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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
WELLINGTON APARECIDO JORGE DA SILVA
Estudo da Transcondutância e da Razão da
Transcondutância sobre a Corrente de Dreno do
SOI nMOSFET de Porta em Formato de Anel
Circular utilizando Tecnologia SOI CMOS de
0,13 µm
São Bernardo do Campo
2008
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WELLINGTON APARECIDO JORGE DA SILVA
Dissertação apresentada ao Centro
Universitário da FEI como parte dos
requisitos necessários para obtenção do
título de Mestre em Engenharia Elétrica.
Orientador: Prof. Dr. Salvador Pinillos
Gimenez
São Bernardo do Campo
2008
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Silva, Wellington Aparecido Jorge
Estudo da transcondutância e da Razão da Tanscondutância sobre a corrente de
Dreno do SOI nMOSFETs de porta em formato de anel circular utilizando a tecnologia
SOI CMOS de 0,13 µm / Wellington Aparecido Jorge da Silva – São Bernardo do Campo,
2008. 101 f. : il.
Trabalho de Conclusão de Curso – Centro Universitário da FEI.
Orientador: Salvador Pinillos Gimenez.
1. Transacondutância. 2. Transistor. 3. Porta Circular.
I. Gimenez, Salvador Pinillos, orient. II. Título.
CDU 621.382
Dedico esse trabalho a minha esposa Soraya,
pois sem ela teria sido mais difícil.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS, pela proteção e saúde, sempre atuando como
fonte de inspiração e motivação.
A todos que acreditaram no meu potencial. Aos meus pais pela paciência,
compreensão nos momentos de nervoso e ausência, sempre me confortando e não
medindo esforços para me ajudar no que fosse preciso.
A minha esposa pela paciência e dedicação. Por ficar ao meu lado em todos os
momentos, sempre com palavras de conforto e incentivo. E principalmente por me
incentivar em todos os aspectos profissionais, abdicando de muito para participar de
tudo.
Ao meu irmão Jefferson pela compreensão, paciência e apoio, sempre se
mostrando dispostos a me ajudar no que fosse preciso.
Ao Sr. Ricardo, Regina e Familiares que sempre me apoiaram e incentivaram em
todas as decisões da minha vida.
Ao meu orientador Salvador P. Gimenez, que foi fundamental na realização
deste trabalho, demonstrando com toda sua calma e experiência em todos os passos do
trabalho. Eu ganho hoje sua amizade e você a minha admiração e eterna gratidão por
todas as lições aprendidas.
Aos meus colegas de mestrado pelo apoio, pelas dúvidas esclarecidas, pelas
trocas de conhecimentos e por todos os momentos que passamos juntos durante esses
últimos anos de estudos.
Aos Mestres e amigos Devair Arrabaça e Maria Cláudia Castro pela atenção,
carinho e por acreditarem em meu potencial.
Ao Sr. Fernando Casagrande e toda equipe da Engenharia de Fábrica e
Manutenção da FORD MOTORS COMPANY-BRASIL que demonstraram total
compreensão e incentivo durante este desafio.
Divido esta conquista com todos vocês da mesma maneira que vocês dividiram
comigo as dificuldades dessa jornada.
“O insucesso é apenas uma
oportunidade de recomeçar de novo
com mais inteligência”
Henry Ford
RESUMO
Silva, W. A. J.
Estudo da Trancondutância e da Razão da Transcondutância sobre
a corrente de dreno do SOI nMOSFET de porta em formato de anel circular
utilizando a tecnologia SOI CMOS de 0,13 micrometros.
2008. 101f., Dissertação
(Mestrado) – Centro Universitário da FEI, São Bernardo do Campo, 2008.
Neste trabalho é apresentado o estudo comparativo entre o comportamento da
transcondutância e da razão da transcondutância em função da corrente de dreno
normalizada em função da razão de aspecto do SOI nMOSFET convencional e o de
porta circular, parcialmente depletados de tecnologia de 0,13 µm, que foram fabricados
no IMEC Bélgica. Os efeitos de assimetria entre as regiões de fonte e dreno são
considerados neste trabalho. Na primeira etapa foram realizados o tratamento e análise
da parte experimental, onde pode-se notar que nas curvas da corrente de dreno
normalizada versus a sobretensão de porta, para valores maiores que 600 mV, o
dispositivo de porta em anel circular na configuração de dreno interno, apresenta
maiores valores de corrente de dreno se comparado com os demais. Buscando-se
entender este aumento, realizou-se o logaritmo da curva da corrente de dreno
normalizada pelo fator geométrico em função da sobretensão de porta, onde verificou-se
que a configuração de dreno interno apresenta o efeito do transistor bipolar parasitário,
para valores de V
DS
maiores que 200 mV. Tentando confirmar este efeito, realizou-se
novos ensaios, onde foi possível comprovar o efeito do transistor bipolar parasitário,
determinando-se valores de acionamento e dasacionamento do mesmo. Posteriormente
foi determinado o valor da transcondutância e novamente para as mesmas condições,
verificou-se o efeito do Transistor bipolar parasitário, determinando os pontos de
acionamento e desacionamento. Para as curvas da razão da transcondutância sobre a
corrente de dreno em função da corrente de dreno normalizada pela razão de aspecto, a
qual é utilizada para aplicações analógicas, como por exemplo amplificadores
operacionais de transcondutância (OTA), verificou-se que o SOI MOSFET de porta em
anel circular na configuração dreno externo apresentou maiores valores nas regiões de
inversão fraca e moderada, sendo ideal para aplicações de alto ganho de tensão. Na
região de inversão forte, onde busca-se maiores respostas de frequência, os dispositivos
circulares apresentaram resultados similares ao convencional. Na segunda etapa foram
realizadas simulações numérica tridimensionais, onde verificou-se que o SOI
nMOSFET de porta em anel circular na configuração de dreno externo apresentou
maiores valores na região de inversão fraca e moderada, na região de inversão forte,
indicada para resposta em freqüência, os dispositivos circular e convencional
apresentaram resultados similares.
Palavras Chaves : Transcondutância, Transistor, Porta Circular
ABSTRACT
Silva, W. A. J. Study of Transconductance and the transoconductance over the
drain current ratio of circular SOI MOSFETs used in 0.13 µm SOI CMOS
technology. 2008. 101p. Dissertation (Master) – Centro Universitário da FEI, São
Bernardo do Campo, 2008.
In this work, it is presented the comparative study between the behavior of the
transconductance and the ratio of transconductance according to the drain normalized
current according to ratio function of the geometric factor of conventional and circular
gate SOI MOSFET, partially depleted of 0.13 µm CMOS technology, that has
fabricated in IMEC/ Belgian. The effects of asymmetric between the source and drain
regions are considered here. In the first phase were performed the treatment of
processing and analysis the experimental results, where it was observed that, on drain
normalized current versus overvoltage gate curve, for values higher than 600 mV, the
circular gate device in the internal configuration, present higher values of current drain
if compared than the others. Seeking understand this effect, we performed the logarithm
of the drain current normalized by geometric factor in function of overvoltage gate
curve, where to verified the internal drain configuration has the single transistor latchup
effect, from V
DS
values higher than 200 mV. Trying to confirm this effect, was
performed a new test, when it was possible to confirm the single transistor latchup
effect, determining the values of turn on and turn off the parasitic transistor. Thereafter
was determined the transconductance value and again, for the same situation, checking
the single latchup effect and was possible to determinate the turn-on and turn-off. For
the transconductance over drain current ratio, have used in analogic applications, for
example operational transconductance amplifier (OTA), and we checked that the SOI
MOSFET circular gate in external configuration presented higher values in the weak
and moderate region, have been ideal for applications of high voltage. In the strong
region, where we look for greater frequency answers, the circular devices show the
results similar to the bulk device. In the second step three-dimensional numerical
simulations had performed, where it has been observed that the SOI nMOSFET circular
gate in external configuration presented higher values in the weak and moderate region,
have been ideal for applications of high voltage. In the strong region, where we look for
greater frequency answers, the circular devices show the results similar to the bulk
device.
Keywords: Transconductance, Transistor, Circular Gate
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – O primeiro transistor desenvolvido por Bardeen e Bratain................................ 18
Figura 1.2 – Primeiro circuito integrado (CI), desenvolvido por Kilby 1958........................ 19
Figura 1.3 – Primeiro Circuito Integrado Monolítico............................................................ 19
Figura 1.4 MOSFET desenvolvido por Atalla e Kahng, com canal de 25 µm e óxido
de porta de 100Å................................................................................................................... 20
Figura 1.5 – Seção transversal do SOI nMOSFET de porta em anel circular......................... 22
Figura 1.6 Representação do sentido da corrente de dreno do SOI nMOSFET de porta
em anel circular na configuração de dreno interno (a), de dreno externo (b) e do
convencional (c)................................................................................................................... 23
Figura 2.1 – Seção transversal de um SOI nMOSFET convencional .................................... 26
Figura 2.2 – Diagrama de faixas de energia para um nMOSFET convencional (a),
parcialmente depletado (b) e totalmente depletado (c), com porta de polisilício do tipo p..... 27
Figura 2.3 Modulação de canal e comprimento efetivo do canal para uma fatia de um
SOI nMOSFET de porta em anel circular na configuração de polarização de dreno
externo (a), de um DOI nMOSFET convencional (b), e deum SOI nMOSFET de porta
em anel circular operando da configuração de dreno interno (c), para as mesmas
condições de polarização...................................................................................................... 31
Figura 2.4 Esquema elétrico de uma amplificador de transcondutância contendo um
único SOI nMOSFET .......................................................................................................... 34
Figura 2.5 Exemplo de curvas experimentais extraídas dos SOI nMOSFETs circular
operando nas duas configurações de dreno (externo e interno) ............................................ 36
Figura 2.6 – SOI MOSFET com as resistências série de fonte, dreno e a do canal ............... 37
Figura 2.7 – Efeito do transistor bipolar parasitário nos SOI MOSFET ............................... 38
Figura 2.8 - Ilustração do efeito do transistor bipolar parasitário. Inclinação de sublimiar
normal (a), inclinação infinita de sublimiar e histerese (b) e Latch-up do transistor (c)......... 38
Figura 3.1 – Curvas para determinação da tensão de limiar para o SOI nMOSFET
convencional (a), SOI nMOSFET de porta em anel circular na configuração de dreno
externo (b) na configuração de dreno interno (c), respectivamente ....................................... 42
Figura 3.2 Curvas
GT
DS
xV
LW
I
)/(
dos SOI nMOSFET convencional e dos SOI
nMOSFET de porta em anel circular operando nas configurações de polarizações de
dreno eterno e interno, respectivamente,para diferentes valores de V
DS
[ 100 mV (a),
200 mV (b), 300 mV (c), 400 mV (d), 500 mV (e), 600 mV (f), 700 mV (g), 800 mV
(h), 900 mV (i) e 1000 mV (j)]............................................................................................. 47
Figura 3.3 Curvas do Log
GT
DS
xV
LW
I
)/(
dos SOI nMOSFET convencional e dos
SOI nMOSFET de porta em anel circular operando nas configurações de polarização de
dreno externo e interno, para diferentes valores de VDS [ 100 mV (a), 200 mV (b), 300
mV (c), 400 mV (d), 500 mV (e), 600 mV (f), 700 mV (g), 800 mV (h), 900 mV (i) e
1000 mV (j)]........................................................................................................................ 53
Figura 3.4 Efeito do transitor parasitário no SOI nMOSFET de porta em anel circular
na configuração de dreno interno ......................................................................................... 55
Figura 3.5 Estrutura do SOI n MOSFET circular na configuração de dreno externo (
figura 3.5a), do convencional (figura 3.5.b) e a do circular operando na configuração de
dreno interno (figura 3.5.c) .................................................................................................. 56
Figura 3.6 Ampliação da figura 3.2.f para destacar a curva I
DS
/ (W/L) x V
GT
ma
região de triodo.................................................................................................................... 58
Figura 3.7 Curvas da resistência série em função de V
GT
dos transistores SOI
nMOSFETs convencional é menor que a do circular operando nas configurações de
polarização de dreno externo e interno, respectivamente ...................................................... 59
Figura 3.8.a Fatia do SOI nMOSFET de porta em anel circular e a 3.8.b- Circuito da
resistência interna dos dois dispositivos ............................................................................... 60
Figura 3.9 Corrente de dreno em função da tensão de dreno experimetal dos
transistores SOI nMOSFETs convencional e circular operando em configuração de
dreno externo e interno,respectivamente, para diferentes valores de V
GT
.............................. 61
Figura 3.10 Curva da transcondutânca dos SOI nMOSFET convencional e o de porta
em anel circular operando nas duas configurações de polarização, variando-se a tensão
de dreno de 100 mV (3.10.a) até 1000 mV (3.10.j)............................................................... 67
Figura 3.11 Curva
GT
DS
m
xV
I
g
dos SOI nMOSFETs convencional e o de porta em
anel circular, operando nas duas configurações de polarização de dreno interno e
externo, para diferentes valores (V
DS
) .................................................................................. 73
Figura 3.12 Demosntração de como se determinou a variação do pico do efeito do
TBP ..................................................................................................................................... 75
Figura 3.13 Curvas
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
dos SOI nMOSFETs convencional e circular para
ambas as configurações de dreno externo e interno, para diferentes valores de (V
DS
) ........... 80
Figura 3.14 – Representação do pico de acionamento do TBP.............................................. 82
Figura 4.1 – Fatia de 10 ° do SOI nMOSFET circular ......................................................... 84
Figura 4.2 Seção transversal da fatia de 10° SOI nMOSFET de porta em anel circular
apresentando as suas características estruturais (a) e a imagem ampliada da região de
canal (b)............................................................................................................................... 86
Figura 4.3 – Figura de um dispositivo SOI nMOSFET convencional.................................... 87
Figura 4.4 (a) e (b) Curva
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
para os SOI nMOSFET de porta em anel
circular nas duas configurações de polarização do convencional ......................................... 89
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.1 – Evolução dos SOI MOSFETs........................................................................... 21
Tabela 3.1 – Características do efeito do Transistor Bipolar Parasitário ............................... 54
Tabela 3.2 – Variação de
DS
m
I
g
(
DS
m
I
g
)
gerado pelo acionamento do Transistor
Bipolar Parasitário - (TBP) .................................................................................................. 74
LISTA DE SÍMBOLOS
L Distância do ponto de estrangulamento em relação ao dreno
(nm)
L
CDE
Distância entre a região de estrangulamento e a região de dreno do SOI
nMOSFET circular operando emconfiguração de dreno externo (nm)
L
CONV
Distância entre a região de estrangulamento e a região de dreno nos SOI
nMOSFET convencional (nm)
L
CDI
Distância entre a região de estrangulamento e a região de dreno do SOI
nMOSFET circular operando na configuração de dreno interno (nm)
Φ
F
Potencial de Fermi (V)
α Fator de acoplamento capacitivo
A
V
Ganho de tensão
A
INT_D/FS
Área de interface entre a região de dreno e o filme de silício
β Fator de ganho do transistor bipolar parasitário
β
N
Fator de ganho do transistor nMOSFET
C
L
Carga capacitiva de saída (F)
C
ox
Capacitância do óxido de porta por unidade de área
C
ox
, C
ox1
Capacitância do óxido porta (F/cm
+2
)
C
ox2
Capacitância de óxido enterrado (F/cm
+2
)
C
si
Capacitância de depleção na camada de silício (região do canal) (F/cm
+2
)
E
C
Nível de energia da faixa de condução
E
F
Nível de Fermi
E
V
Nível energético na faixa de valência
ε
si
Permissividade do Silício (F/cm)
ε
o
Permissividade do Óxido de silício
f
r
Fator geométrico que define a razão entre as dimensões dos transistores
retangular e circulares (W/L)
g
m
Transcondutância (S)
I
C
Corrente do coletor (A)
I
CH
Corrente presente no canal do dispositivo
I
DS
Corrente de dreno (A)
Jε
⁄⁄
Campo Elétrico Magnético Paralelo (T)
K Constante de Boltzman (8,854 x 10
-14
F/cm)
L Comprimento de máscara do canal do dispositivo (µm)
L
eff
Comprimento efetivo
do canal do dispositivo (µm)
L
eff CDE
Comprimento efetivo
do canal do SOI nMOSFET circular operando na
configuração de dreno externo (µm)
Leff CDI
Comprimento efetivo do canal do SOI nMOSFET circular operando na
configuração de dreno interno (µm)
L
eff CONV
Comprimento efetivo do canal
do SOI nMOSFET convencional (µm)
µ
n
Mobilidade dos portadores [cm
2
/ (V.s)]
N
a
Concentração de impurezas (cm
-3
)
N
Drain/Source
Concentração de dopantes no dreno e fonte (cm
-3
)
n
i
Concentração instrínseca do material (cm
-3
)
q Carga elementar do elétron (q = 1,6 x 10
-19
C)
R
S
Resistência de fonte ()
R
ch
Resistência do canal ()
R
D
Resistência de dreno ()
R1 Raio interno da coroa que define a região interna do canal do transistor
circular (µm)
R2 Raio externo da coroa que define o final do canal do transistor circular
(µm)
R3 Raio do transistor circular (µm)
t
oxb
Espessura da camada de óxido enterrado (nm)
t
oxf
Espessura da camada de óxido de porta (nm)
t
Si
Espessura da camada de silício (nm)
T Temperatura absoluta (K)
V
D
Tensão de dreno (V)
V
DD
Tensão de alimentação (V)
V
DS
Tensão aplicada ao dreno do transistor (V)
V
DSsat
Tensão de dreno de saturação (V)
V
EA
Tensão Early (V)
V
FB
Tensão de faixa plana do MOS (V)
V
GB
Tensão entre porta e substrato (V)
V
GF
Tensão entre porta e fonte (V)
V
GS
Tensão aplicada à porta do transistor (V)
V
in
Tensão de entrada (V)
V
OUT
Tensão de saída (V)
V
TH
Tensão de limiar (V)
X
ox
Afinidade eletrônica do óxido de silício
X
dmáx
Valor da distância máxima da região de depleção (nm)
X
d1
Largura de depleção controlada pela porta (nm)
X
d2
Largura de depleção controlada pelo substrato (nm)
W Largura do canal do dispositivo (nm)
LISTA DE ABREVIATURAS
AUGER Modelo de recombinação
BGN Modelo de estreitamento de faixa proibida
CDE Circular Dreno Externo
CDI Circular Dreno Interno
CI Circuito Integrado
HTB Heterojunction bipolar transistor
IGFET Insulated gate firld effect transistor
MOS Metal-Oxide-Semiconductor (Metal-Óxido-Semicondutor)
MOSFET Field effect transistor
OTA Operational Transconductance Amplifier (Amplificador Operacional de
Transcondutância)
PDSOI Dispositivo SOInMOSFET parcialmente depletado
SIMOX Separation by Implanted Oxygen (Serapação através de Oxigênio
Enterrado)
SOI Silicon-on-Insulator (Silício sobre Isolante)
SOS Silicon - on – Saphire
TBP Transistor Bipolar Parasitário
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO E MOTIVAÇÃO .............................................................................18
1.1 Objetivo e Estrutura do Trabalho.................................................................................25
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS.................................................................................26
2.1 Tensão de Limiar (V
TH
)............................................................................................... 29
2.2 Corrente de Dreno.......................................................................................................29
2.3 Região de estrangulamento (Pinch-off) e comprimento efetivo de canal......................30
2.4 Transcondutância ........................................................................................................33
2.5 Ganho de tensão de um amplificador de transcondutância de um único transistor ........33
2.6 A razão da Transcondutância pela corrente de dreno em função da corrente dreno
normalizada em função do fator geométrico..........................................................................35
2.7 Resistência Série .........................................................................................................36
2.8 Efeito do Transistor bipolar parasitário (Single Transistor Latch – Up) .......................37
3 RESULATDOS EXPERIMENTAIS ...........................................................................40
3.1 Curvas da corrente de dreno normalizada pela razão de aspecto em função da
sobretensão de porta..............................................................................................................42
3.2 Curvas da trascondutância em função da sobretensão de porta.....................................62
3.3 Curvas da razão da trasncondutância sobre a corrente de dreno em função da
sobretensão de porta..............................................................................................................68
3.4 Curvas da razão da transcondutância sobre a corrente de dreno em função da
corrente de dreno normalizada pelo fator geométrico ............................................................75
4 RESULTADOS OBTIDOS POR SIMULAÇÃO...........................................................83
4.1 Programa de Edição de Dispositivos Semicondutores e Simulador Numéricos
Tridimensional...................................................................................................................... 83
4.2 Determinação da razão da transcondutância normalizada pela corrente de dreno
versus a corrente de dreno (g
m
/I
DSX
I
DS
) .................................................................................88
5 CONCLUSÃO................................................................................................................90
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................91
APÊNDICE A ......................................................................................................................93
APÊNDICE B....................................................................................................................... 99
18
1 INTRODUÇÃO E MOTIVAÇÃO
A idéia de se construir um dispositivo semicondutor de filme fino isolando o
substrato, vem sendo desenvolvida anos. A primeira descrição de um transistor de
efeito de campo foi desenvolvida por Lilienfield em 1926 e intitulado de IGFET
(“INSULATED GATE FIELD EFFECT TRANSISTOR”) [1]. Considerado o precursor
dos outros dispositivos, o IGFET é caracterizado por possuir três terminais, onde se
pode controlar a corrente de dreno na região ativa, ou seja, entre fonte e dreno, através
da tensão aplicada na porta isolada. Por não possuir uma tecnologia de processo de
fabricação adequada, esta tecnologia ficou estagnada por vários anos [1].
Em 1947, o transistor Puntual (“POINT-CONTACT TRANSISTOR”) foi
inventado por Bardeen e Bratain, conforme é apresentado na figura 1.1, seguido da
clássica patente de Shockey do transistor bipolar, o qual trouxe um relevante impacto na
indústria eletrônica [2].
Figura 1.1 – O primeiro transistor desenvolvido por Bardeen e Bratain [2].
Em 1957, Kromer propôs o HTB (“HETEROJUNCTION BIPOLAR
TRANSISTOR”) [2]. Em 1958, Kilby elaborou o primeiro rudimentar circuito integrado,
composto por três resistores, um capacitor e um transistor bipolar, construído em um
bloco de germânio, conforme mostra a figura 1.2 [2].
19
Figura 1.2 – Primeiro circuito integrado (CI), desenvolvido por Kilby em 1958 [2].
No ano de 1959, Noyce propôs o primeiro transistor de circuito integrado
monolítico (“INTEGRADET CIRCUIT MONOLITHIC”), conforme está apresentado na
figura 1.3 [2]. A fabricação deste dispositivo consiste em um único bloco de silício,
usando óxido de isolação e metalização por alumínio, sendo esta invenção um avanço
para a indústria de microeletrônica da época [2].
Figura 1.3 – Primeiro Ciruito Integrado Monolítico [2].
20
Com os avanços da tecnologia de fabricação de óxido de porta, em 1960 Atalla e
Kahng propuseram e fabricaram o primeiro transistor de efeito de campo, chamado de
MOSFET (“FIELD EFFECT TRANSISTOR”), conforme é mostrado na figura
1.4.
Figura 1.4 – MOSFET desenvolvido por Atalla e Kahng, com canal de 25 µm e óxido de porta
de 100
Å
[2].
O MOSFET está presente em 90% dos circuitos integrados presentes no
mercado, tornando-se um dos mais importantes dispositivos para aplicações do ULSI
(“ULTRA LARGE SCALE INTEGRATION”) [1][2].
A estrutura MOSFET é caracterizada por apresentar interações entre o
dispositivo e o substrato, o que intensifica os efeitos parasitários, destacando os efeitos
capacitivos presentes nas junções (“CAPACITANCES JUNCTION”) [1][2].
Com a constante utilização da tecnologia MOSFET, surge em 1963, o conceito
da tecnologia CMOS (“COMPLEMENTARY MOSFET) desenvolvido por Wanlass e
Sah [2]. Neste mesmo ano, a fim de eliminar os efeitos parasitários existentes no
MOSFET é apresentada à tecnologia SOI MOSFET (“SILICON-ON-INSULATOR”),
inicialmente desenvolvido sobre a Safira (“SILICON-ON-SAPHIRE, SOS”). Com
características semelhantes ao MOSFET, a tecnologia SOI MOSFET diferencia-se da
Canal
Fonte / Dreno
Dreno / Fonte
21
convencional, por possuir uma camada de óxido enterrado, separando-se a região ativa
do corpo do dispositivo e assim, eliminando ou reduzindo a ocorrência dos efeitos
parasitários [1][2].
Logo em seguida, surge a tecnologia SOI CMOSFET, atualmente muito usada,
pois possui um processo de fabricação similar ao MOSFET [1][2], agora utilizando-se
também transistores de canal p.
Atualmente, utiliza-se o SOI MOSFET de camada fina, sabe-se que este
dispositivo traz uma série de vantagens sobre o dispositivo de camada espessa, sendo
uma das mais notáveis a inclinação de Sublimiar (S), que vale aproximadamente 60
mV/dec em temperatura ambiente, sendo estes dispositivos detalhados no capítulo
posterior [1].
Com o sucesso da tecnologia SOI CMOSFET, utilizada em larga escala
comercial, hoje se encontram diversos estudos de novos dispositivos com estruturas
planares e não planares, conforme está apresentado na tabela 1.1 [1][3].
Tabela 1.1 - Evolução dos SOI MOSFETs [1].
Adaptado do Livro: Silicon-on-Insulator; Kluwer Academic Publisher; 2003
Como mais uma opção de transistores planares SOI MOSFET, esse trabalho tem
por objetivo desenvolver o estudo da transcondutância (g
m
) e da razão da
22
transcondutância em função da corrente de dreno normalizada pelo fator
geométrico
( )
LW
I
x
I
g
DS
DS
m
/
do SOI nMOSFET planar de porta em anel circular,
apresentado na figura 1.5. Este transistor é caracterizado por possuir a menor razão
entre perímetro sobre área (P/A) e maior tensão Early (V
EA
) em relação ao dispositivo
convencional. Além disso, este dispositivo é assimétrico em relação à fonte e dreno, que
o torna capaz de operar de duas formas distintas, ou seja, nas configurações de
polarização de dreno externo (CDE) e na configuração de polarização de dreno interno
(CDI) [4].
Figura 1.5 – Seção transversal do SOI nMOSFET de porta em anel circular.
Na figura 1.5, R1 é o raio que define a região interna do canal, R2 é o raio que
define a região final do canal e R3 é o raio que define a região externa do canal. A
largura de canal (L) é definida pela diferença entre os valores de R2 e R1 (L=R2-R1)
[4].
A figura 1.6 apresenta uma representação do sentido da corrente, em uma fatia
do SOI nMOSFET de porta em anel circular operando nas configurações de dreno
Porta
Região Interna
Região Externa
N+
N+ N+ P P
Óxido Enterrado
Substrato
L
R1 R3
R2
23
interno (figura 1.6.a), externo (figura 1.6.b) e convencional (figura 1.6.c),
respectivamente.
(a)
(b)
(c)
Figura 1.6 – Representação do sentido da corrente de dreno do SOI nMOSFET de porta em anel
circular na configuração de dreno interno (a), de dreno externo (b) e do convencional (c).
Filme de
Silício
Óxido de
Porta
I
DS
Região
Interna
Região
Interna
Região
Externa
Região
Externa
Substrato
Substrato
I
DS
I
DS
Óxido enterrado
Óxido enterrado
FONTE DRENO
PORTA
24
O transistor de porta em anel circular (figuras 1.6.a e 1.6.b), diferencia-se do
convencional (figura 1.6.c), pois apresentam um fluxo radial (em todas as direções) da
corrente de dreno. Nota-se que SOI MOSFET circular operando na configuração de
polarização de dreno interno, apresenta um fluxo de corrente divergente, para o circular
operando na configuração de polarização de dreno externo, nota-se um fluxo de corrente
convergente, já para o convencional apresenta um fluxo unidirecional [4].
A relação entre os fatores geométricos (f
g
) dos SOI MOSFETs convencional e o
de porta em anel circular, é dada pela equação (1.1) [4]:
( )
Circular
alConvencion
R1
R2
ln
2π
L
W
=
=gf
(1.1)
onde W é a largura do canal.
25
1.1 Objetivo e Estrutura do Trabalho
Este trabalho realiza o estudo comparativo entre o g
m
e
( )
LW
I
x
I
g
DS
DS
m
/
entre SOI
nMOSFETs convencional (porta retangular) e o SOI nMOSFET de porta em anel
circular, operando nas duas configurações de polarização de dreno (interno e externo) .
Este trabalho de dissertação contém cinco capítulos que descrevem o estudo
proposto onde, o Capítulo 1 descreve um breve histórico sobre a microeletrônica e
apresenta a motivação e os objetivos deste trabalho. O Capítulo 2 contém uma
descrição teórica inicial, descrevendo todos os conceitos sicos e necessários para o
entendimento deste trabalho. O Capítulo 3 apresenta o estudo experimental
comparativo da transcondutância g
m
e da razão da transcondutância sobre a corrente de
dreno em função da corrente de dreno normalizada pelo fator geométrico
( )
LW
I
x
I
g
DS
DS
m
/
,
dos SOI nMOSFET convencional e o SOI nMOSFET de porta em anel circular,
operando nas duas configurações de polarização (CDE e CDI). O Capítulo 4 diz
respeito às simulações numéricas tridimensionais, onde são descritos os modelos
utilizados, seguido dos resultados obtidos por essas simulações, os quais, por sua vez,
foram obtidos através do simulador ATLAS / TCAD da SILVACO, onde é feito o
estudo comparativo da razão da transcondutância normalizada pela corrente de dreno
em função da corrente de dreno normalizada pelo fator geométrico
( )
LW
I
x
I
g
DS
DS
m
/
entre
os SOI nMOSFETs convencional e o de porta em anel circular operando com
polarização de dreno externo e interno. No Capítulo 5 são apresentadas as conclusões
finais e as recomendações para novos estudos.
26
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A figura 2.1 apresenta a estrutura do SOI nMOSFET convencional, ressaltando-
se as principais características construtivas.
Figura 2.1 – Seção transversal de um SOI nMOSFET convencional.
Na figura 2.1, t
oxf
é a espessura da camada de óxido de porta, t
Si
é a espessura da
camada de silício e t
oxb
é a espessura do óxido enterrado.
Pode-se observar que, este dispositivo possui quatro (4) terminais, sendo que os
contatos de fonte e dreno são simétricos, ou seja, eles podem ser polarizados ou como
fonte ou como dreno, além de possuir os contatos de porta e substrato que controlam o
fluxo de corrente no canal na região ativa [1].
O comportamento dos SOI MOSFETs é dependente da espessura do óxido e da
concentração de dopantes do silício, definidas no processo de fabricação. Além disso, a
espessura da camada de silício sobre o óxido enterrado é quem determina o tipo de
transistor construído, que pode ser de três tipos diferentes: os dispositivos de camada
espessa (Thick-Film), os dispositivos de camada fina (Thin-Film) e os dispositivos de
camada de espessura média (Mediun Thickness) [1].
Substrato
Óxido enterrado
P N+ N+
Óxido de porta
Polisilício N+
Porta
Fonte Dreno
t
oxb
t
Si
t
oxf
Primeira Interface
S
egunda Interface
Terceira Interface
Substrato
27
A figura 2.2 mostra os diagramas de faixas de energia de um MOSFET
convencional do tipo n (figura 2.2.a), de um SOI MOSFET de camada espessa ou
parcialmente depletado (Partially-depleted - PD) (figura 2.2.b) e de um SOI MOSFET
de camada fina ou totalmente depletado (Fully-depleted - FD) (figura 2.2.c), todos com
porta de polisilício do tipo p [1].
Figura 2.2 – Diagrama de faixas de energia para um nMOSFET convencional (a), parcialmente
depletado (b) e totalmente depletado (c), com porta de polisilício do tipo p.
onde E
C
é o nível de energia da faixa de condução, E
F
é
o
nível de energia de Fermi, E
V
é o nível de energia na faixa de valência, X
dmáx
é a largura de depleção que é controlada
pela porta no dispositivo convencional, X
dmáx1
é a largura de depleção que é controlada
pela porta e X
dmáx2
é a largura de depleção que é controlada pelo substrato.
Na figura 2.2, o valor da distância máxima da região de depleção (x
dmáx1
) é dada pela equação 2.1 [1].
aqN
ε4 FSi
dmáxx
φ
=
(2.1)
Óxido de Porta
1° Interface
2° Interface
Óxido Enterrado
Óxido de Porta
E
C
E
F
E
V
E
C
E
F
E
V
E
C
E
F
E
V
X
dmáx1
X
dmáx2
X
dmáx
X
dmáx1
X
dmáx2
t
Si
(a) (b) (c)
t
Si
28
onde ε
si
é permissividade do silício, q é a carga do elétron, N
a
é a concentração de
impurezas aceitadoras da camada de silício do tipo P e
F
φ
é o potencial de Fermi, que é
dado pela expressão 2.2 [1].
i
a
F
n
N
q
kT
ln=
φ
(2.2)
onde k é a constante de Boltzmann, T é a temperatura absoluta em Kelvin, e
n
i
é a
concentração intrínseca do material.
A figura 2.2.b, apresenta o diagrama de faixas de energia de um dispositivo SOI
nMOSFET parcialmente depletado (PDSOI), onde a espessura da camada de silício (t
Si
)
é maior que pelo menos duas vezes a distância máxima da região de depleção (t
Si
>
xd
máx1
+xd
máx2
)
existentes na 1
a
e 2
a
interfaces. Note que não existem interações
(sobreposições) das regiões de depleção e dessa forma este transistor se comporta como
um dispositivo convencional. Este dispositivo sofre ação de diversos efeitos
parasitários, tais como o aumento abrupto de corrente de saturação (kink effect) e
efeito de canal curto (SCE) [1].
Os dispositivos de camada fina, apresentam uma espessura da camada de silício
menor que a camada de depleção máxima (t
Si
< x
dmáx1
), dessa forma, existem interações
entre as regiões de depleção da primeira e segunda interfaces. Este dispositivo apresenta
melhores características elétricas, se comparado ao convencional e ao parcialmente
depletado tais como: maior mobilidade, menor inclinação de sublimiar, maiores valores
de transcondutância, menores valores de campos elétricos ao longo do canal e possui
uma menor vulnerabilidade aos efeitos parasitários, tais como o efeito de aumento
abrupto da corrente de saturação (Kink effect) e menor efeito de canal curto [1].
29
2.1 Tensão de Limiar.
A tensão de limiar (V
TH
) do MOSFET, é a tensão que deve ser aplicada no
contato da porta, para atrair os portadores minoritários do filme de silício, formando um
canal de condução entre as regiões de fonte e dreno [5].
Nos SOI MOSFETs de camada espessa, não ocorrem interações entre as regiões
de depleção e desta forma, estes transistores tornam-se semelhantes a um dispositivo
MOSFET convencional, e sua tensão de limiar é dada pela expressão 2.3 [1].
ox
dmáxa
FFBTH
C
xqN
VV ++=
φ
2
(2.3)
onde V
FB
é a tensão de faixa plana do MOSFET e C
ox
é a capacitância do óxido de porta
por unidade de área.
2.2 Corrente de Dreno
A curva da corrente de dreno do SOI nMOSFET é modelada em três regiões:
corte, triodo e saturação. Descrevem-se as equações da corrente de dreno de primeira
ordem para essas regiões da seguinte forma:
2.2.1 - Região de Corte: Quando V
GS
< V
TH
ou V
GS
- V
TH
< 0, tem-se:
0
=
DS
I
(2.4)
2.2.2 - Região de Triodo: Quando V
GS
<V
DS
- V
TH
, tem se:
]
2
)[(
2
DS
DSTHGSNDS
nV
VVVI =
β
(2.5)
2.2.3 - Região de Saturação: Quando V
DS
V
GS
-V
TH
. tem se:
2
)(
2
1
THGSNDS
VV
n
I =
β
(2.6)
30
onde
=
L
W
tox
oxN
N
εµ
β
.
, β
N
é o fator de ganho do transistor nMOSFET, µ
N
é a
mobilidade dos elétrons na camada de inversão, ε
ox
é a permissividade do óxido de
silício e n é o fator de corpo que é dado por :
ox
D
C
C
+1
, sendo C
D
a capacitância de
depleção, que é dada por
dmáx
SI
D
X
C
ε
=
.
O fator de corpo pode ser definido como n = (1+α), sendo que α é definido
como o acoplamento capacitivo [1].
Sabe-se que a capacitância do SOI MOSFET é dada por:
1ox
si
C
C
para a segunda
interface em acumulação,
)(
21
2
oxsiox
oxsi
CCC
CC
+
para a segunda interface em depleção e
11 oxdmáx
si
ox
depl
C
x
C
C
ε
α
==
para o transistor convencional, onde C
Si
é a capacitância de
depleção na camada de silício (região do canal). Portanto, pode-se concluir que:
α
totalmente depletado
< α
convencional
< α
totalmente depletado segunda interface
acumulada
Verifica-se que o acoplamento capacitivo é menor no transistor totalmente
depletado, se comparado com o convencional e o totalmente depletado com a segunda
interface acumulada, consequentemente o efeito de corpo também é menor, com isso, o
transistor totalmente depletado possui maiores valores de corrente de dreno se
comparado com os demais [1].
2.3 Região de Estrangulamento (Pinch-off) e Comprimento Efetivo de Canal
Considerando o canal formado, com uma tensão de porta maior que a tensão de
limiar, verifica-se a formação do canal de condução. Ao aumentarmos o valor da tensão
31
de dreno (V
DS
), o canal torna-se mais estreito e sua resistência aumenta
correspondentemente, sendo que esta não terá mais um comportamento linear e será
definida como região de triodo [6]. Com o acréscimo do valor da tensão de dreno,
atingindo-se a região de saturação, ocorre a diminuição da profundidade do canal de
condução próximo à região de dreno, criando o efeito do estrangulamento de canal.
Após o canal estar estrangulado, o mesmo deslocará no sentido da região de fonte, se o
potencial de dreno for aumentado [6].
A figura 2.3 apresenta o comportamento da região de estrangulamento para uma
fatia de um SOI nMOSFET de porta em anel circular, operando na polarização de dreno
externo (figura 2.3.a), para um SOI nMOSFET convencional (figura 2.3.b) e para um
SOI nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de dreno interno
(figura 2.3.c.) .
Figura 2.3 - Modulação de canal e comprimento efetivo do canal para uma fatia de um SOI nMOSFET
de porta em anel circular na configuração de polarização de dreno externo (a), de um SOI nMOSFET
convencional (b) e de um SOI nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de
polarização de dreno interno (c), para as mesmas condições de polarização.
L
Fonte
SOI nMOSFET de
porta em anel
circular operando na
polarização de
Dreno Externo
SOI nMOSFET
Convencional
X
X
X
Dreno
Dreno
Dreno
Fonte
Fonte
Fonte
Região de
Estrangulamento
R2
R1
W
médio
W
médio
W
médio
R2
R
1
Leff-
CDE
Leff-
CDI
Leff-
CONV
L
CDI
L
CONV
L
CDE
(a)
(b)
(c)
SOI nMOSFET de
porta em anel
circular operando na
polarização de
Dreno Interno
32
Na figura 2.3, L
CDE,
L
CONV
e
L
CDI
são as distâncias entre a região de
estrangulamento e a região de dreno nos SOI MOSFETs de porta em anel circular
operando na configuração de dreno externo, convencional e o circular operando na
configuração de dreno interno, respectivamente, L
eff-CDE
, L
eff-CONV
e L
eff-CDI
são os
comprimentos efetivos de canal dos SOI MOSFETs de porta em anel circular operando
na configuração de dreno externo, do convencional e do circular operando na
configuração de dreno interno, respectivamente e a largura dia de canal (W
médio
) é
dado por :
W
médio
=
o
RR
360
.
2
21
2
θ
π
+
(2.7)
onde θ é o ângulo da fatia de um SOI nMOSFET de porta em anel circular
Para as mesmas condições de polarização e considerando que o SOI nMOSFETs
de porta em anel circular apresente as mesmas dimensões que o convencional, verifica-
se que o comprimento efetivo de canal (L
eff
) é obtido através da equação 2.8.
L
L
L
eff
=
(2.8)
onde L é o comprimento de canal e L é o distanciamento da região de estrangulamento
em relação a região de dreno.
A figura 2.3 mostra que o SOI MOSFET de porta em anel circular na
configuração de dreno externo (CDE), apresenta um menor distanciamento da região de
estrangulamento em relação à região de dreno se comparada com o convencional e se
comparado também com o circular na configuração de polarização de dreno interno
(CDI), portanto, o comprimento efetivo de canal (L
eff
) do SOI nMOSFET do CDE é
maior que o convencional, que por sua vez é maior que o SOI nMOSFET CDI e
consequentemente é menos afetado pelo efeito da modulação do canal pela tensão de
dreno V
DS
[7].
33
2.4 Transcondutância
A transcondutância (g
m
) de um SOI MOSFET é a medida da efetividade do
controle da corrente de dreno pela tensão de porta. Determina-se o valor da
transcondutância na região de saturação, derivando-se a equação da corrente de dreno
(I
DS
) em relação ao potencial de porta (V
GS
) , conforme a equação (2.9) [1].
)(
)1(
THGS
ox
GS
DS
m
VV
L
WC
V
I
g
+
=
=
α
µ
, para (V
DS
>V
DSsat
) (2.9)
onde V
DSsat
é a tensão de dreno de saturação (= V
GS
-V
TH
), µ é a mobilidade dos
portadores (elétrons/lacunas) no canal.
2.5 Ganho de tensão de um amplificador de transcondutância de um único
transistor
Considerando-se um amplificador de transcondutância contendo um único
transistor que está ligado a uma carga capacitiva (C
L
),
conforme é mostrado na figura
2.4, o ganho de tensão (A
v
) é determinado através da equação (2.10) [7].
EA
DS
m
v
V
I
g
A =
(2.10)
onde V
EA
é a tensão Early do transistor.
34
Figura 2.4 – Esquema elétrico de um amplificador de transcondutância contendo um único SOI
nMOSFET.
Na figura 2.4, V
in
é a tensão de entrada, que é igual a tensão de porta (V
GS
), V
out
é a tensão de saída, que é igual a V
DS
e V
DD
é tensão de alimentação.
De acordo com a equação (2.10), nota-se que o ganho de tensão é diretamente
proporcional à transcondutância e a tensão Early é inversamente proporcional à corrente
de dreno (
EA
DS
m
V
I
g
). A tensão Early está diretamente ligada à posição da região de
estrangulamento do canal (Pinch-off) e conseqüentemente relacionada com o
comprimento efetivo do canal (channel modulation effect). Sabe-se que, para uma dada
tecnologia, podem-se alcançar maiores valores de V
EA
, usando-se dispositivos de
comprimentos de canal longos e isentos de efeitos de canal curto. Podem-se alcançar,
também, maiores valores de ganho de tensão, através da utilização de SOI nMOSFET
com porta em anel circular em configuração de polarização de dreno externo, pois este
dispositivo apresenta maiores valores de tensão Early (V
EA
), se comparado com o SOI
MOSFETs convencional e o de porta em anel circular, operando na configuração de
polarização de dreno interno [7].
V
DD
V
GS
= V
in
V
out
= V
DS
GND
C
L
I
DS
I
DS
I
DS
35
2.6 A razão da transcondutância pela corrente de dreno em função da corrente de
dreno normalizada em função do fator geométrico.
Uma das metodologias de desenvolvimento de projetos de circuitos integrados
analógicos é baseada na curva dada pela razão da transcondutância sobre a corrente de
dreno em função da corrente de dreno normalizada pelo fator geométrico de um
transistor. Esta metodologia consiste em um tratamento unificado para todas as regiões
de operação dos SOI MOSFETs, especialmente na utilização da região de inversão
fraca, para produzir amplificadores com alto valores de ganho de tensão ou a utilização
da região de inversão forte para implementar amplificadores com altos valores de
resposta em freqüência (velocidade) ou ainda é utilizada a região de inversão moderada
para gerar amplificadores com um bom compromisso entre ganho de tensão e resposta
em frequência. Essa metodologia é recomendada para circuitos integrados analógicos
com características de baixo consumo de potência e baixa tensão (low-power, low-
voltage). Além disso, esta figura de mérito apresenta uma característica universal para
todos os SOI MOSFET do tipo n e p para uma determinada tecnologia. Essa figura de
mérito de
( )
LW
I
x
I
g
DS
DS
m
/
não depende das dimensões dos dispositivos [8][9].
A figura 2.5 apresenta um exemplo de curvas experimentais
de
( )
LW
I
x
I
g
DS
DS
m
/
dos SOI nMOSFETs de porta em anel circular operando nas
configurações de dreno externo e interno para V
DS
=110 mV.
36
10
-10
10
-9
10
-8
10
-7
10
-6
10
-5
10
-4
10
20
30
40
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/ (W / L) (A)
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=110 mV
REGIÃO
DE
INVERSÃO
FRACA
REGIÃO
DE
INVERSÃO
MODERADA
REGIÃO
DE
INVERSÃO
FORTE
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
Figura 2.5 - Exemplo de curvas experimentais extraídas dos SOI MOSFETs circular operando
nas duas configurações de dreno (externo e interno).
Determinou-se os limites das regiões de inversão fraca e forte, através dos
critérios de 90% do valor máximo de
DS
m
I
g
e 10% do valor máximo,
respectivamente, sendo que, a região de inversão moderada é determinada pela região
entre as regiões de inversão fraca e forte [8][9].
2.7 Resistência série
As resistências série de fonte (R
S
) e dreno (R
D
), são inerentes aos transistores
SOI MOSFET, assim como a resistência do canal (R
ch
), como mostra a figura 2.6
[10][11][12][13].
37
Figura 2.6 – SOI MOSFET com as resistências série parasitária de fonte, dreno e do canal.
A resistência série equivalente entre fonte e dreno, é formada pelas soma das
duas resistências parasitárias de fonte e dreno (R
série
=R
S
+ R
D
) e pela resistência de canal
(R
ch
). As resistências série entre fonte e dreno, interferem diretamente no valor da
corrente de dreno. Observa-se que, para baixos valores de tensão de dreno e altos
valores de tensão de porta, a resistência série é igual ao valor da resistência de dreno
mais a resistência de fonte (R
série
= R
S
+R
D
), sendo que a resistência de canal torna-se
praticamente desprezível, face aos valores das resistências de fonte e dreno
[10][11][12][13].
2.8. Efeito do transistor bipolar parasitário (Single Transitor Latch-Up)
O efeito do transistor bipolar parasitário, neste texto também é representado pela
sigla (TBP), pode ser observado nos transistores parcialmente depletados e nos
totalmente depletados, com a segunda interface acumulada [1].
Ao polarizarmos o transistor, neste caso do tipo n, sendo a tensão de dreno
suficientemente alta, a ionização por impacto pode ocorrer na região de sublimiar,
mesmo com baixos valores de corrente de dreno. Os portadores de carga do canal
adquirem uma maior quantidade de energia, e chocam-se com a rede cristalina, gerando
pares elétrons lacunas, sendo que os portadores majoritários (lacunas) buscam a região
de menor potencial conforme a figura 2.7, com isso ocorre um aumento de potencial e
Porta
Fonte
Dreno
V
DS
V
GS
R
S
R
D
R
ch
38
consequentemente a diminuição da tensão de limiar [1]. Caso os portadores minoritários
(elétrons) tenham um tempo de vida suficiente, o transistor bipolar parasitário presente
na estrutura do SOI nMOSFET amplifica a corrente de base, com isso, ocorre um
incremento abrupto na corrente de dreno e uma diminuição abrupto da inclinação de
sublimiar (0 V/dec) [1][14][15][16].
Figura 2.7 – Efeito do Transistor bipolar parasitário nos SOI MOSFET [1].
A figura 2.8, apresenta uma ilustração do efeito do transistor bipolar parasitário
[1].
Figura 2.8 - Ilustração do efeito do transistor bipolar parasitário. Inclinação de sublimiar normal (a),
inclinação infinita de sublimiar e histerese (b) e Latch-up do transistor(c) [1] .
Dreno
Corpo
Flutuante
Porta
Fonte
I
ch
I
ch β (M-1)
I
ch (M-1)
I
C
Logaritmo
da corrente
de dreno x
Tensão de
Lacunas
39
A figura 2.8.a mostra que, para baixos valores de dreno ocorre um
comportamento normal da inclinação de sublimiar e ao incrementar-se a tensão de
dreno, ocorre o efeito da ionização por impacto, próxima do dreno, aumentando o
potencial e diminuindo a tensão de limiar. Isso ocorre devido, a realimentação positiva
gerar um acréscimo abrupto do valor de corrente de dreno, formando-se a curva de
histerese do TBP, conforme apresentado na figura 2.8.b. Incrementando-se ainda mais a
tensão de dreno, após o disparo do transistor bipolar parasitário, a realimentação
positiva retarda o desligamento do TBP, conforme mostra a figura 2.8.c [1].
40
3 RESULTADOS EXPERIMENTAIS
Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos experimentalmente da
transcondutância em função da sobretensão de porta (g
m
xV
GT
) e da razão da
transcondutância sobre a corrente de dreno em função da corrente de dreno normalizada
pelo fator geométrico
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
, obtidos dos SOI nMOSFETs convencional e de
porta em anel circular, para ambas as condições de polarização de dreno interno e
externo utilizando-se a tecnologia de 0,13 µm do IMEC, Bélgica. As medidas
experimentais foram realizadas no laboratório de Microeletrônica do Centro
Universitário da FEI.
Os SOI nMOSFETs convencional e o de porta em anel circular utilizados
apresentam as seguintes características construtivas: 400 nm de espessura de óxido
enterrado (t
oxb
=400 nm), 100 nm de espessura da camada de silício (t
si
=100 nm), 2,5
nm de espessura do óxido de porta (t
oxf
=2,5 nm), 5,5x10
17
cm
-3
de
concentração de
impurezas no canal (N
a
= 5,510
17
cm
-3
), 1x10
20
cm
-3
de concentração de impurezas nas
regiões de dreno/fonte (N
DRAIN/SOURCE
=1x10
20
cm
-3
). Os SOI nMOSFETs convencional e o
de porta em anel circular apresentam um comprimento de canal (L) de 1 µm, e as
larguras de canal (W) são de 10 e 100 µm, respectivamente.
Primeiramente, baseando-se no método de extração da segunda derivada da
curva (I
DS
xV
GS
), determinou-se o valor da tensão de limiar (V
TH
). Para estes transistores
utilizou-se valores de tensão de dreno de 10 mV [17].
A figura 3.1, apresenta as curvas da segunda derivada de (I
DS
x V
GS
)
do SOI
nMOSFET convencional (figura 3.1.a), do SOI nMOSFET de porta em anel circular
operando na configuração de dreno externo (Figura 3.1.b) e do porta em anel circular
operando na configuração de dreno interno (figura 3.1.c).
41
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
-1,5x10
-3
-1,0x10
-3
-5,0x10
-4
0,0
5,0x10
-4
1,0x10
-3
1,5x10
-3
2,0x10
-3
2,5x10
-3
Primeira Derivada
Segunda Derivada
V
TH
= 0,32 V
V
GS
(V)
d
2
I
DS
/ d V
GS
2
(A / V
2
)
CONVENCIONAL
V
DS- QUAD
=10 mV
(a)
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
-5,0x10
-3
0,0
5,0x10
-3
1,0x10
-2
1,5x10
-2
2,0x10
-2
d
2
I
DS
/ d V
GS
2
(A / V
2
)
Primeira Derivada
Segunda Derivada
V
TH
= 0,32 V
V
GS
(V)
CDE
V
DS-CDE
= 10 mV
(b)
42
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
-5,0x10
-3
0,0
5,0x10
-3
1,0x10
-2
1,5x10
-2
2,0x10
-2
d
2
I
DS
/ d V
GS
2
(A / V
2
)
V
GS
(V)
Primeira Derivada
Segunda Derivada
V
TH
= 0,32 V
CDI
V
DS-CDI
= 10 mV
(c)
Figura 3.1 - Curvas para determinação da tensão de limiar para o SOI nMOSFET convencional ( a ), SOI
nMOSFET de porta em anel circular na configuração de dreno externo ( b ) e na configuração de dreno
interno (c), respectivamente.
Pode-se verificar que o SOI nMOSFET convencional e o de porta em anel
circular, operando em ambas as configurações de dreno externo e interno (CDE e CDI),
apresentaram os mesmos valores de tensão de limiar.
3.1 Curvas da corrente de dreno normalizadas pela razão de aspecto em função da
sobretensão de porta
A figura 3.2 apresenta as curvas de (I
DS
xV
GT
) dos SOI nMOSFETs convencional
e de porta em anel circular operando nas configurações de polarização de dreno externo
e interno, para diferentes valores de V
DS
[de 100 mV (3.2.a) até 1000 mV (3.2.j)].
43
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
10
20
30
40
Triodo
Saturação
I
DS
/ (W /L) (
µ
A)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 100 mV
Sublimiar
(a)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
10
20
30
40
50
60
Triodo
Saturação
V
GT
(V)
I
DS
/ (W/L) (
µ
A)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 200 mV
Sublimiar
(b)
44
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
Triodo
Saturação
Sublimiar
I
DS
/ (W/L) (µA)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 300 mV
(c)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
100
TriodoSaturação
Sublimiar
I
DS
/ (W/L) (µA)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 400 mV
(d)
45
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
100
120
Triodo
SaturaçãoSublimiar
I
DS
/ (W/L) (µA)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 500 mV
(e)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
100
120
I
DS
/ (W/L) (
µ
A)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 600 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
(f)
46
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
100
120
140
I
DS
/ (W/L) (
µ
A)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 700 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
(g)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
100
120
140
I
DS
/ (W/L) (
µ
A)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Interno
Circular Dreno Interno
V
DS
= 800 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
(h)
47
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
100
120
140
I
DS
/ (W/L) (
µ
A)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Interno
Circular Dreno Interno
V
DS
= 900 mV
Sublimiar Saturação
Triodo
(i)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
100
120
140
I
DS
/ (W/L) (µA)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=1000 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
(j)
Figura 3.2 - Curvas
GT
DS
xV
LW
I
)/(
dos SOI nMOSFET convencional e dos SOI nMOSFET de
porta em anel circular operando nas configurações de polarizações de dreno externo e interno,
48
respectivamente, para diferentes valores de V
DS
[100 mV (a), 200 mV (b), 300 mV (c), 400 mV (d), 500
mV (e), 600mV (f), 700 mV (g), 800mV (h), 900 mV (i) e 1000 mV (j)].
Analisando os gráficos de
GT
DS
xV
LW
I
)/(
apresentados na figura 3.2, nota-se
que para o valor de tensão de dreno de 100 mV, ocorre um comportamento semelhante
para os SOI nMOSFET convencional e o de porta em anel circular operando nas
configurações de dreno externo e interno. A partir do valor de V
DS
= 200 mV, a corrente
de dreno do SOI nMOSFET de porta em anel circular, operando na configuração de
dreno interno é maior que a do circular operando na configuração de dreno externo e
também que a do convencional. Adicionalmente, verifica-se que o comportamento do
transistor circular operando na configuração de dreno externo e do convencional são
similares.
Buscando-se identificar o aumento no valor da corrente de dreno nos SOI
nMOSFET de porta em anel circular, operando na configuração de dreno interno, na
região de sublimiar, para maiores valores de V
DS
=100 mV, foram investigadas as curvas
do logarítmico de
GT
DS
xV
LW
I
)/(
, conforme estão apresentados nas figuras de 3.3.a
até 3.3.j.
(a)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-5
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
Triodo
Saturação
Log [I
DS
/ (W /L) (
µ
A)]
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 100 mV
Sublimiar
49
(b)
(c)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-5
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
Log [I
DS
/ (W/L) (
µ
A)]
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 300 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Desacionamento do TBP
Acionamento do TBP
Região de acomodação
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-5
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
V
GT
(V)
Log [I
DS
/ (W/L) (
µ
A)]
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 200 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
Região de acomodação
50
(d)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-5
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
Log [I
DS
/ (W/L) (
µ
A)]
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 500 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Desacionamento do TBP
Acionamento do TBP
Região de acomodação
(e)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-5
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
Log[I
DS
/ (W/L) (
µ
A)]
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 400 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Desacionamento do TBP
Acionamento do TBP
Região de acomodação
51
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-5
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
Log [I
DS
/(W/L) (
µ
A)]
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 600 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Desacionamento do TBP
Acionamento do TBP
Rego de Acomodão
(f)
(g)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-5
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
I
DS
/ (W/L) (
µ
A)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 700 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Desacionamento do TBP
Acionamento do TBP
Região de acomodação
52
(h)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-5
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
1000
Log[I
DS
/ (W/L) (
µ
A)]
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Interno
Circular Dreno Interno
V
DS
= 900 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Desacionamento do TBP
Acionamento do TBP
Região de Acomodação
(i)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-5
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
Log[I
DS
/ (W/L) (µA)]
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Interno
Circular Dreno Interno
V
DS
= 800 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Desacionamento do TBP
Acionamento do TBP
Região de Acomodação
53
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1E-4
1E-3
0,01
0,1
1
10
100
1000
Desacionamento do TBP
Log[I
DS
/ (W/L) (µA)]
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 1000 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Acionamento do TBP
Região de acomodação
(j)
Figura 3.3 - Curvas do logaritmo (Log) de
GT
DS
xV
LW
I
)/(
dos SOI nMOSFET convencional e dos
SOI nMOSFET de porta em anel circular operando nas configurações de polarizações de dreno externo e
interno, para diferentes valores de V
DS
[100 mV (a), 200 mV (b), 300 mV (c), 400 mV (d), 500 mV (e),
600mV (f), 700 mV (g), 800mV (h), 900 mV (i) e 1000 mV (j)].
Observou-se que, o SOI nMOSFET de porta em anel circular não apresenta o
efeito do aumento abrupto da corrente de dreno para V
DS
igual a 100 mV, sendo que
para valores maiores que 200 mV, nota-se o aumento abrupto da corrente de dreno,
também denominado como o efeito do transistor bipolar parasitário (“single transistor
latchup”), também representado pelas sigla TBP [1]. A tabela 3.1 apresenta as
características do efeito do transistor bipolar parasitário para o SOI nMOSFET de porta
em anel circular operando na configuração de dreno interno, para diferentes valores de
V
DS
.
54
Tabela 3.1 – Características do efeito do transistor bipolar parasitário.
A
Tensão de Dreno (mV)
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Unidade
B
Variação de corrente de
dreno (
µ
A)
------
0,11
0,21
0,37
0,51
0,80
1,09
1,31
1,41
1,52
A
C
Valor de V
GT
onde ocorre o
início do disparo do transistor
bipolar parasitário (V)
------
-0,10
-0,10
-0,10
-0,10
-0,10
-0,10
-0,11
-0,13
-0,16
V
D
Valor de V
GT
quando ocorre o
desacionamento do transistor
bipolar parasitário (V)
------
0,19
0,31
0,43
0,53
0,62
0,73
0,84
0,94
1,04
V
E
Variação de sobretensão de
porta sobre o efeito do
transistor bipolar parasitário.
------
0,29
0,41
0,53
0,63
0,72
0,83
0,95
1,07
1,20
V
F
Região
------
S/T
S/T
S/T
S/T
S/T
S/T
S/T
S/T
S/T
Na tabela 3.1, S/T significa a interface entre a região de saturação e triodo.
Analisando a tabela 3.1, pode-se dizer que para V
DS
de 100 mV, o efeito do
transistor bipolar parasitário realmente não ocorre. Para valores maiores que 200 mV, o
efeito do transistor bipolar parasitário é observado. Além disso, pode-se observar que à
medida que se aumenta o valor de V
DS
, a variação da corrente de dreno (aumento
abrupto da corrente de dreno) também é aumentada (linha B da Tabela 3.1).
Adicionalmente, observa-se que, após ocorrer o disparo do transistor bipolar parasitário
no SOI nMOSFET de porta em anel circular operando como dreno interno, logo após o
aumento abrupto da corrente de dreno na região de sublimar, a corrente de dreno
apresenta um comportamento transitório, diferente do exponencial, aqui neste texto
chamado de região de acomodação. Para valores de V
DS
menores e iguais a 400 mV, os
seus valores são inferiores àqueles apresentados nos transistores convencional e de porta
circular em configuração de polarização de dreno externo. para V
DS
maiores e iguais
a 500 mV, nota-se que após a corrente de dreno atingir o seu valor máximo na região de
sublimiar, quando ocorre o efeito do acionamento do transistor bipolar parasitário, ela
permanece sempre maior que os dos transistores convencional e circular operando na
configuração de polarização de dreno externo. Este efeito ocorre aque a corrente de
dreno do SOI nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de dreno
interno iguala-se com as demais curvas (do convencional e do circular operando na
configuração de dreno externo), quando ocorre o desacionamento do transistor bipolar
parasitário. Pode-se notar ainda que o acionamento do transistor bipolar parasitário para
55
tensões de dreno de até 700 mV, ocorrem sempre com a sobretensão de -0,1 V, ao
contrário para os demais valores de tensão de dreno (linha C da Tabela 3.1). Para os
valores de V
DS
maiores que 700 mV, o disparo do transistor bipolar parasitário ocorre
antes -0,1 V, pois tem-se um maior de V
DS
. Além disso, confirma-se que o
desacionamento do transistor bipolar parasitário ocorre na interface entre as regiões de
saturação e triodo (linha F da Tabela 3.1).
Para confirmar que o efeito do aumento abrupto da corrente de dreno na região
de sublimiar do SOI nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de
dreno interno é realmente o efeito do transistor bipolar parasitário, novas medidas
experimentais foram realizadas para caracterizar por completo tal efeito. A figura 3.4
apresenta o comportamento do efeito do transistor bipolar parasitário para o SOI
nMOSFET de porta em anel circular na configuração de dreno interno, para V
DS
de 500
mV.
-0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3
10
-9
10
-8
10
-7
10
-6
10
-5
10
-4
10
-3
10
-2
10
-1
Circular Dreno Interno
I
DS
(A)
V
GT
(V)
V
DS
= 500 mV
Figura 3.4 – Efeito do transistor bipolar parasitário no SOI nMOSFET de porta em anel circular
na configuração de dreno interno.
Observando a figura 3.4, podemos concluir que o efeito apresentado na figura
3.2 é realmente o efeito do transistor bipolar parasitário, como indicado na ref [1]. Note
que o disparo do transistor bipolar parasitário ocorreu em -0,04 V e o desacionamento
com -0,11 V, caracterizando a histerese no processo de acionamento e do
1
o
2
o
Desacionamento do
transistor bipolar
parasitário quando V
GT
vai de 0,3 V até -0,4 V.
Acionamento do
transistor bipolar
parasitário quando V
GT
vai de -0,4 V até 0,3 V.
56
desacionamento do transistor bipolar parasitário. O disparo do transistor parasitário
desta amostra difere do valor indicado na tabela 3.1, para V
DS
de 500 mV, pois trata-se
de amostras diferentes. Notou-se este efeito para valores de V
DS
de 200 mV à 1000 mV.
Buscando-se entender também, por que o SOI nMOSFET de porta em anel
circular, operando na configuração de dreno interno apresenta o efeito do transistor
bipolar parasitário, a figura 3.5 apresenta uma fatia dos SOI MOSFETs circular
operando na configuração de dreno externo (CDE), do convencional (CONV) e do
circular operando na configuração de dreno interno (CDI), respectivamente.
Figura 3.5 – Estrutura do SOI nMOSFET circular na configuração de dreno externo (Figura
3.5.a), do convencional (Figura 3.5.b) e a do circular operando na configuração de dreno interno
(Figura 3.5.c).
(a)
(b)
(c)
Dreno
Fonte
Dreno
Dreno
Fonte
Fonte
CDE
CDI
CONV
Área de interface das
regiões do canal e
dreno
A
INT_D/FS
57
onde na figura 3.5 A
INT_D/FS
é a área de interface entre a região de dreno e o filme de
silício.
Nota-se, que o SOI nMOSFET de porta em anel circular quando operando na
configuração de dreno interno, apresenta uma menor área de seção transversal (em
laranja) na interface entre a região de canal e a região de dreno, se comparado com os
transistores convencional e do circular na configuração de polarização de dreno externo.
Com isso, o SOI nMOSFET de porta em anel circular apresenta uma maior densidade
de campo elétrico paralelo (Jε ) junto a região de dreno, devido ao fato deste apresentar
uma menor área na região de dreno, conforme equação 3.1.
A
J
ε
ε
= (3.1)
Portanto a ionização por impacto é mais significativa junto à região de dreno no
SOI nMOSFET circular operando na configuração de polarização de dreno interno, pois
os portadores de carga do canal adquirem uma maior quantidade de energia, fazendo
com que os portadores choquem-se com a rede cristalina do transistor, gerando ainda
mais pares elétrons-lacunas que os outros transistores. Os portadores majoritários
(lacunas) buscam a região de menor potencial, com isso ocorre o aumento do potencial
e a diminuição da tensão de limiar. Caso os portadores minoritários (elétrons) tenham
um tempo de vida suficiente, o transistor bipolar parasitário presente na estrutura do
SOI nMOSFET amplifica a corrente de base, ocorrendo um incremento abrupto na
corrente de dreno.
Adicionalmente, a figura 3.6 apresenta a curva da corrente de dreno versus a
sobretenção de porta na região triodo, para um valor de 600 mV de tensão de dreno,
figura 3.2.f.
58
0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1
50
75
100
125
I
DS
/(W/L) (A)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=600 mV
TRIODO
Figura 3.6 - Ampliação da figura 3.2.f, para destacar a curva I
DS
/(W/L) x V
GT
na região de
triodo.
Observando a figura 3.6, nota-se que na região triodo, a corrente de dreno do
SOI nMOSFET convencional apresenta maiores valores, se comparado com os SOI
nMOSFETs de porta em anel circular nas configurações de polarização de dreno interno
e externo, sendo este resultado observado para valores de 100 até 1000 mV de V
DS
.
Para avaliar esse comportamento foram caracterizadas as resistências séries desses
transistores e a figura 3.7 apresenta a curva da resistência de dreno normalizada pelo
fator geométrico em função da sobretensão de porta, onde pode-se determinar o valor da
resistência série através do patamar [13] .
59
0 1 2 3 4 5
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
Circular Dreno Interno
Circular Dreno Externo
R
Snorm
= 4,15 k
Convencional
R
Snorm
= 3,75 k
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 0,1 V
R
DS
.(W/L) (
)
V
GT
(V)
Figura 3.7 – Curvas da resistência série em função de V
GT
dos transistores SOI nMOSFETs
convencional e circular operando nas configurações de polarização de dreno externo e interno,
respectivamente
.
A figura 3.7 mostra que, a resistência série do SOI MOSFET convencional é
menor que a do circular para ambas as configurações de polarização de dreno, devido às
diferenças entre as regiões da interface entre as regiões de canal e dreno/fonte.
A resistência série afeta diferentemente o valor efetivo da tensão entre porta
(V
GS_ef
) e fonte do SOI nMOSFET de porta em anel circular, quando eles operam na
condição de polarização de dreno interno e externo. Dessa forma, a figura 3.8 apresenta
uma fatia do SOI nMOSFET com as suas respectivas resistências série, seus respectivos
circuitos equivalentes com suas resistências internas.
(a)
R
-
INT
R
-
EXT
60
(b)
Figura 3.8.a - Fatia do SOI nMOSFET de porta em anel circular e a 3.8.b - Circuito da resistência interna
dos dois dispositivos .
Nas figuras 3.8 R
-INT
e R
-EXT
são as resistência da região de dreno (interna e
externa) com a filme de silício, I
DS-DE
e I
DS-DI
são as correntes de dreno do SOI
nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de dreno externo e
interno, respectivamente. As resistências de dreno e fonte são representadas por R
D
e R
S
e
V
GS_DE_ef
e V
GS_DI_ef
representam as diferenças de potenciais entre porta e fonte das
configurações de dreno externo e interno, respectivamente.
Observando a figura 3.8.a, verifica-se que a resistência série da região interna do
SOI nMOSFET operando na configuração de dreno interno, é maior que a do circular
operando na configuração de dreno externo, pois a configuração de dreno interno
apresenta uma menor área na interface das regiões de dreno e filme de silício onde é
formado o canal, conforme explicado anteriormente. Dessa forma, quando o SOI
nMOSFET de porta em anel circular opera na configuração de dreno externo, a
diferença de potencial efetiva entre porta e fonte (V
GS_DE_ef
) é menor que a do SOI
nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de dreno interno,
conforme apresentado na figura 3.8., pois a resistência de fonte dessa configuração é
R
S
<
R
D
V
DD
R
D
<
R
S
R
s
>
R
D
V
DD
V
GS – DI_ef
> V
GS-DE_ef
Fonte
Fonte
Porta
Porta
Dreno
Dreno
I
DS-DI
>
I
DS-DE
I
DS-DE
<
I
DS-DI
R
D
>
R
S
V
RS
>
V
RD
V
GS – DE _ef
<
V
GS-DI_ef
V
RS
>
V
RD
Configuração de polarização de dreno externo
Configuração de polarização de dreno interno
61
maior que na configuração de polarização de dreno interno. Com isso, a queda de tensão
sobre o resistor de fonte será maior e a corrente de dreno na configuração de dreno
externo é menor que a corrente de dreno na configuração de dreno interno. Para a
configuração de dreno interno, nota-se que a diferença de potencial efetiva entre porta e
fonte é maior que a polarização de dreno externo, pois a resistência de fonte é menor
que na polarização de dreno externo, portanto a corrente de dreno nesta configuração é
maior.
Além disso, para verificar tal efeito, a figura 3.9 apresenta a curva experimental
da corrente dreno normalizada pelo fator geométrico em função da tensão de dreno, para
os SOI nMOSFETs convencional e o porta em anel circular na configuração de dreno
externo e interno, para diferentes valores de V
GT
.
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
0
10
20
30
40
50
60
70
V
GT
= 0.67 V
I
DS
/(W/L) (
µ
A)
V
DS
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
GT
= 0.59 V
V
GT
= 0.49 V
V
GT
= 0.19 V
Triodo
Saturação
Figura 3.9 – Corrente de dreno em função da tensão de dreno, experimental dos transistores SOI
nMOSFETs convencional e circular operando em configuração de dreno externo e interno,
respectivamente, para diferentes valores de V
GT
.
Nota-se que o SOI nMOSFET convencional apresenta maiores valores de
corrente de dreno na região de triodo se comparado com os SOI nMOSFET de porta em
anel circular operando nas configurações de dreno externo e interno, para diferentes
valores de V
GT
, conforme a figura 3.9. Isto ocorre porque o convencional apresenta um
menor valor de resistência série, conforme explicado anteriormente. Na região de
saturação, além do efeito da modulação do comprimento de canal devido à influência da
Resistência Série
Resistência Série + TBP
62
tensão de dreno, o efeito da resistência série sobre o valor efetivo da tensão entre porta e
fonte pode ser visto, onde verifica-se que a corrente de dreno do circular operando na
configuração de dreno externo apresenta maiores valores se comparado com as
correntes do convencional e do circular operando na configuração de dreno interno (I
DS-
CDE
> I
DS-CONV
> I
DS-CDI
), para valores de V
GT
0,59 V.
3.2 Curvas da transcondutância em função da sobretensão de porta
A figura 3.10 apresenta as curvas da transcondutância dos SOI nMOSFET
convencional e o de porta em anel circular operando nas duas configurações de dreno
externo e interno, para diferentes valores de V
DS .
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
10
20
30
40
50
g
m
/ (W/L) (S)
Triodo
Saturação
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=100 mV
Efeito do Tunelamento
Sublimiar
(a)
63
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
100
120
desacionamento do TBP
Saturação
Triodo
g
m
/ (W/L) (S)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=200 mV
Efeito do transistor
bipolar parasitário
Efeito do Tunelamento
Sublimiar
Acionamento do TBP
(b)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
20
40
60
80
100
120
g
m
/ (W/L) (S)
Saturação
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
= 300 mV
Efeito do transistor
bipolar parasitário
Efeito do Tunelamento
Sublimiar
Triodo
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(c)
64
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
g
m
/ (W/L) (S)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=400 mV
Efeito do transistor
bipolar parasitário
Efeito do Tunelamento
Sulimiar
Saturação
Triodo
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(d)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
40
80
120
160
200
g
m
/ (W/L) (S)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=500 mV
Efeito do transistor
bipolar parasitário
Efeito do Tunelamento
TriodoSaturaçãoSublimiar
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(e)
65
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
40
80
120
160
200
240
g
m
/ (W/L) (S)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=600 mV
Efeito do transistor
bipolar parasitário
Efeito do Tunelamento
Sublimiar
Saturação
Triodo
Desacionamento do TBP
Acionamento do TBP
(f)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
50
100
150
200
250
g
m
(S)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=700 mV
Efeito do transistor
bipolar parasitário
Efeito do Tunelamento
Sublimiar
Saturação
Triodo
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(g)
66
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
40
80
120
160
200
240
280
g
m
/ (W/L) (S)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=800 mV
Efeito do transistor
bipolar parasitário
Efeito do Tunelamento
Sublimiar
Saturação
Triodo
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(h)
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
40
80
120
160
200
240
280
g
m
/ (W/L) (S)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=900 mV
Efeito do transistor
bipolar parasitário
Sublimiar
Saturação
Triodo
Desacionamento do TBP
Acionamento do TBP
(i)
67
-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
40
80
120
160
200
240
280
g
m
/ (W/L) (S)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=1000 mV
Efeito do transistor
bipolar parasitário
Acionamento do TBP
Saturação
Sublimiar
Triodo
(j)
Figura 3.10 - Curva da transcondutância dos SOI nMOSFET convencional e o de porta em anel circular
operando nas duas configurações de polarização, variando-se a tensão de dreno de 100 mV (3.10.a) até
1000 mV (3.10.j).
Nota-se que, para o valor de tensão de porta de 100 mV, o efeito do transistor
bipolar parasitário (TBP) praticamente não ocorre na transcondutância do SOI
nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de dreno interno. Para
valores de tensão de dreno maiores e iguais a 200 mV, verifica-se o acionamento do
transistor bipolar parasitário, na região de sublimiar, caracterizado por um pico. O
desacionamento do transistor bipolar parasitário ocorre nas proximidades da interface
entre as regiões de triodo e saturação. Verifica-se nas curvas da transcondutância,
para um valor V
DS
de até 500mV, que após a ocorrência do disparo do transistor bipolar
parasitário, na interface entre a região de sublimiar e a saturação, que a transcondutância
do SOI nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de dreno interno,
apresenta um menor valor se comparado com o mesmo dispositivo na configuração de
dreno externo e com o convencional, mostrando a perda do controle da corrente de
dreno (I
DS
) com relação a tensão de porta (V
GS
) aplicada devido a presença do transistor
68
bipolar parasitário. A medida que o TBP vai saindo de operação o valor de g
m
vai
aumentando.
Para valores de V
DS
maiores e iguais a 600 mV, após o acionamento do
transistor bipolar parasitário na região de sublimiar, verifica-se que o SOI nMOSFET de
porta em anel circular operando na configuração de dreno interno, apresenta maiores
valores de transcondutância se comparado com os demais transistores convencional e
circular operando na configuração de polarização de dreno externo, pois agora a
corrente no TBP torna-se superior à corrente no SOI nMOSFET e tem uma resposta a
variação de V
GT
muito efetiva nesta condição.
Adicionalmente verifica-se que o SOI nMOSFET de porta em anel circular
operando na configuração de dreno interno e externo, para diferentes valores de V
DS
,
apresentam um menor valor de transcondutância na região de triodo se comparado com
o convencional, pois esses dispositivos apresentarem um maior valor de resistência
série, conforme dito anteriormente. Outro importante fator, é que os SOI nMOSFET
convencional e o circular de porta em anel circular nas configurações de dreno externo e
interno apresentam o efeito do tunelamento, destacado nos gráficos, para diferentes
valores de V
DS
, que não foram estudadas neste trabalho.
3.3 Curvas da razão da transcondutância sobre a corrente de dreno em função da
sobretensão de porta
A figura 3.11 apresenta as curvas da razão da transcondutância sobre a corrente
de dreno em função da sobretensão de porta para o SOI nMOSFET convencional e o
SOI nMOSFET de porta em anel circular, operando nas configurações de polarização de
dreno interno e externo, para diferentes valores de V
DS
.
69
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
V
DS
=100 mV
Triodo
Saturação
Sublimiar
(a)
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS
=200 mV
Triodo
Saturação
Sublimiar
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(b)
70
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS
=300 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(c)
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Convencional
Circular Dreno Interno
Circular Dreno Externo
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS
=400 mV
Triodo
SaturaçãoSublimiar
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(d)
71
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Triodo
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS
= 500 mV
Sublimiar
Saturação
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(e)
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS=
600 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(f)
72
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS
=700 mV
Sublimiar
Saturação
Triodo
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(g)
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Triodo
Sublimiar
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS
=800 mV
Saturação
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(h)
73
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Triodo
Saturação
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS
= 900 mV
Sublimiar
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(i)
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS
= 1000 mV
Sublimiar Saturação
Triodo
Acionamento do TBP
Desacionamento do TBP
(j)
Figura 3.11 - Curva
GT
DS
m
xV
I
g
dos SOI nMOSFETs convencional e o de porta em anel circular,
operando nas duas configurações de polarização de dreno interno e externo, para diferentes valores
(V
DS
).
74
Pode-se verificar que, os SOI nMOSFET de porta em anel circular operando na
configuração de dreno interno praticamente não apresenta o efeito do TBP, para valores
de V
DS
de 100 mV, sendo que para valores maiores e iguais a 200 mV nota-se tal
efeito.
Em todas as regiões, com exceção da região onde ocorre o efeito do TBP,
observa-se que o SOI nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de
dreno externo apresenta maiores valores de
GT
DS
m
xV
I
g
, se comparado com o
mesmo na configuração de dreno interno e o convencional.
Adicionalmente, foram extraídos as variações de
DS
m
I
g
geradas pelo
acionamento do TBP , para diferentes valores de V
DS
(tabela 3.2).
Tabela 3.2 – Variação de
DS
m
I
g
gerado pelo acionamento do Transistor Bipolar Parasitário - TBP.
Tensão de Dreno
(mV)
100
200 300 400 500 600 700 800 900 1000 mV
Variação do
tamanho do pico
do efeito do TBP.
----- 61,5 134,1 206,9 271,5 403,3 512,2 699,3 742,2 851,3 V
-1
De acordo com a tabela 3.2, pode-se observar que aumentando-se o valor de
V
DS
, ocorre também um aumento significativo de
DS
m
I
g
. A figura 3.12 ilustra como
foi extraído a
DS
m
I
g
para um V
DS
de 200 mV.
75
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
V
DS
=200 mV
Triodo
Saturação
Sublimiar
g
m
/I
DS
= 61,49 V
-1
Figura 3.12 – Demonstração de como se determinou a variação do pico do efeito do TBP.
3.4 Curvas da razão da transcondutância sobre corrente de dreno em função da
corrente de dreno normalizada pelo fator geométrico.
A figura 3.13, apresenta uma das principais figuras de mérito usado em projetos
de circuitos integrados analógicos de baixa tensão e baixa potência (low power, low
voltge). Essas curvas foram obtidas para os SOI nMOSFETs convencional e para o de
porta em anel circular, operando em ambas as configurações de polarização de dreno,
para valores de V
DS
de 100 mV até 1000 mV.
76
1E-10 1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
Região de
inversão
Forte
Região de
inversão
moderada
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=100 mV
Região de
inversão
fraca
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
(a)
1E-10 1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=200 mV
Região de
inversão
fraca
Região de
inversão
moderada
Região de
inversão
Forte
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
(b)
77
1E-10 1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=300 mV
Região de
inversão
fraca
Região de
inversão
moderada
Região de
inversão
Forte
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
(c)
1E-10 1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=400 mV
Região de
inversão
fraca
Região de
inversão
moderada
Região de
inversão
Forte
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
(d)
78
1E-10 1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
10
20
30
40
50
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=500 mV
Região de
inversão
fraca
Região de
inversão
moderada
Região de
inversão
Forte
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
(e)
1E-10 1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
10
20
30
40
50
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=600 mV
Região de
inversão
fraca
Região de
inversão
moderada
Região de
inversão
Forte
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
(f)
79
1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
10
20
30
40
50
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=700 mV
Região de
inversão
fraca
Região de
inversão
moderada
Região de
inversão
Forte
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
(g)
1E-10 1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
10
20
30
40
50
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
= 800 mV
Região de
inversão
fraca
Região de
inversão
moderada
Região de
inversão
Forte
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
(h)
80
1E-10 1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
10
20
30
40
50
Convencional
Circular Dreno Interno
Circular Dreno Externo
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=900 mV
Região de
inversão
fraca
Região de
inversão
moderada
Região de
inversão
Forte
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
(i)
1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
10
20
30
40
50
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=1000 mV
Região de
inversão
fraca
Região de
inversão
moderada
Região de
inversão
Forte
90% do Valor máx de g
m
/I
DS
10% do Valor máx de g
m
/I
DS
(j)
Figura 3.13 - Curvas
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
dos SOI nMOSFETs convencional e circular para ambas
configurações de dreno externo e interno para diferentes valores de (
V
DS
).
81
Para determinar a interface entre as regiões de inversão fraca, moderada utilizou-
se o critério de 90% do valor máximo de
DS
m
I
g
e da interface entre as regiões de
inversão moderada e forte, utilizou-se 10% do valor máximo de
DS
m
I
g
.
Verifica-se que, na região de inversão forte os SOI nMOSFET convencional e o
transistor de porta em anel circular, operando na configurações de dreno externo e
interno apresentam resultados similares. Na a região de inversão moderada o SOI
nMOSFET de porta em anel circular, operando na configuração de dreno interno
apresenta o efeito do transistor bipolar parasitário. Se um SOI nMOSFET nessa
configuração for polarizado nessa região pode gerar ganhos de tensão extremamente
grandes, que sugere uma aplicação desse dispositivos como sensores.
O SOI nMOSFET operando na configuração de dreno externo, apresentou um
comportamento ideal para aplicações analógicas, devido ao fato de ser inerte ao efeito
do TBP, sendo que adicionalmente, nota-se que esta configuração apresentou maiores
valores de
DS
m
I
g
nas regiões de inversão fraca e moderada, já para a região de inversão
forte, verificou-se que os dispositivos apresentam resultados semelhantes.
82
1E-9 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Convencional
Circular Dreno Externo
Circular Dreno Interno
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/(W/L) (A)
V
DS
=1000 mV
g
m
/I
DS
= 825,3 V
-1
Figura 3.14 – Representação do pico de acionamento do TBP
.
A figura 3.14 mostra que, se o SOI nMOSFET é polarizado dentro da faixa de
valores de
)/( LW
I
DS
que vai de 6,5.10
-8
à 1,6.10
-6
A,
pode-se alcançar valores de
DS
m
I
g
extremamente altos.
83
4 RESULTADOS OBTIDOS POR SIMULAÇÃO
Neste capítulo são apresentados os modelos utilizados nas simulações numéricas
tridimensionais, e logo após apresentaremos os resultados simulados. Primeiramente
utilizou-se o editor de dispositivos semicondutores DevEdit3D [18] para gerar as
estruturas dos SOI nMOSFETs a serem simuladas e em seguida utilizou-se o simulador
ATLAS/TCAD da SILVACO [19] para realizar as simulações numéricas
tridimensionais. Os dados provenientes das simulações foram tratados pelo programa
ORIGIN [20].
As curvas
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
, são obtidas e analisadas dos SOI nMOSFETs
convencional e o SOI nMOSFET de porta em anel circular nas duas configurações de
polarização de dreno interno e externo (CDI e CDE).
4.1 Programa de Edição de Dispositivos Semicondutores e Simulador Numérico
Tridimensional.
Utilizou-se o editor de dispositivos semicondutores DevEdit3D para gerar as
estruturas dos SOI nMOSFETs convencional e porta em anel circular operando nas
configurações de polarização de dreno interno e externo. Este programa gera um
arquivo texto contendo a grade (
mesh
), que representa a estrutura do dispositivo. O
simulador Atlas, através do comando
mesh infile
utiliza a estrutura desenvolvida pelo
DevEdit3D como arquivo de entrada para realizar as simulações. As simulações
numéricas tridimensionais caracterizam-se por demandar uma grande quantidade de
memória e de tempo de simulação, por tanto, buscando-se reduzir estas complexidades
descritas construiu-se uma estrutura com um ângulo de 10
o
.
84
A figura 4.1 apresenta uma fatia de um
SOI nMOSFET de porta em anel circular
que foi usado para realizar as simulações numéricas tridimensionais, com o objetivo de
reduzir o tempo de simulação.
Figura 4.1 - Fatia de 10
o
do SOI nMOSFET circular.
Conforme a figura 4.1, nota-se que o SOI nMOSFET de porta em anel circular
apresenta duas regiões com dimensões diferentes de fonte e dreno.
Os dispositivos foram implementados com os dados da tecnologia desenvolvida
no laboratório do IMEC - Bélgica, conforme descrito no capítulo anterior.
O SOI nMOSFET convencional estudado na parte experimental, apresenta um
comprimento de canal de 1 µm (L=1 µm) e largura de canal de 10 µm (W=10 µm), cujo
o fator geométrico [ (
L
W
)
convencional
] é igual a 10 e o SOI nMOSFET de porta em anel
circular apresenta uma largura de canal de 1 µm e comprimento de canal de 100 µm
(W=100 µm) e um fator geométrico de [(
L
W
)
Circular
] é igual a 100.
Sabendo-se os valores da largura e do comprimento de canal do SOI nMOSFET
convencional, determinou-se os valores dos raios R
1
e R
2
do SOI nMSOFET circular a
partir da equação 1.1, também chamada essa de razão de aspecto. Os valores
encontrados foram R1=15,5 µm e R2=16,5 µm.
A fatia de 10
o
do SOI MOSFETs de porta em anel circular apresentam uma
largura média de canal, dada pela equação (4.1)
m
RR
W
o
o
médio
µπ
78,2
360
10
2
21
2 =
+
=
(4.1)
W
m
é
dio
=
2,8 µm
10
o
Região
Interna
Região
Externo
R1
R2
85
A figura 4.2.a apresenta a secção transversal do SOI nMOSFET de porta em anel
circual e a figura 4.2.b apresenta uma figura ampliada da seção transversal do SOI
nMOSFET de porta em anel circular, que foi editado pelo DevEdit 3D.
(a)
t
oxb
=
40
0nm
t
si
= 100 nm
Alumínio
SiO2
Silicio
Pol
ySilício
t
oxb
= 400 nm
86
(b)
Figura 4.2 – Seção transversal da fatia de 10
o
SOI nMOSFET de porta em anel circular apresentando as
suas características estruturais (a) e a imagem ampliada da região de canal (b).
Procurou-se fazer uma fatia de um SOI nMOSFET convencional com as mesmas
características construtivas que o circular para que os resultados de simulação não
fossem afetados pelo uso de estruturas de transistores muito diferentes.
A figura 4.3, apresenta a estrutura do SOI nMOSFET convencional com as
mesmas características e/ou semelhanças do SOI nMOSFET de porta em anel circular,
com comprimento de canal (L) igual a 1 µm e largura de canal (W
médio
) de 2,8 µm.
L = 1µm
t
oxf
= 2,5 nm
Alumínio
SiO
2
Silício
PolySilício
87
Figura 4.3 – Figura de um dispositivo SOI nMOSFET convencional.
Foi utilizado o simulador ATLAS3D para se obter os resultados das simulações
numéricas tridimensionais, sendo que as tensões nos eletrodos, concentração de
dopagem, nome dos contatos e modelos físicos utilizados, devem ser definidos e
declarados no início do arquivo texto da simulação no Atlas. O simulador baseia-se na
estrutura da grade, para calcular ponto a ponto os valores de corrente e demais
características elétricas disponíveis no simulador.
Os modelos físicos utilizados foram: AUGER (modelo de recombinação), BGN
(modelo de estreitamento de faixa proibida), FLDMOB (modelo de degradação da
mobilidade depende do campo elétrico vertical), KLA (modelo recomendado para baixo
campos elétricos), SRH (modelo de recombinação de pares elétrons-lacunas gerados por
distúrbios no equilíbrio da estrutura, levando-se em consideração o tempo de vida dos
elétrons e lacunas) e FNORD (modelo sugerido para cálculo do efeito de tunelamento,
sendo este efeito dependente do campo elétrico e invariável com a temperatura
ambiente).
L
W
médio =
2,8 µm
88
4.2 Determinação da razão da transcondutância normalizada pela corrente de
dreno versus a corrente de dreno
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
.
A figura 4.4 apresenta a curva simulada do
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
dos SOI
nMOSFET convencional e do circular operando na configuração de dreno interno e
externo.
1E -8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
10
20
30
40
R egiã o d e
Inversão
Forte
R egiã o d e
Inversão
M oderada
g
m
/ I
DS
(v
-1
)
I
D S
/ (W /L) (A)
C on vencio nal
C ircular D reno E xterno
C ircular D reno In terno
V
DS
=300 m V
R e gião de
Inversão
Fraca
90% do Va lo r m á x de g
m
/I
DS
10% do V alor m áx de g
m
/I
DS
(a)
89
1E-8 1E -7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3
0
10
20
30
40
REGIÃO D E
IN VER S ÃO
FO R TE
REG IÃO D E
IN VE R S ÃO
MOD ER ADA
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
I
DS
/ (W /L) (A)
Co nvencional
Circular D reno Externo
Circular D reno Interno
V
DS
= 700 m V
REG IÃO D E
IN VE R SÃO
FRACA
90% d o Valor m áx de g
m
/I
DS
10% do V alor m áx de g
m
/I
DS
(b)
Figura 4.4 (a) e (b) – Curva
)/(
LW
I
x
I
g
DS
DS
m
para os SOI nMOSFET convencional e o de porta em anel
circular nas duas configurações de polarização de dreno interno e externo.
Verifica-se que, os SOI nMOSFETs de porta em anel circular nas duas
configurações de dreno (interno e externo) e o convencional, apresentam resultados
semelhantes nas áreas de inversão forte. A partir da região de inversão moderada nota-
se que, o dispositivo de porta em anel circular operando na configuração de dreno
interno e externo apresentam maiores valores de
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
, se comparado com o
convencional. O SOI nMOSFET de porta em anel circular na configuração de dreno
interno não apresentam o efeito do transistor bipolar parasitário, com estes modelos
acima descrito. Dessa forma confirmam-se os resultados obtidos experimentalmente,
onde o SOI nMOSFET de porta em anel circular operando na configuração de
polarização de dreno externo apresenta maiores valores de
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
nas regiões
de inversão fraca e moderada. É importante salientar que não foi possível simular os
efeitos parasitários
90
5 CONCLUSÃO
O principal resultado deste trabalho foi mostrar que o SOI nMOSFET de porta
em anel circular operando na configuração de dreno externo, apresenta um melhor
comportamento de
(
)
GTm
xVg
e
)/( LW
I
x
I
g
DS
DS
m
que o SOI nMOSFET convencional e o SOI nMOSFET de
porta em anel circular operando na configuração de dreno interno, para todas as regiões
de polarizações e regimes de inversão estudados, devido a menor influência dos efeitos
da modulação do comprimento de canal e ionização por impacto e devido a uma maior
área de interface das regiões de dreno e do filme de silício, onde forma-se o canal,
desprezando-se os efeitos indesejáveis do transistor bipolar parasitário (
“Single
transistor latchup”
) no SOI nMOSFET de porta em anel circular operando na
configuração de polarização de dreno interno.
Neste trabalho foi possível determinar os pontos de acionamento e
desacionamento do transistor bipolar parasitário. Adicionalmente a região de
acomodação foi definida como a região onde ocorre um comportamento não
exponencial, após o disparo do transistor bipolar parasitário, o qual este pode ser
utilizado em aplicação como sensores.
Alguns trabalhos futuros podem ser sugeridos onde dois são destacados: 1)
Identificação das dimensões nimas de W e L de um SOI nMOSFET de porta em anel
circular operando na configuração de dreno interno, onde o efeito do transistor bipolar
parasitário deixa de existir e 2) Desenvolvimento de um estudo para utilizar o efeito do
transistor bipolar parasitário para aplicações de circuitos integrados analógicos.
.
91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Silvaco International.
[19] Atlas Users’ Manual, Device simulation software, 10a edição, 2005.
[20] Origin 7.0 SR0, Copyright 1991-2002, Originlab Corporation
93
APÊNDICE A – SBMICRO – SFORUM 2007
Neste apêndice segue o artigo aceito para o
7
th
Microeletronics Students Fórum
SFORUM2007, onde são abordados os conceitos fundamentais sobre a
transcondutância e a transcondutância normalizada pela corrente de dreno sobre a
corrente de dreno normalizada para os transistores SOI operando na região de saturação.
94
TRANSCONDUCTANCE AND TRANSCONDUCTANCE OVER DRAIN
CURRENT RATIO BEHAVIORS IN CIRCULAR GATE SOI nMOSFET BY
USING 0.13 µm PARTIALLY-DEPLETED SOI CMOS TECHNOLOGY.
Wellington. A. J. Silva
1
and Salvador Pinillos Gimenez
1,2
1
Centro Universitário da FEI
Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 3972, SBC - SP - 09850-901 – Brazil
2
Laboratório de Sistemas Integráveis da Universidade de São Paulo
Av. Prof. Luciano Gualberto, trav. 3, n. 158, SP - SP - 05508-900 - Brazil
ABSTRACT
This paper studies the transconductance and the transconductance over drain
current ratio behaviors in circular gate by using 0.13 µm partially-depleted SOI CMOS
technology, based on experimental results, at room temperature. The drain/source
asymmetric effects are considered in terms of drain current as a function of the gate and
drain voltages. Circular gate transcon-ductance and transconductance over drain current
ratio comparisons with conventional SOI nMOSFET are performed, regarding the same
effective channel length (L) and width (W). It can use circular gate transistors instead
conventional SOI nMOSFET in order to improve the voltage gain of analog integrated
circuits.
1. INTRODUCTION
The random errors of the fabrication process [1] and the devices geometrical
forms [2] heavily affect the performance of analog integrated circuits. In order to verify
the influence of other geometrical form than conventional in analog integrated circuits,
this work is focusing in the circular gate transistor (CGT) (figure 1), where the internal
contact can operate either as a drain or as a source. Besides, this structure is asymmetric
because it presents different drain and source dimensions and the drain current is in the
radius direction (all directions), in contrast of the conventional counterpart.
Figure 1 Circular gate SOI nMOSFET structure, where the internal contact can be
operating either as a drain.
95
In the figure 1, R1 is the internal radius that defines the channel beginnings, R2
is the external radius that defines the channel external edge, L is the channel length
(=R2-R1) and R3 is the radius that defines the device external edge.
The geometrical factor (f
r
) of GCT and conventional SOI nMOSFET is determined
by equation (1) [3].
( )
Circular
alConvention
r
1R
2R
ln
2
L
W
f
π
=
=
(1)
In the equation (1), W is the channel width.
The references [4, 5] show that larger transcon-ductance (g
m
), transconductance
over drain current ratio (g
m
/I
DS
) and Early voltage (V
EA
) reach larger operational
transconductance amplifiers (OTAs) open-loop voltage gain (A
V0
) and unit voltage gain
frequency (f
T
). It is showed in the reference [6] that the CGT Early voltage with
external drain configuration is larger than it is operating with internal drain and than
conventional SOI nMOSFET. So, the focus of this work is to investigate the
transconductance (g
m
) and transconductance over drain current (g
m
/I
DS
) behavior in
circular gate SOI nMOSFETs taking in account the drain/source asymmetric effects
regarding experimental results. Comparisons between rectangular and circular gates SOI
nMOSFETs are also performed, considering the same effective channel length and
width.
2. EXPERIMENTAL RESULTS
The transistors used to perform the experimental measures were fabricated at IMEC,
Belgium, and using 0.13 µm Partially-Depleted SOI CMOS technology. The
technologic parameters of the SOI nMOSFETs are: t
oxf
=2.5 nm (gate oxide thickness),
t
oxb
=400 nm (burred oxide thickness), t
si
=100 nm (silicon thickness), N
A
=5.5x10
17
cm
-3
(channel concentration), N
Drain/Source
= 1x10
20
cm
-3
(Drain/Source concentration), L = 1
µm (channel length) and W = 100 µm (average channel width). The calculated values
for R1 and R2 are 15.5 µm and 16.5, respectively, in order to obtain W/L=100
[expression (4)]. The conventional transistor dimensions are L = 1 µm and W = 10 µm,
resulting W/L=10.
In the figure 2 are presented the I
DS
/W x V
GT
experimental curves of CGT with both
drain configurations (operating with internal and external drain) and conventional SOI
nMOSFETs, where V
GT
is equal to V
GS
-V
TH
, V
GS
is the gate to source voltage and V
TH
is the threshold voltage. The normalized drain current in relation of channel width and
V
GT
are used to implement this graphic in order to eliminate the channel widths and
threshold voltages differences between CGT and conventional, respectively.
96
-0.4 -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
0
1
2
3
4
5
6
7
I
DS
/ W (
µ
A/
µ
m)
V
GT
(V)
Conventional
Circular External Drain
Circular Internal Drain
V
DS
=30mV
Figure 2 Experimental results of circular gate devices and conventional SOI
nMOSFET.
Observing the figure 2, it can see that the normalized drain current (I
DS
/W) of CGT
with internal drain configuration is higher than with external drain configuration and
than conventional one. Besides, CGT I
DS
/W with external drain configuration has
practically the same than rectangular gate transistor.
Figure 3 presents the experimental transconductance curves as a function of V
GT
for
the CGT with both drain configurations and conventional SOI nMOSFETs.
Regarding the figure 3, it can verify that the transconductances of CGT with both
drain configurations and conventional SOI nMOSFETs present practically the same
behaviors for V
GT
values bellow of the maximum transconductance (V
GT
0.25 V) and
they also have practically the same maximum transconductance (g
mmax
). Besides, for
V
GT
values above of g
mmax
, the CGT with both drain configurations presents smaller
transconductance than conventional SOI nMOSFET. As the carriers mobility depend on
the material crystallographic orientation, one hypothesis to understand this phenomenon
(carriers mobility degradation in the CGT) is due to CGT carriers move in the radius
directions (all directions) in channel, while they move in one unique direction in the
conventional transistor. Three dimensional simulations have been performed with these
transistors in order to confirm this affirmation.
-0.4 -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
0
2
4
6
8
10
12
g
m
(S)
V
GT
(V)
Conventional
Circular External Drain
Circular Internal Drain
V
DS
=30mV
g
mmax
97
Figure 3 Experimental transconductance curves of CGT for both configurations and
conventional SOI nMOSFET.
In the figure 4 are showed g
m
/I
DS
xV
GT
experimental curves of CGT and conventional
SOI nMOSFET.
10
-2
10
-1
10
0
0.0
2.5
5.0
7.5
10.0
12.5
15.0
17.5
20.0
g
m
/I
DS
(V
-1
)
V
GT
(V)
Conventional
Circular External Drain
Circular Internal Drain
V
DS
=30mV
Figure 4 Experimental g
m
/I
DS
xV
GT
curves for the circular gate transistor and
conventional SOI nMOSFET.
Observing figure 4, it can note that CGT with both configurations and conventional
g
m
/I
DS
are practically the same for V
GT
higher than 0.1 V (moderate and strong
inversion regions). And, regarding V
GT
less than 0.1 V (weak inversion region), the
CGT with internal drain configuration presents higher g
m
/I
DS
than conventional SOI
nMOSFET due to it has higher transconductance in this region.
In the figure 5 are presented the transconductance over drain current ratio over DC
drain current normalized as a function of channel width over length ratio curves
[g
m
/I
DS
xI
DS
/(W/L)] of the CGT with both drain configurations and conventional SOI
nMOSFET. This graphic is an important merit figure in order to design analog
integrated circuits and presents an universal characteristic of all the transistors
belonging to the same fabrication process [4, 5].
10
-10
10
-9
10
-8
10
-7
10
-6
10
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
I
DS
/ W/L (A)
g
m
/ I
DS
(V
-1
)
Conventional
Circular External Drain
Circular Internal Drain
V
DS
=30mV
Figure 5 CGT and conventional SOI nMOSFET g
m
/I
DS
xI
DS
/(W/L) experimental
curves.
98
Note that in the figure 5, the g
m
/I
DS
of CGT with both drain configurations is higher
than conventional SOI nMOSFET for I
DS
/(W/L) less than 0.3 A [weak inversion (18%
maximum) and inferior half of moderate inversion regions] and it is practically the same
in the strong inversion region.
3. CONCLUSIONS
This paper performs the behavior study of transconductance and transconductance
over drain current ratio in circular gate SOI nMOSFET. For V
GT
0.25 V, the
transconductances behaviors of CGT with both drain configurations and conventional
SOI nMOSFETs is practically the same. Besides, they present practically the same
g
mmax
and the CGT transconductance has larger degradation than conventional transistor
for V
GT
>0.25, due to carriers mobility depend of the material crystallographic
orientation and in the CGT the carriers move in the radius direction (all directions) in
channel.
The g
m
/I
DS
of CGT with both drain configurations is higher (18% maximum) than
conventional SOI nMOSFET in the weak inversion region and up to inferior half of
moderate inversion regions, for I
DS
/(W/L) less than 0.3 A. Besides, it is practically the
same in the strong inversion region. So, in order to improve the voltage gain (18%) of
analog integrated circuits, operational transconductance amplifiers (OTAs) for example,
where usually the differential pair is biased in weak or moderate inversion regions, it
can use the CGT instead conventional SOI nMOSFET.
4. ACKNOWLEDGMENTS
The authors would like to thank Cor Claeys (IMEC) and João Antonio Martino
(LSI/EPUSP) for supplying the devices.
5. REFERENCES
[1] J. B. Shyu, Gabor C. Temes and F. Krummenacher, Random Error Effects in
Matched MOS Capacitors and Current Sources, IEEE of Solid-State Circuits, vol. sc-19,
n. 6, December 1984.
[2] S. P. Gimenez, Random Errors in Integrated Circuits, Teses, 1990.
[3]J. P. Collinge, Silicon-On-Insulator Technology: Materials to VLSI, p. 219, Kluwer
Academic Publishers (2004).
[4] J. P. Eggermont, D. D. Ceuster, D. Flandre, P. G. A. Jespers and J. P. Colinge, IEEE
Journal of Solid-State Circuits, vol. 31, NO. 2, p. 179-186 (1996).
[5] F. Silveira, D. Flandre and P. G. A. Jespers, IEEE Journal of Solid-State Circuits,
Vol. 31, NO. 9, p. 1314-1319 (1996).
[6] S. P. Gimenez, R. M. G. Ferreira and J. A. Martino, Microelectronics Technology
and Devices, SBMicro2006, ECS Transactions, Vol. 4, n
o
1, 2006.
99
APÊNDICE B – SIMULAÇÕES ATLAS
##################################################################
# Simulacao de um transistor 3D com L=1um e W=100um
# Espessura da camada de silicio: tSi=100nm
# Espessura do oxido de porta: toxf=25nm
# Espessura do oxido enterrado: toxb=400nm
#
# PARA CDE E QUA:
# Subs=1, Dreno=2, Porta=3, Fonte=4
# PARA CDI:
# Subs=1, Dreno=4, Porta=3, Fonte=2
#
# Nome dos contatos
# 1=ContSubs, 2=ContDreno, 3=ContPorta, 4=ContFonte
##################################################################
go atlas
#########################################
# A malha foi especificada no devedit3d #
#########################################
MESH infile = C:\Alunos\Wellington\Circ-10g-040308.str
######################################################################
DOPING UNIFORM CONCENTRATION=1E20 N.TYPE REGION=3
DOPING UNIFORM CONCENTRATION=5.5E17 P.TYPE REGION=4
DOPING UNIFORM CONCENTRATION=1E20 N.TYPE REGION=5
######################################################################
CONTACT NAME=ContPorta N.POLY
CONTACT NAME=ContSubs WORKFUNCTION=4.95
######################################################################
# ESPECIFICAÇÃO DOS MODELOS FÍSICOS
######################################################################
models bgn kla shi qtunn.el qtunn.ho fnord fnholes bbt.kl print temp=300
method gummel newton autonr trap maxtrap=10 carriers=1
######################################################################
#####
# Polarizacao da porta: Vsubs=0V, Vdreno=0.7 V, Vporta varia de
# 0.1 a 1.2 V, Vfonte=0V.
######################################################################
#####
solve init
#solve prev
solve v1=0
solve v4=0
solve v2=0
solve v3=0
# Subindo a tensao do dreno ate 700mV
solve v4=1e-9
solve v4=1e-8
solve v4=1e-7
solve v4=1e-6
100
solve v4=1e-5
solve v4=1e-4
solve v4=1e-3
solve v4=1e-2
solve v4=7e-1
# Subindo a tensão de porta até -0.1V
solve v3=-1e-13
solve v3=-1e-12
solve v3=-1e-11
solve v3=-1e-10
solve v3=-1e-9
solve v3=-1e-8
solve v3=-1e-7
solve v3=-1e-6
solve v3=-1e-5
solve v3=-1e-4
solve v3=-1e-3
solve v3=-1e-2
######################################################################
# ESPECIFICAÇÃO DOS MODELOS FÍSICOS PARA SOLUÇÃO
######################################################################
#impact selb
method gummel newton carriers=2 autonr trap maxtrap=10
######################################################################
# SE HOUVER ALGUMA SOLUÇÃO ANTERIOR COLOCAR O ARQUIVO AQUI
######################################################################
#Quando usar, retirar todas soluções intermediárias!!!
#LOAD INFILE=<nome do arquivo> MASTER
#MASTER ---não é necessária após o infile quando for a primeira continuação
# Labels
SET data=100408
#SET tipo=CDE
SET tipo=CDI
#SET tipo=QUA
# Nome do arquivo de solução
log outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".log
#Início da solução
solve v3=-0.1 vstep=0.01 vfinal=0.0 name=ContPorta outfile=$"tipo"02 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
#Início da solução
solve v3=0.01 vstep=0.01 vfinal=0.1 name=ContPorta outfile=$"tipo"02 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
#Início da solução
solve v3=0.11 vstep=0.01 vfinal=0.2 name=ContPorta outfile=$"tipo"02 master
onefileonly
output
101
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=0.21 vstep=0.01 vfinal=0.3 name=ContPorta outfile=$"tipo"03 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=0.31 vstep=0.01 vfinal=0.4 name=ContPorta outfile=$"tipo"04 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=0.41 vstep=0.01 vfinal=0.5 name=ContPorta outfile=$"tipo"05 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=0.51 vstep=0.01 vfinal=0.6 name=ContPorta outfile=$"tipo"06 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=0.61 vstep=0.01 vfinal=0.7 name=ContPorta outfile=$"tipo"07 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=0.71 vstep=0.01 vfinal=0.8 name=ContPorta outfile=$"tipo"08 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=0.81 vstep=0.01 vfinal=0.9 name=ContPorta outfile=$"tipo"09 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=0.91 vstep=0.01 vfinal=1.0 name=ContPorta outfile=$"tipo"10 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=1.01 vstep=0.01 vfinal=1.1 name=ContPorta outfile=$"tipo"11 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
solve v3=1.11 vstep=0.01 vfinal=1.2 name=ContPorta outfile=$"tipo"12 master
onefileonly
output
save outf=IdsVgs-Vds700mV-$"tipo"-$"data".str
#Fim da solução
quit
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