Entre a dúvida de uma visão e a certeza do fato real, há
o tempo, somente ele demonstra a verdade. Embora ninguém
encontre a essência dessa fórmula, pois o ato poderá ser
desvendado, mas a verdade sempre será contestada.
Ao embarcar no helicóptero, Sara notou haver algo
estranho. O piloto: Sim, ele estava no grupo que observava
diretamente às imagens que se formavam nas correntezas, no dia
que esteve nas Cataratas. Um outro senhor gesticulava,
apontando em direção às correntezas. Em seguida ordenou que
saíssem. Sara notou que somente Paulo Sérgio restou do grupo.
Paulo Sérgio em todo passeio não se reportou ao
piloto, parecia que seu comandante sabia os pontos que podiam
sobrevoar. A cada pergunta; havia uma prévia resposta e não
houve menção aos fatos. Discorreu sobre os mais diversos
assuntos: os primeiros anos junto a Ubaldo no ramo madeireiro.
A súbita ascensão junto a empreendimentos comerciais.
Facilidades encontradas no comércio com os países vizinhos;
principalmente com o Paraguai.
Sara decidiu-se não comentar com as colegas o motivo
de sua preocupação. Deixar os fatos rolarem e lucrar com os
descuidos de Paulo Sérgio. Já que o considerou agradável,
charmoso e prestativo, Homens similares costumam facilitar
algumas conquistas, talvez encontre uma ocupação a seu lado.
Paulo Sérgio ao deixar as convidadas no hotel, antes
das despedidas, convidou Sara a conhecer o escritório da
madeireira onde trabalha.
A impressão de Sara era que Paulo Sérgio a levaria num
daqueles escritórios conhecidos de madeireira. Um
compartimento construído ao lado daquelas máquinas
barulhentas cheias de pó, onde se pode observar a luz do sol
pelas frestas, formando desenhos. Uma escrivaninha, um armário
sem pintura, duas cadeiras, alguns blocos de papel, uma máquina
de escrever e geralmente uma garota para o atendimento.
Todavia, Paulo Sérgio, após atravessar as ruas calorosas
da cidade, chegou diante a luxuoso edifício e adentrando, com
sua companheira, deixou-a esperando numa confortável sala,
diante a Dejara; a secretária.
Sara permaneceu um pequeno instante observando a
decoração. À parede, verde clara, alguns quadros retratando a
paisagem da região; rios , pinheiros, as antigas moradias de
madeira e árvores nativas. O teto branco com cimalhas de gesso.
O assoalho de madeira encerado. Uma mesa contendo:
computador, telefone, alguns papéis e um caderno para
anotações. Duas cadeiras e um sofá onde Sara estava assentada.
Dejara atendia os telefonemas, que eram muitos. Sara
mal podia entender os assuntos, mas o qual pôde ouvir, não havia
referência à madeira. Dizia somente “carga entregue”, “brilhou
na garganta do diabo”, “os nelores”, “as verdes”...
Sara, definitivamente, conheceu o meio que estava
colocando seu interesse. Devia controlar-se a perguntas e deixar