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No caso, por exemplo, do aluno que apresenta hiperatividade ver-
bal, falando em voz alta constantemente, fazendo comentários irre-
levantes, discutindo provocativamente com o professor e com colegas,
numa freqüência elevada, os autores recomendam, dentre várias
outras estratégias, que o professor estabeleça claramente com
os alunos da sala, as regras de participação verbal na aula. O
professor pode, por exemplo, exemplificar os níveis vocais
aceitáveis, bem como os inaceitáveis (gritos, fala muito intensa).
O professor deve ensinar essas regras, dando oportunidades dos
alunos praticarem o desejável, e apresentando, a eles, um
feedback sobre sua adequação. Sugerem, também, que o professor
deixe o aluno saber claramente quando seu comportamento está
sendo cooperativo e desejável (“gosto quando você levanta a mão
antes de falar!”).
Em casos de hiperatividade física, por outro lado, os autores suge-
rem, dentre outros procedimentos, que se converse claramente sobre
o problema, e suas conseqüências para o andamento da aula.
Que se estabeleçam, também, regras claras sobre a forma
desejável de comportamento. Que se registre o tempo máximo que
o aluno consegue ficar envolvido com diferentes atividades, e
seja dele solicitado um aumento gradativo de tempo de perma-
nência na atividade (30 segundos, depois 1 minuto, depois 1 minuto
e 30 segundos, e assim por diante...). A cada sucesso, ou seja, a
cada nova meta estabelecida com o aluno e por ele alcançada, que o
feito seja comentado elogiosamente. Sugerem, também, que se
favoreçam oportunidades para que o aluno se movimente pela
classe, ou para outros locais na escola. Outra sugestão, ainda, é a
de antecipar a movimentação do aluno, encaminhando-se para
perto dele, quando prestes a sair de sua carteira.
Quanto a programas voltados para o desenvolvimento de pa-
drões saudáveis de interação social, os autores sugerem (p. 300),
dentre outros procedimentos: