 3,12 (ABd =18,8)
15β
2,86
32,1
2,83
31,8
16
170,5
171,9
17 5,61 s 80,7 5,78 s 81,0
18 0,96 s 14,5 1,02 s 14,1
19 1,07 s 18,7 1,22 s 16,9
20
121,3
120,4
21 7,58 m 141,8 7,39 m 140,7
22 6,45 m 110,5 6,46 sl 109,7
23 7,62 m 143,2 7,51 sl 142,3
28 0,95 s 19,7 1,10 s 18,6
29α
1,16 (ABd =12,2) 1,32 (ABd =11,8)
29β
1,68
45,3
1,91
44,5
30 2,48 63,1 2,66 d (9,4) 63,0
OMe 3,57 s 51,4 3,71 s 51,7
1-OH 4,50 sl
3-OH 3,70 d (9,0) 4,35 d (10,3)
8-OH 4,95 sl
6-OH 5,41 d (3,6) 5,50 d (6,0)
92
Figura 4.34 – Espectro de RMN
1
H de 1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
Figura 4.35 – Espectro de RMN
13
C de 1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila (100MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
93
-
Figura 4.36 – Espectro de HSQC de (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila.) (400MHz, CDCl
3
e CD
3
OD).
Figura 4.37 – Espectro de HMBC de (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila.) (400MHz,
CDCl
3
e CD
3
OD).
94
Figura 4.38 – Espectro de massas ESI (-) de (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclo-meliac-7-oato de metila).
4.7 - Determinação estrutural do limonoíde 8:
A determinação estrutural para o limonóide 8, como nas anteriores, foi
realizada através dos espectros de RMN
1
H (Figura 4.39), RMN
13
C (Figura 4.40),
HSQC (Figura 4.41), HMBC (Figura 4.42), COSY (Figura 4.43) e ESI/MS (Figura
4.44) e por comparação com os dados descritos na literatura (FERREIRA et al.,
2003).
O espectro de RMN
1
H confirmou a presença de três sinais referentes
às metilas em δ
H
1,04, 1,13, 1,34, um singleto em δ
H
3,71, característico de um
grupo metoxila, três sinais desblindados em δ
H
7,48, 7,45 e 6,42 típicos de
hidrogênios do anel furano e dois sinais que devem corresponder à hidrogênios
carbinólicos em δ
H
4,34 e 4,24. Desta forma, essas informações sugerem que o
limonóide 8, também trata-se de um derivado do mexicanólideo, pois, apresenta três
metilas e carboxila no C-7, além de se observar os dois pares de sinais de grupos
metilênicos isolados, típicos de sistema AB, um deles em δ
H
2,72 d (J = 19,2 Hz) e δ
H
3,20 dd (J = 19,2 e 7,2 Hz) e outro em δ
H
1,83 d (J = 12,6 Hz) e 2,14 dd (J = 12,6 e
7,6 Hz).
O espectro de RMN
1
H apresentou sinais em δ
H
7,48 s (H-21), 7,45 s
(H-23) e 6,42 s (H-22), os quais através do mapa de correlações HSQC acoplaram
com os sinais em δ
C
142,7 (C-21), 144,3 (C-23), 111,3 (C-22), respectivamente.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
P26 736 (18.876) Sm (Mn, 2x2.00); Sm (Mn, 2x2.00); Cm (734:740) 1: Scan ES-
6.35e6
518
458
564
550
532
586
572
95
Estes sinais H-21, H-22 e H-23 correlacionaram via HMBC com o sinal em δ
C
121,9
que foi atribuído ao C-20.
Um singleto em δ
H
5,50 (H-17), característico de um limonóide com
anel D-lactônico, acoplou via HSQC em δ
C
82,7 (C-17) e mostrou, via HMBC,
correlações com os sinais em δ
C
15,3, 27,9, 38,9, 84,7, 111,3 (C-22), 121,9 (C-20),
142,7 (C-21). O sinal em δ
H
1,11 acoplou em δ
C
15,3 e foi atribuído a Me-18. Os
sinais dos hidrogênios da Me-18 mostraram correlações em δ
C
27,9 (C-12), 38,9 (C-
13), 82,7 (C-17) e 84,7. Estas correlações sugerem um grupo OR no C-14, com
deslocamento químico δ
C
84,7.
Os sinais em δ
H
2,83 e δ
H
3,12 d (J = 18,8 Hz) - referem-se a um dos
grupos metilênicos citados inicialmente – acoplaram em δ
C
34,5 e correlacionaram-
se em δ
C
38,9 (C-13)
,
84,7 (C-14) e 173,3, este sinal é característico de carboxila de
lactona, assinalado ao C-16. Este grupo metilênico foi atribuído ao CH
2
-15. Essas
correlações permitiram concluir os anéis C e D.
O espectro de RMN
1
H mostrou um dubleto em δ
H
3,28 (J = 8,0Hz, H-5),
o qual via HSQC, acoplou em δ
C
43,7 (C-5) e correlacionou-se por meio do mapa de
correlações HMBC em δ
C
18,7 (Me-19), 45,5 (C-29), 50,8 (C-4), 56,8 (C-9), 61,0 (C-
10), 71,6 (C-6), 175,9 (C-7) e 208,1 (C-3). Um outro sinal em δ
C
4,24 d (J = 8,0 Hz,
H-6), acoplou em δ
C
71,6 (indicativo de um carbono metínico carbinólico) e
correlacionou-se com os sinais em δ
C
43,7 (C-5), 50,8 (C-4), 61,0 (C-10), 175,9 (C-
7). Em δ
H
2,27 observou-se um outro dubleto (J =8,0Hz, H-9) que acoplou, via
HSQC, em δ
C
56,8 (C-9) e correlacionou-se, via HMBC, com os sinais em δ
C
17,4
(C11), 43,7 (C-5), 61,0 (C-10), 27,9 (C-12) e 88,3 (C-1) - carbono quaternário e
carbinólico. Também notaram-se o sinal dos hidrogênios do grupo metila em δ
H
1,34
(Me-19), o qual no HSQC correspondeu ao δ
C
18,7 e mostraram correlações com os
H
C
HMBC
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
2
2
2
3
2
1
18
12
O
O
OH
8
2
0
1
7
1
6
1
5
1
4
1
3
O
O
H
O
2
2
2
3
2
1
18
96
sinais em δ
C
43,7 (C-5), 56,7(C-9), 61,0 (C-10) e 85,3 (C-8) no HMBC. Estas
correlações podem ser observadas a seguir:
O espectro de RMN
1
H apresentou ainda um sinal em δ
H
4,34 dd (J =
10,4 e 4,8Hz, H-2), o qual via HSQC acoplou em δ
C
72,7 (este sinal de deslocamento
químico sugere um grupo OR no C-2) e correlacionou-se em δ
C
50,8
(C-4) e com
dois carbonos quaternários e carbinólicos em δ
C
88,3 (C-1) e 85,3 (C-8).
Sinais dos hidrogênios da metila em δ
H
1,04 acoplaram em
δ
C
15,9 e
correlacionaram-se, via HMBC, com os sinais em δ
C
43,7 (C-5), 50,8 (C-4), 45,5 (C-
29), sendo possível atribuir o sinal em δ
C
15,9 a Me-28. Um duplo dubleto em δ
H
2,83
(d J = 12,4Hz, H-30) acoplou em δ
C
64,8 (C-30) e correlacionou-se com os sinais em
δ
C
56,8 (C-9), 61,0 (C-10), 72,7 (C-2), 88,3 (C-1) e 85,3 (C-8) e com o sinal da
carbonila em δ
C
208,1(C-3).
Para concluir a discussão do sistema AB, observaram-se sinais em δ
H
1,83 d (J = 12,6Hz) e 2,14 d (J= 12,6 Hz), referentes aos outros hidrogênios
metilênicos de H-29, que acoplaram em δ
C
45,5 e correlacionaram com os sinais em,
δ
C
208,1(C-3), 50,8 (C-4), 43,7 (C-5), 61,0 (C-10), 15,9 (Me-28), 64,8 (C-30) e
88,1(C-1). Estas correlações podem ser observadas a seguir:
OH
HO
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
14
30
MeO O
O
OR
OH
OR
OH
HO
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
14
30
MeO O
O
OR
OH
OR
HC
HMBC
18
12
11
OH
HO
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
14
30
MeO O
O
OR
OH
OR
97
Comparando os valores de sinais de deslocamentos químicos do
limonóide 8 com do limonóide khayanolídeo E (NAKATANI et al., 2002), notou-se
que estes são semelhantes, que a diferença está na ausência de um sinal do grupo
acetato em torno de δ
H
2,07. De acordo com NAKATANI, a esteroquímica do
khayanolídeo E foi definida por NOE e a presença da ligação éter entre o 2β e 14β
foi confirmada por espectrometria de massas. Desta forma, foi proposto que o
limonóide 8 fosse o 2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-
7-oato de metila. Este limonóide também foi isolado da espécie Khaya ivorensis por
BARBOSA, 2007 e foi denominado de Khayanolídeo F, dando seqüência à série de
khayanolídeos isolados de Khaya senegalensis (ABDELGALEIL et al., 2001;
NATAKANI et al., 2000 e 2002)
O espectro de massas ESΙ (-) para este limonoíde 8 (Figura 4.44)
apresentou a molécula desprotonada condizente com a formula C
27
H
32
O
10
, [M-H]
-
a
m/z 516 (100%). Este apresentou rotação ótica específica de [α]
D
= -23,1
o
(0,0021;
MeOH), correspondendo ao mesmo tipo de deslocamento da luz polarizada citada
na literatura (FERREIRA et al., 2003).
H
C
HMBC
OH
HO
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
14
30
MeO O
O
OR
OH
OR
OH
HO
5
6
7
29
28
4
19
10
1
2
3
9
8
14
30
MeO O
O
OR
OH
OR
98
O
O
O
OH
H
HO
O
O
H
OH
H
CH
3
OOC
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
28
29
30
Limonóide 8
(2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-
triciclomeliac-7-oato de metila).
30
29
28
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
CH
3
OOC
O
O
O
OAc
H
HO
O
O
H
OH
H
Khayanolídeo E
99
TABELA 4.8 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonoíde 8 (2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-
hidroxi-3-oxo-[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila)
1= DMSO-d
6
, 200MHz
2= DMSO-d
6
, 50MHz
3= CDCl
3
e CD
3
OD, 400MHz
4= CDCl
3
e CD
3
OD, 400MHz
LITERATURA (FERREIRA et al., 2003) LIMONOÍDE 8
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
δ
H
3
(Hz) δ
C
4
1
91,4
88,3
2α
4,38 d (10,5) 74,0 4,34 dd (10,4 e 4,8) 72,7
3
204,8
208,1
4
52,3
50,8
5 3,02 d (4,9) 42,1 3,28 d (8,0) 43,7
6β
4,34 d (4,9) 71,7 4,24 d (8,0) 71,0
7
174,9
175,9
8
87,7
85,3
9α
2,36 dl (9,5) 57,6 2,27 d (8,0) 56,8
10
62,1
61,0
11α
1,92 ddt (13,5; 9,3; 5,5) 1,98 m
11β
1,54 ddd (13,5; 4,4; 2,0)
16,7
1,79 m
17,9
12α
0,94 ddd (14,4; 5,5; 2,0) 32,9 0,94 d (10,4)
12β
1,71 ddd (14,4; 13,5; 4,4) 1,71 m
27,9
13
37,5
38,9
14
83,3
84,7
15α
3,08 d (18,8) 3,20 d (19,2)
15β
2,64 d (18,8)
32,5
2,72 d (19,2)
34,2
16
170,0
173,3
17 5,52 s 79,9 5,50 s 82,7
18 1,10 s 14,2 1,11 s 15,3
19 1,41 s 20,1 1,34 s 18,7
20
120,6
121,9
21 7,40 sl 141,1 7,48 m 142,7
22 6,36 dl (1,5) 110,1 6,42 s 111,3
23 7,39 t (1,7) 142,9 7,45 s 144,3
28 1,26 s 15,9 1,04 s 15,9
29α
2,12 d (12,7) 1,83 d (12,6)
29β
2,78 d (12,7)
40,7
2,14 d (12,6 )
45,5
30 3,37 d (10,5) 59,7 2,83 d (12,4) 64,8
OMe 3,75 s 52,5 3,73 s 51,9
OAc 4,50 sl 21,8
100
FIGURA 4.39 – Espectro de RMN
1
H de 2,14-epoxi-1α,6,8α-triidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
FIGURA 4.40 – Espectro de RMN
13
C de 2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila) (100MHz,
CDCl
3
e CD
3
OD)
101
FIGURA 4.41 – Espectro de HSQC de 2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
FIGURA 4.42 – Espectro de HMBC de 2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
102
FIGURA 4.43 – Espectro de COSY de 2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
FIGURA 4.44 – Espectro de massas ESI (-) de 2,14-epoxi-1α,6,8α-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.1
10,30
.1
1,4
]-triciclomeliac-7-oato de metila.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
P26 793 (20.338) Sm (Mn, 2x2.00); Cm (790:796) 1: Scan ES-
3.81e6
516
481
191
177
455
562
537
103
4.8 - Determinação estrutural do limonóide 9:
A determinação do limonóide 9 foi semelhante à do limonóide 1 onde
observaram-se no RMN
1
H (Figura 4.45) sinais característicos do anel furano em δ
H
6,36 dd (J = 0,8 e 1,7Hz), o qual via HSQC (Figura 4.47) acoplou-se com um sinal
em δ
C
109,9 e correlacionou, via HMBC (Figura 4.48) com outros sinais de carbono
(Figura 4.46) em δ
C
140,8 e 140,5. Já o sinal emc δ
H
7,39 tl (J = 1,6Hz) acoplou via
HSQC com o sinal em δ
C
142,7 e correlacionou-se, via HMBC, com o sinal em δ
C
140,8. Este sinal δ
C
140,8 acoplou com o sinal em δ
H
7,43 m (J = 0,7Hz) e
correlacionou-se com os sinais em δ
C
120,7 e 142,7. O sinal δ
C
120,7 refere-se a um
carbono quaternário.
Além das correlações apresentadas para os sinais δ
C
109,9,
120,7 e
140,8, estes também se correlacionaram com o sinal δ
H
5,63 (s) que acoplou com o
sinal em δ
C
78,3. Estas correlações sugeriram o sinal em δ
H
5,63 para o H-17 e
confirmou o sinal em δ
C
140,8 para o C-21, pois, o sinal em H-17 correlacionou-se
com o sinal em δ
C
140,8 (
3
J), mas para se correlacionar com o sinal em δ
C
142,7 (C-
23) seria necessário um
4
J. Estas correlações permitiram assinalar os sinais em δ
C
120,7, 109,9, 140,8 e δ
C
142,7 respectivamente aos carbonos 20, 22, 21 e 23,
levando a concluir o do anel furano e sugerindo uma lactona para o anel D do
limonóide.
Além das correlações do sinal δ
H
5,63 com os sinais de carbono do
anel furano, verificou-se que este também correlacionou-se com o sinal de um
carbono quaternário em δ
C
41,3 (C-13) e em δ
C
13,8. O sinal em δ
H
0,88 (Me-18)
23
2122
17
20
O
O
O
H
H
H
H
HMBC
H C
104
acoplou, via HSQC, em δ
C
13,8 e correlacionou-se, via HMBC, com os sinais em δ
C
41,3 (C-13), 28,6 (C-12), 78,3 (C-17) e 80,4. Analisando os sinais de δ
H
2,91 d (J =
18,2 Hz) e δ
H
2,59 d (J = 18,2 Hz) verificou-se que estes correlacionaram com os
sinais em δ
C
80,4 e 170,1, sendo que somente aquele em δ
H
2,59 correlacionou-se
com o sinal δ
C
41,3 (C–13). Estas correlações permitiram atribuir os dois sinais de
hidrogênio (CH
2
) ao 2H-15, assim como δ
C
170,1 ao C-16. Estas correlações
confirmaram as atribuições feitas acima e sugeriram a presença de uma hidroxila
ou éter (OR) em C-14 (δ
C
80,4).
Pôde-se notar, via HSQC, dois singletos característicos de dupla
terminal em δ
H
4,91 e 5,20, os quais acoplaram em δ
C
111,6 (C-30) e
correlacionaram, via HMBC, em δ
C
50,8 (C-9) e 80,4 (C-14), sendo que o sinal em δ
H
4,91 também se correlacionou em δ
C
145,9 - carbono sp
2
totalmente substituído.
Estas correlações permitiram posicionar a dupla ligação terminal entre C-8 e C-30.
As demais correlações levaram a concluir o do anel C e permitiram atribuir o sinal
em δ
C
145,9 ao C-8.
O
O
OR
O
20
21
22
23
16
15
14
13
17
18
12
HMBC
H C
11
12
13
14
30
8
1
10
9
O
O
O
OR
HMBC
H C
105
Observou-se também no espectro de hidrogênio um sinal em δ
H
3,84 sl
característico de uma metoxila de um grupo carbometoxi. Este sinal, via HSQC,
acoplou em δ
C
53,4 e correlacionou, via HMBC, em δ
C
176,6, indicando um grupo
carbometoxi para C-7 que confirmou a abertura do anel B e permitiu atribuir os
deslocamentos em δ
C
53,4 para a –OMe e 176,6 para C-7. O sinal em δ
H
4,42 sl,
HSQC, acoplou em δ
C
72,3 (C-6) (sinal de carbono carbinólico) e correlacionou-se
com os sinais δ
C
176,6 (C-7), 44,7 (C-10) e 48,7 (C-4) no HMBC. Os sinais de
hidrogênios da Me-19 em δ
H
1,39 acoplaram em δ
C
23,4 e correlacionaram em δ
C
44,7 (C-10), 47,5 (C-5), 50,8 (C-9) e 77,2 (C-1). Estas correlações permitiram
posicionar uma hidroxila ou éter (OR) em C-1 (δ
C
77,2).
Os dois dubletos em δ
H
2,34 e 3,12 (J = 14,1 e 2,5 Hz) acoplaram em
δ
C
39,1(C-2) e correlacionaram-se com os sinais em δ
C
48,7 (C-4) e δ
C
212,2 -
característico de um sinal de carbonila, o qual só poderia ser atribuído ao C-3,
considerando o esqueleto básico de um limonóide. As demais correlações
mostradas a seguir levaram a concluir o anel A.
Com todos os dados em mãos faltaria verificar se em C-14 e C-1
estariam hidroxilas ou éter. Considerando o espectro de massas (ESI) modo
negativo deste limonóide (Figura 4.49) que apresentou um pico m/z 485 daltons,
correspondentes ao íon molecular condizente com a fórmula molecular C
27
H
34
O
8
,
ou seja, um oxigênio e dois hidrogênios a menos que a estrutura acima, conclui-se
haver uma ligação éter entre C-1 e C-14. Comparando os dados de RMN de
1
H e
13
C (Tabela 4.9) encontrados com aqueles do 6-hidroxiangolensato de metila
29 28
11
12
13
14
30
8
1
10
9
OOMe
2
3
4
5
6
7
O
O
O
O
OR
OR
OH
HMBC
H
C
106
verifica-se uma linearidade muito grande, permitindo identificar o limonóide 9 como
o 6-hidroxiangolensato de metila.
Este limonóide é comum no gênero Khaya (BANERJI e NIGAM, 1983)
e já foi relatado nas espécies: Khaya grandifoliola, Khaya senegalensis e Khaya
ivorensis. Este limonóide também apresentou rotação ótica específica de [α]
D
= -
56,1
o
(0,0017; CHCl
3
), correspondendo ao mesmo tipo de deslocamento da luz
polarizada citada na literatura.
O
O
CO
2
Me
O
O
O
OH
Limonóide 9
(6-hidroxiangolensato de metila)
107
TABELA 4.9 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonoíde 9 (6-hidroxiangolensato de
metila)
LITERATURA
(ABDELGALEIL et al., 2001)
LIMONOÍDE 9
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
δ
H
1
(Hz) δ
C
2
1 3,57 dd (5,6 e 2,7) 78,3 3,58 (dd J= 5,5 e 2,5Hz) 77,2
2α
2,34 dd (14,2 e 2,7) 39,1 2,34 (dd J= 14,1 e 2,5Hz)
2β
3,10 dd (14,2 e 2,7) 3,12 (dd J= 14,2 e 5,5Hz)
39,1
3 212,0 212,2
4 48,8 48,7
5 2,75 s 47,6 2,73 (s) 47,5
6α
4,42 d (2,0) 72,4 4,42 (sl) 72,3
7 176,6 176,6
8 146,0 145,9
9 2,34 dd (14,2 e 2,7) 50,8 2,34 (dd J= 14,2 e 2,7Hz) 50,8
10 44,7 44,7
11α
1,57 tt (14,7 e 5,3) 24,1 1,57(m) 24,0
12α
1,03 m 28,7 1,72(d J= 5,0Hz)
12β
1,73 dt (13,8 e 4,6) 1,05 (s)
28,6
13 41,4 41,3
14 80,4 80,4
15α
2,90 d (18,1) 33,7 2,59 (d J= 18,2Hz)
15β
2,58 d (18,1) 2,91 (d J= 18,2Hz)
33,7
16 170,0 170,1
17 5,63 s 79,4 5,63 (s) 78,3
18 0,88 s 13,8 0,88 (s) 13,8
19 1,39 s 23,7 1,39 (s) 23,4
20 120,8 120,7
21 7,42 sl 140,8 7,43 (m) 140,8
22 6,36 dd (1,7 e 0,8) 110,0 6,36 (dd J= 1,7 e 0,7Hz) 109,9
23 7,38 t (1,7) 142,8 7,39 (td J= 1,7Hz) 142,7
28 1,06 s 24,8 1,05 (s) 24,7
29 1,46 s 23,4 1,46(s) 23,7
30a 4,91 s 111,6 4,91 (s)
30b 5,19 s 5,20 (s)
111,6
OH 3,09 d (2,0) 3,13 (s)
OMe 3,84 s 53,4 3,84 (sl) 53,4
1 =.CDCl
3
, 400MHz
2 = CDCl
3
, 100MHz
108
FIGURA 4.45 – Espectro de RMN
1
H de 6-hidroxiangolensato de metila (400MHz,
CDCl
3
).
FIGURA 4.46 – Espectro de RMN
13
C de 6-hidroxiangolensato de metila (100MHz,
CDCl
3
).
109
FIGURA 4.47 – Espectro de HSQC de 6-hidroxiangolensato de metila (400MHz,
CDCl
3
).
FIGURA 4.48 – Espectro de HMBC de 6-hidroxiangolensato de metila (400MHz,
CDCl
3
).
110
FIGURA 4.49 – Espectro de massas ESI (-) de 6-hidroxiangolensato de metila.
4.9 - Determinação estrutural do limonóide 10
A determinação do limonóide 10 foi semelhante à dos limonóides 2 e 3
onde observaram-se no RMN
1
H (Figura 4.50) os sinais característicos dos
hidrogênios do anel furano em δ
H
7,42 t (J = 1,7Hz, H-21), 6,32 sl (H-22) e 7,40 sl
(H-23). Estes sinais via HSQC (Figura 4.52) acoplam em δ
C
143,1, 109,8 e 141,1
(RMN
13
C, Figura 4.51), respectivamente.
No espectro de RMN
1
H observaram-se também cinco sinais de metilas
como singletos em δ
H
0,81, 0,92, 1,02, 1,09 e 1,25. Dois singletos integrando para
um hidrogênio cada em δ
H
3,53 e 5,61, os quais foram atribuídos aos H-15 e H-17,
respectivamente. As atribuições dos deslocamentos químicos em δ
C
53,4 (C-15) e
78,4 (C17) foram realizadas utilizando o mapa de correlações HSQC. Estes sinais
em δ
H
3,53 (H-15) e δ
H
5,61 (H-17) correlacionaram via HMBC (Figura 4.53) com o
sinal de δ
C
69,7, atribuído ao carbono tetrassubstituído do epóxido (C-14) e também
com um sinal em δ
H
167,6 assinalado ao C-16.
As atribuições dos sinais de H-15 e H-17 e a presença de um anel D-δ-
lactônico com um epóxido entre C-14 e C-15 foram confirmadas por meio das
seguintes correlações observadas no mapa de correlações HMBC:
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
Padrao_8_LCMS 918 (23.538) 1: Scan ES-
9.38e6
483
423
181
179
229
191
313
380
351
408
393
451
424
449
484
484
484
485
485
111
O singleto em δ
H
1,25 (Me-18) foi verificado no espectro de RMN
1
H e
acoplou via HSQC em δ
C
17,2 e correlacionou via HMBC em δ
H
26,0 (C-12), 38,8 (C-
13), 69,7 (C-14), e 78,4 (C-17). Estas correlações podem ser observadas a seguir:
Um duplo dubleto em δ
H
2,87 (J = 12,3 e 6,2 Hz, H-9) acoplou-se via
HSQC em δ
C
36,3 (C-9) e por meio do mapa de correlações HMBC correlacionou-se
com os sinais em δ
C
14,4 (C-11), 16,5 (Me-19) e 17,2 (Me-18), 40,6 (C-10) e 42,2 (C-
8). O singleto em δ
H
1,09 (Me-30) acoplou em δ
C
18,2 e correlacionou-se com os
sinais em δ
C
36,3 (C-9), 42,2 (C-8), 69,7 (C-14) e 73,8, (C-7, sugere um grupo OR).
Estas correlações levaram a concluir o anel C.
O
O
O
O
H
H
17
20
21
22
23
16
14
15
HMBC
H
C
13
18
17
20
21
22
23
16
14
15
O
O
O
O
H
HMBC
H
C
112
Os sinais em δ
H
0,81 (Me-29) e 0,92 (Me-38) acoplaram com os sinais
em δ
C
27,4 e 21,6, respectivamente e via HMBC, correlacionaram entre si e com os
sinais δ
C
37,0 (C-4) 35,9 (C-5) e 75,8 (C-3, sugere um grupo OR). Um outro singleto
em δ
H
1,02 (Me-19) acoplou em δ
C
16,5 e correlacionou-se com os sinais em δ
C
36,3
(C-9), 37,0 (C-4), 40,6 (C-10) e 72,2 (C-1), sugerindo um grupo OR em C-1. Estas
correlações permitiram concluir o anel A:
No espectro de RMN
1
H a presença de grupos acetatos foram
evidenciados através de três singletos em δ
H
2,15, 2,03 e 2,02 referentes aos
hidrogênios das metilas dos acetatos. Os hidrogênios H-3, H-1 e H-7 foram
caracterizados pelos sinais em δ
H
4,72 t (J=2,8 Hz), δ
H
4,63 t e δ
H
4,52 sl
respectivamente. No espectro de RMN
13
C, a presença dos grupos acetatos foi
assinalada por três sinais em δ
C
72,2, 75,8 e 73,8, atribuídos aos carbonos C-1, C-3
e C-7 e também por três sinais de carboxila de éster em δ
C
169,9, 169,8 e 169,7.
Como os valores para as constantes de acoplamentos para estes hidrogênios
carbinólicos foram pequenas, sugerem que estes devem estar em fase α (axial).
Os demais valores de deslocamentos químicos de RMN
1
H e
13
C foram
atribuídos por comparação com os valores relatados por TAYLOR et al., 1974 e
13
14
18
17
20
21
22
23
16
15
O
O
O
O
H
19
30
9
8
10
6
7
HMBC
H
C
OR
OR OR
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
19
30
29
28
HMBC
H
C
113
BANERGI e NIGAM 1983 e pôde-se concluir que se trata do limonóde khivorina, o
qual é comum no gênero Khaya (BANERJI e NIGAM, 1983) e já foi relatado nas
espécies: Khaya grandifoliola, K senegalensis, K. anthotheca, K. nyasica e K.
ivorensis. O espectro de massas (ESI) modo positivo deste limonóide (Figura 4.55)
apresentou um pico de m/z 610 daltons, correspondentes ao aduto de sódio
[M+Na]
+
, condizente com a fórmula molecular C
32
H
42
O
10
. Este apresentou rotação
ótica específica de [α]
D
= -34,9
o
(0,0006; CHCl
3
), correspondendo ao mesmo tipo de
deslocamento da luz polarizada citada na literatura (BANERJI e NIGAM, 1983).
O
O
O
OAc
AcO OAc
O
Limonóide – 10
(khivorina
)
114
TABELA 4.10 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonoíde 10 (khivorina)
LITERATURA
(BANERJI e NIGAM,
1983)
limonóide 10
C
δ
C
1
δ
H
2
(Hz) δ
C
1
1 72,0 4,63 m 72,2
2α
1,67 m
2β
25,2
1,46 m
25,6
3 75,6 4,72 t (2,8 Hz) 75,8
4 36,0 37,0
5 36,6 2,23 d (2,8 Hz) 35,9
6α
2,23 m
6β
22,0
1,97 m
22,4
7 73,5 4,52 s 73,8
8 42,0 42,2
9 35,7 2,87dd (12,3 e 6,2 Hz) 36,3
10 40,4 40,6
11α
1,61 m
11β
14,1
1,35 m
14,4
12α
2,19 m
12β
25,8
2,01 m
26,0
13 39,5 38,8
14 69,4 69,7
15 56,0 3,53 s 53,4
16 167,1 167,6
17 78,1 5,61 s 78,4
18 17,0 1,25 s 17,2
19 16,0 1,02 s 16,5
20 120,4 120,5
21 142,7 7,42 t (1,7 Hz) 143,1
22 109,7 6,32 sl 109,8
23 140,8 7,40 sl 141,1
28 21,3 0,92 s 21,6
29 27,0 0,81 s 27,4
30 17,8 1,09 s 18,2
CH
3
CO 20,9 2,03 22,3
CH
3
CO 20,6 2,02 21,3
CH
3
CO 20,6 2,15 21,1
CH
3
CO 169,5 169,9
CH
3
CO 169,2 169,8
CH
3
CO 169,2 169,7
1 =.CDCl
3
, 100MHz, 2 = CDCl
3
, 400MHz
115
FIGURA 4.50 –
Espectro de RMN
1
H de khivorina (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.51 –
Espectro de RMN
13
C de khivorina (100MHz, CDCl
3
).
116
FIGURA 4.52 – Espectro de HSQC de khivorina (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.53 – Espectro de HMBC de khivorina (400MHz, CDCl
3
).
117
FIGURA 4.54 – Espectro de COSY de (khivorina) (400MHz, CDCl
3
).
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
P10_pos 1090 (28.014) Sm (Mn, 2x2.00); Cm (1090) 1: Scan ES+
1.51e7
610
183
172
151
566
642
FIGURA 4.55 – Espectro de massas ESI (-) de khivorina.
118
4.10 - Determinação estrutural do limonóide 11
Para a determinação estrutural do limonóide 11 foram feitos os
espectros de RMN
1
H, RMN
13
C, HSQC, HMBC e COSY, representados
respectivamente nas FIGURAS 4.56, 4.57, 4.58, 4.59 e 4.60, os quais foram
comparados com os valores dos sinais de deslocamento químico encontrados na
literatura (Tabela 4.11).
Iniciou-se a identificação deste limonóide pelos sinais bem conhecidos
do anel furano, verificou-se por meio do espectro de hidrogênio os sinais em δ
H
7,48
(s) e δ
H
6,40(s) os quais acoplaram via HSQC, respectivamente, com os sinais em δ
C
142,5 e 111,1 e via HMBC correlacionam entre si e com os sinais em δ
C
122,5 e
144,2. Este sinal em δ
C
144,2 acoplou via HSQC com o sinal em δ
H
7,49 (sl) e via
HMBC correlacionou-se em δ
C
111,1, 142,5 e 122,2, já o sinal em δ
C
122,5 refere-se
a um carbono quaternário e como mostrado anteriormente ele correlacionou-se com
os sinais de hidrogênios em δ
H
7,48 e 7,49, estas correlações podem ser observadas
na estrutura do anel furano mostrada a seguir:
O singleto em δ
H
5,60 acoplou via HSQC em δ
C
80,2 e correlacionou-se
via HMBC com os sinais em δ
C
111,1, 122,2 e 142,5, sugerindo atribuir o sinal δ
H
5,60 para o H-17 e confirmando δ
C
142,5 para o C-21, pois o sinal em H-17
correlacionou-se com este último a
3
J.
Além das correlações do sinal δ
H
5,60 com os sinais de carbono do
anel furano, verificou-se que este também correlacionou-se com um sinal de
carbono quaternário δ
C
39,5 que indica ser o C-13 e com os sinais δ
C
18,4 e 80,2
que apontam ser, respectivamente, Me-18 e C-17.
20
21
22
23
7,49
6,40
7,48
144,2
122,1
5,60
80,2
H
142,5
111,1
O
H
H
H
119
O sinal δ
H
1,27 da Me-18 correlaciona-se via HMBC com os sinais δ
C
39,5 (C-13), 27,7 (C-12), 80,2 (C-17) e 71,3. Estas correlações confirmam as
atribuições feitas acima e sugerem a presença de uma hidroxila ou éter (OR) em C-
14 (δ
C
71,3).
Analisando o sinal em δ
H
3,89 sl verificou-se que este acoplou via
HSQC em δ
C
58,3 e correlacionou-se com os sinais em δ
C
71,3 (C-14) e 170,8. Estas
correlações permitiram atribuir o sinal em δ
H
3,89, um CH, ao H-15, assim como δ
C
170,8 ao C-16. Estas atribuições dos sinais de H-15 e H-17 e sugerem a presença
de um anel D-δ-lactônico com um epóxido entre C-14 e C-15 e foram confirmadas
por meio das seguintes correlações observadas via HMBC:
O sinal em δ
H
2,58 (dd) acoplou via HSQC em δ
C
36,9 e correlacionou-
se via HMBC com os sinais δ
C
17,2, 42,0 e 27,7(C-12). O sinal δ
H
1,05 acoplou via
HSQC em δ
C
17,2 e correlacionou-se com os sinais δ
C
44,6 (C-10), 42,0, 70,7 (C-7)
e 71,3 (C-14). Estas correlações permitiram atribuir o sinal δ
C
36,9 o C-9, δ
C
42,0 o
C-8 e δ
C
17,2 a Me-30. O outro sinal em δ
H
1,05 acoplou via HSQC em δ
C
19,4 e
correlacionou-se via HMBC em δ
C
36,3 (C-5), 36,9, 42,0, 44,6 e 74,1, estas
correlações sugeriram atribuir o sinal δ
C
19,4 a Me-19 e δ
C
74,1 ao C-1 característico
de uma ligação OR.
O
O
O
O
H
H
17
20
21
22
23
16
14
15
13
18
17
20
21
22
23
16
14
15
O
O
O
O
H
H
HMBC
H
C
13
14
18
17
20
21
22
23
16
15
O
O
O
O
H
19
30
9
8
10
6
7
OR
OR OR
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
19
30
29
28
HMBC
H
C
120
O sinal em δ
H
3,44 acoplou via HSQC em δ
C
70,7 e correlacionou-se
via HMBC com o sinal em δ
C
37,2 (C-4), sugerindo uma hidroxila a C-3. Os sinais
mais desblindados δ
H
4,58 (t, J=2,8Hz) e 4,68 (t, J=2,8Hz) indicam a presença de
grupos acetoxilas a C-1 e C-7. Suas constantes de acoplamento pequenas sugerem
configurações α (axial).
Me-19
H
OR
H
OR H
H
H
H
H
Me-19
OR
RO
As demais atribuições para o limonóide 11 foram confirmadas por
comparação com os dados da literatura (BANERJI e NIGAM, 1983). Desta forma
concluiu-se que se trata do limonóide 3-desacetilkhivorina, muito comum no gênero
Khaya, tendo sido relatado nas espécies: K. anthotheca (ADESOGAN & TAYLOR,
1967c; ADESOGAN, et al., 1970b), K. ivorensis (ADESOGAN & TAYLOR, 1970a;
TAYLOR, 1977; TAYLOR, 1970; TAYLOR, 1969), K. madagascariensis (TAYLOR,
1970), K. nyasica (TAYLOR, 1969) e K. senegalensis (ADESIDA, et al., 1967;
ADESOGAN, et al., 1967a; ADESOGAN & TAYLOR, 1968; GOVINDACHARI, et al.,
1997).
O espectro de massas (ESI) modo positivo deste limonóide (Figura
4.61) apresentou um pico correspondente ao aduto de sódio m/z 568 [M+Na]
+
,
condizente com a fórmula C
30
H
40
O
9
.
O
HO
O
O
O
OAc
OAc
Limonóide 11
3-desacetilkhivorina
121
TABELA 4.11 – Valores de RMN
1
H e
13
C do limonóide 11 (3-desacetil-khivorina)
C
LITERATURA
(BANERJI e
NIGAM, 1983)
LIMONÓIDE – 11
δ
C
1
δ
H
2
(Hz) δ
C
1
1 73,8
4,58 t (2,7)
74,1
2α
2,29 m
2β
27,9
2,01 m
26,6
3 75,4 3,44 sl 70,7
4 37,1 - 37,2
5 36,0 2,89 m 36,3
6α
2,06 m
6β
22,5
2,04 m
21,5
7 74,1 4,68 t (2,7 Hz) 78,1
8 42,3 - 42,0
9 36,5 2,60 m 36,9
10 40,8 - 44,6
11α
1,68 m
11β
14,3
15,6
12α
1,73 m
12β
26,2
27,7
13 38,6 39,5
14 69,5 71,3
15 56,1 3,53 s 58,3
16 167,4 170,8
17 78,3 5,60 s 80,2
18 17,4 1,27 s 18,4
19 18,1 1,05 s 19,4
20 120,5 122,1
21 142,9 7,48 s 142,5
22 109,8 6,40 sl 111,9
23 141,1 7,49 s 144,2
28 21,7 0,97 s 22,6
29 27,9 0,92 s 28,0
30 16,2 1,05 s 17,2
CH
3
CO 21,2 2,05 21,7
CH
3
CO 20,9 2,04 21,5
CH
3
CO 169,3 172,5
CH
3
CO 172,1
1 =.CDCl
3
, 100MHz, 2 = CDCl
3
, 400MHz
122
FIGURA 4.56–
Espectro de RMN
1
H de 3-desacetilkhivorina (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.57 –
Espectro de RMN
13
C de3-desacetilkhivorina (100MHz, CDCl
3
).
123
FIGURA 4.58 – Espectro de HSQC de 3-desacetilkhivorina (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.59 – Espectro de HMBC de 3-desacetilkhivorina (400MHz, CDCl
3
).
124
FIGURA 4.60 - Espectro de COSY de 3-desacetilkhivorina (400MHz, CDCl
3
e
CD
3
OD).
FIGURA 4.61 – Espectro de massas ESI (+) de 3-desacetilkhivorina.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
P23_pos 1107 (28.440) Sm (Mn, 2x2.00); Cm (1107) 1: Scan ES+
8.10e7
568
608
600
125
4.11 - Determinação estrutural do triterpeno 12
A determinação do triterpeno 12 foi realizada utilizando os espectros
de RMN em uma e duas dimensões, ESI/MS e por comparação com os dados da
literatura (PAULA, 1996).
O Espectro de RMN
1
H (Figuras 4.62) deste triterpeno apresentou sete
singletos de metilas em δ
H
0,82, 1,00, 1,05, 1,12 e 1,22; um dubleto em δ
H
0,85
(J=6,4 Hz) e um singleto na região de hidrogênios olefínicos em δ
H
5,31. O espectro
de RMN
13
C (Figuras 4.63) apresentou 30 sinais de carbono, sendo dois sinais
característicos de carbonos olefínicos em δ
C
117,9 e 146,0 e quatro sinais de
carbonos carbinólicos em δ
C
72,9, 77,5, 81,0 e 83,7.
Os sinais referentes à H-22 em δ
H
3,83 d (J=8,0 Hz), H-23 em δ
H
3,66 t
(J=5,2 Hz) e H-24 em δ
H
3,97 t (J=7,6 Hz) apresentaram correlações, via HSQC
(Figura 4.65), com os sinais em δ
C
83,7, 77,5 e 72,9 atribuídos aos C-22, C-23 e C-
24, respectivamente. A ausência do sinal em δ
C
81,0 no espectro de DEPT 135
o
(Figura 4.64) possibilitou a atribuição do mesmo ao carbono quaternário C-25.
O espectro de RMN
1
H também mostrou um triplo-dubleto em δ
H
2,77
(J=22,4, 14,4 e 8,0Hz), característico de H-2β (axial) de triterpenos com carbonila
em C-3 (δ
C
217,1).
O sinal em δ
C
117,8 foi atribuído via HSQC, ao sinal de H-7, onde foi
confirmada a posição da ligação dupla em C-7. utilizando o mapa de correlações
HMBC (Figura 4.66), que mostrou em δ
C
5,31 (H-7) correlações com os sinais em δ
C
52,4 (C-5), 49,3 (C-9) e 51,2 (C-14). No espectro de COSY (Figura 4.67) foi
observada a correlação do sinal de H-7 com o multipleto em δ
H
2,05, atribuído a H-6
(2H).
Os sinais das metilas em δ
H
0,82, 1,00, 0,87, 1,05, 21,6 e 1,05
acoplaram respectivamente, via HSQC em δ
C
21,9, 12,8, 12,3, 24,6, 21,6 e 27,8 e
foram atribuídos respectivamente aos sinais da metilas Me-18, Me-19, Me-21, Me-
28, Me-29 e Me-30. Estas atribuições foram realizadas por meio das seguintes
correlações observadas no mapa de correlações HMBC.
126
De acordo com essas atribuições pôde-se concluir que a triterpeno12
trata-se do odoratona. Este triterpeno foi relatado nas espécies Cedrela odorata
(CHAN e TAYLOR, 1967; CHAN et al., 1968), C. glaziovii (CONNOLLY et al., 1968),
C. fissilis (LEITE, 2005) e do enxerto de C. odorata sobre Toona ciliata (PAULA,
1996). foram concordantes com aqueles descritos na literatura para odoratona
(LEITE, 2005) e estão apresentados na Tabela 4.12.
O espectro de massas ESΙ (+) para este triterpeno 12 (Figura 4.68)
apresentou um pico em m/z 473 [M+H]
+
, correspondente ao íon pseudo-molecular,
confirmado pelo íon do aduto de sódio m/z 495, condizente com a fórmula C
30
H
48
O
4
.
É importante salientar que é a primeira vez que o triterpeno odoratona
está sendo citado no gênero Khaya.
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
17
18
30
19
29
28
HMBC
H
C
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
17
18
30
19
29
28
O
O
OH
OH
H
20
21
22
24
25
23
26
Triterpeno 12
(odoratona)
127
TABELA 4.12 – Valores de RMN
1
H e
13
C do Triterpeno 12 (odoratona)
1 =.Acetona –d
6
, 100MHz
2 = CDCl
3
, 400MHz
3 = CDCl
3
, 100MHz
LITERATURA ( LEITE, 2005 ) Triterpeno 12
C
δ
H
1
(Hz) δ
C
1
δ
H
2
(Hz) δ
C
3
1 1,50; 2,10 m 39,1 1,45; 2,03 m 38,5
2β
2,77 td (14,6 e 5,4) 34,8 2,77 td (14,4 e 5,5) 34,9
2α
2,17 m 215,5 2,23 t 217,1
3
48,3
47,9
4
53,1
52,3
5 1,75 m 25,1 1,73 t (8,0) 24,3
6 2,15 m 118,8 2,09 t (8,0) 117,8
7 5,35 m 146,9 5,31 sl 146,0
8
49,3
49,3
9 2,40 m 35,8 1,89 m 35,0
10
19,1
18,4
11 1,65 m 34,6 1,32 m 34,0
12 1,50 – 1,90m 44,2 1,50 d (9,2) 43,5
13
52,0
51,2
14
35,4
33,5
15 1,50 – 1,90m 28,4 1,85 m 29,6
16 1,40 m 50,4 1,25 sl 48,5
17 1,92 m 22,1 2,32 t 21,9
18 0,86 s 13,1 0,82 s 12,8
19 1,04 s 38,2 1,00 s 37,6
20 1,65 m 12,9 1,61 m 12,3
21 0,85 d (6,4) 84,5 0,83 d (6,4) 83,7
22 3,84 t (6,0) 78,0 3,82 d (8,0) 77,5
23 7,59 dl(6,0) 73,2 3,66 dl (5,2) 72,9
24 3,96 m 81,6 3,97 t 81,0
26 1,17 s 28,3 1,22 s 29,6
27 1,15 s 22,2 1,22 s 21,3
28 1,00 s 25,1 1,05 s 24,6
29 1,11 s 21,8 1,12 s 21,6
30 1,06 s 28,4 1,05 s 27,8
128
FIGURA 4.62 – Espectro de RMN
1
H de odoratona (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.63 – Espectro de RMN
13
C de odoratona (100MHz, CDCl
3
).
129
FIGURA 4.64 – Espectro de DEPT 135
o
de odoratona (100MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.65 – Espectro de HSQC de odoratona (400MHz, CDCl
3
).
130
FIGURA 4.66 –
Espectro de HMBC de odoratona (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.67 – Espectro de COSY de odoratona (400MHz, CDCl
3
).
131
FIGURA 4.68 –
Espectro de massas ESI (-) de (odoratona)
4.12 -
Determinação estrutural do protolimonóide 13
Para a determinação estrutural deste triterpeno foram feitos os
espectros de RMN
1
H, RMN
13
C, HSQC, HMBC, COSY e ESI/MS representados
respectivamente por FIGURAS 4.69, 4,70, 4,71, 4.72, 4.73 e 4.74. Os valores dos
deslocamentos químicos foram comparados com os valores encontrados na
literatura (TABELA 4.13).
A presença de dois dubletos em δ
H
7,34 e 5,83 (J= 10,2Hz),
característicos de uma ligação dupla conjugada a uma carbonila no anel A, foi
observada no espectro de RMN
1
H, os quais foram atribuídos aos hidrogênios
olefínicos H-1 e H-2. O acoplamento destes dubletos foi evidenciado no espectro de
COSY. Esta ligação dupla foi caracterizada no espectro de RMN
13
C, pelos sinais em
δ
C
161,1 e δ
C
125,9 atribuídos via HSQC aos C-1 e C-2 respectivamente. De acordo
com a biossíntese de triterpenos a carbonila conjugada só poderia estar em C-3 (δ
C
207,0).
O sinal do singleto de metila em δ
H
1,20 acoplou em δ
C
19,5 e foi
atribuído a Me-19 de acordo com as correlações mostradas abaixo, bem como, as
demais correlações para o anel A.
m/z
%
0
100
SEB_14_LC_FSPa 174 (9.662) Sm (Mn, 2x0.75); Cm (174-175:194) 1: Scan ES+
3.97e5
495
146
241
146
200
175
159
187
218
233
261
251
317
292
270
282
309
377
352
336
473
412
384
390
430
460
486
504
132
No espectro de RMN
1
H também foi observado um singleto largo em δ
H
1,94, característico de metila de acetato, via HSQC acoplou em δ
C
21,2 e foi
atribuído à metila do grupo acetato em C-7α. A acetilação do C-7 foi confirmada pelo
sinal de hidrogênio desblindado em δ
H
5,21, o qual via HSQC acoplou-se em δ
C
76,4
e correlacionou-se com os sinais em δ
C
40,0 (C-9), 47,7 (C-5). O sinal em δ
H
1,22
(Me-30) acoplou via HSQC com δ
C
24,7 e correlacionou-se por meio do mapa HMBC
com os sinais de deslocamentos em δ
C
44,0 (C-8) e 76,4 (C-7). As demais
correlações do anel B foram apresentadas a seguir:
Além dos sinais atribuídos a C-1 (δ
C
161,1) e C-2 (δ
C
125,9), o espectro
de RMN
13
C apresentou ainda outros dois sinais de carbonos olefínicos em δ
C
160,7
e δ
C
120,1, característicos da ligação dupla entre C-14 e C-15 de um derivado apo-
tirucalol/eufol.
Novamente observando o espectro de RMN
1
H notou-se outro sinal de
metila em δ
H
1,10, este via HSQC acoplou-se com δ
C
20,4 e foi atribuído a Me-18;
este também mostrou correlações em δ
C
35,9 (C-20), 58,8 (C-17) e com o sinal do
carbono olefínico em δ
C
160,7 (C-14).
H
H
O
1
2
3
4
5
10
19
1
2
3
4
5
O
19
10
OH
9
8
7
6
5
10
19
30
HC
HMBC
133
Os singletos de metila em δ
H
1,22 e 1,29 acoplaram via HSQC com os
sinais em δ
C
27,7 e 25,2 e foram atribuídos respectivamente às Me-27 e Me-26.
Estes singletos correlacionaram-se em δ
C
77,4 e 96,5 os quais foram assinalados
aos C-25 e C-24 respectivamente.
Ainda observando o espectro de RMN
1
H notou-se um tripleto em δ
H
3,87 (t, J=2,8Hz), o qual acoplou-se via HSQC em δ
C
69,1 e correlacionou-se
através do mapa de correlações HMBC em δ
C
31,0 (C-22). Um duplo dubleto em δ
H
3,83 (dd, J=11,3 e 3,9Hz), via HSQC, acoplou-se em δ
C
66,3 e correlacionou -se via
HMBC em δ
C
34,3 (C-16) e 96,5 (C-24). Estas correlações permitiram assinalar em
δ
C
69,1 - sinal característico de carbono oximetilênico - o C-23 e em δ
C
66,3 o C-21.
O sinal em δ
H
3,59 (t, J=11,3Hz) também foi atribuído ao outro hidrogênio de C-21.
Logo, os sinais em δ
H
3,83 e 3,59 referem-se aos 2H-21. As constantes de
acoplamentos entre dois hidrogênios axiais são grandes e varia de 9-13Hz,
enquanto entre dois hidrogênios axial-equatorial ou equatorial-equatorial são
pequenas, variando de 2-5Hz. Esta informação permitiu inferir que a hidroxila em C-
23 deve estar em axial, pois, as constantes encontradas para estes sinais foram a
seguintes:
As demais atribuições foram feitas por comparação com os sinais de
deslocamentos de carbono da substância grandifoliolenona (1) (MARINHO et al.,
2007), onde observou-se um sinal de deslocamento químico do C-24 mais
desblindado em 96,5 para o Protolimonóide 13 em relação ao grandifoliolenona em
86,6, sugerindo assim uma hidroxila no C-24 deste protolimonóide.
CONNOLLY et al., 1981 relataram este protolimonóide em
Entandrophragma spicatum, no entanto não foi possível comparar os sinais de
deslocamentos químicos desta substância com o protolimonoide -13 pois o artigo
apresentou erro de impressão mostrando no lugar dos deslocamentos químicos de
carbono os mesmos valores de deslocamentos químicos de hidrogênio os quais já
tinham sido mencionados por eles.
H21a e H20a (11,3Hz)
H23e e H22e H22a
(
2
,
8Hz
)
Ha
O
He
Ha
OH
OH
OH
He
Ha
He
134
Desta forma o protolimonóide 13, foi identificado como sendo o 24-
hidroxigrandifoliolenona, sendo a primeira vez citado no gênero Khaya.
Por meio do espectro de massas ESΙ (-) (FIGURA 4.74) foi possível
verificar um pico em m/z 543 [M-H]
-
, correspondente à molécula deprotonada,
condizente com a fórmula molecular C
32
H
48
O
7
.
OAcO
O
H
OH
OH
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
28
29
20
21
22
23
24
25
26
27
30
OAcO
O
H
OH
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
28
29
20
21
22
23
24
25
26
27
1
30
grandifoliolenona
Protolimonóide 13
24-hidroxigrandifoliolenona
135
TABELA 4.13 – Valores de RMN
1
H e
13
C do protolimonóide 13 (24-
hidroxigrandifoliolenona)
LITERATURA
(MARINHO, 2007)
Protolimonóide 13
C
δ
C
1
δ
H
2
(Hz) δ
C
1
1 158,4 7,34 d (10,2) 161,1
2 125,5 5,83 d (10,2) 125,9
3 204,7
-
207,0
4 44,2
-
45,3
5 46,2
3,34 s
47,7
6 23,9
2,06 m / 1,80 m
23,5
7 74,9
5,21 sl
76,4
8 42,8
-
44,0
9 38,7
2,27 d (6,0 Hz)
40,0
10 39,8 - 41,2
11 16,9
2,01 m / 1,73 m
17,7
12 34,9
2,20 m / 1,97 m
34,9
13 46,4 - 50,3
14 159,0 - 160,7
15 119,6 5,28 sl 120,1
16 34,1
1,70 d (3,0 Hz)
34,3
17 52,4
1,24 d (3,0 Hz)
58,8
18 20,4 1,10 s 20,4
19 19,1 1,20 s 19,5
20 35,9 1,55 m 35,9
21 70,1 3,83 dd (11,3 e 3,9)
/ 3,59 t (11,3)
66,3
22 36,3 2,24 dd (11,3 e 3,9) 31,0
23 64,4 3,87 t (2,8) 69,0
24 86,6 - 96,5
25 74,2 - 77,4
26 24,1 1,29 25,2
27 28,6 1,22 27,7
28 27,1 1,06 27,5
29 21,3 1,08 21,7
30 27,3 1,22 24,7
MeCOO 170,1 171,8
MeCOO 21,2 1,94 21,1
1 =.CDCl
3
, 100MHz, 2 = CDCl
3
, 400MHz
136
FIGURA 4.69 – Espectro de RMN
1
H de 24-hidroxigrandifoliolenona (400MHz,
CDCl
3
).
FIGURA 4.70 –
Espectro de RMN
13
C de 24-hidroxigrandifoliolenona (100MHz,
CDCl
3
).
137
FIGURA 4.71 – Espectro de HSQC de 24-hidroxigrandifoliolenona (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.72
– Espectro de HMBC de 24-hidroxigrandifoliolenona (400MHz, CDCl
3
).
138
FIGURA 4.73 – Espectro de COSY de 24-hidroxigrandifoliolenona (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.74 –
Espectro de massas ESI (-) de 24-hidroxigrandifoliolenona.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
P20 1203 (30.840) Cm (1196:1219) 1: Scan ES-
1.59e6
329
321
191
167
181
283
247
205
245
221
275
261
301
330
499
330
346
455
395
381
361
439
419
411
491
473
543
500
533
544
566
556
611
599
585
628
636
139
4.13 - Determinação estrutural do protolimonóide 14
Para a determinação estrutural deste protolimonóide foram feitos os
espectros de RMN
1
H, RMN
13
C, HSQC, HMBC, COSY e ESI/MS representados
respectivamente por FIGURAS 4.75, 4.76, 4.77, 4.78, 4.79 e 4.80. Os valores dos
deslocamentos químicos foram comparados com aqueles encontrados na literatura
(TABELA 4.14).
A presença de dois dubletos em δ
H
7,34 e 5,83 (J= 10,2Hz),
característicos de uma ligação dupla conjugada a uma carbonila no anel A, foi
observada no espectro de RMN
1
H, os quais foram atribuídos aos hidrogênios
olefínicos H-1 e H-2. O acoplamento destes dubletos foi evidenciado no espectro de
COSY. Esta ligação dupla foi caracterizada no espectro de PENDANT, pelos sinais
em δ
C
161,2 e δ
C
125,8 atribuídos via HSQC aos C-1 e C-2 respectivamente. De
acordo com a biossíntese dos triterpenos, a carboníla conjugada só poderia estar
em C-3 (δ
C
207,1).
O sinal do singleto de metila em δ
H
1,21 acoplou em δ
C
19,5 e foi
atribuído a Me-19 de acordo com as correlações mostradas abaixo, bem como, as
demais correlações para o anel A.
No espectro de RMN
1
H também foi observado um singleto largo em δ
H
1,95, característico de metila de acetato, o qual via HSQC acoplou em δ
C
21,7 e foi
atribuído à metila do grupo acetato em C-7α. A acetoxilação do C-7 foi confirmada
pelo sinal de hidrogênio desblindado em δ
H
5,22, o qual via HSQC acoplou-se em δ
C
76,4 e correlacionou-se com os sinais em δ
C
40,0 (C-9), 47,5 (C-5). O sinal em δ
H
1,23 (Me-30) acoplou via HSQC com δ
C
27,7 e correlacionou por meio do mapa
HMBC com os sinais de deslocamentos em δ
C
44,0 (C-8) e 76,4 (C-7). As demais
correlações do anel B foram apresentadas a seguir:
H
H
O
1
2
3
4
5
10
19
1
2
3
4
5
O
19
10
140
Além dos sinais atribuídos a C-1 (δ
C
161,1) e C-2 (δ
C
125,9), o espectro
de RMN
13
C apresentou ainda outros dois sinais de carbonos olefínicos em δ
C
160,9
e δ
C
120,1, característicos da ligação dupla entre C-14 e C-15 de um derivado apo-
tirucalol/eufol.
Novamente observando o espectro de RMN
1
H notou-se outro sinal de
metila em δ
H
1,02, este via HSQC acoplou-se com δ
C
20,6 e foi atribuído a Me-18,
este mostrou correlações em δ
C
37,6 (C-20), 58,8 (C-17) e com o sinal do carbono
olefínico em δ
C
160,7 (C-14).
Os singletos de metila em δ
H
1,06 e 1,12 acoplaram via HSQC com os
sinais em δ
C
26,4 e 27,5 e foram atribuídos respectivamente as Me-27 e Me-26.
Estes singletos correlacionaram-se em δ
C
77,7 e 81,2 os quais foram assinalados
aos C-25 e C-24 respectivamente.
No espectro de RMN
1
H também se observou sinais de hidrogênios
oximetínicos em δ
H
3,79, 3,69 e 3,37, estes sinais acoplaram via HSQC em δ
C
69,0
(C-23), 65,2 (C-21) e 81,2 (C-24).
As demais atribuições foram feitas por comparação com os sinais de
deslocamentos de carbono da substância Acetato de sapelina E, a qual foi relatada
por MARINHO 2007 pela primeira vez em K. ivorensis.
Desta forma o protolimonóide 14 foi identificado como sendo o Acetato
de sapelina E. No espectro de massas ESΙ (-) (FIGURA 4.80) foi possível verificar
um pico em m/z 528 [M-H]
-
, correspondente a molécula deprotonada condizente com
a fórmula molecular C
32
H
48
O
6
.
OH
9
8
7
6
5
10
19
30
HC
HMBC
141
29
28
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
OAcO
O
H
OH
OH
20
21
22
23
24
25
26
27
30
Protolimonóide – 14
(Acetato de sapelina E)
142
TABELA 4.14 – Valores de RMN
1
H e
13
C do protolimonóide 14 (Acetato de
sapelina E)
LITERATURA
(MARINHO,2007)
Protolimonóide 14
C
δ
C
1
δ
H
2
(Hz) δ
C
1
1 158,4 7,34 d (10,2) 161,2
2 125,5 5,83 d (10,2) 125,8
3 204,7
-
207,1
4 44,2
-
47,7
5 46,2
3,35 s
47,5
6 23,9
2,06 m / 1,80 m
24,7
7 74,9
5,21 sl
76,4
8 42,8
-
44,0
9 38,7
2,27 d (6,0 Hz)
40,0
10 39,8 - 41,2
11 16,9
2,01 m / 1,73 m
17,7
12 34,9
2,20 m / 1,97 m
35,5
13 46,4 - 45,3
14 159,0 - 160,9
15 119,6 5,28 sl 120,1
16 34,1
1,59 m /1,94 m
38,9
17 52,4
1,92 m
56,0
18 20,4 1,02 s 20,6
19 19,1 1,21 s 19,5
20 35,9 1,97 m 37,6
21 70,1 3,68 dd (12,4 e 2,0) /
3,53 m
65,2
22 36,3 2,10 d (2,0) / 2,25 m 35,9
23 64,4 3,74 dd (8,7 e 2,1) 69,0
24 86,6 - 81,2
25 74,2 - 77,7
26 24,1 1,12 23,4
27 28,6 1,06 27,5
28 27,1 1,08 26,4
29 21,3 1,27 21,1
30 27,3 1,23 27,7
MeCOO 170,1 171,8
MeCOO 21,2 1,99 21,1
1 =.CDCl
3
, 100MHz, 2 = CDCl
3
, 400MHz
143
FIGURA 4.75 –
Espectro de RMN
1
H de Acetato de sapelina E (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.76 – Espectro de RMN
13
C de Acetato de sapelina E (100MHz, CDCl
3
).
144
FIGURA 4.77 –
Espectro de HSQC de Acetato de sapelina E (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.78 –
Espectro de HMBC de Acetato de sapelina E (400MHz, CDCl
3
).
145
FIGURA 4.79 –
Espectro de COSY de Acetato de sapelina E (400MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.80 – Espectro de massas ESI (+) de Acetato de sapelina E.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
P24 1150 (29.481) Sm (Mn, 2x2.00); Cm (1145:1155) 1: Scan ES-
6.04e6
528
486
329
518
561
574
146
4.14 - Determinação estrutural do protolimonóide- 15
Para a determinação estrutural deste protolimonóide foram feitos os
espectros de RMN
1
H, RMN
13
C, HSQC, HMBC, COSY e ESI/MS representados
respectivamente por FIGURAS 4.81, 4.82, 4.83, 4.84, 4.85 e 4.86. Os valores dos
deslocamentos químicos foram comparados com aqueles encontrados na literatura
(TABELA 4.15).
Verificou-se por meio do espectro de hidrogênio alguns sinais
duplicados característicos de mistura de isômeros dos protolimonóides 14 e 15,
onde observaram-se quatro dubletos olefínicos em δ
H
7,16 (H-1, J= 10,2 Hz) e δ
H
5,85 (H-2, J= 10,2 Hz) para 15 e δ
H
7,15 (H-1, J= 10,3 Hz) e δ
H
5,84 (H-2, J= 10,3
Hz) para 14, característicos de um sistema com ligação dupla conjugada a uma
carbonila no anel A. O acoplamento destes dubletos foi evidenciado no espectro de
COSY. Esta ligação dupla foi caracterizada no espectro de PENDANT, pelos sinais
em δ
C
158,4 e δ
C
125,5, atribuídos via HSQC aos C-1 e C-2 respectivamente, para
ambos os compostos. De acordo com a biossíntese de triterpenos a carbonila
conjugada só poderia estar em δ
C
207,1 (C-3).
No espectro de RMN
1
H a presença de grupo acetato foi evidenciada
através do singleto em δ
H
1,93 referente ao hidrogênio da metila do acetato que via
HSQC acoplou em δ
C
21,2. O hidrogênio H-7 foi caracterizado pelo sinal em δ
H
5,22
sl. No espectro de RMN
13
C, a presença dos grupos acetatos foram assinaladas em
δ
C
74,9 (14) e 74,7 (15), atribuídos aos carbonos C-7 de ambas as substâncias e
também pelo sinal de carboxila de éster em δ
C
170,1, relativos às carboxilas dos
acetatos.
Além dos sinais atribuídos a C-1 (δ
C
158,4) e C-2 (δ
C
125,5), o espectro
de RMN
13
C apresentou outros quatro sinais de carbonos olefínicos em δ
C
159,0 e δ
C
119,6 para 15 e δ
C
159,2 e δ
C
119,1 para 14, característicos da ligação dupla entre
C-14 e C-15 de um derivado apo-tirucalol/eufol.
Ainda no espectro de RMN
1
H foram observados cinco singletos de
metila para a substância 15 em:
- δ
H
0,95 (Me-18) que acoplou via HSQC em δ
C
20,4 e correlacionou
com os sinais em 34,9 (C-12), 46,4 (C-13), 159,0 (C-14) e 119,6 (C-15).
147
- δ
H
1,15 (Me-19) via HSQC acoplou-se em δ
C
19,1 e correlacionou-se
via HMBC em δ
C
158,4 (C-1), 46,2 (C-5) e 39,8 (C-10).
- δ
H
1,06 (Me-28 e 29) via HSQC acoplaram-se em δ
C
27,1 e 21,3,
respectivamente e correlacionaram via HMBC em δ
C
204,7 (C-3), 44,2 (C-4) e 46,2
(C-5).
- δ
H
1,19 (Me-30) via HSQC acoplou-se em δ
C
27,3 e correlacionou via
HMBC em δ
C
38,7 (C-9), 42,8 (C-8) e 74,9 (C-7).
No espectro de RMN
1
H foram também observados cinco singletos de
metilas para a substância 14 em:
- δ
H
0,96 (Me-18) que acoplou-se via HSQC em δ
C
20,0 e correlacionou
com os sinais em 35,0 (C-12), 46,3 (C-13), 159,2 (C-14) e 119,1 (C-15).
- δ
H
1,15 (Me-19) via HSQC acoplou-se em δ
C
19,1 e correlacionou-se
via HMBC em δ
C
158,4 (C-1), 46,2 (C-5) e 39,9 (C-10).
- δ
H
1,06 (Me-28 e 29) via HSQC acoplaram-se em δ
C
27,1 e 21,3,
respectivamente e correlacionaram via HMBC em δ
C
204,7 (C-3), 44,2 (C-4) e 46,2
(C-5).
- δ
H
1,18 (Me-30) via HSQC acoplou-se em δ
C
27,3 e correlacionou via
HMBC em δ
C
38,7 (C-9), 42,8 (C-8) e 74,7 (C-7).
No espectro RMN
1
H também foram verificados dubletos referentes a
hidrogênios oximetilênicos em δ
H
3,96 (J= 11,5 Hz) e δ
H
3,43 (J= 11,5 Hz) para 15,
estes dubletos mostraram correlação com o sinal de carbono em δ
C
70,1 (C-21) via
HSQC e apresentaram correlações via HMBC com os sinais de carbonos em δ
C
36,3
(C-22); δ
C
52,4 (C-17) e δ
C
86,6 (C-24). Também foram observados multipletos
referentes a hidrogênios oximetilênicos em δ
H
3,86 e δ
H
3,59 para 14, estes
acoplaram em δ
C
64,3 (C-21) por meio do mapa de correlações HSQC.
Outros sinais de hidrogênios oximetínicos foram observados em δ
H
3,87; δ
H
3,80; δ
H
3,42 e δ
H
2,89. Para a substância 15 foram atribuídos os sinais em
δ
H
3,87 que via HSQC acoplou em δ
C
64,4 (C-23) e o sinal δ
H
2,89 (d, J= 9,1 Hz)
acoplou com o sinal de carbono em δ
C
86,6 (C-24) e via HMBC correlacionou com os
sinais em δ
C
24,1 (C-26); δ
C
28,6 (C-27); δ
C
64,4 (C-23) e δ
C
74,2 (C-25). Para a
substância 14 foram atribuídos os sinais em δ
H
3,80 e δ
H
3,42 (d, J= 8,8 Hz). O sinal
em δ
H
3,80 apresentou correlação com o sinal em δ
C
68,1 (C-23) via HSQC e o
dubleto mostrou correlação com o sinal δ
C
80,7 (C-24) através do mapa de
148
correlações HSQC e via HMBC apresentou correlação com os sinais em δ
C
22,4 (C-
26) e δ
C
26,3 (C-27).
As demais atribuições foram feitas por comparação com os sinais de
deslocamentos de carbono das substâncias Bourjotinolona (I), Hispidona (II) (JOLAD
et al,. 1980) e 20,21,22,23-tetraidro-23-oxoazadirona (III) (PAULA et al., 1977). Isso
porque não foram encontrados dados de RMN
13
C para estas substâncias.
A substância 15 denominada de Grandifoliolenona por CONNOLLY
(1967) foi o primeiro derivado natural apo-tirucalol/eufol (CANNOLLY et al, 1971),
este já foi isolada anteriormente de em K. grandifoliola (CONNOLLY, et al., 1967a,
CONNOLLY, et al., 1971), K. ivorensis (ADESOGAN, et al., 1970 e MARINHO 2007)
entre outras espécies de Meliaceae.
A substância 14 trata-se do mesmo protolimónoide isolado no item
4.14, o Acetato de sapelina E, já discutida.
Desta forma a mistura dos isômeros protolimonóides 14 e 15 foi
também identificada por meio do espectro de massas ESΙ (+) (FIGURA 4.86) onde
foi possível verificar um pico em m/z 528 [M+H]
+
, correspondente a molécula
protonada condizente com a fórmula molecular C
32
H
48
O
6
destes isômeros.
149
29
28
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
OH
O
H
OH
O
30
20
22
23
21
24
25
27
26
I
30
27
26
25
24
23
22
21
20
O
H
OH
OH
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
28
29
II
29
28
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
OAcO
O
O
30
20
21
22
23
III
OAcO
O
H
OH
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
28
29
20
21
22
23
24
25
26
27
30
Protolimonóide – 15
(Grandifoliolenona)
29
28
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
OAcO
O
H
OH
OH
20
21
22
23
24
25
26
27
30
Protolimonóide – 14
(Acetato de sapelina E)
150
TABELA 4.15 – Valores de RMN
13
C do protolimonóide - 14 (Acetato de sapelina
E) e protolimonóide 15 (Grandifoliolenona).
14 15 Literatura I
(ITOKAWA et al.,
1992)
Literatura II
(ITOKAWA et al.,
1992)
Literatura IIII
(PAULA et al,
1997)
C
1
δ
C
1
δ
C
2
δ
C
2
δ
C
2
δ
C
1 158,4 158,4 38,6 38,6 38,5
2 125,5 125,5 35,0 34,9 34,9
3 204,7 204,7 216,8 217,1 217,0
4 44,2 44,2 47,9 47,9 47,9
5 46,2 46,2 52,4 52,4 52,4
6 23,9 23,9 24,6 24,4 24,4
7 74,7 74,9 118,1 118,1 118,0
8 42,8 42,8 145,7 145,8 145,7
9 38,7 38,7 48,5 48,4 48,4
10 39,9 39,8 35,1 34,9 35,0
11 16,8 16,9 18,2 18,1 18,1
12 35,0 34,9 33,0 32,6 32,6
13 46,3 46,4 43,3 43,4 43,3
14 159,2 159,0 51,3 51,3 51,3
15 119,1 119,6 34,0 33,9 34,0
16 34,1 34,1 27,4 28,2 28,1
17 54,3 52,4 44,8 47,5 47,5
18 20,0 20,4 21,6 12,8 21,6
19 19,1 19,1 12,8 21,6 12,8
20 38,5 35,9 37,5 38,6 38,5
21 64,3 70,1 70,1 64,4 64,4
22 37,9 36,3 36,5 37,5 34,4
23 68,1 64,4 64,6 68,7 68,5
24 80,7 86,6 86,5 80,8 80,7
25 76,2 74,2 74,2 76,2 76,2
26 22,4 24,1 24,0 22,4 22,3
27 26,3 28,6 28,5 26,3 26,3
28 27,1 27,1 24,6 27,4 24,5
29 21,3 21,3 22,3 24,6 22,2
30 27,3 27,3 27,5 22,4 27,4
MeCOO 170,1 170,1 - - -
MeCOO 21,2 21,2 - - -
1
CDCl
3
, 400MHz
2
CDCl
3
, 22,63 MHz
151
FIGURA 4.81 – Espectro de RMN
1
H da mistura de acetato de sapelina E (14) e
grandifoliolenona (15) (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.81B – Ampliação do espectro de RMN
1
H da mistura de acetato de
sapelina E (14) e grandifoliolenona (15) (400 MHz, CDCl
3
).
152
FIGURA 4.82 –
Espectro de RMN
13
C (PENDANT) da mistura de acetato de
sapelina E (14) e grandifoliolenona (15) (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.83 – Mapa de correlações HSQC da mistura de grandifoliolenona (15) e
acetato de sapelina E (14) (400 MHz, CDCl
3
).
153
FIGURA 4.83B – Ampliação do mapa de correlações HSQC da mistura de acetato
de sapelina E (14) e grandifoliolenona (15) (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.84 – Mapa de correlações HMBC da mistura de acetato de sapelina E
(14) e grandifoliolenona (15) (400 MHz, CDCl
3
).
154
FIGURA 4.84B – Ampliação do mapa de correlações HMBC da mistura de acetato
de sapelina E (14) e grandifoliolenona (15) (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.85 –
Espectro de COSY da mistura de acetato de sapelina E (14) e
grandifoliolenona (15) (400 MHz, CDCl
3
).
155
FIGURA 4.86 – Espectro de massas ESI (+) de Acetato de sapelina E em mistura
com
a grandifoliolenona
4.15 – Determinação estrutural dos triterpenos 16 e 17
A determinação estrutural destes triterpenos é semelhante a do
limonóide 1, no entanto, não se observaram no espectro de RMN
1
H os sinais
característicos do anel furano. Para a determinação estrutural destes foram obtidos
os espectros de RMN
1
H, RMN
13
C, DEPT, HSQC, HMBC, COSY e ESI/MS,
representados, respectivamente, por FIGURAS 4.87, 4.88, 4.89, 4.90, 4.91, 4.92 e
4.93. Os valores dos deslocamentos químicos foram comparados com os valores
encontrados na literatura (TABELA 4.17).
Como estes triterpenos estão em mistura, primeiro será apresentada a
determinação estrutural para a substância 16 e posteriormente a determinação para
a substância 17.
Notaram-se no espectro de RMN
1
H dois sinais de hidrogênio
característicos de dupla terminal em δ
H
4,90 (s) e δ
H
5,15 (s) os quais acoplaram em
δ
C
112,4 (C-30) e correlacionaram-se com os sinais em δ
C
80,0 (C-14) e δ
C
50,0. O
sinal em δ
H
4,90 também correlacionou com o sinal de carbono sp
2
totalmente
substituído em δ
C
144,9. A correlação com o sinal do C-14 permitiu posicionar esta
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
P24_pos 1147 (29.469) Cm (1140:1151) 1: Scan ES+
8.34e7
552
301
339
552
552
574
156
ligação dupla terminal entre C-8 e C-30. As demais correlações levaram a atribuir
em δ
C
50,0 o C-9 e em δ
C
144,9 o C-8.
O sinal em δ
H
2,22 sl (H-9) mostrou correlações via HMBC com os
seguintes sinais de carbonos: δ
C
144,9 (C-8), 112,4 (C-30), 80,0 (C-14), 77,3, 28,8
(C-12) e 23,6. Por meio destas correlações foi assinalado o sinal em δ
C
23,6 para o
C-11 e em δ
C
77,3 – sinal de deslocamento químico característico de carbono
oxidado - para o C-1. Ainda verificou um sinal em δ
H
0,94 que acoplou via HSQC em
δ
C
21,4 e se correlacionou via HMBC em δ
C
77,3 (C–1), 42,9 (C-5), δ
C
43,9 (um
quaternário, C–10) e δ
C
50,0 (CH, C–9), estas correlações sugerem a Me-19 em δ
C
21,4.
Observou-se também um sinal em δ
H
3,72 s característico de uma
metoxila de um grupo carbometoxi que acoplou via HSQC em δ
C
52,2 e
correlacionou-se via HMBC em δ
C
173,6 – sinal de deslocamento químico que indica
um carbometoxi para o C-7, este correlacionou em δ
H
2,60 d (J=11,5Hz) e δ
H
2,27 sl
correspondentes aos 2H-6, os quais acoplaram via HSQC em δ
C
32,9 (C-6). Estas
correlações conferem à abertura do anel B.
Os sinais em δ
H
2,52 d (J=4,2Hz) e δ
H
2,93 m acoplaram via HSQC em
δ
C
39,6 (C-2) e correlacionaram-se em δ
C
21,4 (Me-19), 26,4 (Me-28) e também com
o sinal de uma carbonila em δ
C
213,0, esta só poderia estar em C-3 considerando o
esqueleto básico de um limonóide.
Os sinais de duas metilas em δ
H
1,07 e δ
H
1,19 por meio do HSQC
acoplaram em δ
C
26,4 e 21,3 respectivamente, e correlacionaram via HMBC com os
sinais em δ
C
42,9 (C-5), 48,0 (C-4) e com C-3. Assim sendo, as duas metilas
corresponderam àquelas ligadas ao C–4, ou seja Me-28 e Me-29.
HMBC
H
C
11
12
13
14
30
8
1
10
9
O
O
O
OR
5
11
12
13
14
30
8
1
10
9
O
O
O
157
Analisando os dois pares de dubletos em δ
H
2,88 d (J = 18Hz) e δ
H
2,57 d (J = 18Hz) verificou-se que estes acoplaram em δ
C
33,7 e correlacionaram-se
com os sinais em δ
C
80,0 e 168,9, sendo que somente aquele em δ
H
2,58
correlacionou-se com o sinal em δ
C
41,9 (C–13). Estas correlações permitiram
atribuir os dois sinais de hidrogênio (CH
2
) ao 2H-15 e em δ
C
33,7 o C-15, assim
como, o sinal em δ
C
168,9
ao C-16.
O sinal em δ
H
0,91 da Me-18 correlacionou com os sinais em δ
C
41,9
(C-13), 28,8 (C-12), 78,0 (C-17) e 80,0. Estas correlações confirmaram as
atribuições feitas acima, como mostradas a seguir e sugeriram a presença de uma
hidroxila ou éter (OR) em C-14 (δ
C
80,0).
No espectro de RMN
1
H ao invés dos sinais de um anel furano,
observaram-se dois singletos largos em δ
H
7,30 e 6,15, atribuídos a H-22 e H-23,
respectivamente, sugerindo a presença de uma γ-hidroxibutirolactona. No espectro
de RMN
13
C a presença do substituinte em C-17 foi definida pelos sinais em δ
C
134,0
(C-20), 1168,7 (C-21), 149,7 (C-22) e 97,2 (C-23). Estas atribuições foram
confirmadas por comparação com os dados de RMN
1
H e RMN
13
C descritos para
Domesticulídeo D (SAEWAN et al., 2006), podendo desta forma, denominar a
substância – 16 de 23-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-lactona-angolensato de metila.
Ao analisar os experimentos em uma e duas dimensões da substância
17 observou-se um sinal em δ
Η
6,19 (sl), o qual via HSQC acoplou-se com o sinal
em δ
C
98,0, estes foram atribuídos ao H-23 e C-23 respectivamente.
HMBC
H
C
O
O
OR
O
20
21
22
23
16
15
14
13
17
18
12
158
Já o sinal em δ
Η
6,24 (s) acoplou via HSQC com o sinal em δ
C
122,0 o
qual foi atribuído ao C-22. No experimento de HMBC observou-se a correlação deste
sinal em δ
Η
6,24 com o sinal em δ
C
169,7, assinalado ao C-16.
Ao analisar o sinal do H-17 em δ
Η
5,60 foi possível determinar os
valores de deslocamentos químicos de C-20 e C-21 através do experimento de
HMBC, onde observou-se a correlação do H-17 com os sinais em δ
C
98,0, 122,0 e
163,6, sendo esses sinais atribuídos aos C-21, C-22 e C-20, respectivamente.
No experimento de COSY foi possível confirmar as correlações entre
os hidrogênios 21 e H-22 para essa substância.
Estas atribuições foram confirmadas por comparação com os dados de
RMN
1
H e RMN
13
C descritos para Domesticulídeo C (SAEWAN et al., 2006),
podendo desta forma denominar a substância 17 de 21-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila.
Estas substâncias estão sendo citadas pela primeira vez no gênero
Khaya, mas foram relatadas recentemente por SANTOS 2006 na espécie Cabralea
canjerana.
Os espectros de massas ESI (+) (Figura 4.93) destes limonóides
mostraram um pico em m/z = 525 [M + Na]
+
, correspondente aos isômeros 16 e 17,
condizente com a fórmula molecular C
27
H
34
O
9
.
159
(XII)
O
O
O
O
COOMe
O
OH
O
(XI)
O
O
O
O
COOMe
O
O
HO
9
11
1
3
4
28
6
8
10
15
17
18
19
13
30
1
3
4
28
10
19
18
13
15
17
11
9
8
30
6
20
20
21 21
23
23
c
Triterpeno 16
(23-hidroxi-20(22)-en-21,23-
γ-
lactona-angolensato de metila)
Triterpeno 17
(21-hidroxi-20(22)-en-21,23-
γ-
lactona-angolensato de metila)
O
CO
2
Me
O
O
O
O
O
HO
OAc
Domesticulídeo D
O
CO
2
Me
O
O
O
O
O
OH
OAc
Domesticulídeo C
160
TABELA 4.16 – Valores de RMN
13
C do triterpeno 16 (23-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila) e do triterpeno 17 (21-hidroxi-
20(22)-en-21,23-γ-lactona-angolensato de metila)
Literatura
(Domesticulide C)
SAEWAN et
al.,2006
Literatura
(Domesticulide D)
SAEWAN et
al.,2006
Triterpeno 16 Triterpeno 17
H
δ
H
δ
H
δ
H
δ
1H
1 3,53 m 3,55 dd (5,0 e 2,5) 3,50 t (5,7) 3,53 dd (6,2; 4,2)
2 2,33 dd (15,0 e 5,5) 3,06 dd (14,0 e 5,0) 2, 52 d (4,2) 2,47 d (4,2)
2 3,01 dd (14,5e 6,0) 2,37 dd (14,0e 2,5) 2,93 m 2,93 m
5 3,02 s 2,93 s 2,98 d (11,4) 2,98 d (11,4)
6 4,94 s 5,46 s 2,27 sl 2,31 sl
6 2,60 d (11,5) 2,60 d (11,5)
9 2,34 m 2,36 m 2,22 sl 2,23 m
11α 1,61 m 1,67 m 1,64 m 1,59 m
11β 2,35 m 2,41 m 2,20 m 2,20 m
12α 1,05 dt (12,5 e 4,0) 1,25 m
12β 2,05 m 1,89 dt (13,5 e 5,0)
15β 2,91 d (18,0) 2,88 d (18,0) 2,57 d (18,0) 2,59 d (20,0)
15α 2,55 d (18,0) 2,60 d (18,0) 2,88 d (18,0) 2,87 d ( 20,0)
17 5,55 s 5,58 s 5,63 s 5,60 s
18 0,93 s 0,93 s 0,91 s 0,90 s
19 1,09 s 1,06 s 0,94 s 0,92 s
21 6,14 sl 6,19 sl
22 7,29 t (1,0) 6,28 dd(1,5 e 0,5) 6,15 sl
23 6,18 s 7,30 s 6,24 s
28 1,13 s 1,09 s 1,07 s 0,96 s
29 1,44 s 1,46 s 1,19 s 1,01 s
30 5,19 s 5,24 s 4,90 s 4,92 s
30 4,94 s 4,93 s 5,15 s 5,21 s
6-
OAc
2,21 s 2,22 s
OMe 3,77 s 3,78 s 3,72 s 3,71 s
161
TABELA 4.17 – Valores de RMN
13
C do triterpeno 16 (23-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila) e do triterpeno 17 (21-hidroxi-
20(22)-en-21,23-γ-lactona-angolensato de metila)
Literatura
(Domesticulide
C)
SAEWAN et
al.,2006
Literatura
(Domesticulide D)
SAEWAN et
al.,2006
Triterpeno 16 Triterpeno 17
C
δ
6L
δ
6L
δ
4E
δ
5E
1 77,8 78,2 77,2 77,3
2 39,1 38,9 39,3 39,6
3 211,6 211,6 212,6 213,0
4 48,8 48,7 47,9 48,0
5 46,3 46,6 42,9 42,9
6 72,4 72,2 32,6 32,9
7 170,7 170,8 173,9 173,6
8 145,2 144,7 145,4 144,9
9 50,5 50,4 49,5 50,0
10 44,2 44,4 44,0 43,9
11 24,1 24,0 23,8 23,6
12 28,4 28,7 29,3 28,8
13 41,8 41,8 41,8 41,9
14 80,2 80,3 79,9 80,0
15 33,7 33,4 33,5 33,7
16 170,1 169,0 169,7 168,9
17 78,2 79,9 77,8 78,0
18 13,6 14,2 14,3 13,6
19 22,8 22,6 21,6 21,4
20 133,9 163,5 163,6 134,0
21 170,7 98,2 98,0 168,7
22 150,1 121,6 122,0 149,7
23 97,6 169,4 173,6 97,2
28 23,6 23,8 25,8 26,4
29 24,7 24,7 21,6 21,3
30 112,0 112,5 111,9 112,4
6-OAc 170,0 170,5 - -
21,1 21,1 - -
OMe 53,0 170,5 52,3 52,2
162
FIGURA 4.87 – Espectro de RMN
1
H da mistura de 23-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (16) 21-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (17) (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.88 –
Espectro de RMN
13
C da mistura de 23-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (16) 21-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (17) (400 MHz, CDCl
3
).
163
FIGURA 4.89 –
Espectro de RMN
13
C (PENDANT) da mistura de 23-hidroxi-20(22)-
en-21,23-γ-lactona-angolensato de metila (16) 21-hidroxi-20(22)-
en-21,23-γ-lactona-angolensato de metila (17) (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.90 –
Espectro de HSQC da mistura de 23-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (16) 21-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (17) (400 MHz, CDCl
3
).
164
FIGURA 4.91 –
Espectro de HMBC da mistura de 23-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (16) 21-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (17) (400 MHz, CDCl
3
).
FIGURA 4.92 – Espectro de COSY da mistura de 23-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (16) 21-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-
lactona-angolensato de metila (17) (400 MHz, CDCl
3
).
165
FIGURA 4.93 –
Espectro de massas ESI (+) da mistura de 23-hidroxi-20(22)-en-
21,23-γ-lactona-angolensato de metila (16) 21-hidroxi-20(22)-
en-21,23-γ-lactona-angolensato de metila (17)
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
P11_pos 1095 (28.141) Cm (1089:1114) 1: Scan ES+
1.04e8
525
547
557
167
5 - Resultados e Discussões do Perfil Químico de Khaya Ivorensis Sintomática
e Não Sintomática ao Fungo
Botryosphaeria Rhodina
5.1 - Desenvolvimento de método para análise do perfil químico da espécie
Khaya ivorensis sintomática e não sintomática ao fungo Botryosphaeria
rhodina
Para o desenvolvimento de métodos de análise de substâncias em
matrizes complexas através de Cromatografia Líquida de alta eficiência, faz-se
necessário a investigação e ajuste de diversos parâmetros. Muitos métodos
cromatográficos são descritos na literatura para a quantificação de extratos,
empregando as mais diversificadas técnicas de pré-purificação e preparo das
amostras, além de diversas configurações de equipamentos possíveis entre CLAE e
CL-EM. Buscando analisar o perfil químico da espécie Khaya ivorensis, tanto a
planta não sintomática como a planta sintomática ao fungo Botryosphaeria rhodina,
foi proposto o desenvolvimento de um método, que fosse seletivo, reprodutivo e de
fácil aplicação.
Desta forma, para o desenvolvimento inicial de um método analítico
de quantificação do cerne, casca do cerne e folha de K. ivorensis, escolheu-se a
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE).
A abertura de uma amostra vegetal é tradicionalmente realizada pela
técnica de extração em fase sólida, cujo objetivo é a retirada dos interferentes com
retenção seletiva das substâncias de interesse do tecido vegetal. A eficiência da
extração depende das interações químicas entre a substância e o solvente
utilizados, a migração diferencial entre duas fases imiscíveis, uma móvel e uma
estacionária chega-se a separação efetiva dos analitos de interesse. (SNYDER et al,
1997).
Portanto, iniciou-se o desenvolvimento do método, usando os
tecidos vegetais secos, triturados e uniformizando o tamanho dos grânulos, por meio
de uma peneira granulométrica. Foram testados inicialmente dois métodos de
extração:
168
Extração 1:
a) pesou-se separadamente 100 mg dos materiais vegetais [cerne (C),
casca do cerne (Cc) e folhas (F)] de K. ivorensis não sintomática ao B. rhodina
b) estes foram extraídos com 2mL de metanol, sob agitação utilizando
um agitador de tubos AP56 (PHOENIX) por 5 minutos, seguidos de filtração em um
funil analítico com o auxílio de papel filtro (INLAB tipo 10, porosidade 3,0µm).
c) repetiu-se a etapa b por mais duas vezes, obtendo-se no final 6 mL
de cada filtrado etanólico.
e) as amostras foram secas no evaporador de solventes a vácuo
(SPEEDVAC) (43
o
C/2 horas) obtendo-se 3,6, 10,6 e 16,0mg de extratos secos
respectivamente do cerne, casca do cerne e folhas não sintomáticas.
Após essa etapa foi feito um pré-tratamento das amostras,
procedimento comum e necessário antes da medida do analito de interesse. O pré-
tratamento deve promover uma melhor seletividade ao método pela eliminação de
interferentes que podem co-eluir com o analito, além de evitar danos às colunas
analíticas. O procedimento de limpeza investigado para o extrato etanólico foi à
extração em fase sólida (SPE).
A SPE é realizada pela retenção seletiva dos compostos de
interesse em uma fase estacionaria. No tratamento do extrato etanólico foi testado
cartucho de SPE empacotados com 100 mg cianopropil (CN). Assim, os extratos
etanólicos foram dissolvidos 200 µL de hexano, em seguida agitados e aplicados
nos cartuchos de SPE, já previamente condicionados com 5 mL de hexano. O tubo
de ensaio foi novamente lavado com mais 100 µL de hexano e posteriormente
aplicado lentamente ao cartucho. Em seguida a amostra é lavada com 4 mL de
hexano permitindo que o cartucho seque no final. Mais uma vez o tubo é lavado,
porém, agora com 200 µL de MeOH e aplicado ao cartucho, onde se adiciona mais
1,0 mL de MeOH para a eluições das substâncias. Foi utilizada uma câmara à vácuo
acoplada a uma bomba de vácuo, trabalhando a uma pressão próxima a 70 mmHg
onde os cartuchos eram embutidos e o fluxo de lavagem e eluição mantido
constante. Esta fração metanólica foi coletada, seca sob ar comprimido e
reconstituída em 500 µL de MeOH estando pronta para a análise. A Figura 5.1
(FORIM, 2006), mostra como foi feito o pré-tratamento das amostras.
169
Figura 5.1 –
Esquema para o pré-tratamento das amostras de Khaya ivorensis.
Extração 2:
Todo o procedimento citado anteriormente foi repetido alterando
apenas a forma de extração na etapa (c), onde a suspensão foi submetida à
extração por 15 minutos com ultra-som.
As amostras foram secas no evaporador de solventes à vacuo
(SPEEDVAC) (43
o
C/2 horas) obtendo-se: 3,2, 11,7 e 14,4mg de extratos secos
respectivamente do cerne, casca do cerne e folhas não sintomáticas ao fungo.
Assim foram realizados análises exploratórias dos extratos obtidos por
cromatografia líquida acoplada a detector de ultravioleta (CLAE-UV/DAD) usando
uma coluna C
18
Phenomenex® luna (10µm) de 150 x 4,6mm, com uma pré-coluna
C
18
Phenomenex® (4 x 3mm, 10µma) acoplada. A fase móvel foi constituída de
água (H
2
O) e ACN:MeOH (1:1), variando a porcentagem da fase orgânica de 5 à 100
% em 60 minutos, numa vazão de 1,0 mL/min.
1 mL
agitador
Hexano
MeOH
300
µ
L
5 m
L
(a)
(b)
4 m
L
Condicionamento Lavagem
200
µ
L
Seca com ar
comprimido
Reconstituir em
500
µ
L de MeOH
Análise por
CLAE
Extrato
vegetal
agitador
HexanoHexano
MeOH MeOH
µ
L
5 m
L
(a)
(b)
(c)
4 m
L
Condicionamento Lavagem
Catucho
Ciano
100 m
g
/m
L
(d)
µ
L
(e)
Seca com ar
comprimido
170
A Figura 5.2 mostra os cromatogramas obtidos para os extratos
etanólicos das folhas utilizando o método de extração 1 e 2, após tratamento com
SPE.
FIGURA 5.2 -
Cromatograma de eluição gradiente da fração etanólica de folhas de
K. ivorensis não sintomáticas ao fungo B. rhodina após tratamento por
extração em fase sólida (Varian
- Bond-eluit –CN).
Minutes
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
mAU
0
50
100
150
200
250
300
350
400
mAU
0
50
100
150
200
250
300
350
400
216 nm
Fdvm
Fdvm
Método 1
Minutes
0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
mAU
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
mAU
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
216 nm
FDSMb
FDSMb
Método 2
171
O objetivo inicial destas análises era verificar qual o método de
extração seria o mais eficiente, o envolvendo ultra-som para a extração das
amostras ou empregando a agitação mecânica. Foi observado que ambos tiveram
o mesmo rendimento e também apresentaram o mesmo perfil cromatográfico. Assim
por praticidade, optou-se por trabalhar com o método de Extração 2, fazendo uso da
extração por ultra-som.
Definido o método de extração, passou-se a analisar o melhor solvente
para a mesma. Foram testados diferentes solventes: acetato de etila,
metanol/acetonitrila (1:1), metanol e etanol. Também foi realizada uma análise
exploratória dos extratos das folhas (Figura 5.3). Os cromatogramas foram obtidos
por cromatografia líquida, nas mesmas condições citadas anteriormente. O gradiente
exploratório foi realizado com uma fase móvel constituída de água (H
2
O) e
ACN:MeOH (1:1), variando a porcentagem da fase orgânica de 20 à 100 % em 60
minutos, numa vazão de 1,0 mL/min. Analisando estes cromatogramas, pode-se
observar que o etanol teve uma melhor interação com os componentes presentes no
extrato vegetal de folhas. Devido à melhor eficiência de extração do etanol e
também por este ser considerado um solvente menos tóxico ao meio ambiente,
optou-se por utilizá-lo como solvente nas extrações.
FIGURA 5.3 -
Cromatograma de eluição gradiente da fração de folhas de K.
ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina, após tratamento por
extração em fase sólida (Varian
- Bond-eluit –CN).
Minutes
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75
mAU
0
100
200
300
400
500
600
mAU
0
100
200
300
400
500
600
217 nm
K2E-1met20
K2E-1met20
Etanol
172
FIGURA 5.3
Continuação do cromatograma de eluição gradiente da fração de
folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina, após
tratamento por extração em fase sólida (Varian
- Bond-eluit –CN).
Escolhido o método de extração, passou-se a analisar o método de
pré-tratamento das amostras. Primeiramente foi analisado por CLAE se a
utilização dos cartuchos de extração em fase sólida (CN) era eficiente nas
análises, ou seja, se estes estavam retendo satisfatoriamente os interferentes das
amostras. A condição cromatográfica utilizada foi a mesma citada anteriormente.
Notou-se, por meio dos cromatogramas representados na Figura 5.4 que a
remoção dos interferentes não foi significativa a ponto de se fazer necessário a
utilização destes cartuchos no pré-tratamento das amostras. Além disso, como o
Minut es
0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
mAU
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
mAU
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
216 nm
FDAct
FDAct
Acetato de etila
Minutes
0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
mAU
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
mAU
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
217 nm
K1M_3M
K1M_3M
Metanol
173
objetivo era analisar o perfil químico da planta sintomática e não sintomática ao
fungo, seria melhor garantir que nenhum analito de interesse fosse perdido ao
longo deste procedimento.
FIGURA 5.4 -
Cromatograma de eluição gradiente da fração de folhas de K.
ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina: (a) após tratamento por
extração em fase sólida (Varian
- Bond-eluit –CN) e (b) sem
tratamento.
Outros métodos de pré-tratamento também foram testados, como a
filtração, centrifugação, extração líquido-líquido, mas estes não forneceram
seletividade às análises. Assim, novos testes foram feitos, investigando-se o pré-
tratamento e outras possíveis combinações entre solventes orgânicos e água para
constituir a fase móvel de análise no sistema cromatográfico. Mas novamente a
Minutes
0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
mAU
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
mAU
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
217 nm
FDMH-met20
FDMH-met20
(a) Com SPE
Minutes
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75
mAU
0
100
200
300
400
500
600
mAU
0
100
200
300
400
500
600
217 nm
K2E-1met20
K2E-1met20
(b) Sem SPE
174
seletividade não foi alcançada. Outra informação obtida dos cromatogramas dos
tecidos sintomáticos e não sintomáticos (folhas, cerne e casca do cerne), foi que
eles não apresentaram nenhuma diferença que indicassem uma transformação
química nos metabólitos destes tecidos.
Optou-se assim, por fazer o estudo do perfil químico empregando a
técnica CL-EM/EM. Esta técnica utiliza a eficiência das colunas cromatográficas na
separação de substâncias complexas com a elevada capacidade de identificação
destas pelo espectrômetro de massas. O uso desta técnica foi uma alternativa para
obtenção de informações estruturais sobre os compostos presentes nos
cromatogramas fingerprinting obtidos das espécies de Khaya ivorensis não
sintomática e sintomática ao Botryosphaeria rhodina. Foi necessário ajustar as
condições cromatográficas para a obtenção dos cromatogramas com melhor
seletividade.
Segundo WOLFENDER et al., 1998 uma rápida detecção e
caracterização de produtos naturais constituem uma importante tarefa quando se
trabalha com compostos vegetais. Isto se deve ao fato que os extratos vegetais
podem apresentar muitos compostos químicos. Além do mais, a obtenção de
informações estruturais sobre estes compostos em estágios iniciais do processo de
isolamento é uma estratégia que permite guiar este procedimento de modo seletivo
e eficiente. Entretanto, segundo estes pesquisadores, devido à numerosa
diversidade e variabilidade química presente nestes extratos, podem surgir diversos
problemas de detecção e consequentemente caracterização destes constituintes.
Embora existam inúmeros detectores disponíveis no mercado
(infravermelho, ultravioleta, espalhamento de luz, fluorescência, espectrômetro de
massas), a maioria destes não permite uma detecção de todos os metabólitos
secundários presentes nos extratos vegetais.
Desta maneira, o espectrômetro de massas surge como uma excelente
ferramenta analítica, uma vez que ele permite a detecção da massa molecular da
grande maioria dos compostos químicos presentes no extrato vegetal. Além disso,
importantes informações estruturais podem ser obtidas quando estas análises são
realizadas por espectrometria de massas tandem (EM/EM)
Essas análises foram iniciadas testando os métodos extração 3 e 4,
mostrados a seguir, com objetivo de certificar-se da eficiência da extração para a
análise por CL-EM/EM.
175
Extração 3:
a) pesou-se separadamente 50 mg dos materiais vegetais (cerne,
casca do cerne e folhas) de K. ivorensis sintomática e não sintomática ao B. rhodina
b) estes foram extraídos com 2mL de H
2
O:ACN por 10 minutos em
ultra-som, seguidos de filtração em um funil analítico com o auxílio de papel filtro
(INLAB tipo 10, porosidade 3,0µm).
c) repetiu-se a etapa b, mais uma vez, obtendo-se no final 4 mL de
cada filtrado aquoso.
d) adicionou-se 2mL de clorofórmio ao filtrado e centrifugou-se por 10
minutos.
e) a parte aquosa foi separada da fase orgânica e ambas foram secas
no evaporador de solventes a vácuo (SPEEDVAC) (43
o
C/2 horas), o esquema da
extração pode ser observado na Figura 5.5 e a quantidade de extrato obtido foi
relatado na Tabela 5.1.
Figura 5.5 –
Esquema da extração 3
Tabela 5.1 -
Extratos aquoso e clorofórmico obtidos dos materiais vegetais (cerne,
casca do cerne e folhas) de K. ivorensis sintomática e não sintomática
ao B. rhodina
Sintomáticas Não-sintomáticas
Extratos aquoso
Parte Vegetal
Cerne Casca
do cerne
Folhas Cerne Casca
do cerne
Folhas
Massa (mg)
4,8 12,0 12,8 2,6 11,7 13,4
Extratos clorofórmico
Parte Vegetal
Cerne Casca
do cerne
Folhas Cerne Casca
do cerne
Folhas
Massa (mg)
1,3 2,2 2,6 1,2 2,1 2,9
Extrato vegetal
50mg
H
2
O:ACN
(2mL)
+
Ultra-som 10min
+
Clorofórmio
(4mL)
aquoso clorofórmio
+
Extrato vegetal
50mg
H
2
O:ACN
(2mL)
+
Ultra-som 10min
+
Clorofórmio
(4mL)
aquoso clorofórmio
+
176
f) posteriormente estes foram reconstituídos em MeOH e analisados
por CL/UV/EM. Os cromatogramas dos íons totais (TIC) juntamente com os
espectros de massas foram obtidos no modo positivo, como pode-se observar nas
Figuras 5.6 a 5.7.
As separações cromatográficas por CL/UV/EM foram realizadas em
coluna C
18
Phenomenex® luna (10µm) de 150 x 4,6mm, com uma pré-coluna C
18
Phenomenex® (4 x 3mm, 10µm) acoplada, método gradiente, fase móvel
água:metanol (10-100%) com pressão do sistema mantida entre 50- 70bar. A coluna
foi mantida à temperatura de 40
o
C, e uma válvula de desvio de fluxo da coluna foi
empregada para desviar o eluente a fim que entrasse somente uma vazão de
0,3mL/min da amostra no aparelho, com um tempo total de corrida 30 minutos. A
temperatura do auto-injetor foi mantida em 10
o
C com volume de injeção de 40µL.
Outras condições de análises CL/MS foram: probe de electrospray
positivo, potencial do capilar = 3,60 kvolts, potencial do cone = 36 volts, potencial do
cone extrator = 5 volts, lentes RF = 0,70 volts, temperatura de dessolvatação =
300
o
C, temperatura do bloco da fonte= 70
o
C, fluxo do gás de nebulização = 58
litros/hora e fluxo do gás de dessolvatação = 822 litros/hora.
177
Extração 3: fase orgânica de clorofórmio:
Folhas não-sintomática
Time
5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
%
0
100
FSA_A1_pos 1: Scan ES+
TIC
3.41e9
30.84
28.88
26.72
34.53
33.45
38.45
40.57
Figura 5.6 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmico das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao
fungo B. rhodina.
Folhas sintomática
Time
5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
%
0
100
FDA_A2_pos 1: Scan ES+
TIC
3.80e9
30.82
28.86
34.52
33.28
35.89
42.19
40.31
38.76
Figura 5.7 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmio das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina.
178
Figura 5.6a –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmico
das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
Figura 5.7a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FSA_A1_pos 574 (14.744) Cm (390:590) 1: Scan ES+
6.61e5
150
153
224
172
165
209
183
315
249
235
275
269
289
355
349
329
421
381
395
527
461
455
487
501
567
561
593
607
633
FSA_A1_pos 370 (9.512) Cm (189:384) 1: Scan ES+
5.76e5
150
153
224
156
178
181
203
275
269
235
309
277
315
415
349
375
381
521
487
455
421
587
527
547
FSA_A1_pos 120 (3.102) Cm (6:201) 1: Scan ES+
5.10e5
150
224
153
166
181
203
217 269
229
243
365
309
277
343
t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FDA_A2_pos 583 (14.976) Cm (387:583) 1: Scan ES+
6.64e5
150
151
153
224
172
209
183
315
249
235
275
269
289
355
349
323
421
381
415
527
461
455
501
495
561
555
567
587
607
FDA_A2_pos 383 (9.846) Cm (193:389) 1: Scan ES+
6.03e5
150
151
153
224
178
165
203
217
275
269
235
309
277
315
415
349
375
381
455
421
521
487
481
494
527
547
587
FDA_A2_pos 120 (3.102) Cm (4:197) 1: Scan ES+
5.46e5
150
151
224
153
167
203
181
365
269
229
243
277
309
343
321
t
R
:1 - 5 min
t
R
: 5 - 10 min
t
R
: 10 - 15min
179
Figura 5.6b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 25min.
Figura 5.7b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 25min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FSA_A1_pos 967 (24.838) Cm (871:968) 1: Scan ES+
1.34e6
183
183
150
172
153
183
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689
707
FSA_A1_pos 752 (19.314) Cm (584:779) 1: Scan ES+
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209
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289
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387
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:15 – 20 min
t
R
:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
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%
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150
151
172
153
183
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241
209
201
223
233
471
289
279
259
299
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325
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FDA_A2_pos 752 (19.315) Cm (577:783) 1: Scan ES+
6.78e5
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209
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241
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587
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t
R
:15 – 20 min
t
R
:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
180
Figura 5.6c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 25 a 35min.
Figura 5.7c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 25 a 35min.
amostra_Ka
m/z
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%
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%
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197
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229
281
259
534
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321
339
359
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379
415
532
495
477
517
594
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592
590
636
608
634
650
FSA_A1_pos 1040 (26.717) Cm (971:1070) 1: Scan ES+
1.72e6
183
150
172
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183
566
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241
201
223
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281
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321
307
347
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379
387
407
550
437
427
535
477
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495
517
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582
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608
668
654
652
696
692
732
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 - 30 min
t
R
:32,5 - 35min
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m/z
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%
0
100
%
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100
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534
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FDA_A2_pos 1123 (28.862) Cm (1069:1170) 1: Scan ES+
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197
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281
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339
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183
150
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183
566
241
201
223
299
259
281
357
317
321
347
415
379
369
387
413
550
437
427
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477
445
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598
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654
652
696
691
731
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 - 30 min
t
R
:32,5 - 35min
181
Figura 5.6d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 35 a 45min.
Figura 5.7d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 35 a 45min.
amostra_Ka
m/z
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%
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%
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100
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185
185
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337
357
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533
577
547
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587
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666
631
719
690
729
744
FSA_A1_pos 1495 (38.454) Cm (1461:1554) 1: Scan ES+
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172
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631
621
591
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676
719
690
743
FSA_A1_pos 1378 (35.436) Cm (1357:1458) 1: Scan ES+
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172
171
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217
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284
269
243
327
287
301
381
371
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442
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470
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523
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547
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621
646
680
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 - 40 min
t
R
:40 - 45min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
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%
0
100
%
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185
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337
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391
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435
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523
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533
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547
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730
744
FDA_A2_pos 1468 (37.779) Cm (1461:1555) 1: Scan ES+
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239
225
217
199
213
239
283
261
269
284
327
293
307
371
337
351
381
391
415
479
435
449
465
523
493
503
533
577
547
666
622
600
631
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719
690
729
744
FDA_A2_pos 1342 (34.523) Cm (1268:1362) 1: Scan ES+
1.22e7
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394
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382
239
217
199
284
269
353
301
327
415
500
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444
482
516
534
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 - 40 min
t
R
:40 - 45min
182
Cerne não-sintomático
Time
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29.60
33.44
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Figura 5.8 –
Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmio do cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo
B. rhodina.
Cerne sintomático
Time
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TIC
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30.81
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37.93
39.43
42.19
Figura 5.9 –
Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmio do cerne de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina.
183
Figura 5.8a –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio do
cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
Figura 5.9a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio do
cerne de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 1 a 15min.
amostra_Ka
m/z
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%
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100
%
0
100
CSA_A3_pos 566 (14.541) Cm (389:579) 1: Scan ES+
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151
153
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172
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269
289
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349
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381
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455
495
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567
561
593
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633
CSA_A3_pos 380 (9.769) Cm (195:388) 1: Scan ES+
6.11e5
150
151
153
224
178
165
203
217
275
269
235
309
277
315
415
349
375
381
487
455
421
481
521
515
587
547
CSA_A3_pos 119 (3.077) Cm (1:192) 1: Scan ES+
5.80e5
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151
224
153
166
203
178
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365
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229
243
309
277
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t
R
:1 - 5 min
t
R
: 5 - 10 min
t
R
: 10 - 15min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CDA_A4_pos 575 (14.771) Cm (393:585) 1: Scan ES+
6.77e5
150
151
153
224
172
165
209
183
249
235
315
275
269
289
355
349
329
421
381
415
461
455
527
487
501
567
561
593
601
633
CDA_A4_pos 390 (10.026) Cm (193:390) 1: Scan ES+
6.02e5
150
151
224
153
165
178
181
203
275
269
235
309
277
315
415
349
381
375
521487
455
421
481
494
587
547
CDA_A4_pos 119 (3.076) Cm (2:195) 1: Scan ES+
5.26e5
150
151
224
153
203
167
181
215
366
269
229
243
309
277
343
t
R
:1 - 5 min
t
R
: 5 - 10 min
t
R
: 10 - 15min
184
Figura 5.8b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio do
cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 25min.
Figura 5.9b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio do
cerne de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 15 a 25min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
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201
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281
259
299
605
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307
583
379
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539
535
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477
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437
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151
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209
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224
241
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267
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395
387
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445
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535
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747
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:15 – 20 min
t
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:20 – 22,5 min
t
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150
151
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153
183
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241
209
201
223
539
249
289
281
259
299
329
307
355
485
379
477
387
437
517
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583
543
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747
707
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CDA_A4_pos 734 (18.853) Cm (584:777) 1: Scan ES+
6.58e5
150
151
183
172
153
183
249
209
201
224
241
541
539
289
275
259
315
299
355
329
347
501
395
387
461
453
493
519
581
579
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607
601
637
609
639
667
699
689
715 739
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R
:15 – 20 min
t
R
:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
185
Figura 5.8c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio do
cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 25 a 35min.
Figura 5.9c –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio do
cerne de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 25 a 35min.
amostra_Ka
m/z
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437
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534
534
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556
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1.89e6
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150
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171
183
183
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241
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217
299
281
259
261
289
534
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317
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495
437
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359
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749
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150
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183
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201
223
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299
259
281
357
317
321
339
415
379
369
387
408
437
419
526
477
445
462
495
517
535
570
567
593
633
611
686
641
681
691
731
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 - 30 min
t
R
:32,5 - 35min
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CDA_A4_pos 1199 (30.809) Cm (1165:1265) 1: Scan ES+
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183
518
299
241
197
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225
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269
413
357
315
317
369
384
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465
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435
458
476
534
534
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556
593
CDA_A4_pos 1036 (26.615) Cm (973:1071) 1: Scan ES+
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183
150
172
171
183
183
526
241
201
223
209
299
259
281
357
317
307
321
339
415
379
369
387
437
427
477
445
467
495
517
526
570
535
593
633
612
691
641
673
731
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 - 30 min
t
R
:32,5 - 35min
186
Figura 5.8d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio do
cerne de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 35 a 45min.
Figura 5.9d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio do
cerne de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com tempo de
retenção de 35 a 45min.
amostra_Ka
m/z
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150
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283
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261
327
284
293
371
337
351
382
391
415
479
435
449
465
523
489
503
533
577
547
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666
631
621
587
645
719
680
729
743
CSA_A3_pos 1524 (39.200) Cm (1458:1550) 1: Scan ES+
3.00e6
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172
171
157
185
413
185
239
225
217
199
239
283
261
269
327
293
307
371
337
351
381
391
415
479
435
449
465
523
493
503
533
577
547
666
600
616
622
645
680
686
719
744
CSA_A3_pos 1342 (34.500) Cm (1267:1361) 1: Scan ES+
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382
415
445
500
516
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 - 40 min
t
R
:40 - 45min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
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100
%
0
100
%
0
100
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2.89e6
185
172
171
157
185
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185
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217
239
413
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269
243
327
284
293
371
337
357
381
391
415
479
435
449
465
533
523
489
577
547
567
675
666
631
621
587
645
719
680
729
744
CDA_A4_pos 1475 (37.933) Cm (1456:1553) 1: Scan ES+
2.92e6
185
172
150
157
413
185
239
199
225
239
283
243
253
327
284
293
301
371
337
351
381
391
415
479
435
449
463
523
493
503
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600
547
577
615
621
645
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719
CDA_A4_pos 1364 (35.067) Cm (1364:1460) 1: Scan ES+
4.17e6
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283
243
273
327
287
307
371
361
382
394
415
442
435
666
479
449
523
493
516
533
547
577
616
586
645632
737
680
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 - 40 min
t
R
:40 - 45min
187
Casca do cerne não-sintomático
Time
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20.81
33.19
35.89
40.51
38.70
Figura 5.10 –
Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático
ao fungo B. rhodina.
Casca do cerne sintomático
Time
5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
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CcDA_A6_pos 1: Scan ES+
TIC
3.81e9
34.51
33.42
30.82
29.58
27.93
19.27
39.00
Figura 5.11 –
Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato clorofórmio da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao
fungo B. rhodina.
188
Figura 5.10a –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 1 a 15min.
Figura 5.11a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 1 a 15min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
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100
%
0
100
%
0
100
CcSA_A5_pos 568 (14.592) Cm (393:586) 1: Scan ES+
6.70e5
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151
153
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165
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183
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235
275
269
289
355
349
329
555
421
381
375
415
461
455
527
487
501
535
587
557
589
635
603
679
CcSA_A5_pos 385 (9.897) Cm (196:389) 1: Scan ES+
5.85e5
150
151
224
153
165
178
203
275
269
235
309
277
415
315
349
381
375
455
447
487
481
521
494
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CcSA_A5_pos 120 (3.103) Cm (2:197) 1: Scan ES+
5.15e5
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151
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277
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t
R
:1 - 5 min
t
R
: 5 - 10 min
t
R
: 10 - 15min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
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100
CcDA_A6_pos 566 (14.541) Cm (390:582) 1: Scan ES+
6.84e5
150
151
153
224
172
165
209
183
315
249
235
275
269
289
355
349
557
421
381
415
527
461
455
487
495
555
587
567
589
607
633
CcDA_A6_pos 377 (9.693) Cm (193:386) 1: Scan ES+
6.10e5
150
151
224
153
165
178
181
203
275
269
235
309
277
415
315
375
349
381
487
455
421
481
521
515
587
547
553
593
CcDA_A6_pos 119 (3.076) Cm (2:197) 1: Scan ES+
5.26e5
150
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:1 - 5 min
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: 5 - 10 min
t
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: 10 - 15min
189
Figura 5.10b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
da casca do cerne de K. ivorensiso-sintomático ao fungo
B.rhodina com tempo de retenção de 15 a 25min.
Figura 5.11b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 15 a 25min.
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:15 – 20 min
t
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:20 – 22,5 min
t
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172
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201
223
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281
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307
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172
153
167
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224
241
289
275
267
315
299
355
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387
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:15 – 20 min
t
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:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
190
Figura 5.10c –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 25 a 35min.
Figura 5.11c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 25 a 35min.
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t
R
:25 – 27,5 min
t
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:27,5 - 30 min
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:32,5 - 35min
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m/z
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t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 - 30 min
t
R
:32,5 - 35min
191
Figura 5.10d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B.
rhodina com tempo de retenção de 35 a 45min.
Figura 5.11d –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 35 a 45min.
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m/z
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R
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R
:37,5 - 40 min
t
R
:40 - 45min
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m/z
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CcDA_A6_pos 1342 (34.507) Cm (1265:1361) 1: Scan ES+
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t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 - 40 min
t
R
:40 - 45min
192
Extração 3: fase aquosa
Folhas não-sintomáticas
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Figura 5.12 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato aquoso das folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo
B. rhodina.
Folhas sintomáticas
Time
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TIC
3.83e9
34.54
29.64
Figura 5.13 –
Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato aquoso das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina.
193
Figura 5.12a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso das
folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
Figura 5.13a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
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%
0
100
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289
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349
323
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381
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527
455
447
461
487
495
567
561
593
607
633
FSAA_A8_pos 383 (9.847) Cm (197:388) 1: Scan ES+
5.71e5
150
224
153
165
181
203
217
275
269
235
309
277
415
315
375
349
381
455
447
521
487
481
494
587
547
553
FSAA_A8_pos 118 (3.052) Cm (3:194) 1: Scan ES+
5.19e5
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151
224
166
203
181
217
365
269
229
243
309
277
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315
415
375
449
487 547
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t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
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:1 - 5 min
t
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:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
194
Figura 5.12b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso das
folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 30min.
Figura 5.13b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 30min.
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t
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:20 - 25 min
t
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:25 - 30min
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:15-20 min
t
R
:20 - 25 min
t
R
:25 - 30min
195
Figura 5.12c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso das
folhas de K. ivorensis não-sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 30 a 45min.
Figura 5.13c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato clorofórmio
das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 30 a 45min.
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m/z
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FDAA_A7_pos 1344 (34.539) Cm (1169:1359) 1: Scan ES+
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Figura 5.14 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato aquoso do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B.
rhodina.
Cerne sintomático
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Figura 5.15 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato aquoso do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B.
rhodina.
197
Figura 5.14a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso do
cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
Figura 5.15a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso do
cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 1 a 15 min.
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t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
198
Figura 5.14b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso do
cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 30min.
Figura 5.15b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso do
cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 15 a 30 min.
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m/z
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CDAA_A9_pos 966 (24.812) Cm (781:975) 1: Scan ES+
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CDAA_A9_pos 756 (19.418) Cm (583:780) 1: Scan ES+
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387
357
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453
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R
:15-20 min
t
R
:20 - 25 min
t
R
:25 - 30min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
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603
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172
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156
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209
201
224
223
241
289
275
259
315
299
355
329
347
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387
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453
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493
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527
543
559
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609
t
R
:15 - 20 min
t
R
:20 - 25 min
t
R
:25 - 30min
199
Figura 5.14c –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso do
cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 30 a 45min.
Figura 5.15c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso do
cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 30 a 45min.
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523
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547
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577
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415
446
444
458
534
t
R
:30 - 35 min
t
R
:35 - 40 min
t
R
:40 - 45min
t
R
:30 - 35 min
t
R
:35 - 40 min
t
R
:40 - 45min
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m/z
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523
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CSAA_A12_pos 1343 (34.510) Cm (1174:1360) 1: Scan ES+
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327
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382
415
446
444
534
t
R
:30-35 min
t
R
:35 – 40 min
t
R
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200
Casca do cerne não-sintomático
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Figura 5.16 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato aquoso da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomática ao
fungo B. rhodina.
Casca do cerne sintomático
Time
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38.73
36.95
Figura 5.17 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato aquoso da casca do cerne de K. ivorensis sintomática ao
fungo B. rhodina.
201
Figura 5.16a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso da
casca do cerne de K. ivorensis não-sintomática ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 1 a 15min.
Figura 5.17a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso da
casca do cerne de K. ivorensis sintomática ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
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R
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t
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:5 - 10 min
t
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605
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309
277
602
415
315
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521487
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CcDM_A15_pos 118 (3.052) Cm (2:194) 1: Scan ES+
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441
t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
202
Figura 5.16b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso da
casca do cerne de K. ivorensis não-sintomática ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 15 a 30min.
Figura 5.17b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso da
casca do cerne de K. ivorensis sintomática ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 30min.
amostra_Ka
m/z
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299
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395
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357
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453
445
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535
503
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641
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699
649
739
715
t
R
:15-20 min
t
R
:20 - 25 min
t
R
:25 - 30min
amostra_Ka
m/z
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172
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R
:15-20 min
t
R
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t
R
:25 - 30min
203
Figura 5.16c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso da
casca do cerne de K. ivorensis não-sintomática ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 30 a 35min.
Figura 5.17c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato aquoso da
casca do cerne de K. ivorensis sintomática ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 30 a 35min.
amostra_Ka
m/z
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666
675
719
689
729
744
CcSM_A16_pos 1343 (34.526) Cm (1167:1363) 1: Scan ES+
7.41e6
413
172
150
185
299
239
225
211
241
259
283
382
353
301
327
357
384
415
534
445
444
642
576
t
R
:30 - 35 min
t
R
:35 - 40 min
t
R
:40 - 45min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CcDM_A15_pos 1689 (43.458) Cm (1556:1751) 1: Scan ES+
3.00e6
185
172
150
157
185
239
225
199
217
239
413
283
269
253
327
284
293
317
371
337
347
381
391
640
479
415
435
425
449
465
533
523
489
577
547
567
631
621
587
675
666
730
720
690
743
CcDM_A15_pos 1366 (35.122) Cm (1366:1552) 1: Scan ES+
3.33e6
413
185
172
150
157
185
239
199
225
283
243
269
327
284
293
307
371
337
351
382
391
415
479
435
449
463
533
523
493
666
577
547
561
632
621
601
645
680
743729
719
689
CcDM_A15_pos 1344 (34.554) Cm (1169:1361) 1: Scan ES+
7.59e6
413
172
150
185
299
259
237
217
197
281
353
301
327
382
357
384
415
534
446
444
576
t
R
:30 - 35 min
t
R
:35 - 40 min
t
R
:40 - 45min
204
Extração 4:
a) pesou-se separadamente 50 mg dos materiais vegetais (cerne,
casca do cerne e folhas) de K. ivorensis sintomática e não sintomática ao B. rhodina
b) estes foram sonicados com 2mL de etanol por 10 minutos em ultra-
som e seguidos de filtração em um funil analítico com o auxílio de papel filtro.
d) repetiu-se a etapa b por mais duas vezes, obtendo-se no final 6 mL
de cada filtrado etanólico
e) os filtrados foram secos no evaporador de solventes à vacuo
(SPEEDVAC) (43
o
C/2 horas), de acordo com o esquema apresentado na figura 5.18
e a quantidade de extrato obtido foi relatada na tabela 5.2.
Figura 5.18 – Esquema para a extração 4.
Tabela 5.2 - Extratos etanólico obtidos dos materiais vegetais (cerne, casca do
cerne e folhas) de K. ivorensis sintomática e não sintomática ao B.
rhodina
Sintomáticas Não-sintomáticas
Parte Vegetal
Cerne Casca do
cerne
Folhas Cerne Casca do
cerne
Folhas
Massa (mg)
1,7 5,3 9,4 1,5 5,4 9,3
Estes extratos etanólicos foram tratados dissolvendo-os em 200 µL de
hexano, em seguida sendo agitados e aplicados num cartucho de extração em fase
sólida de 100 mg de ciano como fase estacionária, já previamente condicionado com
5 mL de hexano. O mesmo extrato é novamente lavado com mais 100 µL de hexano
e aplicado lentamente ao cartucho. Em seguida a amostra é lavada com 4 mL de
hexano permitindo que o cartucho seque no final. Mais uma vez o tubo é lavado,
porém, agora com 200 µL de MeOH e aplicado ao cartucho, onde se adiciona mais
1,0 mL de MeOH para as eluições das substâncias. Foi utilizada uma câmara à
vácuo acoplada a uma bomba de vácuo, trabalhando a uma pressão próxima a 70
mmHg onde os cartuchos eram introduzidos e o fluxo de lavagem e eluição mantido
Extrato vegetal
50mg
Etanol
(2mL)
+
Ultra-som 10min
3 vezes
Extrato vegetal
50mg
Etanol
(2mL)
+
Ultra-som 10min
3 vezes
205
constante. Estas frações metanólicas foram secas sob ar comprimido e reconstituída
em 500 µL de MeOH e analisadas por CL/EM, como mostram as Figura 5.19 a 5.24.
As separações cromatográficas por CL/UV/EM foram realizadas em
coluna C
18
Phenomenex® luna (10µm) de 150 x 4,6mm, com uma pré-coluna C
18
Phenomenex® (4 x 3mm, 10µm) acoplada, método gradiente, fase móvel
água:metanol (10-100%) com pressão do sistema mantida entre 50- 70bar. A coluna
foi mantida à temperatura de 40
o
C, e uma válvula de desvio de fluxo da coluna foi
empregada para desviar o eluente a fim que entrasse somente uma vazão de
0,3mL/min da amostra no EM, com um tempo total de corrida 30 minutos. A
temperatura do auto-injetor foi mantida em 10
o
C com volume de injeção de 40µL.
Outras condições de análises do CL/MS, como já mostradas
anteriormente, foram: probe de electrospray positivo, potencial do capilar = 3,60
kvolts, potencial do cone = 36 volts, potencial do cone extrator = 5 volts, lentes RF =
0,70 volts, temperatura de dessolvatação = 300
o
C, temperatura do bloco da fonte=
70
o
C, fluxo do gás de nebulização = 58 litros/hora e fluxo do gás de dessolvatação =
822 litros/hora.
206
Extração 4: extrato etanólico
Folhas não-sintomáticas
Time
5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
%
0
100
FSN_A13_pos 1: Scan ES+
TIC
3.61e9
34.50
30.84
29.63
3.08
33.41
37.23
40.25
Figura 5.19 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato etanólico das folhas de K. ivorensis não - sintomático ao
fungo B. rhodina.
Folhas sintomáticas
Time
5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
%
0
100
FDN_A14_pos 1: Scan ES+
TIC
3.54e9
34.55
30.81
29.58
3.08
33.42
37.26
Figura 5.20 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato etanólico das folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B.
rhodina.
207
Figura 5.19a –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico das
folhas de K. ivorensis não - sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
Figura 5.20a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico das
folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 1 a 15min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FSN_A13_pos 583 (14.977) Cm (390:584) 1: Scan ES+
6.57e5
150
151
153
224
172
156
209
183
315
249
235
275
269
289
355
349
329
421
381
410
527
461
455
487
501
561
535
567
593
601
633
FSN_A13_pos 387 (9.949) Cm (193:389) 1: Scan ES+
5.97e5
150
151
224
153
166
178
203
217
275
269
235
309
277
315
415
349
375
381
487
455
421
481
521
515
587
547
553
FSN_A13_pos 119 (3.076) Cm (2:198) 1: Scan ES+
5.09e5
150
151
224
166
203
181
195
215
365
269
237
243
321
277
309
343
515
t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FDN_A14_pos 576 (14.797) Cm (389:582) 1: Scan ES+
6.82e5
150
151
224
153
172
156
209
183
315
249
235
275
269
289
355
349
329
421
409
381
461
455
527
487
495
561
541
567
593
601
633
FDN_A14_pos 381 (9.795) Cm (192:388) 1: Scan ES+
5.68e5
150
151
224
153
165
178
203
217
275
269
235
243
315
309
415
343
341
349 381
399
521
455
421
487
481
494
547
587
553
593
FDN_A14_pos 119 (3.076) Cm (3:194) 1: Scan ES+
5.02e5
150
151
224
167
203
181
195
215
365
321
269
229
261
277
291
343
515
415
527
t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
208
Figura 5.19b – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico das
folhas de K. ivorensis não - sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 25min.
Figura 5.20b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico das
folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 15 a 25min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FSN_A13_pos 962 (24.710) Cm (877:973) 1: Scan ES+
1.50e6
183
150
172
157
183
241
201
223
299
249
281
259
277
357
321
307
329
379
369
437
415
387
477
471
543
535
485
495
633
583
575
593
625
641
731
691
681
699
739
FSN_A13_pos 827 (21.242) Cm (779:876) 1: Scan ES+
1.00e6
183
150
151
172
153
183
471
249
241
209
201
223
289
281
259
299
329
307
355
379
387
437
419
445
634
487
543
493
535
551
583
617
601
649
747
681
699
731
707
FSN_A13_pos 750 (19.264) Cm (582:781) 1: Scan ES+
6.47e5
150
151
183
172
153
183
249
209
201
224
223
241
289
275
259
355
315
299
329
347
539
395
387
369
461
453
411
501
475
527
633
541
561
649
707
699
681
739
t
R
:15 – 20 min
t
R
:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FDN_A14_pos 967 (24.840) Cm (878:972) 1: Scan ES+
1.52e6
183
150
172
157
183
183
241
201
223
299
249
281
259
357
321
307
329
379
369
437
415
387
477
445
485
535
495
543
633
583
575
593
601
641
739
731
FDN_A14_pos 875 (22.476) Cm (780:877) 1: Scan ES+
1.02e6
183
183
150
151
172
153
183
249
241
209
201
223
471
289
281
259
299
329
307
379
355
437
387
395
445
633
487
543
493
535
551
575
584
617
641
649
739
689
681
699
FDN_A14_pos 750 (19.264) Cm (585:779) 1: Scan ES+
6.47e5
150
151
183
172
153
183
249
249
209
201
224
223
241
289
275
267
355
315
299
329
347
539
395
387
369
411
453
445
501
461
475
511
633
541
561
620
581
641
699
681
679
739
707
t
R
:15 – 20 min
t
R
:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
209
Figura 5.19c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico das
folhas de K. ivorensis não - sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 25 a 35min.
Figura 5.20c –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico das
folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 25 a 35min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FSN_A13_pos 1200 (30.836) Cm (1166:1263) 1: Scan ES+
8.51e6
534
183
150
518
299
241
197
211
225
259
281
413
357
315
370
476
534
576
534
556
618
FSN_A13_pos 1153 (29.626) Cm (1075:1169) 1: Scan ES+
1.89e6
183
150
172
171
183
594
301
241
197
201
229
299
259
281
269
550
534
357
317
321
339
437
415
379
360
413
495
477
465
505
531
535
566
592
636
608
633
691
651
661
731
FSN_A13_pos 1048 (26.922) Cm (977:1074) 1: Scan ES+
1.88e6
183
150
172
171
183
183
241
201
223
209
299
259
281
357
321
307
339
437
415
379
369
397
427
566
477
445
455
535
495
517
550
654
593
633
626
668
691
731
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 – 32,5 min
t
R
:32,5 – 35min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FDN_A14_pos 1199 (30.812) Cm (1168:1262) 1: Scan ES+
8.67e6
534
183
150
518
299
241
197
211
225
259
281
357
315
414
370
476
534
576
556
618
FDN_A14_pos 1151 (29.575) Cm (1072:1165) 1: Scan ES+
1.91e6
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171
183
183
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289
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317
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534
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415
379
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477
465
505
531
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592
636
595
608
691
652
673
731
FDN_A14_pos 1072 (27.540) Cm (973:1072) 1: Scan ES+
1.92e6
183
150
172
157
183
183
241
201
223
209
299
259
281
357
321
307
339
566
415
379
370
397
437
427
477
445
465
535
495
517
550
593
575
626
609
633
654
668
691
732
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 – 32,5 min
t
R
:32,5 – 35min
210
Figura 5.19d –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico das
folhas de K. ivorensis não - sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 35 a 45min.
Figura 5.20d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico das
folhas de K. ivorensis sintomáticas ao fungo B. rhodina com tempo
de retenção de 35 a 45min.
amostra_Ka
m/z
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100
%
0
100
%
0
100
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172
171
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185
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225
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239
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283
269
253
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284
293
307
371
337
347
381
391
479
415
435
425
449
465
533
523
489
577
547
567
675
631
621
587
666
645
719
680
729
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FSN_A13_pos 1383 (35.557) Cm (1362:1459) 1: Scan ES+
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284
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479
435
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533
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446
444
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 – 40 min
t
R
:40-45min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
FDN_A14_pos 1687 (43.403) Cm (1552:1749) 1: Scan ES+
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185
172
171
157
185
239
225
199
217
239
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269
253
327
284
293
307
371
337
347
381
391
479
415
435
425
449
465
533
523
489
577
547
567
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632
621
587
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645
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689
700
729
744
FDN_A14_pos 1363 (35.045) Cm (1362:1456) 1: Scan ES+
4.35e6
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185
172
171
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243
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285
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371
337
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392
415
486
479
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442
534
523
493
666
547
577
561
621
591
601
631 645
680
FDN_A14_pos 1344 (34.555) Cm (1263:1361) 1: Scan ES+
1.41e7
413
353
185
172
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225
199
283
301
382
415
445
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 – 40 min
t
R
:40-45min
211
Cerne não-sintomático
Time
5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
%
0
100
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29.65
3.08
Figura 5.21 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato etanólico do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo
B. rhodina.
Cerne sintomático
Time
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TIC
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3.03
40.53
Figura 5.22 –
Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato etanólico do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B.
rhodina.
212
Figura 5.21a –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico do
cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
Figura 5.22a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico do
cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com tempo de
retenção de 1 a 15min.
amostra_Ka
m/z
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0
100
%
0
100
%
0
100
CSM_A18_pos 575 (14.771) Cm (390:584) 1: Scan ES+
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153
224
172
156
209
183
315
249
235
275
269
289
355
349
329
421
381
375
415
527
461
455
487
501
567
561
593
601
633
CSM_A18_pos 387 (9.948) Cm (189:391) 1: Scan ES+
5.29e5
150
224
153
165
178
203
275
269
235
309
277
415
315
349
355
375
409
455
447
487
481
521
494
587
547
553
593
621
CSM_A18_pos 119 (3.076) Cm (2:196) 1: Scan ES+
4.61e5
150
365
224
203
153
166
181
195
222
269
229
255
277
309
343
527
515
415
409
375
449
t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CDM_A17_pos 573 (14.720) Cm (389:584) 1: Scan ES+
5.96e5
150
153
224
172
156
209
183
315
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269
289
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349
329
527
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421
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455
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501
567
561
601
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607
699
CDM_A17_pos 386 (9.922) Cm (192:387) 1: Scan ES+
5.09e5
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224
153
165
181
203
275
269
235
309
277
315
415
375
349
381
455
447
487
481
521
515
547
587
555
593
621
CDM_A17_pos 117 (3.025) Cm (1:195) 1: Scan ES+
4.48e5
150
365
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203
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181
195
215
269
248
277
309
343
321
527
381
515
415
449
t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
213
Figura 5.21b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico do
cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 25min.
Figura 5.22b –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico do
cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com tempo de
retenção de 15 a 25min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
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0
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%
0
100
%
0
100
CSM_A18_pos 973 (24.991) Cm (878:973) 1: Scan ES+
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150
172
157
183
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201
223
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387
445
467
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485
495
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583
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593
633
691
681
739
699
CSM_A18_pos 866 (22.243) Cm (780:875) 1: Scan ES+
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183
150
151
172
153
183
249
241
209
201
223
289
281
259
299
329
321
379
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485
387
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435
419
477
445
535
503
583
551
641
601
633
649
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699
689
681
731
CSM_A18_pos 753 (19.340) Cm (587:780) 1: Scan ES+
6.04e5
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183
172
153
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183
249
209
201
224
241
249
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329
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387
357
461
453
421
535
501
485
527
541
581
567
607
t
R
:15 – 20 min
t
R
:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
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100
%
0
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%
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CDM_A17_pos 973 (24.991) Cm (878:975) 1: Scan ES+
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201
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321
307
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633
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739
CDM_A17_pos 877 (22.526) Cm (781:877) 1: Scan ES+
9.82e5
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150
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183
183
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241
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201
223
249
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307
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355
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535
503
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612
641
633
644
CDM_A17_pos 750 (19.264) Cm (587:780) 1: Scan ES+
5.95e5
150
183
172
153
167
183
249
209
201
224
241
289
275
259
539
315
299
355
329
347
395
387
369
501
461
453
421
493
535
503
541
581
543
561
609
601
633
649
707
699
687
739
731
747
t
R
:15 – 20 min
t
R
:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
214
Figura 5.21c –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico do
cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 25 a 35min.
Figura 5.22c – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico do
cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com tempo de
retenção de 25 a 35min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
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CSM_A18_pos 1200 (30.829) Cm (1169:1264) 1: Scan ES+
1.73e6
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150
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225
259
281
357
329
315
339
413
369
384
407
415
518
495
437
435
465
534
535
576
563
553
660
593
603
633
691
675
731
729
745
CSM_A18_pos 1154 (29.645) Cm (1072:1170) 1: Scan ES+
1.93e6
183
150
172
171
183
301
241
197
201
229
299
259
281
289
357
321
339
437
415
379
359
397
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535
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477
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505
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603
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691
651
673
731
CSM_A18_pos 1027 (26.379) Cm (976:1071) 1: Scan ES+
1.89e6
183
150
172
157
183
241
201
223
209
299
259
281
357
317
321
339
491
379
369
437
415
397
427
477
445
465
535
495
593
543
575
633
691
641
673
731
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 – 32,5 min
t
R
:32,5 – 35min
amostra_Ka
m/z
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0
100
%
0
100
%
0
100
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1.20e6
183
150
172
171
157
183
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241
197
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225
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315
317
339
369
384
407
534
415
495465
437
435
445
505
519
535
563
549
593
660
603
633
691
676
719
730
749
CDM_A17_pos 1154 (29.644) Cm (1074:1169) 1: Scan ES+
1.93e6
183
151
172
171
183
183
301
241
197
201
229
299
259
281
269
289
357
317
321
339
437
415
379
360
397
495
477
465
535
505
549
593
553
633
603
691
651
673
731
701
CDM_A17_pos 1070 (27.484) Cm (974:1071) 1: Scan ES+
1.84e6
183
150
172
171
183
241
201
223
209
299
259
281
357
321
307
339
437
379
369
415
397
427
526
477
445
455
495 517
535
593
575
553
633
691
642
673
731
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 – 32,5 min
t
R
:32,5 – 35min
215
Figura 5.21d – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico do
cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 35 a 45min.
Figura 5.22d –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico do
cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com tempo de
retenção de 35 a 45min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
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100
%
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100
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3.11e6
185
172
150
157
185
239
225
199
217
239
413
283
271
269
327
284
293
307
371
337
351
381
391
479
415
435
425
449
465
533
523
489
577
547
567
675
632
621
587
666
645
719
689
699
729
743
CSM_A18_pos 1357 (34.877) Cm (1357:1458) 1: Scan ES+
5.39e6
413
185
172
171
157
185
239
199 225
283
243
269
327
287
307 371
337
382
391
415
479
435
442
533
523
493
666
577
547
591
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631
680
CSM_A18_pos 1345 (34.566) Cm (1265:1362) 1: Scan ES+
1.49e7
413
185
172
150
239
225
199
382
353
283
301
415
445
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 – 40 min
t
R
:40-45min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CDM_A17_pos 1687 (43.390) Cm (1548:1749) 1: Scan ES+
3.18e6
185
172
150
157
185
239
225
199
217
239
413
283
269
253
327
293
307
371
337
347
381
391
479
415
435
425
449
465
533
523
489
577
547
567
675
631
621
587
666
645
719
689
729
743
CDM_A17_pos 1364 (35.056) Cm (1364:1459) 1: Scan ES+
4.63e6
413
185
172
171
157
185
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199
225
283
243
269
327
284
307
371
337
382
391
415
479
435
442
533
523
493
666
577547
621591
631
645
680
CDM_A17_pos 1345 (34.565) Cm (1263:1362) 1: Scan ES+
1.48e7
413
185
172
150
382
239
225
199
353
301283
394
415
445
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 – 40 min
t
R
:40-45min
216
Casca do cerne não-sintomático
Time
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33.47
30.84
29.65
19.27
3.08
21.60
36.87
Figura 5.23 – Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato etanólico da casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático
ao fungo B. rhodina.
Casca do cerne sintomático
Time
5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00
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TIC
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29.63
19.29
3.05
21.63
41.60
38.73
36.95
Figura 5.24 –
Cromatograma de íons totais electrospray (TIC) modo positivo do
extrato etanólico da casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao
fungo B. rhodina.
217
Figura 5.23a –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico da
casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 1 a 15min.
Figura 5.24a – Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico da
casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 1 a 15min.
amostra_Ka
m/z
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%
0
100
%
0
100
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6.27e5
150
153
224
172
156
209
183
217
315
249
235
275
269
289
445
355
349
329
421
381
375
415
461
487
527
501
601
567
561
593
633
607
667
CcSM_A16_pos 389 (10.000) Cm (194:393) 1: Scan ES+
5.61e5
150
224
153
156
178
203
275
269
235
309
277
415
315
349 375
381
601
455
421
521
487
481
494
547 587
553
CcSM_A16_pos 119 (3.077) Cm (3:193) 1: Scan ES+
4.61e5
150
366
224
166
203
181
195
215
269
229
243
277
309
343 527
382
515
415
t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CcDM_A15_pos 583 (14.977) Cm (391:585) 1: Scan ES+
6.46e5
150
151
153
224
172
156
209
183
445
315
249
235
275
269
289
355
349
421
381
415
435
461
601
527
501
487
567
561
593
733
605
CcDM_A15_pos 381 (9.796) Cm (194:388) 1: Scan ES+
5.74e5
150
151
224
153
165
178
203
217
275
269
235
309
277
602
415
315
349
375
381
521
487455
421
481
515 547
587
CcDM_A15_pos 118 (3.052) Cm (11:189) 1: Scan ES+
4.70e5
150
365
151
224
203
153
166
177
195
219
281
248
269
362
309
343
367
527
381
441
t
R
:1 - 5 min
t
R
:5 - 10 min
t
R
:10 - 15min
218
Figura 5.23b –
Espectros de massas dos analitos presentes do extrato etanólico da
casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 15 a 25min.
Figura 5.24b – Espectros de massas dos analitos presentes do extrato etanólico da
casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 15 a 25min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CcSM_A16_pos 969 (24.893) Cm (872:973) 1: Scan ES+
1.48e6
183
150
172
157
183
241
201
223
299
249
281
259
565
357
321
307
329
379
369
437
387
415
477
445
543
535
485
495
551
568
644
583
641
601
665
686 739691
731
CcSM_A16_pos 841 (21.602) Cm (780:875) 1: Scan ES+
1.01e6
183
150
172
153
183
249
241
209
201
223
644
289
281
259
611
583
299
321
307
329
543
379
355
437
387
427
485
477
445
525
503
551
567
585
634
645
683
659
699
707
739
747
CcSM_A16_pos 750 (19.265) Cm (586:779) 1: Scan ES+
6.02e5
150
183
172
153
156
183
249
209
201
224
217
241
539
249
289
275
259
355
315
299
329
347
395
387
357
501
461
453
445
485
535
503
541
561
581
601
641
633
707
699
649
739
715
t
R
:15 – 20 min
t
R
:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CcDM_A15_pos 959 (24.638) Cm (872:970) 1: Scan ES+
1.46e6
183
150
172
157
183
241
201
223
249
299
281
259
565
357
321
307
329
379
369
437
415
387
477
445
543
485
535
525
545
567
644
583
641
626
666
685
731
691
739
CcDM_A15_pos 842 (21.630) Cm (778:876) 1: Scan ES+
9.66e5
183
150
172
153
183
249
241
209
201
223
612
289
281
259
583
299
329
307
551
379
355
539
485
437
387
395
427
445
471
525
495
567
585
644
633
644
683
659
699
748
727
708
CcDM_A15_pos 751 (19.291) Cm (583:779) 1: Scan ES+
5.98e5
150
539
183
172
172
153
183
249
209
201
224
241
249
289
275
259
315
307
355
329
339
455
395
387
357
445
421
501
485
477
519
541
581
561
617
601
639
641
707
699
657
739
715
747
t
R
:15 – 20 min
t
R
:20 – 22,5 min
t
R
:22,5 - 25min
219
Figura 5.23c –
Espectros de massas dos analitos presentes do extrato etanólico da
casca do cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina
com tempo de retenção de 25 a 35min.
Figura 5.24c –
Espectros de massas dos analitos presentes do extrato etanólico da
casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 25 a 35min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CcSM_A16_pos 1200 (30.838) Cm (1167:1264) 1: Scan ES+
1.46e6
534
183
150
172
171
157
299
241
197
211
225
259
281
413
357
315
317
339
369
384
385
415
495
437
435
465
532
505
534
535
576
563
549
642
593
617
633
643
660
691
701
749
719
CcSM_A16_pos 1154 (29.653) Cm (1075:1165) 1: Scan ES+
1.93e6
183
150
172
171
183
183
301
241
197
201
229
299
259
281
289
357
317 321
339
550
437
415
379
359
413
535
495
477
465
505
593
552
566
608 633
691
636
652
731
CcSM_A16_pos 982 (25.228) Cm (972:1071) 1: Scan ES+
1.96e6
183
150
172
157
183
241
201
223
209
299
259
281
357
317
321
339
379
369
437
415
387
477
445
686
535
495 525
566
543
570
593
633
626
641
651
691
731
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 – 32,5 min
t
R
:32,5 – 35min
t
R
:25 – 27,5 min
t
R
:27,5 – 32,5 min
t
R
:32,5 – 35min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CcDM_A15_pos 1199 (30.813) Cm (1168:1266) 1: Scan ES+
1.40e6
534
150
183
151
171
157
183
299
241
197
211
237
259
255
281
413
357
315
317
339
370
384
397
415
495
437
435
465
445
531
517
534
576
535
563
553
660
593
603
618
633
691
675
699
719
749
729
CcDM_A15_pos 1153 (29.630) Cm (1072:1167) 1: Scan ES+
1.91e6
183
150
172
171
183
183
301
241
197
201
229
299
259
281
289
357
317
321
339
550
495437415
379
359
397
477
465
535
505
594
552
566
633
608
691
636
651
731
CcDM_A15_pos 1025 (26.336) Cm (977:1068) 1: Scan ES+
1.81e6
183
150
172
157
183
183
241
201
223
209
299
259
281
357
321
307
339
491
437
379
369
415
397
427
477
445
465
535
495
567
566
633
570
593
611
686
651
681
691
731
220
Figura 5.23d –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico do
cerne de K. ivorensis não-sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 35 a 45min.
Figura 5.24d –
Espectros de massas dos analitos presentes no extrato etanólico Da
casca do cerne de K. ivorensis sintomático ao fungo B. rhodina com
tempo de retenção de 35 a 45min.
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CcSM_A16_pos 1685 (43.353) Cm (1553:1745) 1: Scan ES+
3.21e6
185
172
150
157
185
239
225
199
217
239
413
283
271
269
327
284
293
371
337
347
382
391
479
415
435
425
449
465
533
523
489
577
547
567
675
631
621
587
666
645
719
685
699
729
743
CcSM_A16_pos 1383 (35.559) Cm (1361:1459) 1: Scan ES+
4.21e6
413
185
172
171
157
185
239
199
225
283
243
269
327
284
307
371
337
382
391
415
644
479
435
442
533
523
493
618
547
577
592
666
680
732
CcSM_A16_pos 1343 (34.526) Cm (1267:1361) 1: Scan ES+
1.46e7
413
172
150
185
382
353
239
225
199
301
283
311
415
445
444
642
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 – 40 min
t
R
:40-45min
amostra_Ka
m/z
150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750
%
0
100
%
0
100
%
0
100
CcDM_A15_pos 1689 (43.458) Cm (1459:1749) 1: Scan ES+
3.09e6
185
172
150
157
185
239
225
199
239
413
283
269
253
327
284
293
371
337
351
381
391
415
479
435
425
449
465
533
523
489
640
577
547
567
631
621
587
675
666
719
680
729
743
CcDM_A15_pos 1362 (35.019) Cm (1360:1458) 1: Scan ES+
4.44e6
413
185
172
150
157
185
239
199
225
283
243
257 327
287
371
337
351
382
391
415
442
435
479
445
666
493
523
503
533
547
577
680
737
CcDM_A15_pos 1344 (34.554) Cm (1267:1359) 1: Scan ES+
1.49e7
413
172
151
185
353
239
217
199
311
301
382
394
415
446
444
t
R
:35 – 37,5 min
t
R
:37,5 – 40 min
t
R
:40-45min
221
Analisando os cromatogramas de íons totais (TIC) obtidos durante a
análise de CL/UV/EM das folhas, cerne e casca do cerne de K. ivorensis sintomática
e não sintomática ao fungo B. rhodina, os quais foram mostrados anteriormente,
notou-se que estes apresentaram pequenas diferenças que indicam uma leve
alteração nos metabólitos presentes nos tecidos analisados, ou seja, por meio do
experimento de full scan pôde-se inferir que a presença do fungo ocasionou ligeiras
modificações nos metabólitos dos tecidos analisados.
Desta forma, preferiu-se desenvolver um método de quantificação do
limonóide angolensato de metila nas folhas, casca do cerne e cerne de K. ivorensis
sintomática e não sintomática ao fungo. Isso porque, a presença deste limonóide na
espécie sintomática foi uma das dificuldades encontradas no estudo fitoquímico
clássico, pois em quase todas as frações trabalhadas eram detectados, por RMN
1
H,
os sinais característicos do angolensato de metila. O mesmo não ocorreu no estudo
fitoquímico de Khaya ivorensis não sintomática realizado no laboratório de produtos
naturais da UFSCar por BARBOSA, 2007.
O objetivo em se desenvolver este método de quantificação foi buscar
uma resposta ao comportamento químico da espécie K. ivorensis frente à presença
do fungo (B. rhodina), a qual nessas condições demonstrou acumular grande
quantidade de angolensato de metila.
5.2 – Quantificação de Angolensato de Metila nos tecidos vegetais de Khaya
ivorensis sintomática e não sintomática ao fungo
5.2.1 – Validação de métodos analíticos
A validação de um método segundo RIBANI et al., 2004 engloba todos
os procedimentos necessários para demonstrar se o método empregado para a
quantificação da concentração de uma amostra em uma matriz é eficaz e especifico
para a aplicação desejada.
Os parâmetros necessários para medir a aceitabilidade do
desempenho de um método analítico de acordo com a FDA (Food and Drug
Administration) e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) são: precisão,
exatidão, sensibilidade, seletividade, linearidade e recuperação. Estes parâmetros
são conceituados abaixo.
222
I) Precisão: este parâmetro avalia a repetitividade, a precisão intermediária e
reprodutibilidade (RIBANI et al., 2004).
.I-1) A repetitividade é o grau de concordância entre resultados de análises
individuais quando o procedimento é aplicado repetidamente à múltiplas
análises de uma mesma amostra homogênea, em idênticas condições de
teste. Os coeficientes de variação (CV) obtidos no mínimo de três matrizes
para o controle de qualidade (CQ), CQB - baixo, CQM – médio e CQA - alto
devem ser menores ou iguais a 15%, e menores ou iguais a 20% para o limite
de detecção (RIBANI et al., 2004).
I-2) A precisão intermediária expressa as variações dentro de um laboratório,
como: dias diferentes, analistas diferentes, métodos diferentes, ou
equipamentos diferentes, sobre uma mesma amostra ou padrão, definindo
exatamente quais as condições a variar (uma ou mais). Os resultados dos
dados obtidos em dias alternados, por um mesmo analista, usando um
mesmo equipamento, mesmas concentrações e mesma metodologia, deverão
ser o mesmo (RIBANI et al., 2004).
I-3) A reprodutibilidade é o grau de concordância entre os resultados das
medições de uma mesma amostra, efetuadas sob condições variadas de
medição (mudança de operador, local, equipamentos, etc.), ou seja,
colaboração interlaboratorial (RIBANI et al., 2004 e Inmetro 2002).
II) Exatidão: deve apresentar valores compreendidos entre mais ou menos 15% do
valor nominal CQB, CQM e CQA e de mais ou menos 20% para LQ, calculados a
partir de no mínimo três matrizes diferentes (RIBANI et al., 2004).
III) Sensibilidade: descreve quanto a resposta varia com a variação da concentração
do analito, a menor concentração da curva pode ser aceita como o LQ do método
quando o CV para o controle de qualidade for inferior a 20% (RIBANI et al.,
2004).
IV) Seletividade: é a habilidade de um método separar, do composto de interesse,
componentes da amostra que serão visíveis no detector. A resposta de
interferentes no tempo de retenção da substância investigada deve ser inferior a
20% da resposta do LQ (RIBANI et al., 2004).
V) Linearidade: É a habilidade das respostas analíticas serem diretamente
proporcionais às concentrações das substâncias em estudo. Deve ser construída
uma curva com a matriz que irá ser utilizada em triplicata com seis ou mais
223
concentrações diferentes. O desvio do LQ deve ser menor ou igual a 20% e para
os demais pontos da curva devem ser menores ou igual a 15%. O coeficiente de
correlação deve ser igual ou superior a 0,95% (RIBANI et al., 2004).
VI) Recuperação: É a relação entre o resultado experimental obtido depois da
análise de uma amostra, fortificada com uma quantidade conhecida do analito, e
o valor teórico desta quantidade fortificada (RIBANI et al., 2004).
5.2.2 – Desenvolvimento do Método e Seletividade
A espécie Khaya ivorensis destinada à quantificação foi adquirida no
dia 15 de outubro de 2006, na Estação Experimental Sosthenes de Miranda
(ESOMI), unidade experimental de Pesquisas do Cacau (CEPLAC), localizada no
município de São Sebastião do Passe, região do Recôncavo da Bahia, de uma
plantação experimental sintomática a um fungo. Foi coletada parte de uma planta
não sintomática ao fungo (folhas e cerne) e também parte de uma planta sintomática
ao fungo (folhas e cerne). A coleta foi supervisionada pelo Dr. Manfred Willy Müller
do CEPLAC. O material vegetal coletado foi separado por partes (folhas, cerne e
casca do cerne), seco em estufa de circulação de ar a 40
o
C por mais ou menos 36
horas, pulverizado em moinho Willey. Os tamanhos dos grânulos foram
homogeneizados com uma peneira granulométrica.
A Extração-4 descrita anteriormente foi utilizada para obtenção dos
extratos a serem analisados, mas ao invés de se utilizar cartucho de SPE para o
pré-tratamento da amostra, utilizou-se o processo de filtração como pré-tratamento,
ou seja, antes de secar as amostras no evaporador de solventes a vácuo
(SPEEDVAC) essas eram filtradas utilizando-se filtros millipore
30 mm de diâmetro
e poros de 0,45µm, sendo posteriormente secas. Este método de extração foi
escolhido por ser um método simples, eficiente e fácil de ser reproduzido.
As primeiras análises de quantificação foram feitas utilizando APCI
(Atmospheric Pressure Chemical Ionization). Essa mudança foi necessária pois o
difusor de fluxo estava oscilando muito e como no processo de ionização por
electrospray não é viável o emprego de uma vazão acima de 0,5mL/min, optou-se
por utilizar o probe de APCI que permite uma vazão mais alta. O maior problema
enfretado foi que após todas as condições ajustadas o probe quebrou e novamente
a ionização por electrospray teve que ser utilizada. Entretanto como já mencionado,
224
precisou-se mudar as condições de análises, haja vista, que trabalhar com o difusor
de fluxo implicaria em resultados não confiáveis.
A primeira modificação foi alterar o tamanho da coluna para
conseqüentemente diminuir a vazão para 0,4mL/min e trabalhar com adição de um
aditivo químico, no caso, ácido trifluoracético, buscando conservar as características
cromatográficas mas tentando diminuir o tempo de retenção do analito de interesse.
Os extratos foram analisados por CL-EM/EM e os parâmetros de
separação cromatografica foram ajustados. Foi utilizada uma coluna de octadecil C-
18 Phenomenex® (150 x 4,6mm, 5µm) com uma vazão de 0,4mL/min, modo
gradiente (conforme tabela abaixo). A ionização por electrospray no modo positivo
ESI(+),e os demais parâmetros do espectrômetro de massas”Micromass Quattro LC”
podem ser observados na Tabela 5.3 abaixo:
Tabela 5.3 – Parâmetros utilizados no LC-MS\MS
Parâmetros CL/EM/MS
Eluição gradiente Potencial do capilar 3,65kV
T (min)
H
2
O 1%
TFA
(%)
MeOH 1%
TFA (%)
Potencial do cone 18V
0,00 70 30 Potencial cone extrator 7V
25,0 10 90 Potencial lentes RF 0,7V
30,0 0 100 Temperatura do probe 400
o
C
Temperatura do bloco da
fonte
110
o
C
Pressão do gás de colisão 1,4.10
-3
mbar
Pressão do vácuo 1,4.10
-3
mbar
Fluxo do gás de
dessolvatação (N
2
)
820L/h
Energia de colisão 15,0eV
Temperatura da coluna 20
o
C
A análise quantitativa do limonóide angolensato de metila utilizando
CL/EM-MS foi realizada no modo de SRM (Selected Reaction Monitoring). Este
modo envolve o monitoramento de uma ou mais transição (fragmentação) específica
em uma dada condição (MAGNANI et al 2007). As transições definidas para o
experimento de SRM foram baseadas nos espectros dos íons fragmentos (Figura
5.25) do composto angolensato de metila e as transições selecionadas foram: m/z
471 453 (dwell time = 0,30s) e 471 439 (dwell time = 0,30s). O tempo de
monitoramento para cada análise foi 30 minutos sendo a média do tempo de
retenção do angolensato de metila de 12,79 minutos com um desvio padrão relativo
de 3,5%. As propostas de fragmentações para as transições 471 453 (Proposta 1
e 2) e 471 439 (Proposta 3) podem ser observadas na Figura 5.26.
225
Figura 5.25 –
Espectros dos íons filhos de m/z 471, variando a energia de ionização
em 12, 15 e 18eV.
Padrao de an
g
olesato
m/z
160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520 540
%
0
100
%
0
100
%
0
100
Test_Gezimar_1307_16 8 (0.436) Sm (Mn, 4x0.75); Cm (8:10-(3:5+16:21)) 3: Daughters of 471ES+
1.11e5
439.6
411.6
393.6
337.2
193.0
161.1
300.0
225.7
267.6
361.4
453.4
471.6
Test_Gezimar_1307_16 8 (0.419) Sm (Mn, 4x0.75); Cm (8:10-(3:4+19:29)) 2: Daughters of 471ES+
1.67e5
439.6
411.7
379.1
315.5
425.2
453.8
471.7
Test_Gezimar_1307_16 9 (0.453) Sm (Mn, 4x0.75); Cm (8:11-(2:5+20:37)) 1: Daughters of 471ES+
1.31e5
471.4
439.3
411.4
376.9
395.3
424.8
453.7
12,0eV
15,0eV
18,0eV
226
Proposta 1 - Proposta 1 de fragmentação para a transição 471 453, via carbonila
protonada.
Proposta 2 - Proposta 2 de fragmentação para a transição 471 453, via hidroxila
protonada.
Proposta 3 -
Proposta de fragmentação para a transição 471 439
Figura 5.26 –
Proposta de fragmentação de angolensato de metila; ( Proposta 1 e 2
- perda de água ,18Da) e (Proposta 3: perda de uma molécula de
MeOH, 32Da)
OO
O
O
O
H
COOMe
-H
2
O
OO
O
O
COOMe
OO
O
O
H
O
H
COOMe
m/z 471 m/z 453
OO
O
O
O
H
COOMe
O
O
O
COOMe
O
OH O
O
O
H
O
COOMe
O
O
O
COOMe
O
H
2
O
m/z 471 m/z 453
OO
O
O
O
C
H
O
OO
O
O
O
C
H
OOCH
3
H
CH
3
OH
m/z 471 m/z 439
-
227
A Tabela 5.4 mostra os parâmetros utilizados para a seletividade deste
limonóide, como já discutido anteriormente. Os canais selecionados foram os que
demonstraram uma melhor resposta em relação à presença de interferentes no
tempo de retenção deste composto, podendo assim assegurar a seletividade do
método.
Tabela 5.4 –
Parâmetros de quantificação do angolensato de metila
Parâmetros
Tempo de retenção 12,79 ± 0,45 (média ± DP)
Molécula protonada ([M+H]
+
) 471
Canal de SRM usado para
quantificação
471 453
Canal de SRM usado para
comprovação
471 439
5.2.3 – Linearidade e Sensibilidade
Para a obtenção da linearidade e da sensibilidade adequada para a
quantificação do composto de interesse, foram preparadas várias concentrações de
angolensato de metila, na faixa linear de trabalho de 1000 a 5 ng/mL. Estas
concentrações foram adicionadas separadamente as matrizes a serem analisadas,
ou seja, cerne, casca do cerne e folhas não sintomáticas ao fungo Botryosphaeria
rhodina. Os parâmetros utilizados nas análises por CL-EM/EM (SRM) foram as
mesmas apresentadas na Tabela 5.3.
Os cromatogramas das figuras 5.27, 5.28 e 5.29 das matrizes de
cerne, casca do cerne e folhas, respectivamente, mostram o ponto mais diluído
(5ng/mL) e mais concentrado (1000ng/mL) da curva de calibração. As relações
sinal/ruído indicadas nestas figuras foram utilizadas para se calcular a média desta
relação, como mostradas na Tabela 5.5. Nesta tabela também estão apresentados
os valores dos limites de quantificação (LQ) para as matrizes, que nada mais é do
que a menor concentração do composto que pode ser medida com uma precisão
especificada (SN 10). Para as três matrizes foram obtidos valores para o LQ muito
próximos aos desejados. O limite de detecção (LD) destas matrizes também foi
228
encontrado por meio desses cromatrogramas, sendo que o limite de detecção (LD)
produz uma resposta três vezes maior a do sinal ruído, como foram observados nos
cromatogramas dessas figuras.
Os gráficos apresentados nas Figuras 5.30, 5.31 e 5.32 mostram as
curvas de calibração para as matrizes cerne, casca do cerne e folhas
respectivamente. A curva de calibração foi construída por adição de padrão, onde
quantidades conhecidas do analito de interesse foram adicionadas a uma amostra
desconhecida antes do seu preparo. A escolha por adição de padrão foi feita por
existirem nos brancos das matrizes o analito de interesse. As soluções padrões
utilizadas para o desenvolvimento do método foram preparadas a partir de 1µg/mL
de angolensato de metila solubilizado em MeOH, obtendo seis concentrações
diferentes desta substância (5, 10, 50, 100, 500 e 1000ng/mL) usadas na construção
da curva, sendo que cada ponto da curva analítica foi preparado em triplicata. Por
meio da Tabela 5.5, notou-se que o coeficiente de correlação das matrizes foi maior
do que 0,99%, o que demonstra uma excelente linearidade do método condizente
com o valor do coeficiente de variação (CV) que deve ser igual ou superior a 95%.
229
Figura 5.27 –
Cromatograma de SRM do cerne referente à transição 471 453 no
modo positivo para as concentrações 1000 e 5ng/mL do angolensato
de metila, respectivamente.
Figura 5.28 –
Cromatograma de SRM da casca do cerne referente à transição 471
453 no modo positivo para as concentrações 1000 e 5ng/mL do
angolensato de metila, respectivamente.
Angolesato 1000 ng/ml
20:25:49
26-Jul-2007
Time
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
Linearidade_cs_1_Angolesato_8 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
8.65e4
12.84
Linearidade_cs_1_Angolesato_3 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
2.32e3
11.63
S/N:RMS=14.63
13.13
28.12
Angolesato 1000 ng/ml
11:02:48
26-Jul-2007
Time
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
Linearidade_ccs_1_Angolesato_8 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
1.23e5
13.02
Linearidade_ccs_1_Angolesato_3 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
2.22e3
S/N:RMS=11.86
1.11
29.26
26.81
23.71
230
Figura 5.29 –
Cromatograma de SRM das folhas referente à transição 471 453 no
modo positivo para as concentrações 1000 e 5ng/mL, do angolensato
de metila, respectivamente.
Figura 5.30 –
Curva de calibração externa de angolensato de metila para a matriz
cerne não sintomático ao B. rhodina. Faixa de trabalho de 1000 a
5µg/mL, repectivamente, n = 3.
0 200 400 600 800 1000
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
Parameter Value Error
------------------------------------------------------------
A 163.00101 169.20653
B 51.20149 0.36885
------------------------------------------------------------
RSDNP
------------------------------------------------------------
0.9999 330.03496 6 <0.0001
------------------------------------------------------------
Área SRM
Concentração (ng/mL)
Angolesato 1000 ng/ml
04:32:25
27-Jul-2007
Time
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
Linearidade_fs_1_Angolesato_8 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
1.19e5
12.86
Linearidade_fs_1_Angolesato_3 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
2.20e3
S/N:RMS=15.30
12.74
29.52
13.05
231
Figura 5.31 –
Curva de calibração externa de angolensato de metila para a matriz
casca do cerne não sintomático ao B. rhodina. Faixa de trabalho de
1000 a 5µg/mL, repectivamente, n = 3.
Figura 5.32 –
Curva de calibração externa de angolensato de metila para a matriz
folha não sintomática ao B. rhodina. Faixa de trabalho de 1000 a
5µg/mL, repectivamente, n = 3.
Tabela 5.5–
Sensibilidade e linearidade para as matrizes (cerne, casca do cale e
folhas não sintomáticas ao Botryosphaeria rhodina). Para n=3
Matriz
Media Relação
sinal / ruído
(S/N)
Limite de
quantificação
(ng/mL)
1
Limite de
detecção
(ng/mL)
Coeficiente de
correlação (r)
Cerne 12,96 ± 0,14 3,86 ± 0,04 1,16 ± 0,01
0,9991 ± 0,0003
Casca do cerne 11,36 ± 0,45 4,41 ± 0,17 1,32 ± 0,05
0,9982 ± 0,0006
Folhas 14,87 ± 0,53 3,37 ± 0,12 1,01 ± 0,04
0,9980 ± 0,0005
1
Calculado com base no valor médio da relação S/N
0
200
400
600
800
1000
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
Parameter Value Error
------------------------------------------------------------
A 212.81613 757.248
B 54.4937 1.65073
------------------------------------------------------------
RSDNP
------------------------------------------------------------
0.99817 1477.00161 6 <0.0001
------------------------------------------------------------
Área SRM
0 200 400 600 800 1000
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
Parameter Value Error
------------------------------------------------------------
A 421.35924 865.93747
B 53.33531 1.88767
------------------------------------------------------------
RSDNP
------------------------------------------------------------
0.9975 1688.99891 6 <0.0001
------------------------------------------------------------
Área SRM
Concentração (ng/mL)
232
5.2.4 – Precisão e exatidão
Para as análises das precisões e exatidões foram utilizadas as
mesmas faixas de trabalho empregadas na determinação da linearidade e
sensibilidade. Por meio da Tabela 5.6 observa-se que para a matriz cerne sem
cancro as porcentagens de desvio padrão relativo (RSD) intradia (n=3) foram
adequadas para toda a faixa de trabalho, o mesmo ocorrendo para o erro relativo
que teve apenas na concentração de 50 ng/mL um valor fora do ideal (>15%). Nessa
mesma matriz, notou-se que para as análises interdias (n=12) as porcentagens do
RSD mantiveram-se perto do ideal, mas as porcentagens do erro relativo foram
muito grandes. A matriz casca do cerne sem cancro apresentou porcentagens do
erro relativo e do RSD intradia (n=3) e interdias (n=12) satisfatórias, menos para a
concentração de 50ng/mL que apresentou um valor acima do aceitável (>15%).
De acordo com CASS, Q. B. e DEGANI, A.L.G. 2001 a precisão de
um método é dado por intermédio do desvio-padrão e/ou do coeficiente de variação
das medidas obtidas, sendo que para um método de análise em matrizes
complicadas ser considerado preciso, os coeficientes de variação não devem
ultrapassar 15%, com exceção do limite de quantificação que pode chegar a 20%. A
exatidão é a relação entre o valor encontrado pelo método e o valor aceito como
verdadeiro.
Diante deste relato constatou-se que o método de análise intradia
para essas matrizes poderia ser considerado preciso e exato. Entretanto, as análises
interdias apresentaram uma grande variação da porcentagem do RSD. Tais
variações talvez pudessem ter sido melhoradas se as análises fossem feitas em
quintuplicata e em cinco dias não consecutivos, ao invés de apenas 4, mas o fator
mais importante seria o uso de padrão interno que daria uma maior confiabilidade
nas análises.
233
Tabela 5.6 – Exatidão (%) e Precisão (%) Intradia: Triplicata de cada ponto da curva;
Interdias: Triplicata de cada ponto analisado em 4 dias não
consecutivos, com intervalo de 4 dias entre cada seqüência de
injeções
Intradia (n = 3) Interdias (n = 12)
Matriz
Concentração
esperada
(ng/mL)
Concentração
medida
(média ± SD)
(ng/mL)
RSD
(%)
Erro
relativo
(%)
Concentração
medida
(média ± SD)
(ng/mL)
RSD
(%)
Erro
relativo
(%)
5
5,9 ± 0,8
14,4
18 6,8 ± 1,3 19,0 36,0
10
11,7 ± 1,1
9,0
17,5 12,1 ± 0,7 6,0 20,7
50
89,3 ± 11,3
12,7
78,6 64,7 ± 11,2 17,3 29,5
100
87,8 ± 3,9
4,4
-12,2 96,8 ± 18,3 18,9 -3,2
500
460,1 ± 50,0
10,9
-8,0 495,9 ± 82,4 16,6 -0,8
Cerne
1000
934,7 ± 80,3
8,59
-6,5 993,4 ± 134,4 13,5 -0,7
5
6,0 ± 0,3 5,0 20,0 5,2 ± 1,0
20,0 4,0
10
11,3 ± 1,0 8,4 13,0 10,5 ± 1,0
10,3 4,5
50
54,1 ± 21,0 38,8 8,2 58,9 ± 19,6
33,2 17,8
100
106,0 ± 11,3 10,7 6,0 110,6 ± 15,9
14,4 10,6
500
512,3 ± 67,6 13,2 2,4 500,1 ± 59,3
11,7 0,1
Casca
do cerne
1000
985,7 ± 169,3 17,2 -1,4 1100,2 ± 64,3
5,8 10,0
5
5,7 ± 0,9 14,8 14,7 5,5 ± 0,9 15,8 9,5
10
11,8 ± 2 1,3 18,3 11,7 ± 0,3 2,9 16,8
50
52,5 ± 3,8 7,2 5,1 64,4 ± 23,8 37,0 28,7
100
100,3 ± 5,7 5,7 0,3 103,8 ± 8,3 8,0 3,8
500
451,3 ± 19,4 4,3 -9,7 485,9 ± 37,1 7,6 -2,8
Folhas
1000
946,4 ± 20,6 2,2 -5,4 982,3 ± 74,2 7,6 -1.7
Matriz
Exatidão (%) Precisão (%) Exatidão (%) Precisão (%)
5 84,7 14,4 73,5 19,0
10 84,9 9,0 82,6 6,0
50 56 12,7 77,2 17,3
100 113,9 4,4 103,3 18,9
500 108,7 10,9 100,8 16,6
Cerne
1000 107,1 8,59 100,7 13,5
5 88,4 5,0 96,1 20,0
10 92,4 8,4 95,2 10,3
50 92,4 38,8 84,9 33,2
100 94,3 10,7 90,4 14,4
500 97,6 13,2 99,9 11,7
Casca
do cerne
1000 101,4 17,2 90,8 5,8
5 87,7 14,8 90,9 15,8
10 118,0 1,3 85,4 2,9
50 95,2 7,2 77,6 37,0
100 99,7 5,7 96,3 8,0
500 110,8 4,3 102,9 7,6
Folhas
1000 105,7 2,2 101,8 7,6
234
5.2.5 – Recuperação
Para se avaliar a eficiência do método de extração foi construída
uma nova curva de calibração com um novo fator de diluição para se certificar da
quantidade de angolensato de metila presente no branco das matrizes. Foi utilizado
a mesma faixa de trabalho (5 a 1000ng/mL) obtendo-se os gráficos apresentados
nas figuras 5.33, 5.34 e 5.35 respectivamente para as matrizes cerne, casca do
cerne e folhas. A Tabela 5.7 mostra os valores (%) de recuperação obtidos para o
CQB (controle de qualidade baixo), CQM (controle de qualidade médio) e CQA
(controle de qualidade alto) referentes às concentrações 8, 600 e 900 ng/mL,
respectivamente. Essas concentrações foram adicionadas às matrizes de análise em
quintuplicatas, secando-se as mesmas e seguindo-se o método de extração 4. O
branco também foi preparado em quintuplicatas. Nesta tabela pode-se notar que
houve uma recuperação de 80,7% para o caule. Para a casca do cerne , o valor de
recuperação foi um pouco maior (89,8%), Embora o desvio padrão relativo no CQB
tenha sido alto (28,4%), o valor do RSD global manteve-se abaixo dos 10% (9,3%).
Isso provavelmente ocorreu devido a prováveis erros de dopagem ou mesmo na
extração. Já nas folhas, a recuperação obtida foi de 32,1% para o método
trabalhado.
Figura 5.33 –
Curva de calibração externa de angolensato de metila para a matriz
cerne não sintomático ao B. rhodina. Faixa de trabalho de 1000 a 5
µg/mL, n = 3.
0 200 400 600 800 1000
0
20000
40000
60000
80000
100000
Parameter Value Error
------------------------------------------------------------
A 10128.29558 667.86632
B 85.92787 1.45589
------------------------------------------------------------
RSDNP
------------------------------------------------------------
0.99943 1302.6639 6 <0.0001
------------------------------------------------------------
Área SRM
Concentração (ng/mL)
235
Figura 5.34 – Curva de calibração externa de angolensato de metila para a matriz
casca do cerne não sintomático ao B. rhodina. Faixa de trabalho de
1000 a 5 µg/mL, n = 3.
Figura 5.35 –
Curva de calibração externa de angolensato de metila para a matriz
folha não sintomática ao B. rhodina. Faixa de trabalho de 5 a
1000µg/mL, n = 3.
Tabela 5.7 - Recuperação (n =5) de angolensato de metila no CQB, CQM e CQA
Recuperação (% da media ± RSD); n = 5
Concentração
esperada
(ng/mL)
Cerne Casca do Cerne Folhas
8 80,5 ± 10,7 80,4 ± 28,4 30,0 ± 14,6
600 81,8 ± 4,3 96,5 ± 8,3 26,4 ± 6,2
900 79,8 ± 4,1 92,6 ± 7,2 39,8 ± 23,8
Media geral 80,7 ± 1,3 89,8 ± 9,3 32,1 ± 21,6
-200 0 200 400 600 800 1000 1200
-10000
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
------------------------------------------------------------
A 52.65262 368.45412
B 55.42053 0.8032
------------------------------------------------------------
RSDNP
------------------------------------------------------------
0.99958 718.66459 6 <0.0001
------------------------------------------------------------
Área SRM
Concentração (ng/mL)
0 200 400 600 800 1000
70000
80000
90000
100000
110000
120000
130000
140000
150000
Parameter Value Error
------------------------------------------------------------
A 76129.5171 381.43989
B 69.69989 0.8315
------------------------------------------------------------
RSDNP
------------------------------------------------------------
0.99972 743.99316 6 <0.0001
------------------------------------------------------------
Área SRM
Concentração (ng/mL)
236
5.2.6 – Quantificação de angolensato de metila nas matrizes sintomáticas ao
Botryosphaeria rhodina
Após o desenvolvimento dos parâmetros analíticos necessários para a
validação do método (seletividade, sensibilidade, linearidade, precisão, exatidão e
recuperação), o próximo passo foi verificar qual a quantidade de angolensato de
metila estava presente nas matrizes sintomáticas ao Botryosphaeria rhodina. As
matrizes foram preparadas em quintuplicatas e a quantidade de angolensato nas
matrizes sintomáticas foi comparada com a encontrada nas matrizes não
sintomáticas com base nas curvas feitas com extrato mais concentrado subtraindo-
se a área dos brancos de todos os pontos da curva de calibração. Além disso, os
valores destas áreas foram também comparados com as curvas feitas no extrato
com fator de diluição maior (curvas utilizadas na linearidade). Os resultados obtidos
foram muito semelhantes, diferindo em torno de ± 5%. Por meio do cromatograma
apresentado na Figura 5.36 nota-se que houve um aumento de três vezes na área
do angolensato de metila na matriz sintomática do cerne por comparação com a
matriz não sintomática, já nas figuras 5.37 e 5.38 não foi observado um aumento
significativo na área destes cromatogramas das matrizes casca do cerne e folhas
sintomática por comparação às matrizes não sintomáticas.
A tabela 5.8 mostra as médias das concentrações das amostras
sintomáticas e não sintomáticas das matrizes cerne, casca do cerne e folhas,
juntamente com o desvio padrão relativo com base nas curvas feitas com o extrato
mais diluído, onde verificou-se por comparação das matrizes que houve grande
aumento na quantidade de angolensato de metila no cerne e menos pronunciado
nas folhas.
Tabela 5.8 – Concentração de angolensato de metila nas matrizes (cerne, casca do
cerne e folha) sintomáticas e não sitomaticas ao B. rhodina.
Matriz
Quantidade na amostra
sadia (branco) em
ng/mL (media
± RSD)
Quantidade na amostra
doente em ng/mL
(media ± RSD)
Cerne
17,2 ± 10,4 61,3 ± 8,0
Casca do cerne
93,1 ± 5,5 80,3 ± 16,7
Folhas
164,2 ± 8,9 201,7 ± 10,9
237
Figura 5.36 –
Cromatograma de SRM do cerne referente à transição 471 453 e
471 439 no modo positivo do angolensato de metila na matriz
cerne sintomático e não sintomático.
Figura 5.37 – Cromatograma de SRM do cerne referente à transição 471 453 e
471 439 no modo positivo do angolensato de metila na matriz
casca do cerne sintomático e não sintomático.
Caule doente
23:26:14
09-Oct-2007
Time
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
Amostra_caule_doente_03 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
7.42e3
Area
12.59
3280
Amostra_caule_doente_03 2: MRM of 1 Channel ES+
471 > 439
1.42e4
Area
12.60
6325
Recuperacao_caule_2_Angolesato_3 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
3.08e3
Area
12.70
1086
Recuperacao_caule_2_Angolesato_3 2: MRM of 1 Channel ES+
471 > 439
5.60e3
Area
12.72
2306
Cerne sintomático (471 439)
Cerne sintomático
(
471 453
)
Cerne não sintomático
(
471453
)
Cerne não sintomático
(
471439
)
Cascacaule doente
01:14:16
10-Oct-2007
Time
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
Amostra_cascacaule_doente_02 2: MRM of 1 Channel ES+
471 > 439
2.11e4
Area
12.69
10101
Amostra_cascacaule_doente_02 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
1.12e4
Area
12.68
5083
Recuperacao_cascacaule_2_Angolesato_2 2: MRM of 1 Channel ES+
471 > 439
2.07e4
Area
12.60
9652
Recuperacao_cascacaule_2_Angolesato_2 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
1.09e4
Area
12.60
4785
Casca do cerne sintomático
(
471 439
)
Casca do cerne sintomático
(
471 453
)
Casca do cerne não sintomático
(
471 439
)
Casca do cerne não sintomático
(
471 453
)
238
Figura 5.38 –
Cromatograma de SRM do cerne referente à transição 471 453 e
471 439 no modo positivo do angolensato de metila na matriz casca
do cerne sintomático e não sintomático
Folha doente
03:56:15
10-Oct-2007
Time
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00 22.50 25.00 27.50 30.00
%
0
100
Amostra_folhas_doente_02 2: MRM of 1 Channel ES+
471 > 439
4.18e4
Area
12.73
20614
Amostra_folhas_doente_02 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
2.16e4
Area
12.74
10628
Recuperacao_fs_2_Angolesato_22 2: MRM of 1 Channel ES+
471 > 439
3.60e4
Area
12.71
16702
Recuperacao_fs_2_Angolesato_22 1: MRM of 1 Channel ES+
471 > 453
1.91e4
Area
12.71
8612
Folhas sintomáticas
(
471 439
)
Folhas sintomáticas
(
471 453
)
Folhas não-sintomáticas
(
471 439
)
Folhas não-sintomáticas
(
471 453
)
239
5.2.7 – Considerações finais
Através das análises realizadas usando o método proposto, constatou-
se que o aumento do angolensato de metila foi mais significativo na matriz de cerne
sintomático ao B. rhodina, haja vista que nas outras matrizes este aumento foi
desprezível. Mas o que estaria levando a uma produção tão significativa desta
substância nos cernes da planta sintomática?
Algumas hipóteses foram levantadas, como por exemplo:
i) O angolensato de metila poderia estar atuando como um sinalizador químico para
esta patogenia – Resposta Sistêmica Adquirida – ou seja, a planta usaria este
método para “avisar” as outras partes dela que há uma infecção. Isto explicaria o
aumento de angolensato nos demais órgãos da planta, pois embora não tenha sido
quantificado foi isolada uma grande quantidade de angolensado de metila nas raízes
da planta sintomática. Essa hipótese poderia ser confirmada se houvesse um
aumento da produção de ácidos jasmônico e salicílico por toda a planta que são
sinalizadores naturais das plantas (MITHÖFER, A.; et al., 2005 e SANTOS et al.,
2003).
ii) Como foi observada a formação do cancro somente na casca do cerne acredita-se
que não foi avaliado um aumento na produção de angolensato nesta matriz, pois
microorganismos oportunistas poderiam estar biotransformando esta substância e
utilizado-a como fonte de carbono para sua própria sobrevivência (SANTOS et al.,
2003).
iii) Teoria do screening que sugere que a planta esteja apenas “testando” possíveis
inibidores do fungo, já que a doença é relativamente nova na espécie Khaya
ivorensis, assim seria necessário verificar no futuro se o aumento de angolensato no
cerne se mantém (FIRN, R.D. e JONES, C.J. 2003).
iv) Angolensato de metila pode está se comportando como uma fitoalexina
(SANTOS et al., 2003)
241
6 - Conclusões Gerais
Diante dos objetivos propostos concluiu-se:
1) Estudo fitoquímico de Khaya ivorensis sintomática ao fungo
(Botryosphaeria rhodina), porém permanecendo imune a Hypsipyla grandella.
Com o estudo fitoquímico de Khaya ivorensis sintomática ao B. rhodina, foram
isoladas 18 substâncias, 11 relatadas pela primeira vez em Khaya ivorensis, sendo 4
limonóides do tipo fragmalina (1α,2β,3α,6,8α,14β–hexa-hidroxi-[4.2.110,30.11,4]-
triciclo-meliac-7-oato de metila, 2,14-epoxi-1a,6,8a-tri-hidroxi-3-oxo-
[4.2.110,30.11,4]-triciclomeliac-7-oato de metila, 1α,6,8α,14β,30β–penta-hidroxi-3-
oxo-[3.3.110,2.11,4]-triciclomeliac-7-oato de metila e Khayanolídeo F), 2 apo-
protolimonóides (24-hidroxigrandifoliolenona e Acetato de sapelina E ), 1 limonóide
do grupo gedunina (7-desacetil gedunina) e 1 do tipo mexicanolídeo (8β-
hidroxicarapina 3,8-hemiacetal) e 3 triterpenos (odoratona , 23-hidroxi-20(22)-en-
21,23-γ-lactona-angolensato de metila e 21-hidroxi-20(22)-en-21,23-γ-lactona-
angolensato de metila) e mais sete substâncias comuns no gênero (angolensato de
metila, 7-desacetoxi-7-oxogedunina, mexicanolídeo, khivorina, 6-hidroxiangolensato,
3-desacetil-khivorina e grandifoliolenona).
2) Comparar por LC-MS se houve interferência do fungo no
metabolismo secundário de K. ivorensis, analisando espécies sintomáticas e não
sintomáticas ao Botryosphaeria rhodina. Analisando os cromatogramas de íons
totais (TIC) juntamente com os espectros de massas obtidos destes, não se
observaram diferenças que justificassem uma mudança nos metabólitos presentes
nos tecidos analisados, ou seja, por meio do experimento de full scan pôde-se
sugerir que a patogenia não ocasionou modificação nos metabólitos dos tecidos
analisados.
3) Desenvolvimento e validação do método de quantificação do
limonóide angolensato de metila por LC-MS/MS(SRM). Foi constatado um aumento
significativo na quantidade de angolesanto de metila presente nos caules da planta
sintomática ao fungo, mas o aumento de mesma magnitude deste limonóide, não foi
constatado nas folhas e na casca do caule. Algumas suposições foram levantadas
diante dos resultados da validação: a) o angolensato de metila estaria sendo um
sinalizador para a patogenia, b) microorganismos oportunistas estariam
242
biotransformando esta substância c) teoria de screening e d) fitoalexina
(fitoantecipina). Estas suposições precisam de estudos que possam certificar o
porquê do aumento do angolensato de metila no caule da planta sintomática ao B.
rhodina.
243
7 – Referências bibliográficas
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