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Conservação, caracterização, avaliação e utilização de
germoplasma de cacau (theobroma cacao L.) silvestre da Amazônia
Quanto a dureza da gordura (valor DSC) constatou que o máximo foi de
93,20 para o clone VB 155, o mínimo de 82,20 para VB 156 e a média foi de 88,70.
Os valores de dureza da manteiga dos genótipos são altos por causa da
alta temperatura durante o ano inteiro na região Amazônica.
4.3. CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA (FRUTOS E SEMENTES)
Os trabalhos de caracterização morfológica, contemplaram 200 acessos
clonais de cacaueiros silvestres da Amazônia brasileira, sendo atingido 100%
da meta estabelecida. Os acessos foram agrupados por local de coleta, de forma
a possibilitar não somente as características morfológicas de cada material, mas
também permitiu que se obtenham informações preliminares relativas aos lo-
cais onde procederam-se as coletas.
Com relação ao parâmetro peso de frutos, denotou ampla variabilidade,
com variação de 1020,37 g a 193,04 g para os genótipos VB 157 e VB 76, respec-
tivamente.
A média geral para peso de frutos, o Estado do Amazonas é o que apre-
sentou frutos mais pesados com 580,86 g/fruto, seguido do Estado do Pará
(554,59 g/fruto), Estado do Acre (375,72 g/fruto) e Estado de Rondônia (201,17
g/fruto).
Para o descritor número de sementes, na média geral o Pará foi o que
apresentou frutos com maior número de sementes por fruto (44), seguido do Acre
(43), Amazonas (42) e Rondônia (33). Os genótipos que apresentaram maior
número de sementes foram: VB 158 (AM), VB 22 (AC), VB 19 (PA) e VB 76 (RO).
O descritor peso de semente seca, na média geral, o Pará apresentou a
maior média (1,02 g/semente), seguido de Amazonas (0,97 g/semente), Acre
(0,68 g/semente) e Rondônia (0,57 g/semente).
Por Estado, os genótipos que apresentaram maiores pesos de sementes
secas foram: VB 159 (AM), VB 160 (PA), VB 81 (AC) e VB 161 (RO).
4.4. CARACTERIZAÇÃO POR MARCADORES MOLECULARES RAPD
O banco de germoplasma de cacaueiros da CEPLAC, localizado no muni-
cípio de Marituba, PA, resulta da coleção sistemática de amostras representati-
vas de variabilidade genética das populações existentes na Amazônia brasilei-
ra. Pelos resultados das análises foi verificado que apesar de não existirem dife-
renças significativas entre os grupos analisados, houve uma tendência dos
genótipos se agruparem de acordo com suas origens geográficas. De modo geral,
genótipos coletados próximos apresentaram uma maior similaridade entre si e
se agruparem no fenograma (como por exemplo VB 133 e VB 48; VB 15 e VB 28;
VB 162 e VB 163; VB 73 e VB 68).
O índice de diversidade fenotípica de Shannon usado para particionar a
diversidade entre e dentro das populações forneceu uma medida de diversidade
média dentro das populações (Tabela 1). A proporção da diversidade presente