Download PDF
ads:
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
RAQUEL CORDEIRO THEODORO
Caracterização da transição micélio – levedura em
Paracoccidioides brasiliensis e sua relação com a
expressão do gene do choque térmico 70 (HSP70)
Orientador: Dr. Eduardo Bagagli
Co-orientador: Ivan de Godoy Maia
Botucatu, 2007
Dissertação apresentada ao Instituto de
Biociências da Universidade Estadual Paulista
UNESP, Campus de Botucatu, como parte
dos requisitos par
a a obtenção do Título de
Mestre em Ciências Biológicas, Área de
concentração: Genética.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
Índice
Pág.
Agradecimentos 3
I Revisão de Literatura....................................................................................
7
II Proposta do projeto de mestrado.................................................................
28
III Resumo.......................................................................................................
31
IV Artigo.........................................................................................................
32
V Anexos.........................................................................................................
68
VI Discussão Geral.........................................................................................
80
VII Referências Bibliográficas........................................................................
88
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
ads:
3
Dedico este trabalho
Aos meus pais, Salete e Pedro, e aos meus avós Emília,
Francisco e Annio (in memoriam), meu espelho de
vida, minha referência, minha família.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
4
Agradeço
Ao meu orientador e amigo Eduardo,
Sua orientação se baseia em muito mais do que transmitir
conhecimentos, mas também, e principalmente, em nos mostrar o
quanto é bom aprender e o quanto ainda nos falta saber. Sem dúvida
é um mestre muito querido, um exemplo a ser seguido e admirado.
Obrigada Eduardo, por todos esses anos de orientação e convivência.
Ao co-orientador Ivan de Godoy Maia,
Pelas críticas e sugestões sempre pertinentes, pela atenção e
paciência para tirar as minhas dúvidas.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
5
Ao meu namorado Mateus, por todo amor e carinho, amigo que
consegue sempre arrancar um sorriso meu, não importa o momento.
Aos Tios (Cleide, Nilza, Dorival e Fausto) e aos primos (Anderson,
Andia, Adriana, Cátia e Elaine) pelo carinho e pela torcida.
Aos amigos de bancada, Sandra, Assis, gia, Virnia, Gisela,
Gabriela, Keila, Juliana, Silvinha e Hélio, sempre unidos e
participativos: minha família Botucatuense.
Aos amigos Martha, Lara, Clívia, Fernanda, Emanuel
(Manezinho), Gisleine, Ana Luísa e a todos os Feitosas, pessoas
únicas e especiais em minha vida.
À Meg, é claro..., companheira de todas as horas, sempre disposta a
longos passeios, trilhas para cachoeiras e brincadeiras, sempre
renovando minhas energias. Sem vida, uma amiga fiel e carinhosa
com a qual sempre posso contar.
Ao professor e amigo Guaracy, pela orientação a mim prestada
durante o estágio docência na disciplina de Evolução, por todos os
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
6
ensinamentos e oportunidades. Sem dúvida contribuiu e muito para
a minha formação.
Aos professores Jo Candeias e João Pessoa por abrirem as portas
de seus laboratórios e por me orientarem durante as reações de PCR
em Tempo real.
À Dra. Sandra, por toda atenção e ensinamentos sobre PCR em
Tempo Real.
Aos professores Gustavo H. Goldman e Everaldo Marques (USP,
Ribeirão Preto) pelas seqüências de alfa e beta tubulinas cedidas
para o desenho de primers.
À professora Cudia, pela ajuda prestada nas análises
morfométricas.
À professora Luzia, por me socorrer nos testes estatísticos.
Aos funcionários do Depto de Micro e Imunologia, Sônia, Lula,
Ademival, Tino, Pedro e Nice, por todo carinho e dedicação aos
alunos.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
7
I Revisão de Literatura
I.1 Paracoccidioides brasiliensis: taxonomia, etiologia e ecologia.
P. brasiliensis é a fase anamórfica (mitospórica) de um ascomiceto pertencente à
Ordem Onygenales, Família Onygenaceae, recentemente re-classificado na nova Família
Ajellomycetaceae, a qual representa a um clado monofilético que inclui também os gêneros
Blastomyces, Emmonsia e Histoplasma (UNTEREINER et al., 2004).
O P. brasiliensis é o agente etiológico da Paracoccidioidomicose, doença
caracterizada pelo desenvolvimento de lesões granulomatosas com freqüente evolução
crônica, envolvendo pulmão, pele, membranas mucosas e outros tecidos (FRANCO, 1987).
Este fungo apresenta distribuão geográfica restrita aos países latino-americanos, ocorrendo
com maior incidência no Brasil, Colômbia, Venezuela e Argentina (WANKE &
LONDERO, 1994).
Este patógeno possui um dimorfismo morfológico termo-dependente, a 35-37°C
(in vitro, em meios enriquecidos ou no tecido do hospedeiro em condição de parasitismo)
possui forma de levedura com multibrotamentos, aspecto conhecido como “roda de leme”
(LACAZ et al., 1984) e à 25°C (in vitro ou em ambiente sob condões de saprofitismo)
cresce na forma de micélios aéreos curtos bastante aderidos ao meio de cultura, as hifas são
septadas, com artrósporos, clamidoconídios intercalares e aleuriósporos globosos
(MARQUES & CAMARGO et al., 1998).
O P. brasiliensis tem sua ecologia praticamente desconhecida devido aos dados
pouco conclusivos a respeito de seu isolamento ambiental. O caráter casual e o repetitivo
das observações, aliado às dificuldades de isolamento ambiental, dificultam a exata
localização deste patógeno no ambiente. Além disso, a falta de surtos epidêmicos, o
prolongado período de latência da doença e freqüentes migrações das populações de áreas
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
8
endêmicas, tornam praticamente impossível a identificação dos locais onde a infecção foi
adquirida (RESTREPO, 1985).
Apesar destas dificuldades, existe um “certo consenso”, baseado em outras
micoses sistêmicas provocadas por fungos dimórficos, onde, o pulmão é o órgão mais
afetado, de que o P. brasiliensis vive saprofiticamente no solo e/ou vegetais, produzindo
estruturas assexuadas na forma de artroconídias (BUSTAMANTE-SIMON et al., 1985), as
quais seriam as responsáveis pela infecção principalmente pelo trato respiratório
(MCEWEN et al., 1987).
Existem alguns casos de isolamento do P. brasiliensis em solo (SHOME &
BATISTA, 1963; NEGRONI, 1968; ALBORNOZ, 1971 e SILVA-VERGARA et al.,
1998), sendo que os dois primeiros isolamentos não foram totalmente confirmatórios para P.
brasiliensis, que o isolado nem mesmo foi mantido em coleção (FRANCO et al., 2000).
Além destes isolamentos, o patógeno também já foi detectado em ração canina (FERREIRA
et al., 1990), trato intestinal de morcegos (GROSE & TRAMSITT, 1995) e fezes de
pingüim (GESUELE, 1989).
Um novo indício ambiental da presença do P. brasiliensis em solo foi a
constatação da ocorrência do mesmo, em alta freqüência, em tatus da espécie Dasypus
novemcinctus (NAIFF et al., 1986, MACEDO et al., 1999; SILVA-VERGARA et al., 2000;
CORREDOR et al., 1999; BAGAGLI et al., 1998; 2003), animais com intenso hábito
fossorial e escavatório, cuja distribuição geogfica costuma coincidir com a observada na
paracoccidioidomicose (RESTREPO, 1994). O contato com estes animais está associado a
um aumento dos fatores de riscos para a infecção em pessoas residentes nas áreas endêmicas
da doença (CADAVID & RESTREPO, 1993).
Além da metodologia direta (cultura) e indireta (inoculação animal), métodos
moleculares vem sendo empregados para a detecção do P. brasiliensis em solo através da
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
9
PCR (Reação da Polimerase em Cadeia) de reges do rDNA, que compreendem o ITS1
(Internal transcribed spacer 1), 5.8S e ITS2 (Internal transcribed spacer 2), específicas do P.
brasiliensis (THEODORO et al., 2005a). A técnica molecular empregada se mostrou eficaz
na detecção do DNA do patógeno em tocas de tatu, infectados naturalmente pelo fungo.
Por apresentar temperatura corporal e imunidade relativamente baixa (PURTILO
et al., 1975; ULRICH et al., 1976), o tatu parece favorecer o desenvolvimento de certas
doeas infecciosas, podendo ter desempenhado um importante papel na evolução do P.
brasiliensis à condição zoofílica (adaptada ao tecido animal) (BAGAGLI et al., 1998), o que
explica o estabelecimento de lesões crônicas nos hospedeiros e a baixa produção de
conídios (MCEWEN et al., 1987), o que talvez justifique o difícil isolamento ambiental
deste fungo em sua fase saprofítica (FRANCO et al., 2000).
Os isolados de tatus apresentam significativa diversidade em relação à virulência
(SANO et al., 1999; HEBELER-BARBOSA et al., 2003a, 2003b). Hebeler-Barbosa et al
(2003a; 2003b) caracterizaram a biodiversidade de isolados de P. brasiliensis de tatus,
comparando-os com isolados clínicos da região endêmica de Botucatu, com relação aos
diferentes perfis de virulência, através de inoculação animal (hamsters), padrão de RAPD e
sequenciamento da região de ITS rDNA 5.8S. Através da inoculação animal e contagem de
UFC (unidades formadoras de colônias), foi possível caracterizar os isolados quanto à
virulência (muito alta, alta, intermediária e baixa). Apesar de não fornecer uma correlação
clara com os perfis de virulência, o padrão de RAPD mostrou que os isolados de tatu
provenientes de uma mesma área geográfica são mais similares entre si do que isolados
provenientes de áreas distantes uma das outras. Este dado parece ser bastante preciso, visto
que estes animais possuem uma “home range” pequena (LOUGHRY & MCDONOUGH,
1998), locomovendo-se em trilhas relativamente constantes no interior de pequenas matas
de galerias (TABER, 1945, TAMAGE & BUCHANAN, 1954), não tendobito migratório
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
10
como no caso dos seres humanos. Com relação ao seqüenciamento da região ITS1, 5.8S e
ITS2, enquanto o gene 5.8S apresentou-se altamente conservado, tanto entre os diferentes
isolados como entre P. brasiliensis e Blastomyces. dermatitidis, a região ITS apresentou-se
significativamente variável entre as duas espécies. Apesar de relativamente conservada
entre os diferentes isolados de P. brasiliensis, tal região mostrou algumas variações, como
por exemplo, o isolado T10B1, que apresentou maior variabilidade em relação aos demais,
tendo uma substituição no ITS1 e duas no ITS2.
Análises comparativas das seqüências da região ITS e também do gene codificador
da glicoproteína antigênica GP43, confirmam a similaridade entre os isolados clínicos e de
tatus (HEBELER-BARBOSA et al., 2003b), indicando que tanto o homem quanto os tatus
estão se infectando pelos mesmos “ecopatogenotipos” (BAGAGLI et al., 1998; FRANCO et
al., 2000; RESTREPO et al., 2000). A caracterização molecular dos isolados de tatu e sua
comparação com os isolados clínicos pode ser de grande utilidade no mapeamento de
genótipos do P. brasiliensis que estão causando infecções humanas.
Além da espécie D. novemcinctus, o fungo também foi isolado do tatu Cabassous
centralis, em Caldas, Colômbia, indicando que outras espécies além do tatu-galinha também
podem estar infectadas com o patógeno (Corredor et al., 2005).
Recentemente foram relatados dois casos de PCM em cães (RICCI et al., 2004,
FARIAS et al., 2005), sendo obtida cultura fúngica apenas para o segundo caso. O isolado
foi caracterizado molecular e morfologicamente (BOSCO et al., 2005). Este achado é de
grande importância para o estudo epidemiológico da PCM, pois representa o primeiro
isolamento de P. brasiliensis de um animal doméstico, cujo contato com humanos é
infinitamente superior se comparado com animais silvestres. Além disso, isolados
provenientes de cães são importantes candidatos para estudos filogenéticos, que estes
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
11
mamíferos, comparados aos tatus, representam uma condão ambiental distinta, a começar
pela temperatura corporal superior, que pode variar de 37,5 a 39°C.
I.2 P. brasiliensis: uma só espécie?
Trabalhos recentes demonstraram que a variabilidade genética do P. brasiliensis
pode ir além de um simples polimorfismo intraespecífico, caracterizando a presença de
espécies crípticas, ou seja, espécies em divergência cujos caracteres fenotípicos até então
conhecidos não são suficientes para distingui-las (FUTUYAMA, 2002). Matute et al (2006)
analisaram seqüências de DNA de oito regiões a partir de cinco genes nucleares
codificadores (quitina sintase, β-glucana sintase, fator adenil de ribosilação, α-tubulina e
PbGP43). Foram estudados 65 isolados de P. brasiliensis, abrangendo seis áreas endêmicas
de PCM. Através da análise por concordância de genealogia de genes foi possível detectar
três espécies crípticas: S1, encontrada no Brasil, Argentina, Paraguai, Peru e Venezuela;
PS2, encontrada no Brasil e Venezuela e PS3, encontrada apenas na Combia. S1 e PS2 são
simpátricas, portanto a divergência genética entre as duas sugere a existência de uma
barreira não geográfica ao fluxo gênico.
Espécies crípticas também foram detectadas, por concordância de genealogias
de genes, em outros fungos patogênicos dimórficos como, por exemplo, Coccidioides
immitis (separado em duas espécies sexuadas, C. immitis e C. posadasii segundo a
concordância de 3 genealogias de genes) (KOUFOPANOU et al., 2001) e Histoplasma
capsulatum (separado em 7 espécies filogenéticas mais 1 espécie da Eurasia que emergiu do
clado da América do Sul, grupo A, segundo a concordância de quatro genealogias de genes)
(KASUGA et al., 1999, 2003).
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
12
O reconhecimento filogenético de espécie, aplicado nos trabalhos acima citados,
parece ser a forma ideal para diagnosticar espécies crípticas. Sabe-se que o reconhecimento
morfológico de espécie, ainda o mais usado para diagnosticar espécie em fungos, pode
englobar em um grupo espécies que na verdade diferem geneticamente podendo estar até
mesmo isoladas reprodutivamente. Já o reconhecimento biológico de espécie, cujo critério é
a capacidade de intercruzamento, além de apenas ser aplicável às espécies sexuadas, incorre
em um conflito entre fluxo gênico real e fluxo gênico potencial. O reconhecimento
filogenético de espécie, por sua vez detecta divergência genética e passa a ser o método
mais efetivo de definição de espécie em microrganismos, uma vez que muitos caracteres
podem diferir entre duas espécies antes mesmo da perda do potencial de intercruzamento.
Entretanto, adquirir seqüências de vários loci com variação genética suficiente para detectar
espécies filogenéticas pode ser extremamente trabalhoso, tornando o uso de marcadores
hipervariáveis (moleculares e/ou morfológicos) atrativo para um rápido reconhecimento das
diferentes espécies crípticas (TAYLOR et al., 2000).
Sabe-se que nas espécies crípticas de H. capsulatum pode-se detectar diferenças
morfológicas e fisiológicas entre isolados pertencentes às diferentes espécies (KASUGA et
al., 2003). No caso do Coccidioides, observou-se que a espécie C. posadasii cresce mais
lentamente em meio contendo alta concentração de sais quando comparada com a espécie C.
immitis, porém este fenótipo não é usado como diagnóstico (FISHER et al., 2002).
Em P. brasiliensis, existem muitos fenótipos variáveis, como crescimento, aspecto
de colônia miceliana, produção de conídios, transição micélio/levedura, microscopia
leveduriforme (brotamentos, forma e tamanho das células, etc), virulência, termotolerância,
entre outros (THEODORO et al., 2005b). Porém nenhum estudo comparativo e de
agrupamento foi feito, utilizando-se de dados morfológicos, clínicos e ecológicos,
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
13
associados aos moleculares, de forma a melhor organizar e compreender a existência e o
significado de toda a variabilidade fenotípica e genotípica observada.
I.3 P. brasiliensis: virulência e dimorfismo
Além da caracterização molecular, outros estudos, com enfoque em caracteres
morfológicos vêm sendo realizados (MACORIS et al., 2006) a fim de correlacioná-los com
caracteres de virulência. Neste estudo, realizado em nosso laboratório, foram observadas
variações fenotípicas entre as colônias miceliais do P. brasiliensis com relação a caracteres
como curva de crescimento, presença de setores (possível indicativo de rearranjos
cromossomais e recombinação mitótica) diâmetro e textura da colônia (frente e verso). Foi
observada grande variabilidade fenotípica entre os isolados e também em um mesmo
isolado (o isolado Bt84 possui colônias de textura algodonosa e glabra). Tal fenômeno em
Candida albicans e Cryptococcus neoformans é tido como um fator de virulência (SOLL,
1992; LACHKE et al., 2002; FRIES et al., 2002).
Tais variações fenotípicas, tanto inter como intra isolados mostram grande
plasticidade deste pageno, tal plasticidade pode estar associada á adaptação á diferentes
ambientes pelo fungo. No caso do P. brasiliensis como dos demais fungos dimórficos
patonicos a mudança do saprofitismo para o parasitismo incorre em inúmeras mudanças
ambientais, que o hospedeiro promove condições de crescimento diferente das do
ambiente saprofítico, a começar pelo aumento de temperatura, influências hormonais e
resposta do sistema imune (KUROKAWA et al., 1998). Dessa forma, as variações
fenotípicas poderiam ser essenciais para a adaptação ao parasitismo, promovendo a
emergência de variantes capazes de escapar dos mecanismos de defesa do sistema
imunogico do hospedeiro (FRANZOT et al., 1998).
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
14
Alguns caracteres fenotípicos são considerados fatores de virulência em fungos
causadores de micoses sistêmicas, graças a esses fatores, alguns fungos, tais como os fungos
dimórficos apresentam grande habilidade para crescer em condições adversas impostas
pelos seus hospedeiros, sendo estas características resultantes da interação patógeno-
hospedeiro (BULMER & FROMTLING, 1983; HOGAN et al., 1996). Sendo assim os
pades de virulência de diferentes patógenos poderiam ser considerados frutos de uma
seleção natural resultante da interação entre os dois genótipos, o do patógeno e do
hospedeiro (LEDERBERG, 1999).
Porém, muitos caracteres considerados fatores de virulência e patogenicidade em
fungos dimórficos, como Blastomyces dermatitidis, Histoplasma capsulatum, Sporothrix
schenckii e Cryptococcus neoformans, podem ter se originado no meio saprofítico (em geral
solo), através da interação destes patógenos com microrganismos fagocíticos predadores.
Hoje, tais caracteres apresentam papéis distintos durante o saprofitismo e durante o
parasitismo. A idéia de que os fatores de viruncia tenham surgido em meio saprofítico
também é sustentada pelo fato de que estes fungos patogênicos dimórficos não necessitam
de seu hospedeiro endotermo para sua sobrevivência, o encontro com este hospedeiro teria
sido acidental e os fatores de virulência estariam “prontos” (“ready-made virulence”)
(CASADEVALL et al., 2003 e STEENBERGEN et al 2003; 2004). Apesar do animal não
ser indispensável para o ciclo de vida do fungo, ele exerce importante papel na história
evolutiva do mesmo devido sua importância como agente carreador e amplificador de
variabilidade genética do patógeno (BAGAGLI et al., 2006).
Os conceitos de patogenicidade e virulência foram muito bem trabalhados por
Casadevall & Pirofski (1999). Nesta revisão, patogenicidade é tida como a capacidade do
patógeno em causar danos ao seu hospedeiro e virulência como a capacidade relativa de
causar danos; relativa pois a doença depende não dos fatores de virulência do patógeno
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
15
como também da resposta do sistema imunológico de seu hospedeiro. Os autores criaram
seis classes de patógenos com base na virulência do microrganismo e na resposta
imunogica. Ao que tudo indica, o P. brasiliensis pertenceria à classe 3, na qual os
microrganismos causam doença devido tanto à mecanismos de virulência (proliferação das
leveduras para diversos órgãos) como por mecanismos imunológicos do hospedeiro
(inflamação crônica).
No caso de fungos patogênicos, pode-se considerar como fatores de virulência
alguns componentes da parede celular como, por exemplo, o
-(1,3)-glucan (SAN-BLAS &
VERNET, 1977); moléculas de adesão aos tecidos do hospedeiro (VARTIVARIAN, 1992),
observadas em leveduras de P. brasiliensis, bem como em outros fungos dimórficos como
B. dermatitidis, Histoplasma capsulatum e Cryptococcus neoformans (JIMENEZ-LUCHO
et al., 1990; KLEIN et al., 1993); produção de enzimas como proteinases, lípases e
fosforilases, importantes para a nutrição e invasão do fungo nos tecidos (ODDS, 1985;
RUCHEL, 1986). Em P. brasiliensis, por exemplo, foi verificado que uma fração da
glicoproteína GP43 possui atividade proteolítica sobre o colágeno, elastina e caseína
(MENDES-GIANINNI et al., 1990).
A glicoproteína imunodominante GP43 trata-se de um antígeno reconhecido pelo
soro da maioria dos pacientes com PCM (PUCCIA et al., 1991). Conforme o paciente
responde ao tratamento os títulos de anticorpos anti GP43 diminuem. Esta glicoproteína é
tida como fator de virulência devido a sua propriedade adesina (VICENTINI et al., 1994).
MORAIS et al (2000) observaram grande polimorfismo do gene codificador da GP43 entre
diferentes isolados. O mesmo foi observado por Matute et al (2006), indicando uma seleção
Darwiniana Positiva sobre esta seqüência, ou seja, mutações não se mostram desfavoráveis,
mas pelo contrário, são mantidas na população. Especula-se que as mudanças expressas
neste gene são rapidamente fixadas devido ao fato de que antígenos de superfície de
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
16
parasitas tendem a sofrer Seleção Positiva mais forte do que outros genes, podendo resultar
em um escape ao reconhecimento imunológico do hospedeiro (KOUFOPANOU et al.,
2001).
Receptores para hormônios também são considerados fatores de virulência,
sugerindo a influência de um metabolismo (do hospedeiro) sobre o outro (do patógeno)
(FELDMAN et al., 1982). Sabe-se que o crescimento do fungo dimórfico Coccidioides
immitis pode ser estimulado por hormônios como testosterona e progesterona e inibido por
seus precursores (ergosterol e colesterol) (DRUTZ & HUPPERT, 1983; DRUTZ et al.,
1981). Uma evidência de que os hormônios podem afetar o padrão de viruncia do P.
brasiliensis é a inibição da transição de micélio para levedura por hormônios femininos
(estrógenos) (ARISTIZABAL et al., 1998).
Com relação à transição micélio-levedura, os fatores termo tolerância e
dimorfismo também são considerados fatores de virulência (KUROKAWA et al. 1998). A
habilidade de se reproduzir a 37°C parece ser comum entre os fungos patogênicos
dimórficos, como em C. neoformans, H. capsulatum e Sporothrix schenckii. Foi observado
que maioria dos isolados de C. neoformans var. gatii, que não crescem de maneira eficiente
a 37°C não são capazes de produzir infecção fatal em ratos (KWON-CHUNG, 1979;
RHODES, 1988). Cepas de baixa virulência de H. capsulatum levam um tempo maior para
o processo de transição micélio-levedura do que aquelas cepas mais virulentas, nas quais a
transição se dá de forma mais rápida (MEDOFF et al., 1986). Pequenas diferenças de
tolerância térmica poderiam desempenhar um importante papel no potencial patogênico do
fungo. O dimorfismo (dependente de temperatura e/ou nutrientes) também facilitaria a
instalação e dispersão do fungo nos diferentes tecidos do hospedeiro (KUROKAWA et al.
1998). No caso do P. brasiliensis, além da variável temperatura, fatores nutricionais
também podem influenciar a transão micélio-levedura (VILLAR et al., 1988).
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
17
Durante a transição de micélio para levedura em P. brasiliensis, ocorrem inúmeras
mudanças morfológicas que se devem á inibição e indução de determinadas proteínas (DA
SILVA et al., 1994). A identificação das alterações moleculares durante os estágios iniciais
da diferenciação celular pode ser importante para a caracterização de proteínas que
provavelmente estão relacionadas ao dimorfismo. Sabe-se, por exemplo, que ocorre um
aumento na produção de proteínas de 71 e 72Kda nos isolados Pb01 e Pb166 durante a
transição de micélio para levedura (SALEM-IZACC et al., 1997). Existem diferentes
proteínas sendo produzidas durante as duas fases (micelial e leveduriforme) do P.
brasiliensis, sendo interessante notar que a prodão destas proteínas pode variar dentre
diferentes isolados. Neste mesmo trabalho observou-se certa variação morfológica entre os
isolados durante a fase leveduriforme (Pb18, Pb166 e Pb2052 apresentaram células
alongadas com brotamentos, Pb113 e Pb 662 apresentaram, mesmo à temperatura de 36°C,
filamentos similares ao micélio). Esta variação também foi observada na síntese de
diferentes proteínas a 36°C, sendo proposto um dendograma.
Outros estudos bastante avançados, como transcriptoma, vêm sendo realizados na
tentativa de identificar genes expressos durante as duas fases morfológicas do P.
brasiliensis (FELIPE et al., 2003 GOLDMAN et al., 2003). Além de identificarem genes de
virulência hologos a alguns genes de Candida albicans, identificaram vários genes que
poderiam desenvolver papel importante no termodimorfismo, mais especificamente na
transição de micélio para levedura, como por exemplo, genes envolvidos na síntese da
quitina, constituinte da parede celular cuja produção aumenta na fase leveduriforme
(BORGES-WALMSLEY et al. 2002; GOLDMAN et al., 2003). A expressão de genes
codificadores de proteínas de choque térmico (HSP) também foi estudada, sendo
identificado certa similaridade com os genes hsp de S. cerevisiae (GOLDMAN et al., 2003).
Neste trabalho estudou-se de forma comparativa a produção de HSPs (HSP70, 82 e 104)
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
18
durante a transição micélio-levedura e levedura-micélio, sendo que para o primeiro processo
houve um aumento da expressão destes genes 5 horas após o aumento de temperatura, para
o segundo processo a expressão caiu subitamente entre 5 e 10 horas após a diminuição da
temperatura, tendo um pequeno aumento após 24 horas. De maneira geral estes genes
parecem ser mais expressos na fase leveduriforme do que na micelial, desempenhando um
importante papel durante a transição. Isso foi também observado por Da Silva et al (1999)
que registraram uma expressão diferencial do gene hsp70 em micélio e levedura,
observando um processamento (“splicing dos dois introns) mais eficiente do RNA
mensageiro em leveduras, o que explicaria a maior produção da proteína nesta forma do que
em micélio.
Frente a esses dados, conclui-se que genes hsp devem desempenhar importante
papel para o dimorfismo e termotolencia que, como descrito, são fatores de virulência
essenciais nas mudanças adaptativas necessárias para garantir a sobrevivência do patógeno
no tecido de seu hospedeiro homeotermo, sejam tatus ou seres humanos (FRANCO, 1987).
I.4 Proteínas do Choque Térmico
As proteínas do choque térmico estão presentes em todos os organismos, desde
bactérias e leveduras até seres humanos. Elas ocorrem em várias formas e são categorizadas
em famílias de acordo com seu peso molecular. Há fortes evidências de que as HSPs
desempenham papéis fisiológicos importantes tanto em condições normais como em
situações de estresses térmicos ou químicos. As HSPs estão presentes em procariotos e
eucariotos e seu alto nível de conservação sugere o desempenho de um papel essencial no
processo celular (KREGEL, 2002).
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
19
As HSPs foram primeiramente descobertas em larvas de D. melanogaster
(RITOSSA, 1962) expostas a um choque térmico e, nos últimos 30 anos, um grande número
de proteínas de choque térmico vêm sendo descritas nos mais diversos organismos.
A massa molecular das HSPs varia de aproximadamente 15 a 110KDa, sendo
divididas em grupos conforme seu tamanho e função. Elas estão presentes no citoplasma,
mitocôndria, retículo endoplasmático e núcleo. Estas localizações variam conforme a
proteína.
Algumas dessas HSPs, hoje também conhecidas como chaperonas moleculares,
possuem sua estrutura altamente conservada tanto nas células procarióticas como
eucarióticas. A principal função dessas chaperonas é catalisar o dobramento de outras
proteínas, para que elas adquiram conformação tridimensional tornando-se proteínas
funcionais, além de estabilizar proteínas durante seu transporte para diferentes organelas.
Por exemplo, as proteínas da família HSP70 estabilizam cadeias polipeptídicas não
dobradas durante a tradão e durante o transporte para mitocôndria e retículo
endoplasmático, prevenindo a agregação da cadeia polipeptídica, já membros da família das
HSP60 facilitam o dobramento da cadeia polipeptídica. Em E. coli, estas duas proteínas
parecem ter ações seqüenciais (primeiramente a proteína recém sintetizada no ribossomo é
estabilizada pela HSP70 para depois ser transferida para a HSP60 dentro da qual ocorre o
dobramento protéico) (COOPER, 2002).
A família HSP70 comporta rias chaperonas moleculares com duas regiões
conservadas, a região ATPase N-Terminal e o domínio C-terminal de ligação à proteína. Em
muitos organismos a HSP70 constitui uma grande família de proteínas que podem ser
encontradas na maioria dos compartimentos da célula eucariótica. A HSP70 se liga às
pequenas regiões hidrofóbicas de polipeptídeos não dobrados, prevenindo sua agregação.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
20
Elas também dão assistência a certas proteínas, ajudando no dobramento de forma
dependente de ATP (NICOLA et al., 2005).
A família HSP70, considerada a mais sensível ao aumento de temperatura, é uma
das HSPs mais conservada, demonstrando cerca de 60-80% de identidade dentre células
eucarióticas (BARDWELL & CRAIG, 1984; LINDQUIST, 1986).
Em Saccharomyces cerevisiae, HSP70s citosólicas são de extrema importância
para o ciclo celular (GILBERT et al., 2003). De fato estas proteínas desempenham
importante papel no desenvolvimento celular, por estabilizarem produtos de proteínas de
genes que são “ligados ou desligados” durante a diferenciação celular, que no P.
brasiliensis, se dá no período de transição de micélio para levedura (DA SILVA et al.,
1999).
Em P. brasiliensis, a família HSP70 foi a mais estudada, com quatro membros
descritos. O gene hsp70 codifica uma HSP70 citosólica ortóloga e similar às proteínas Ssa
de S. cerevisiae. São tidas como ortólogas pois se tratam de cópias do mesmo gene, do
mesmo locus, e não de genes também hologos e produzidos por duplicação gênica porém
localizados em loci diferentes (parálogos). Dois outros genes hsp70 foram caracterizados
por Florez et al (2003). Outra HSP70 descrita em P. brasiliensis foi a HSP 87-kDa, cuja
expressão era induzida pelo choque térmico a 42ºC ou durante a transição M-L. Esta HSP
foi primeiramente reconhecida como alvo específico para anticorpos monoclonais contra
HSP80 de H. capsulatum. Apesar do peso molecular diferente, o sequenciamento direto da
cadeia de aminoácidos mostrou alta similaridade com HSP70 (DIEZ et al., 2002, 2003).
Estudos sobre a expressão da HSP70 de H. capsulatum foram feitos em isolados
com diferentes níveis de patogenicidade e termotolerância. Observou-se que o gene é mais
expresso durante a fase leveduriforme do fungo (a 36°C) e que os baixos níveis de
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
21
transcrição deste gene poderiam estar associados à alta sensibilidade à temperatura e baixos
pades de virulência (CARUSO et al., 1987).
A expressão diferencial do gene codificador da proteína HSP70 também foi
estudada em P. brasiliensis. cnicas de western blot comprovaram uma maior prodão da
proteína na levedura do que no micélio. A proteína foi seqüenciada e comparada às HSPs70
de outros organismos, apresentando 89,2% de similaridade com a HSP70 de H. capsulatum,
73,6% com a de Blastocladiella emersonii (fungo aquático), 73,3% com a de S. cerevisiae e
63,9% com a de seres humanos. A seqüência de DNA do gene permitiu a identificação de
dois introns e o estudo do processamento do RNA mensageiro durante o aumento de
temperatura, através de RT-PCR, mostrou um processamento mais eficiente do mesmo
durante a fase leveduriforme (36 - 42ºC), na qual o “splicing” destes introns parece ser mais
eficaz do que na fase micelial (25 - 36ºC) (DA SILVA et al., 1999).
A importância das HSPs durante o “splicingde RNA mensageiro já foi ressaltada
anteriormente em D. melanogaster (YOST & LINDQUIST, 1986 e 1988), na qual a
expressão do gene hsp82 (gene que contém introns) é reduzida devido ao não “splicing” do
RNA em altas temperaturas. Outros genes hsp que não possuem introns não tiveram sua
expressão alterada. O bloqueio do “splicing” em altas temperaturas também foi observado
para genes não pertencentes às famílias HSP de D. melanogaster.
Em S. cerevisiae o “splicing de precursores RNA mensageiro também é
prejudicado pelo aumento de temperatura. Estudos indicam um grande grau de
especialização das funções protetoras das HSPs, algumas delas, como membros da família
HSP70 e HSP82, ajudam a manter normal o processo celular em altas temperaturas, outras
como as HSP104, facilitam a recuperação do processo de splicinguma vez que este foi
rompido pelo choque térmico. (YOST & LINDQUIST, 1991).
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
22
I.5 Importância imunológica das HSPs
Além da significativa importância para a fisiologia celular, essas proteínas também
apresentam grande importância imunológica, sendo capazes de induzir respostas pró-
inflamatórias.
As HSPs são, tradicionalmente, tidas como moléculas intracelulares, liberadas das
células em condições de necrose e morte celular. Porém essas proteínas podem ser
encontradas na circulação de indivíduos normais (TSAN & GAO, 2004).
As HSPs 60, 70 e 90 são frequentemente associadas com autoimunidade,
apresentação de antígenos e imunidade inata. As HSPs bacterianas (60 e 70), por exemplo,
são consideradas altamente imunogênicas devido à ativação de células T (ZUGEL &
KAUFMAN, 1999a). Porém os anticorpos produzidos e as células T também acabam
reconhecendo HSP 60 e 70 de mamíferos, indicando reação cruzada e implicações em
processos autoimunes (KISSLING et al. 1991).
As HSPs citosólicas, como a 70 e 90, se ligam a peptídeos antigênicos, gerados
dentro das lulas, e fazem parte da via endógena de apresentação de antígenos pelo MHCI
(Complexo de Histocompatibilidade Principal de Classe I) (TSAN & GAO, 2004).
As HSPs também são tidas como ativadoras do sistema imune inato. Preparações
de HSPs induzem a produção de citocinas pró-inflamatórias, tais como, TNF alfa,
Interleucinas 1, 6 e 12, bem como a liberação de óxido nítrico e quimiocinas por monócitos,
macrófagos e células dendríticas (TSAN & GAO, 2004).
As HSPs podem estar presentes no meio extracelular e a reão a estas proteínas
não necessariamente reflete resposta inflamatória adversa, sendo que a reação contra as
próprias HSP pode regular o processo patogênico, sugerindo um importante papel das HSPs
como agentes terapêuticos. De fato o sistema imune reage contra antígenos próprios. Esta
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
23
auto-imunidade natural é benigna e é restrita a poucos angenos, dentre os quais se
destacam as HSPs. Recentemente, o uso de HSPs vem sendo estudado no tratamento de
doeas autoimunes, como por exemplo, o uso da HSP60 no tratamento da diabetes tipo 1
(SCHWARTZ & COHEN, 2000). Segundo estes autores, a auto-imunidade pode beneficiar
o equilíbrio e manutenção do próprio (“self”). Assim, o tratamento de uma doença auto-
imune deve consistir em ativação (por vacinas, por exemplo) dos mecanismos regulatórios
ao invés de suprimir os clones auto-imunes. A vacinação ativaria o sistema imune a
controlar seus pprios clones auto-imunes (COHEN, 2002).
As HSPs vêm sendo frequentemente reconhecidas como antígenos
imunodominantes em processos infecciosos. Isto surpreendentemente contraria o conceito
de que a resposta imune é primariamente dirigida contra antígenos microbianos específicos
(BURNIE et al. 2006). Sabe-se, por exemplo, que proteínas das famílias HSP60 e HSP70
são moléculas imunodominantes importantes na resposta imune contra microrganismos, elas
atuam como proteínas imunomoduladoras e de sinalização intercelular, tendo efeitos
imunogicos como secreção de citocinas. A HSP60, por exemplo, parece induzir o
aumento da produção de IL-1
, IL-6, IL-12 e IL-15, bem como o aumento de produção de
IL-6 por células endoteliais vasculares e em células musculares de rato (POCKLEY, 2001).
HSPs70 são consideradas importantes fatores alergênicos em Malassezia sympodialis
(ANDERSON et al., 2004), e importantes antígenos em muitos outros patógenos
(MARESCA & KOBAYASHI, 1994).
Em um processo infeccioso, tanto as lulas do patógeno como as do hospedeiro
passam por alterações dramáticas. O aumento de temperatura e a resposta imune são fatores
prejudiciais para o patógeno, sendo que a síntese de HSPs é essencial para a sobrevivência
do mesmo. Partes destas proteínas provenientes do patógeno são apresentadas por células do
hospedeiro, promovendo o reconhecimento de células infectadas pelo sistema imune.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
24
Embora o exato papel das HSPs na imunidade à infecções microbianas não esteja
completamente clara, as HSPs, aparentemente, servem como importantes antígenos na
defesa contra agentes infecciosos. De fato, a resposta imune às HSPs tem sido observada em
doeas infecciosas produzidas por bactérias, protozoários, fungos e nematóides (ZUGEL &
KAUFMAN, 1999b). Evidentemente, devido a sua alta conservação dentre os vários
microrganismos patogênicos, as HSPs são consideradas antígenos principais, sendo capazes
de produzir imunidade humoral e celular em várias infecções.
Pelo menos dois fatos contribuem para a antigenicidade das HSPs: primeiro, estas
proteínas são abundantes nos patógenos, especialmente sob condições de estresse e
segundo, a memória imunológica para a ocorrência de reações cruzadas é gerada durante a
vida do hospedeiro, conforme o contato e constante re-estimulação do sistema imune com
microrganismos de diferentes graus de virulência. Sendo assim, a infecção de um indivíduo
com um patógeno virulento permitiria que o sistema imune, previamente preparado,
reagisse mais rapidamente, antes mesmo de ocorrer uma resposta à antígenos
verdadeiramente espécie-específicos (ZUGEL & KAUFMAN, 1999b).
Esta importância imunológica pode ser de grande utilidade para o
desenvolvimento de vacinas. Um exemplo desta aplicação foi o desenvolvimento de uma
vacina de DNA, usando o gene do choque térmico hsp65, contra tuberculose (LIMA et al.,
2003).
GOMEZ et al (1995) deduziram a seqüência de aminoácidos da proteína HIS-62
(uma glicoproteína de parede e membrana celular) de H. capsulatum e observaram
similaridade de 70 e 50%, entre a HSP60 de S. cerevisiae e E. coli respectivamente,
considerando a HIS-62 como um membro das HSP60. Após o isolamento de um fragmento
do gene por PCR, o mesmo foi clonado em E. coli, sendo que a proteína recombinante
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
25
exerceu atividade imunológica similar, se não idêntica, à proteína nativa, conferindo
proteção contra a infecção intranasal com células leveduriformes de H. capsulatum.
Estudos de resposta celular imune contra H. capsulatum também foram realizados
com a HSP70 recombinante. A seqüência deduzida de aminoácidos do gene mostrou,
respectivamente, similaridade de 71 e 76% com HSP70 de humanos e S. cerevisiae. A
proteína recombinante induziu, em ratos, resposta imune celular, mas não promoveu
resposta imune protetora.
Bisio et al (2005) clonaram, caracterizaram e expressaram em E.coli um cDNA
membro da família HSP70 de P. brasiliensis. A proteína recombinante reagiu com anticorpo
policlonal de coelho contra HSP70. Experimentos de western immunoblot demonstraram
que o soro de pacientes com paracoccidioidomicose reconhece a proteína recombinante
purificada. A análise de antigenicidade da HSP70 detectou três peptídeos internos que
poderiam agir como ativadores de proliferação de células T.
Thomas et al (1997) clonaram, sequenciaram e expressaram uma HSP60 de C
immitis. A proteína recombinante foi utilizada para imunizar camundongos, demonstrando
um aumento na proliferação de células T.
Com relação ao gene hsp60 de P. brasiliensis, já foram realizadas clonagem,
caracterização e expressão da proteína por ele codificada. A proteína recombinante reagiu
com anticorpo monoclonal (contra HSP60 de humano) de rato. Experimentos de western
imunoblot demonstraram que tanto a proteína HSP60 nativa como a recombinante são
reconhecidas pelo soro de pacientes com paracoccidioidomicose (IZACC et al., 2001).
Outros estudos demonstraram a auncia de reação cruzada desta proteína recombinante
com o soro de pacientes com aspergilose, esporotricose, criptococose e tuberculose. A
reação foi observada no soro de 9,52% do controle de indivíduos sadios e em 11,5% dos
pacientes com histoplasmose. A alta sensibilidade e especificidade para HSP60 sugerem que
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
26
a proteína recombinante pode ser usada associada ou não com outros antígenos
recombinantes para a detecção de anticorpos contra P. brasiliensis em indivíduos infectados
(CUNHA et al., 2002).
I.6 Uso de genes hsp70 em inferências filogenéticas
Como as HSPs, em especial as da família HSP70, se mostram altamente
conservadas, elas vêm sendo usadas em inferências filogenéticas entre grandes grupos,
como por exemplo archaebacteria, eubacteria e eucariotos. Segundo a análise de genes
ribossomais cada um destes três grupos são tidos monofiléticos e distantes uns dos outros.
Adicionalmente, árvores filogenéticas de famílias de genes duplicados sugeriram que a
célula eucariótica tenha evoluído a partir de um ancestral de archaebacteria. Porém estas
hipóteses não parecem ser sustentadas pela análise de seqüências protéicas altamente
conservadas, como por exemplo, a HSP70, cujo estudo comparativo para estes 3 grupos
revelou agrupamento filogenético de archaebacteria com eubacteria Gram-positivas,
enquanto que seqüências eucarióticas se mostraram mais pximas de eubactérias Gram-
negativas (GUPTA & SINGH, 1994).
Análises filogenéticas da HSP70 também sustentam a hipótese de origem
monofilética dos metazoários, bem como reforçam a relação de proximidade filogenética
entre fungos e animais (BORCHIELLINI et al., 1998).
Apesar de genes conservados, como os codificadores das HSPs, serem
amplamente usados em análises filogenéticas de organismos distantes, um fator limitante
deste uso é a paralogia (MARTIN & BURG, 2002). Sabe-se que famílias de genes
evoluíram através de uma série de duplicações gênicas, portanto o uso do termo homologia
para estes casos se torna um tanto grosseiro. É necessário diferenciar os genes destas
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
27
famílias em ortólogos e parálogos. Genes ortólogos, em um conjunto de duplicatas, são duas
cópias do mesmo gene, do mesmo cus; genes parálogos são dois genes, também
hologos, porém em loci diferentes. Inferências filogenéticas devem ser baseadas em
genes ortólogos, mas pode haver perda de genes ao longo da evolução e erroneamente genes
parálogos são comparados, quando isso ocorre, a árvore gênica ou genealogia de genes
difere da árvore de espécies (filogenia) (RIDLEY, 2006).
O uso do gene hsp70 para inferências filogenéticas nem sempre se mostra similar
às inferências baseadas em outros genes. Segundo um estudo realizado com diferentes
grupos de tubarões, embora o alto grau de conservação do hsp70 faça deste gene um
importante candidato para uso em análises filogenéticas e evolutivas, ganhos e perdas de
genes individuais ao longo do tempo evolutivo aumenta a chance de que genes amostrados
sejam parálogos, comprometendo a filogenia (MARTIN & BURGO, 2002).
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
28
II Proposta do projeto de mestrado
Tendo as informações acima referidas, juntamente com os dados de variações de
virulência entre os diferentes isolados de P. brasiliensis, é de essencial importância o
entendimento a respeito da relação que a expressão de genes do choque térmico pode ter
com os diferentes padrões de viruncia, bem como com os diferentes perfis de dimorfismo,
observados em nosso laboratório. Estes genes poderiam ser expressos de maneira diferencial
entre os diferentes isolados (clínicos e provenientes de tatus)?
Além da virulência, outras características que também variam dentre os isolados
são a morfologia e a temperatura de transição morfológica. Theodoro et al (2002),
estudando a morfologia microscópica de 15 isolados de P. brasiliensis, em nosso
laboratório, durante a diminuição de temperatura de 36°C para 25°C (o fungo foi
primeiramente mantido a 36ºC em fase leveduriforme, após quinze dias foi feito um novo
cultivo diminuindo-se a temperatura para 35ºC, e assim sucessivamente até 25ºC),
observaram ampla variação morfológica entre os isolados a 36ºC (fase leveduriforme) e
diferentes respostas à diminuição de temperatura. As características analisadas para tal
comparação foram: tamanho e formato das células (alongado ou arredondado) e presença de
brotamentos. Um fator importante e bastante variável entre as cepas foi a temperatura em
que cada uma passava da fase leveduriforme para a micelial. A maioria dos isolados
começou a apresentar formação de hifas entre as temperaturas de 30 a 28ºC, sendo que dois
extremos foram observados: o isolado Bt85, já apresentava hifas a 33ºC, e o isolado
T13LN1 que começou sua transformação a 27ºC.
Essa diversidade morfológica e de virulência poderia ter alguma relação com
termotolerância e conseqüentemente com a produção de proteínas do choque térmico? Se
sim, a variação estaria presente na seqüência de nucleotídeos do gene? Ou então a variação
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
29
estaria presente no processamento do RNAm em diferentes temperaturas nos diferentes
isolados, o que poderia refletir em uma maior ou menor expressão gênica?
A fim de elucidar melhor estas questões, o presente projeto de mestrado teve como
objetivo o estudo das variações morfológicas dos diferentes isolados, durante a transição de
micélio para levedura e durante o choque térmico a42ºC, bem como de suas possíveis
causas moleculares no que diz respeito ao gene hsp70 (sua seqüência parcial e expressão).
O melhor conhecimento da diversidade dos isolados de P. brasiliensis e, em
particular das variações fenotípicas do dimorfismo e sua base genética, poderá ser
importante para um melhor esclarecimento a respeito da disseminação deste patógeno,
podendo de alguma maneira ser correlacionadas à adaptação parasitária aos tecidos de seus
hospedeiros (homem e tatu Dasypus novemcinctus). O estudo da expressão do gene hsp70
de forma comparativa em diferentes isolados pode ser de grande utilidade para trabalhos
que visam o desenvolvimento de vacinas a base de DNA ou proteínas HSPs recombinantes.
Por ser um gene de importante expressão na condição de parasitismo, este estudo
pretendeu elucidar as possíveis relações entre a expressão de genes hsps, em especial o
hsp70, com diferentes perfis de dimorfismo/ termo tolerância e de virulência dos isolados
(dado já obtido em nosso laboratório para alguns dos isolados estudados).
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
30
II.1 Objetivos
- Caracterizar morfologicamente os isolados quanto a morfometria de leveduras,
transição micélio-levedura (M-L) (temperatura e tempo de transição) e termo
tolerância;
- estudar a expressão do gene codificador da HSP70 por Real Time RT-PCR;
- analisar o polimorfismo de restrição por PCR RFLP do gene codificador da
HSP70;
- sequenciar regiões contendo os introns 1 e 2 do gene hsp70,
- comparar os dados morfológicos, fisiológicos e moleculares com os dados de
virulência dos isolados.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
31
III Resumo
O fungo termo dimórfico, Paracoccidioides brasiliensis é o agente etiológico da
Paracoccidioidomicose (PCM), a micose sistêmica mais prevalente da América Latina. Este
fungo vem sendo frequentemente isolado de amostras clínicas, tecidos de tatu (Dasypus
novemcinctus) e recentemente foi também isolado de cão. Este trabalho avaliou a transição de
micélio para levedura (M-L), a termo tolerância e o perfil de virulência em nove isolados de
P. brasiliensis (quatro de pacientes humanos, quatro de tatus e um de cão), bem como a sua
relação com a seqüência parcial e expressão do gene hsp70 (Heat Shock Protein 70) através
de Real Time RT-PCR. Tanto os dados morfológicos como moleculares se mostraram
variáveis dentre os diferentes isolados. Alguns destes dados, como sequenciamento e
morfologia leveduriforme corroboram com a divisão de nossos isolados nas duas espécies
crípticas simpátricas previamente propostas por Matute et al (2006). Nossos resultados
confirmam que a HSP70 pode ser um importante fator de virulência por estar associado à
termo tolerância, mas sua expressão parece não ser diretamente associada a altos padrões de
virulência.
Palavras-chave: Paracoccidioides brasiliensis, HSP70, expressão, espécies crípticas.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
32
IV Artigo:
Title
Dimorphism, thermo tolerance, virulence and Heat Shock Protein 70 expression
in two cryptic species of
Paracoccidioides brasiliensis
Raquel Cordeiro Theodoro
1
, Sandra de Moraes Gimenes Bosco
1
, Severino Assis da
Graça Macoris
1
, João Pessoa Araújo Jr
1
, João Manuel Grisi Candeias
1
, Luzia Aparecida
Trinca
2
, Ivan de Godoy Maia
3
, Eduardo Bagagli
1
1 Depto. de Microbiologia e Imunologia do Instituto de Biociências, Unesp-Botucatu
2 Depto. de Bioestatística do Instituto de Biociências, Unesp-Botucatu
3 Depto. de Genética do Instituto de Biociências, Unesp-Botucatu
RCT: raquel@ibb.unesp.br
SMGB: smgbosco@ibb.unesp.br
SAGM: massis@ibb.unesp.br
JPAJr.: jpessoa@ibb.unesp.br
JMGC: candeias@ibb.unesp.br
LAT: ltrinca@ibb.unesp.br
IGM: igmaia@ibb.unesp.br
EB: bagagli@ibb.unesp.br
corresponding autor: Eduardo Bagagli
Depto. de Microbiologia e Imunologia
Instituto de Biociências de BotucatuIBB
UNESP-Botucatu
Distrito de Rubião nior, s/n
Botucatu-SP-Brasil
CEP: 18618-000
Phone +55 14 3811-6058
Fax +55 14 3815-3744
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
33
Abstract
Background: The thermo dimorphic fungus Paracoccidioides brasiliensis is the
etiological agent of Paracoccidioidomycosis (PCM), the most prevalent systemic mycosis in
Latin America. The previous phylogenetic species recognition proved the existence of, at
least, three cryptic species in this pathogen. In this work we evaluated the mycelia to yeast
(M-Y) transition, thermo tolerance and virulence profiles of nine isolates of P. brasiliensis,
(including members of two of the three species) as well as its relation to the partial sequence
and expression of hsp70 gene.
Results: It was observed a large phenotypic variability concerning the M-Y transition.
The isolates Bt84 and T10 took more time to convert to the yeast form. These same isolates
presented stretched yeast cells at 36°C, instead of the typical round cells. It was also observed
arthroconidia production during the M-Y transition for some of the nine isolates studied. The
hsp70 expression showed to be variable among our isolates. The partial sequencing of hsp70
gene resulted in a Neighbour Joining tree that divided our isolates in two main groups.
Conclusions: Our data confirm that hsp70 gene might be an important virulence
factor, associated with the thermo tolerance, but its expression does not seem to be directly
related to high virulence profiles. We also presented some preliminary results about
mycological characters that could be important candidates for morphologic markers for
species recognition, as well as the partial sequencing of one member of the hsp70 gene family
that allowed the separation of our isolates in two clusters, that correspond to the two
sympatric cryptic species that occur in our PCM hyper endemic area (Botucatu, SP, Brazil).
Key-words: Paracoccidioides brasiliensis, hsp70 expression, dimorphism and cryptic
species.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
34
Background
P. brasiliensis is the etiologic agent of PCM, the most important systemic mycosis in
Latin America [1]. This pathogen present a thermo dimorphism, at 25°C it grows as mycelia,
producing its infective propagula, and at 36°C as yeast budding cells [2].
This fungus has been frequently isolated from clinical samples and from 9-banded-
armadillo, Dasypus novemcictus [3]. It has recently been isolated in a dog in Curitiba, Para
State, Brazil [4]. The isolate was characterized as P. brasiliensis by mycological and
molecular techniques [5].
P. brasiliensis has been considered, for a long time, as a unique biological entity,
mainly because its peculiar microscopic aspects, both in parasitic and culture conditions. This
fact, although well accepted for practical purpose and medical diagnostic, has been
challenged by several evidences. This fungus present many variable phenotypes, such as
growth, mycelia colony, conidia production, mycelia-yeast transition, yeast microscopy
(budding, size and shape of cells), virulence, thermo tolerance, mycelia colony [6, 7] and
clinical manifestation [8]. However, no comparative study was carried out using morphologic
features associated to molecular data.
Recent studies detected cryptic speciation and recombination in P. brasiliensis by
gene genealogies indicating that this fungus consists of at least three distinct, previously
unrecognized species: S1 (Species 1 from Brazil, Argentina, Paraguay, Peru and Venezuela),
PS2 (phylogenetic species 2 from Brazil and Venezuela) and PS3 (phylogenetic species 3
with 21 isolates from Colombia). Two of the three lineages of P. brasiliensis, S1 and PS2, are
sympatric across their range, suggesting barriers to gene flow other than geographic isolation
[9]. Cryptic species have also been detected by gene genealogies in other pathogenic fungi,
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
35
such as Coccidioides immitis (separated in two species: C. immitis and C. posadasii) [10] and
Histoplasma capsulatum (separated in at least seven species) [11].
Since the dimorphism and thermo tolerance are variable and important features for the
parasitic establishment of this pathogen, considered as virulence factors, this work aimed to
evaluated different profiles of virulence and mycelia to yeast (M-Y) transition in nine isolates
of P. brasiliensis from at least two cryptic species (S1 and PS2), as well as its relation to the
expression of hsp70 (Heat Shock Protein 70) gene by Real Time PCR.
Heat shock proteins are found in all organisms and their production is increased
during thermal and chemical stresses. These proteins are known as molecular chaperones;
they have a high conserved structure and play an important role on the folding and
transporting of the proteins synthesized into the cell [12].
The expression of hsp genes has been already studied during the M-Y transition in P.
brasiliensis. These proteins are more expressed during the yeast phase than in the mycelia
phase [13, 14] and an accumulation of cDNA of the gene hsp70 containing introns during the
beginning of M-Y transition was observed [15].
The HSPs also present an immunological role in the induction of pro-inflammatory
responses, being frequently considered as immunodominant antigens in infectious diseases
[16] and studied as a target for vaccine development. Bisio et al [17] cloned, characterized
and expressed a hsp70 cDNA of P. brasiliensis. The recombinant protein reacted to
polyclonal antibody of rabbit against HSP70 and was recognized by sera from PCM patients.
Since prophylactic or treatment measures must include, preferentially, all genotypes
and/or phenotypes of P. brasiliensis that cause PCM, the discovery of three cryptic species in
P. brasiliensis, increased the importance of comparative studies in order to detect some
phenotypic differences among the different species. This could have important consequences
in how this pathogen interacts with its host as well as with its saprobe environment.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
36
This article reported some mycological and molecular features, concerning the hsp70
gene, that are variable among different isolates of P. brasiliensis and may be useful for
understanding some evolutionary aspects of this pathogen, such as cryptic species
divergence.
Results
Morphometry of yeast cells at 36°C and M-Y transition: a boxplot graphic of the
area of yeast cells from the nine isolates is presented in figure 1. There was no significant
difference, concerning cell size among the isolates. The isolate Pb-cão showed the largest
area amplitude, containing cells from 4µm
2
to 1200 µm
2
(or 1,6 to 27,6µm of diameter). The
isolates Bt84 and T10 presented yeast cells with elongated buddings (pseudohyphae-like),
instead of the common circular form of the remaining isolates (figure 2). The microscopic
evaluation of the transition is presented on Table 2. The isolates T4 and S1 were the first ones
to convert mycelia to yeast form. The isolate Bt84 showed completed transition only at 36ºC.
Unexpected, it was possible to observe a high conidia production, at 30ºC, for the isolates
Bt85 and S1 (more than 20 conidia per field) and a low production for the isolates T4 and Pb-
cão (5 15 conidia per filed). The isolates T10, T13, Bt84, Pb265 and D01 did not produce
conidia at these conditions (figure 3). It was also observed chlamidoconidia during the M-Y
transition (figure 4).
Time for the occurrence of mycelia to yeast transition: a non-parametric analysis of
Krustal-Wallis showed a significant difference between the isolate Bt84 (slow transition) and
the remaining isolates (p<0,005). The isolates D01, Pb265, S1 and T4 presented the most
mycelia fragments converted to yeast on the fourth day after culture, being considered
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
37
isolates of fast transition. The isolates Bt85, Pb-cão, T10 and T13 showed an intermediary
transition (Figure 5).
Thermo tolerance: a logistic regression was performed for the data about decreasing of
viability according to the increasing of temperature. The isolates could be divided in two
groups, one containing the isolates Bt84, Bt85, D01 and Pbcão that tended to lose viability
more quickly being less thermo tolerant, and other group containing the isolates Pb265, S1,
T10, T13 and T4, that showed to be more thermo tolerant (Figure 6).
Virulence assays: the data of CFU/g in the testis, spleen and liver were presented in the
figure 7 and table 3. The isolates were classified in high virulence (S1, Pbcão, T13 and T10)
and low-intermediary virulence (BT85, BT84, Pb265 and T4).
PCR and RFLP of hsp70 gene: a PCR fragment of about 2300pb was observed for the
nine isolates in agarose gel (Figure 8). No restriction polymorphism was observed for the
four enzymes used (data not shown).
Partial sequencing of hsp70 gene: 1022 nucleotides were well resolved sequenced for
our nine isolates, corresponding to sites 256-844 (sense sequencing) and 1901-2385,
(antisense sequencing), considering the same positions of the previous deposited sequence by
Da SILVA et al [15] [GenBank: U91560]. It was observed 1 polymorphic informative site in
the intron 1, 2 in the intron 2 and 2 in the exon 2. It was also observed 6 polymorphic non-
informative sites in the exon 2 and 2 in the exon 3 (Table 4). The nine obtained sequences
presented some differences when compared to the sequence deposited at GenBank (from the
isolate Pb01), mainly in the intron 1, where our nine sequences showed 4 large gaps: one of 4
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
38
nucleotides, another of 16, another of 23 and another of 21. This last one corresponds to a CT
microsatellite, observed in the deposited sequence. It was also detected a single nucleotide
polymorphism in the anchoring region of the primer HHA, designed for amplification of the
intron 1 by Da Silva et al [15], thus explaining the negative amplification of this intron in our
isolates (data not shown). The Neighbour Joining tree showed a well resolved divergence
between one group containing the isolates Bt84 and T10 (PS2 species of Matute et al [9]) and
the remaining ones (S1 species of Matute et al [9]) (Figure 9).
PCR of DNA and cDNA with the primers designed for Real Time PCR: the
amplification product of hsp70, alpha and beta tubulins from cDNA presented a fragment of
about 50bp.
The amplicons fragments of hsp70 and alpha tubulin, from DNA samples, were about
100bp
due to the presence of introns between the sites from where the primers were designed
(Figure 10).
Relative quantification of hsp70 gene expression: all the Real Time PCRs presented
dissociation curves of a unique peak. Since the efficiency values of the three primer pairs
were very similar (1.9645 for HSP70, 2.008 for alpha tubulin and 1.9763 for beta tubulin), it
was used the QR values for relative quantification of hsp70 expression in all isolates. The
calibrator gene used for QR calculation, presented in the figure 11, was the alpha tubulin. The
isolates T13, Pb265 and D01 presented high levels of hsp70 gene expression after the
increasing of temperature (major than 13x) and the remaining isolates had an increase of
hsp70 expression of 2.54 to 5.61x.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
39
Discussion
The discovery of three cryptic species in P. brasiliensis, by gene genealogies [9]
increased the importance of comparative studies in order to detect some phenotypic
differences among isolates belonging to the different species, in order to understand the
meaning of such features for species divergence. If the species are genetically separate, they
are supposed to accumulate some morphologic differences, which may result in the
exploration of new ecological niches or in different strategies for survival in saprobe or host
environment.
In this work we used nine isolates of P. brasiliensis: two
(T10 and Bt84) from PS2
species, two (T13 and T4) from S1 species
and five with no species identification in order to
evaluated phenotypic and molecular variation among different isolates.
The dimorphism and thermo tolerance are considered virulence factors that are
important for the adaptation of the pathogen to the host environmental conditions, such as
high temperature, hormones influence and immune response [18]. Different profiles of
dimorphism and thermo tolerance could result in distinct pathogen-host interactions, such as
different virulence degrees or different clinical aspects. Some virulence factors, such as
dimorphism, could reflect a natural selection resultant of the interaction of two genotypes:
pathogen and host [19]. Recently some evidences have been supported the hypothesis that
virulence and pathogenicity features could be developed from saprobe environment (such as
soil), through the interaction of these pathogens with phagocytic and predator
microorganisms. So, one adaptable characteristic could perform different roles during the
saprophytic and parasitic phases [20, 21, 22]. The HSP70 protein, that is considered an
important feature for virulence, is associated to others functions on cell physiology in saprobe
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
40
conditions that do not imply directly in pathogenicity. Then virulence and pathogenicity
could be actually a consequence, instead of a cause, of gene expression
Although there was no significant difference among the nine isolates concerning yeast
size, the morphometry of cells at 36ºC showed a great phenotypic plasticity. The larger
diameter amplitude was observed in the isolate Pb-cão. This isolate has also an unusual
characteristic: its yeast colony does not present the typical brain-like aspect, but it presents a
smooth consistence and its growth is very low when compared to the others P. brasiliensis
isolates (data not shown).
The shape of yeast cells was also a variable character. In most isolates, it looks like a
circumference. However the isolate Bt84 presented excessively elongated yeast cells, similar
to pseudo hyphaes. It was also observed elongated buddings in the isolate T10, but additional
analysis, using more isolates from PS2 and from the two others species, are necessary for
elucidate the significance of this feature as phenotypic diagnostic.
It was observed a large phenotypic variability concerning the M-Y transition and
thermo tolerance among the isolates. The isolates Bt84 and T10 presented no signal of M-Y
transition at 32ºC and the isolate Bt84 was the last one to convert to yeast form (complete
transition at 36ºC and slow transition according to table 2 and figure 5 respectively). It was
speculated that the slow M-Y transition could be due to the “difficulty or low capacityof
these isolates in acquiring the round shape of the yeast cell.
The arthroconidia production was an unexpected result observed during the M-Y
transition assay, since several studies have pointed to the difficulty in obtaining this
propagula in laboratory (under special conditions, such as 22ºC and low availability of
nutrients) [23]. However, the experimental conditions applied were the opposite from the last
ones (30ºC and a relatively rich media). Maybe the high temperature was a stress factor that
induced the arthroconidia production.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
41
The arthroconidia production seemed to be even more exuberant in Soil Extract Agar
Media [24]. According to others studies developed in our lab, almost all isolates can produce
conidia in Soil Extract Agar Media, in distinct quantities. The isolates Bt84 and T10 were the
only isolates that did not present any conidia in this medium.
The chlamidoconidia are round and intercalar conidia with a thick cell wall. Their
production is raised during the increasing of temperature to 36ºC [25], but their identification
is very difficult since they can be easily mistaken for yeast cells. San Blas et al [26] described
four steps in the M-Y transition that could be observed in our assay: the first consist just of
mycelia forms with or without chlamidoconidia, the second of yeast-like structures, the third
of yeast cells in a chain and the fourth of free and multi budding yeast cells.
About the molecular data, it was observed, as already expected, little polymorphism
in the hsp70 gene among our nine isolates. Since there was no restriction fragment length
polymorphism, it was decided to sequencing the 3 and 5’ ends of the gene, including the two
introns. The sequencing showed some polymorphism between our nine sequences and the
sequence from GenBank [15]. There was a single nucleotide polymorphism located at the
anchoring region of HHA primer (antisense primer for the amplification of the intron 1)
purposed by Da Silva et al [15], that explain the negative PCR of this intron in our nine
isolates (data not shown).
The hsp70 gene is a member of a gene family that, in P. brasiliensis is compound of,
at least, four described members [27]. It is known that gene families evolve through several
gene duplications, and it is necessary to distinguish between ortolog and paralog genes.
Ortolog genes are copies from the same gene and from the same locus. Paralog genes are also
homolog genes, but they are from different loci. Phylogenetic inferences must be based on
ortolog genes, but some genes can be lost along the time of evolution and paralog genes can
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
42
be, erroneously compared. When this mistake happens, the gene tree or gene genealogy
differs from phylogenetic tree [28].
The primers, designed by Da Silva et al [15], used for the amplification and
sequencing of hsp70 gene are specific for just one member of hsp70 in P. brasiliensis, so the
sequences here compared are considered ortolog. The differences between the sequences of
our nine isolates and the sequence from GenBank, of the isolate Pb01 are explained by the
fact that this isolate seems to diverge from others isolates concerning the hsp70 sequence, as
already documented by Teixeira et al [29]. This isolate was not evaluated by Matute et al [9].
More comparative studies will be developed in our lab and this isolate will be included.
The phylogenetic analysis of hsp70 gene by Neighbour Joining grouped the isolates
T10 and Bt84, corroborating to the previous data obtained in our lab by the sequencing of
ITS1-5.8S-ITS2 region [30], that allow the separation of our isolates in two clusters: one
containing the isolates T10 and Bt84 (from PS2 species) and other containing the isolates T3,
Bt60, T15, Bt85, T13, T4, T5, T8, Pb265, T1, T9 and T7(from S1 species)
It seems that the genotypes from PS2 species occur in less frequency when compared
with the genotypes from S1 species, both from human and armadillos [9]. Particularly, in our
armadillo isolates, all from the same hyper endemic area, this proportion is 1:9. Could the
few cases of fungal isolation from PS2 species be explained by the low capacity or no
production of conidia, the infecting propagula? Could the PS2 genotypes, be associated with
infection by traumatic rout, instead the respiratory and more frequent one? More studies,
including a bigger number of isolates from the three cryptic species, are still necessary for the
identification of morphologic, molecular, physiologic, clinical and ecologic features
associated to the species-specific genotypes of P. brasiliensis.
Concerning the hsp70 gene expression, the isolates Pb265 and T13 presented the
highest transcription of hsp70 after the increasing of temperature. Both isolates also showed
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
43
great viability on thermo tolerance analysis. The same could be observed for the isolates T10
and S1 which also presented high hsp70 expression. On the other hand, the isolate T4 that
was grouped among the isolates with high thermo tolerance (with S1, T10, Pb265 and T13),
presented a low HSP70 expression, and D01 that was classified as low thermo tolerant
presented a high HSP expression than some of the isolates belonging to the group of low
thermo tolerance.
There was some difficulty to classify the isolates concerning the virulence profiles,
since it was analyzed CFU from three different organs in two different periods. Based on
table 3, the isolates were classified in two opposite classes, one of high virulence (Pb-cão,
T10, T13 e S1) and other of intermediary-low virulence (BT84, BT85, T4 e Pb265). No
association was observed between de virulence profiles and hsp70 gene expression, thus
denying the initial hypothesis that high levels of hsp70 transcription would be associated to
high virulence, as suggested for Histoplasma capsulatum [31].
Conclusion
The HSPs play a key role for all cellular organisms, being important targets for
evolutionary and physiological studies, and its use for vaccine development seems to be very
promissory due to the immunological role of these proteins. The great amplitude of
expression and polymorphisms of hsp70 gene found among different isolates pointed to the
importance of using more than one isolate, preferentially isolates from the three cryptic
species, in studies concerning the evaluation of protector effect of HSPs vaccines, since all P.
brasiliensis variability must be taken into account for any therapeutic and/or prophylactic
measures.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
44
Methods
P. brasiliensis isolates and cultures: four isolates obtained from armadillo (T4, T10,
T13 and S1), four from human patients (Bt84, Bt85, Pb265 and D01) and one from dog (Pb-
cão) [4] were maintained, both in mycelia and yeast forms, at 25 and 36°C respectively, in
Glucose Peptone Yeast Agar (GPYA OXOID Lyd., Basingstoke, UK).
Morphometry of yeast cells at 36°C and M-Y transition: microscope slides of
yeast cells in the 7
th
day of growth were stained with lactophenol cotton blue. Five random
microscopic fields were analyzed with the Leica Qwin V3 software. Two diameter measures
of each cell were registered into an excel plan to determine the area, according to the
following formula: (diameter 1 x 0,5) x (diameter 2 x 0,5) x 3,1416. The M-Y transition
temperature was estimated by slide culturing mycelia fragments in GPY and maintained at
30°C for 15 days (two replicates for each isolate). The same procedure was carried out at 32,
34 and 36°C. The changes were evaluated microscopically, with slides stained with
lactophenol cotton blue. The transition temperature was considered when it was possible to
observe free yeast cells with buddings.
Time for the occurrence of mycelia to yeast transition: four mycelia fragments
were sub cultured on GPYA in Petri dishes (5 Petri dishes were prepared for each isolate) and
maintained at 36°C. The evaluation of the transition was done macroscopically, noting the
time required (in days) to the transition of each mycelia fragment to the yeast phase.
Thermo tolerance: four yeast fragments were sub cultured on GPY in Petri dishes (3
Petri dishes were prepared for each isolate) and maintained at 37°C for 15 days. After this
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
45
period the same fragments were sub cultured again and maintained at 38°C for 15 days and so
on at 39, 40, 41 and 42°C. The lost of viability was evaluated microscopically by counting
the number of viable cells (stained by lacto phenol cotton blue, with a regular cell wall). For
each isolate and temperature, at least five random microscopic fields were digitalized and
analyzed using a Leica Microscopic coupled with Leica Qwin V3 system. .
Virulence assay: it was carried out for isolates S1 and Pb-cão, the others isolates
were previously studied by Hebeler-Barbosa et al (2003) and Macoris et al (2006) with the
same procedures in our laboratory. A suspension with 8x10
6
viable yeast cells/mL was used
to the animal inoculation. Ten hamsters (age of 2 months) were inoculated intratesticulary
with 0,2mL of the yeast suspension.
The counting of CFU/g (Colony-Forming Units/g)
of tissue
was carried out at two moments (4 and 8 weeks after the inoculation). The animals were
anesthetized with Zoletil (15-20mg/Kg) and necropsied under sterile conditions, and
fragments of the liver, spleen and testis were weighted and homogenized in 2mL of
phosphate-buffered saline (PBS). A hundred micro liters of this suspension were cultured in
Petri dishes with BHI agar (Brain Heart Infusion media) supplied with 4% of horse serum
and 5% of growth factor from the yeast culture of the P. brasiliensis strain 192 (obtained by a
filtered liquid culture of 7 days) [32]. Each organ was cultured in triplicates and maintained at
36°C for 30 days. CFU for each organ of individual hamster was counted, and the CFU per
gram of tissue was calculated individually. The results were presented as log10 of the average
value ± standard error.
The local Ethical Committee for Animal Research (CEEA) (Protocols 99/27 and 241)
approved the procedure with animals.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
46
DNA extraction: it was carried out according to McCullough et al [33], with initial cell
disruption with glass beads (425-600 microns, acid washed, Sigma, St Louis, MO, USA) in
solution of 1M Sorbitol and 125mM EDTA. The DNA was quantified by agarose gel
electrophoresis and diluted in ultra pure water to 10ngL.
PCR of hsp70 gene:
The reactions were carried out in 25 µL of reaction mixture [20ng
of genomic DNA, 1X PCR buffer (50mM KCl and 10mM Tris HCl), 1.5 mM MgCl
2
, 0.2
mM dNTP, 10 pmoles of each primer HHB sense (5CAT CTG CGT TAT ATA CCT 3’) e
HHC antisense (5’TTA GTC AAC CTC CTC GAC 3) [15] and 1 unit of Taq polymerase -
Amersham Biosciences], in a thermocycler (MJ Research, Inc, USA). The thermal cycling
conditions were: 94°C for 4 min followed by 40 cycles of 94°C for 1 min, 55°C for 1 min,
72°C for 2 min and a final cycle of 72°C for 5 min. The PCR products were identified by
agarose gel electrophoresis.
RFLP of PCR products of hsp70 gene: it was carried out with the endonucleases
RsaI, HaeII, Nci e Sty (Promega). The reactions were performed in separated microtubes for
each enzyme in a final volume of 20µL (12,3µL of ultra pure water, 2µL of Buffer reaction,
0,2µL of BSA, 5µL of PCR product and 0,5µL of restriction enzyme. The samples were
maintained at 37ºC for 4h. The fragments were separated by agarose gel electrophoresis
stained with Ethidium Bromide.
Partial sequencing of hsp70 gene: The PCR amplicons were purified by the
commercial kit GFX PCR DNA and Gel Band Purification (Amersham Biosciences) and the
sequencing reactions were carried out in both strands in a thermocycler (Mastercycler
gradient, Eppendorf, Hamburg, Germany), according to Big Dye kit (Applied Biosystems)
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
47
instructions. The polyacrylamide gel electrophoresis was performed in ABI PRISM 377
DNA Sequencer, and the chromatogram visualized by the Chromas program. The sequences,
from the 5` and 3` of the gene, including the two introns were sent to Blastn to compare with
the NCBI database (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/BLAST). The sense and antisense
sequences of the nine isolates were aligned by Clustal W, in Mega 3.1 software. A Neighbour
Joining tree was proposed.
RNA extraction: the yeast phase was subculture in GPY liquid media (2% glucose,
1% bactopeptone and 0,5% yeast extract) and maintained at 25ºC for 9 days at 140 rpm. The
transition to mycelia phase was confirmed microscopically and the cultures were maintained
at 36ºC for 5h. The RNA was extracted from culture at 25 and 36ºC. The extractions were
carried out with Trizol reagent (Invitrogen) according to the supplier`s instructions after
disruption of the cells in freezing liquid nitrogen. To remove any residual genomic DNA, the
RNA was treated with DNase RQ1 (Promega), during 30 minutes at 37ºC.
cDNA synthesis (RT): 1µL of primer oligo dT (12-18) (Invitrogen), 1µL de dNTP
mix 10pM (Amersham Biosciences) and 1µL sterile water treated with DEPC (1%) were
added to RNA previously treated with DNase, following the supplier’s instructions. The
samples were maintained at 70ºC for 10 minutes and at ice for 1 minute. It was addedL of
5X Buffer, 1µL of DTT and 200 units of Reverse Transcriptase SuperScript III (Invitrogen).
The cDNA was synthesized at 50ºC for 1h. The reactions were stopped at 70ºC for 15
minutes. The cDNA was mantained at -20ºC for posterior use in Real Time PCR.
Primer design for Real time PCR: the primers were designed with Primer Express
software (Applied Biosystems), for the hsp70 gene (Gen Bank acess number: Pb U91560),
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
48
whose sequence was deposited by Da Silva et al (1999) and for the endogenous controls
alpha and beta tubulins (sequences obtained from data bank of Prof. Gustavo H. Goldman,
USP, Ribeirão Preto). All the primer pairs were designed to amplify 51 base pairs (Table 1).
The designed primers were tested in some DNA and cDNA samples in simple PCR
conditions. The reactions were carried out to a final volume of 25µL, containing 2µL of DNA
or cDNA, 1X Buffer (200mM Tris-HCl pH 8,4; 1,5 mM MgCl
2
and 50mM KCl), 0,2mM
dNTP and 10,0pM of each primer. The thermal cycling conditions were 94ºC for 4 min, 40
cycles of 94ºC for 1 min, 55ºC for 1 min and 72ºC for 2 min and a final cycle of 72ºC for 5
min. The PCR products were visualized by agarose gel electrophoresis.
Real Time PCR of cDNA from the samples at 25ºC and 36ºC: all PCRs were
performed by using a 7300 Real Time PCR System (Applied Biosystems). The thermal
cycling conditions comprised an initial step at 50°C for 2 min and 95ºC for 10 minutos, and
40 cycles of 95ºC for 15 seconds and 60ºC for 1 minute, followed by dissociation step at
95ºC for 15 seconds, 60ºC for 20 seconds and 95ºC for 15 seconds. In all experiments,
appropriate negative controls containing no DNA template were subjected to the same
procedure. Each reaction was analyzed at least three times. It was used the Power Sybr Green
(Applied Biosystems). The results were normalized by using Ct values for the alpha and beta
tubulins.
For the calculation of relative quantification of hsp70 gene, due to the increasing of
temperature (25-36°C), it was applied the QR (2
-ΔΔCt
) [34] and R values [35]. For R
calculation, it was necessary to determine the efficiency value of each primer pair. For this
propose, a pool of all cDNA samples were diluted in series to 1:5, 1:25, 1:125, 1:625 and
1:3125. The slopes values were took into account for efficiency calculation (E= 10
(-1/slope)
).
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
49
Authors' contributions
RCT: designed and carried out all experiments and discuss the data
SMGB: participated in the virulence assay and English review of the article
SAGM: participated in the virulence assay and RNA extractions
JPAJr and JMGC: helped in the real time PCR assays, as well as the interpretation of
the gene expression results.
LAT: performed all statistical tests
IGM: helped in the design and choice of experimental methodologies
EB: helped in the design and choice of experimental methodologies, and organizing
data and writing.
List of abbreviations
EDTA: EthyleneDiamineTetrAcetic acid
KCl: Potassium Clorete
Tris HCl: Tris-Hydrochloride
MgCl
2
: Magnesium Clorete
DNTP: Desoxirribonucleotides Tri Phosphate
BSA: Bovine Serum Albumine
DEPC: Diethyl Pyrocarbonate
DTT: Dithiothreitol
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
50
Figures Legends
Figure 1: Boxplot of area (µm2) x isolate.
Figure 2: Isolates at 36ºC (1000X).
Figure 3: Conidia production at 30ºC. Arthro-aleuro-conidia (A), Planoconidia (B)
and Arthroconidia (C).
Figure 4: Presence of chlamidoconidia during the M-Y transition.
Figure 5: Boxplot of time for occurrence of M-Y transition in days X isolate.
Figure 6: Viability of cells as function of temperature
Figure 7: Estimate of CFU/g in testis (A), spleen (B) and liver (C) after 30 and 60
days of inoculation with the isolates T4, T10, T13, PB265, BT84, BT85 E
Pbcão.
Figure 8: propose dendogram for the virulence character.
Figure 9: PCR of hsp70 gene. Lane 1: 1Kb ladder (Promega), lanes 2-10: PCR of
isolates T4, T10, T13, S1, Bt84, Bt85, Pb265, D01 e Pbcão respectively,
lane 11: negative control.
Figure 10: RFLP of the amplicom from PCR of hsp70 gene with the enzymes Nci (A),
Sty (B), HaeII (C) and RsaI (D). In all digestions, the sequence of samples
was: Lane1: 1Kb Ladder (Promega), lanes 2-10: isolates T4, T10, T13, S1,
Bt84, Bt85, Pb265, D01, Pbcão, lane 11: pet28a vector (control for
digestion).
Figure 11: Neighbour Joining tree.
Figure 12: PCRs of DNA and cDNA with the designed primers for Real Time PCR.
Lanes 1-4: PCR with HSP70fwd/HSP70rev primers, lanes 5-8: PCR with
Betafwd/Betarev primers, lanes 9-12: PCR with Alfafwd/Alfarev primers,
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
51
lane 13: 1Kb ladder (Promega). The sample sequence for the three PCRs is:
negative control, S1 DNA, T4 cDNA and S1 cDNA.
Figure 13: Increase of hsp70 expression for each isolate, after the increase of temperature,
from 25 to 36ºC for 5h. QR values, on Y axis, present how many times more the
gene was expressed due to temperature changing).
Acknowledgments
We thank Dr. Everaldo dos Reis Marques, Dr. Silvana Petrofeza da Silva, Dr.
Gustavo Henrique Goldman and Dr. Célia Maria de Almeida Soares, for suppling
gene and primers sequences and for the important suggestions. This work was
supported by Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp Grant
number: 04/12949-6).
References:
1. Franco M: Host-parasite relationships in paracoccidioidomycosis. J Med Vet
Mycol 1987, 25:5-18.
2. Lacaz CS, Porto E, Martins JEC. Paracoccidioidomicose In Micologia médica.
7th edition. Edited by Lacaz CS, Porto E, Martins JEC. São Paulo: Sarvie; 1984:
189-216.
3. Bagagli E, Franco M, Bosco SMG, Hebeler-Barbosa F, Trinca LA, Montenegro
MR. High frequency of Paracoccidioides brasiliensis infection in armadillo
(Dasypus novemcinctus): an ecological study. Med Mycol 2003, 41:217-223.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
52
4. Farias MR, Werner J, Muro MD, Marques SA, Marques MEA, Franco MF,
Ribeiro MG, Custodio CC, Condas LAZ, Bosco SMG, Bagagli E. Canine
paracoccidioidomycosis: case report of generalized lymphadenitis. Rev Inst
Med Trop S Paulo 2005, 47(14):64.
5. Bosco SMG, Theodoro RC, Macoris SAG, Farias MR, Muro M, Ribeiro MG,
Bagagli E.
Morphological and molecular characterization of the first isolate
of Paracoccidioides brasiliensis from dog (Canis familiars). Rev Inst Med
Trop S Paulo 2005, 47(14):62-63.
6. Macoris SAG, Sugizaki MF, Peraçoli MTS, Bosco SMG, Hebeler-Barbosa F,
Simões LB, Theodoro RC, Trinca LA, Bagagli E. Virulence attenuation and
phenotypic variation of Paracoccidioides brasiliensis isolates obtained from
armadillos and patients. Mem Inst Oswaldo Cruz 2006, 10(3):331-334.
7. Theodoro, R.C., Bosco, S.M.G., Sugizaki, M.F.; Bagagli, E. Variation on
mycelial-to-yeast phase transition and production of conidia in different
isolates of Paracoccidioides brasiliensis obtained from human, armadillo
and dog.
Rev Inst Med Trop S Paulo 2005,
47(14)
:45.
8. Mendes RP: The gamut of clinical manifestations. In Paracoccidioidomycosis 1th
edition Edited by Franco M, Lacaz CS, Restrepo-Moreno A, Del Negro G. Boca Raton:
CRC press; 1994: 233-257.
9. Matute DR, McEween JG, Montes BA, San-Blas G, Bagagli E, Rauscher JT,
Restrepo A, Morais F, Nino-Veja G, Taylor JW.
Cryptic speciation and
recombination in the fungus Paracoccidioides brasiliensis as revealed by
gene genealogies. Mol Biol Evol 2006, 23:65-73.
10. Koufopanou V, Burt A, Szaro T, Taylor J.W. Gene genealogies, cryptic
species, and molecular evolution in the human pathogen Coccidioides
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
53
immitis and relatives (Ascomycota, Onygenales). Mol Biol Evol 2001,
18:1246-1258.
11. Kasuga T, White TJ, Koenig
G, McEwen J, Restrepo A, Castañeda E, Lacaz CS,
Heins-Vaccari, EM, Freitas RS, Zancopé-Oliveira RM, Qin Z, Negroni R,
Carter DA, Mikami Y, Tamura M, Taylor ML, Miller GF, Poonwan N, Taylor
JW.
Phylogeography of the fungal pathogen
Histoplasma capsulatum. Mol
Ecol 2003, 12:3383-3401.
12. Cooper GM: A célula: Uma Abordagem Molecular. Porto Alegre:Artmed; 1991.
13. Goldman GH, Dos Reis Marques E, Duarte Ribeiro DC, De Souza Bernardes
LA, Quiapin AC, Vitorelli PM, Savoldi M, Semighini CP, De Oliveira RC,
Nunes LR, Travassos LR, Puccia R, Batista WL, Ferreira LE, Moreira JC,
Bogossian AP, Tekaia F, Nobrega MP, Nobrega FG, Goldman MH. Expressed
sequence tag analysis of the human pathogen Paracoccidioides brasiliensis
yeast phase: identification of putative homologues of Candida albicans
virulence and pathogenicity genes. Euk Cell 2003, 2(1):34-48.
14. Marques ER, Ferreira MES, Drummond RD, Felix JM, Menossi M, Savoldi M,
Travassos LR, Puccia R, Batista WL, Carvalho KC, Goldman MHS, Goldman
GH. Identification of genes preferentially expressed in the pathogenic yeast
phase of Paracoccidioides brasiliensis, using suppression subtraction
hybridization and differential macroarray analysis. Mol Gen Genom 2004,
271:667-677.
15. Da Silva SP, Borges-Walmsley MI, Pereira Soares CMA, Walmsley AR, Felipe
MSS. Differential expresión of an hsp70 gene during transition from the
mycelial to the infective yeast form of the human pathogenic fungus
Paracoccidioides brasiliensis. Mol. Microbiol 1999, 31(4):1039-1050.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
54
16. Burnie JP, Carter TL, Hodgetts SJ, Matthews RC. Fungal heat-shock proteins
in human disease. FEMS Microbiol Rev 2006, 30:53-88.
17. Bisio LC, SILVA SP, Silva-Pereira I, Xavier MAS, Puccia R, Venâncio EJ,
Soares CMA, Felipe MSS. A new member of Paracoccidioides brasiliensis 70
kDa heat shock protein family reacts with paracoccidioidomycosis patient
sera.
Med Mycol 2005,
43
:1-9.
18. Kurokama CS, Sugizaki MF, Perçoli MTS. Virulence Factors in fungi of
systemic mycoses. Rev Inst Med Trop 1998, 40(3):125-135.
19. Ledberg J. Paradoxes of the Host-Parasite Relationship. ASM News 1999,
65:811-816.
20. Casadevall A, Steenbergen JN, Nosanchuk JD. Ready made” virulence and
dual use” virulence factors in pathogenic environmental fungi The
Cryptococcus neoformans paradigma. Curr Opin Microbiol 2003, 6:332-337.
21. Steenbergen JN, Casadevall A. The origin and maintenance of virulence for
the pathogenic fungus Cryptococcus neoformans. Microb and Infect 2003,
5
:667-675.
22. Steenbergen JN, Nosanchuk JD, Malliaris SD, Casadevall A. Interaction of
Blastomyces dermatitidis, Sporothrix schenckii, and istoplasma capsulatum
with Acanthamoeba castellanii. Infect and Immun 2004, 72:3478-3488.
23. Bustamante –Simon B, McEwen JG, Tabares AM, Arango M, Restrepo-Moreno
A. Characteristics of the conidia produced by the mycelial form of
Paracoccidioides brasiliensis. J Med Vet Mycol 1985, 23:407-414.
24. Terçarioli GR, Theodoro RC, Bosco SMG, Reis GM, Macoris SAG, Simões
LB, Bagagli E. Ecological study of Paracoccidides brasiliensis in soil: culture
and molecular detection. Rev Inst Med Trop S Paulo 2005, 47(14):63.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
55
25. Salazar ME, Restrepo A. Morphogenesis of the mycelium to yeast
transformation in Paracoccidioides brasiliensis. Sabouradia 1984, 22:7-11.
26. San Blas F, San Blas G: Bioquímica y dimorfismo en P. brasiliensis. In
Paracoccidioidomycosis. 1th edition. Edited by. Del Negro G, Lacaz CS,
Fiorillo AM. São Paulo: Sarvier; 1982:35-38.
27. Florez AM, Oviedo A, Cardona A, Herrera M, Garcia E, Restrepo A, Mcewen
JG. Molecular cloning and characterization of two hsp 70 homologous
genes from the dimorphic fungus Paracoccidioides brasiliensis. Biomed
2003, 23:424-436.
28. Ridley M: Evolução. Porto Alegre: Artmed; 2006.
29. Teixeira MM, De Carvalho MJA, Dantas AS, Felipe MSS. The hsp70 gene
presents sequence differences among isolates of Paracoccidioides
brasiliensis. Rev Inst Med Trop S Paulo 2005, 47(14):48.
30. Hebeler-Barbosa F, Morais FV, Montenegro MR, Kuramae EE, Taylor JW,
Montes B, McEwen JG, Puccia R, Bagagli E. Sequence comparison of the
internal transcribed spacer regions and gp 43 in Paracoccidioides
brasiliensis for patients and armadillos Dasypus novemcinctus. J Clin
Microbiol 2003, 41:5735-5737.
31. Caruso M, Sacco M, Medoff G, Maresca B. Heat shock 70 gene is
differentially expressed in Histoplasma capsulatum strains with different
levels of thermotolerance and pathogenicity. Mol Microbiol 1987, 1(2):151-
158.
32. Singer-Vermes LM, Burger E, Calich VLG, Modesto-Xavier LH, Sakamoto
TN, Sugizaki MF, Meira DA, Mendes R.P. Pathogenicity and
immunogenicity of Paracoccidioides brasiliensis isolates in the human
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
56
disease and in an experimental murine model. Clin Exp Immunol 1994,
97:113-119.
33. McCullough MJ, Disalvo AF, Clemons KV, Park P, Stevens DA. Molecular
epidemioloy of Blastomyces dermatitidis. Clin Infec Dis 2000, 30:328-335.
34. Livak KJ, Schmittgen TD. Analysis of relative gene expression data using
real-time quantitative PCR and the 2
Λ
[-delta delta C(T)] method
. Methods
2001, 25:402-408.
35. Pfaffl, MW. A new mathematical model for relative quantification in real-
time RT-PCR. Nucl Ac Res 2001, 29:2002-2007.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
57
Tables
Table 1: primers designed for Real Time PCR.
Gene Primer Sequence (5'-3') Amplicom
for DNA
Amplicom
for cDNA
Alfafwd CCCAGCTTGGAAACAGTGCT Alfa
tubulina
Alfarev TCAAACCGTGCTCGAGGAG
NK 51pb
Betafwd CTCGTCCATTCCCTCACCC Beta
tubulina
Betarev TTCCGACGCAAGGCTTTC
NK 51pb
Hsp70-fwd TTTAATACTTCAAAATGGCTCCAGC Hsp70
Hsp70-rev ACGTGGTCCCGAGATCGAT
164pb 51pb
NK: not know, since the sequences used for primer designed were from cDNA.
Table 2: Evaluation of microscopic M-Y transition.
Isolado 30ºC 3C 34ºC 36ºC
T4B17
M/Y Y Y Y
T10B1
M M Y Y
T13YN2
M M/Y Y Y
Pb-S1baço
M Y Y Y
Bt84
M M M/Y Y
Bt85
M M/Y Y Y
Pb265
M M/Y Y Y
D01
M M/Y Y Y
Pb - cão
M/Y M/Y Y Y
M= mycelia phase
M/Y= presence of yeast cell with no buddings and yeast cells in the middle of hyphae. Y=
yeast cells with buddings, completed M-Y transition.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
58
Table 3: Tukey Test for the analysis of virulence profiles (averages with the same
letter are not significantly different).
Organ/days Averages of log CFU/g
BT85 Pb265 BT84 T4 S1 Pbcão T13 T10
Testis 30d 1,82
A
2,55
AB
2,61
AB
3,21
ABC
3,64
ABC
3,78
BC
4,58
C
4,60
C
BT85 T4 BT84 Pbcão Pb265 T13 S1 T10
Testis 60d 1,80
A
2,25
AB
2,39
AB
2,49
AB
2,55
AB
3,42
AB
3,93
B
3,39
*
BT85 T4 BT84 Pb265 Pbcão S1 T13 T10
Spleen 30d 2,52
A
2,54
A
2,54
A
2,76
AB
3,34
AB
3,63
BC
4,41
C
5,80
D
BT85 BT84 Pb265 Pbcão T4 T13 S1 T10
Spleen 60d 2,52
A
2,54
A
2,59
A
2,89
A
3,12
AB
4,11
BC
4,16
C
4,29
*
BT85 Pb265 BT84 T4 S1 Pbcão T13 T10
Liver 30d 1,55
A
1,60
AB
2,00
ABC
2,71
BCD
2,94
CD
3,01
CD
3,83
D
5,21
E
BT85 Pbcão Pb265 BT84 T4 S1 T13 T10
Liver 60d 1,55
A
1,57
A
1,60
A
2,00
A
2,72
AB
3,72
BC
4,22
C
4,97
*
*:Tukey Test was not performed for T10 (60d), since only one, of the five hamsters,
survived at this period.The isolate D01 was not evaluated. The high virulence isolates
are marked in blue, while the low-intermediary virulence ones in black.
Table 4: polymorphic sites found among the 1022 nucleotides sequenced for the 9 isolates.
The bases in capital letters are the informative polymorphisms.
Nucleic acids Site*
T4 T10 T13 S1 BT84 BT85 PB265 D01 PB-Cão
399 (I1)
A G A A G A A A G
593 (E2)
c c c c c c c - c
756 (E2)
- - - - - - - - c
819 (E2)
c c c c c c - c c
828 (E2)
C T C C T C C C T
1920(E2)
a a a a a a a t a
1948 (E2)
C C C G C C C C G
1950 (E2)
c t c c c c c c c
1989 (E2)
g g g g g g g t g
2262 (I2)
C T C C T C C C T
2276 (I2)
A - A A - A A - -
2344 (E3)
G G - G - G G G G
2374 (E3)
g g g g g g - g g
*Sites correspond to the sequence deposited by Da Silva et al [15] [GenBank: U91560].
I1: intron 1, I2: intron 2, E2: exon 2, E3: exon 3.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
59
Figure 1
Figure 2
Fig
ures
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
60
Figure 3
Bt85
1000X
Pb
-
c
ã
o, 1000X
A
B
C
S1,
400X
S1,
1000X
T4,
1000X
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
61
Figure 4
Figure 5
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
62
Figure 6
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
36 37 38 39 40 41 42 43
T4
T10
T13
S1
Bt84
Bt85
Pb265
D01
Pbcão
T4
T10
T13
S1
Bt84
Bt85
Pb265
D01
Pbcão
Temperature ºC
% of viable cells (average) per field
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
63
Testis
0
1
2
3
4
5
6
7
S1 Pbcão Pb265 T4 T13 T10 BT84 BT85
isolates
30 dias
60 dias
spleen
0
1
2
3
4
5
6
7
S1 Pbcão Pb265 T4 T13 T10 BT84 BT85
isolates
30 dias
60 dias
Liver
0
1
2
3
4
5
6
7
S1 Pbcão Pb265 T4 T13 T10 BT84 BT85
isolates
30 dias
60 dias
A
C
B
Figure 7.
Log CFU/g
Log CFU/g
Log CFU/g
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
64
Figure 8
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
65
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
1000bp
2000bp
Figure 9
B
Figure 10
A C
D
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
66
Figure 11
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
67
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Figure 12
100bp
Figure 13
2,64
4,47
26,65
5,61
2,79
3,11
25,24
13,13
2,54
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
T4 T10 T13 S1 BT84 BT85 PB265 D01 PBCAO
Isolados
QR
Increase of hsp70 expression
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
68
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Linha 1: marcador de 1Kb (Promega), linha 2: controle negativo; linhas 3-11: PCR do
hsp70 dos isolados T4B17, T10B1, T13LN2, S1baço, Bt84, Bt85, Pb265, D01 e Pbcão
respectivamente, linha 12: controle negativo; linhas 13 e 14: PCR do intron 1 dos
isolados Bt84 e Pbcão; linha 15: Nested PCR para amplificação do intron 1 do Pb265
(produto resultante da primeira PCR); linha 16: controle negativo, linhas 17 e 18: PCR
do intron 2 dos isolados Bt84 e Pbcão (produto em torno de 680pb).
1000pb
2000pb
V.1 PCR do gene hsp70 e dos introns 1 e 2
V Anexos: figuras não incluídas no artigo.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
69
256: icio do Exon1
Início do Intron 1
V.2 Sequenciamento do gene hsp70
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
70
Fim do Intron 1 Exon 2
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
71
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
72
Site 844 #1901
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
73
Início do Intron2
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
74
Exon 3
Fim do intron 2
Retângulos laranjas: polimorfismos encontrados entre os 9 isolados estudados. #: intervalo
não seqüenciado, que corresponde, segundo a seqüência depositada por Da Silva et al
(1999), aos sítios 845-1900.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
75
Amostras: isolados na fase micelial (linhas 1-9) e após 5h a 36ºC (linhas 10-18). A ordem
das amostras miceliais e a 36ºC é: T4B17, T10B1, T13LN2, S1baço, Bt84, Bt85, Pb265,
D01 e Pbcão. As bandas visíveis correspondem ao RNA ribossomal.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
V.3 Extração de RNA total
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
76
Curvas de amplificação do HSP70, alfa e beta tubulina para os isolados a 25 e 36ºC. A:
amostras T4B17, T10B1, T13LN2 e S1baço, B: amostras Bt84, Bt85, Pb265 e D01 e C:
Pb-o
V4 Real Time PCR
V.4.1 Curvas de amplificação
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
77
A
C
B
Curvas de amplificação, para HSP70 (A), Alfa tubulina (B) e Beta tubulina (C),
obtidas pela diluão em série do cDNA. O Ct correspondente a cada diluão esta
representado pelas setas verticais.
V.4.2 Reação para cálculo da eficncia de cada par de primer
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
78
Curvas padrão obtidas pela diluição em serie do cDNA para cálculo de eficncia dos
primers da hsp70 (A), alfa (B) e beta tubulina (C). Eixo y apresenta valor de Ct e o
eixo x log da concentração de cDNA.
A
C
B
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
79
No eixo x estão
os isolados e no y estão os valores de quantas vezes mais o gene hsp70 é
expressa em função do aumento de temperatura.
1,48
19,12
23,68
1,07
3,11
0,49
22,66
11,66
12,61
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
T4 T10 T13 S1 BT84 BT85 PB265 D01 PBCAO
isolados
QR
V.5 Expressão do gene hsp70, segundo os valores de QR, em relação ao aumento de
temperatura, usando como a beta tubulina.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
80
VI Discussão Geral
Foi possível observar ampla variabilidade fenotípica no que se refere aos estudos
morfométricos, de transição M-L e de termo tolerância entre os isolados. O dimorfismo e a
termo tolerância o considerados fatores de virulência que possibilitam a adaptação do
patógeno às diferentes condições impostas pelo hospedeiro, como aumento de temperatura,
influências hormonais e resposta imune (KUROKAWA et al., 1998). Diferentes padrões de
dimorfismo e termo tolerância poderiam refletir interações patógeno-hospedeiro distintas,
como por exemplo uma maior ou menor virulência, aspectos clínicos distintos, etc. Alguns
fatores de virulência, como o dimorfismo, poderiam ser frutos de uma seleção natural
resultante da interação entre os dois genótipos: o do patógeno e do hospedeiro
(LEDERBERG, 1999). Evidências também têm sido apontadas de que algumas
características consideradas fatores de virulência e patogenicidade em fungos dirficos
poderiam ter tido sua origem e manutenção no meio saprofítico (em geral solo) através da
interação destes patógenos com microrganismos fagocíticos predadores, de forma que uma
mesma característica adaptativa, como por exemplo a resistência lítica celular, poderia
desempenhar papéis distintos durante o saprofitismo e durante o parasitismo
(CASADEVALL et al., 2003 e STEENBERGEN et al 2003; 2004). A própria HSP70,
considerada fator de virulência, por estar associada ao choque térmico, tem funções outras na
fisiologia celular do microrganismo em condições ambientais, que não implicam diretamente
em patogenicidade, sendo esta, na verdade, uma conseqüência e não causa da expressão do
gene.
A descoberta de três espécies crípticas de P. brasiliensis (MATUTE et al., 2006)
proporcionou um segundo enfoque para este projeto que seria detectar alguma diferença
fenotípica (quanto aos caracteres morfológicos e de expressão do gene hsp70) e/ ou
molecular (seqüências do gene hsp70) entre isolados de pelo menos 2 espécies diferentes aqui
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
81
estudadas. Sabe-se que os isolados T10 e Bt84 pertencem à espécie PS2 e os isolados T4 e
T13 à espécie S1. Os demais isolados utilizados neste trabalho não foram analisados no
trabalho de Matute et al (2006). Apesar do reconhecimento filogenético de espécie ser o
método mais eficaz de se identificar espécie em microrganismo, a detecção de fenótipos
variáveis entre as diferentes espécies em P. brasiliensis passa a ser atrativa para um rápido
reconhecimento de espécie.
Em P. brasiliensis, existem muitos fenótipos variáveis, como crescimento, aspecto de
colônia miceliana, produção de conídios, transição micélio/levedura, microscopia
leveduriforme (brotamentos, forma e tamanho das células, etc), virulência, termotolerância,
entre outros (THEODORO et al., 2005). Se as espécies estão separadas geneticamente é de se
esperar que com o passar do tempo esta divergência seja detectada por diferenças
morfolólogicas que se traduzem em exploração de diferentes nichos ecológicos, tanto durante
a fase saprofítica como durante a fase de parasitismo.
Os dados morfométricos de área de células leveduriformes, apesar de o
apresentarem diferenças significativas entre isolados, mostraram a grande plasticidade
fenotípica de cada isolado quanto ao tamanho das células leveduriformes, merecendo
destaque o isolado Pbcão que apresentou a maior amplitude de área. Este isolado também se
destaca dos demais pelo fato de sua colônia leveduriforme não apresentar aspecto
cerebriforme como os demais isolados do laboratório, sua colônia é lisa e de crescimento
lento (dado não mostrado).
A forma das células leveduriformes também é variável, na maior parte dos isolados se
aproxima de uma circunfencia, entretanto o isolado Bt84 se destacou por apresentar
leveduras demasiadamente alongadas, semelhantes à pseudohifas. Observou-se também a
tendência de alongamento, nos brotamentos das leveduras do isolado T10B1. Mais estudos
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
82
ainda são necessários, envolvendo mais cepas da espécie PS2 e das outras duas espécies, para
se avaliar com maior clareza a significância desta característica como diagnóstico fenotípico.
Curiosamente os isolados Bt84 e T10B1 foram os únicos que se apresentaram na
forma micelial, sem qualquer sinal de transição M-L a 32ºC. Com relação ao tempo
necessário para a transição M-L, o T10B1 apresentou uma transição intermediária e o Bt84,
converteu para levedura tardiamente, mostrando significativa diferença com relação aos
demais isolados. Especula-se que a demora em se adquirir a forma de levedura seja devido à
“dificuldade” ou “baixa capacidade deste isolado em atingir forma arredondada de levedura.
A produção de artroconídias foi um resultado inesperado observado nas lâminas de
micro cultivo para determinação da temperatura de transição de cada isolado, já que trabalhos
mais antigos apontam certa dificuldade na obtenção das mesmas, sendo necessárias condições
especiais, de baixa temperatura (cerca de 22ºC) e escassez de nutrientes (Agar - água)
(BUSTAMANTE-SIMON et al., 1985). Entretanto as condições aqui empregadas foram
opostas, ou seja, temperatura alta (30ºC) e meio relativamente rico em nutrientes (GPY).
Talvez a alta temperatura tenha sido uma condição de estresse que proporcionou produção de
artroconídias em alguns isolados. A alta produção de conídias, como a encontrada na cepa
Bt85, se repete de forma ainda mais exuberante em meio Agar extrato de solo
(TERÇARIOLI et al, 2005). Segundo estudos desenvolvidos no laboratório, todos os isolados
são capazes de produzir conídias em meio Agar extrato de solo, porém em quantidades
distintas, mas proporcionais às obtidas no meio GPY. Os isolados T10B1 e BT84,
pertencentes a espécies PS2, também não produzem artroconídias em Agar extrato de solo
(TERÇARIOLI et al, 2005). Maiores estudos sobre o comportamento em solo de isolados das
três espécies crípticas deverão ser realizados.
Quanto aos clamidoconídios, houve grande dificuldade em distingui-los da célula
leveduriforme, já que o conídios predominantemente intercalares, arredondados e de parede
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
83
celular mais espessa que a célula miceliana. A formação dos clamidoconídios aumenta com a
elevação da temperatura para 36ºC (SALAZAR & RESTREPO, 1984). San Blas et al (1982)
descreveram quatro etapas na transformação M-L, a primeira apresentando formas
miceliais, com ou sem clamisporos, a segunda com estruturas similares a leveduras (o
necessariamente derivadas de clamidósporos), a terceira com leveduras em cadeia, sem
presença de hifas e quarta com leveduras desprendidas contendo multibrotamento.
Com relação aos dados moleculares, observou-se, como esperado, pouco
polimorfismo no gene hsp70, considerado filogeneticamente conservado. Como os resultados
de PCR-RFLP não proporcionaram nenhum polimorfismo de restrição, e como não foi
possível amplificar o intron 1 (a idéia inicial era sequenciar os introns) optou-se por
sequenciar as pontas do gene, de modo a incluir os intros 1 e 2. O sequenciamento foi
essencial para a análise do gene, pois mostrou polimorfismos entre as seqüências obtidas e a
seqüência depositada no GenBank. Um dos polimorfismos envolveu um único nucleotídeo
localizado no sítio de anelamento do primer HHA (antisense do PCR do intron 1) de Da Silva
et al (1999), o que explica a não amplificação do intron 1 em nossos experimentos. Além
disso, a localização de sítios variáveis entre as seqüências dos nove isolados foi importante
para a confecção dos primers a serem usados para Real Time PCR.
O gene hsp70 é um membro pertencente a uma família gênica que em P. brasiliensis é
composta de pelo menos quatro membros descritos (FLOREZ et al., 2003). Sabe-se que
famílias de genes evoluíram através de uma série de duplicações gênicas, portanto o uso do
termo homologia para estes casos se torna um tanto grosseiro. É necessário diferenciar os
genes destas famílias em ortólogos e parálogos. Genes ortólogos, em um conjunto de
duplicatas,o duas pias do mesmo gene, do mesmo lócus; genes parálogos são dois genes,
também homólogos, porém em loci diferentes. Infencias filogenéticas devem ser baseadas
em genes ortólogos, mas pode haver perda de genes ao longo da evolução e erroneamente
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
84
genes parálogos serem comparados, quando isso ocorre, a árvore gênica ou genealogia de
genes difere da árvore filogenética (RIDLEY, 2006).
Sendo assim, a comparação e o alinhamento de seqüências feito neste projeto
resultariam em dados confiáveis caso os genes hsp70 amplificados fossem de fato ortólogos.
Segundo informações pessoais fornecidas pela professora Silvana Petrofeza os primers por
ela desenhados (que foram os mesmos usados para o PCR e sequenciamento parcial do gene
neste trabalho) são específicos para um membro da família hsp70, não amplificando os
demais. As diferenças observadas entre as seqüências dos nove isolados e a seqüência
depositada podem ser explicadas pelo fato de que o isolado usado por Da Silva et al (1999),
Pb01, apresenta inúmeras divergências, mesmo em outras regiões gênicas, quando
comparado com outros isolados. Este isolado não foi avaliado filogeneticamente por Matute
et al (2005), portanto não se sabe a qual espécie críptica ele pertence. Novos estudos
comparativos morfológicos e moleculares, a serem realizados em nosso laboratório, deverão
incluir também este isolado.
Na análise filogenética por Neighbour Joining observou-se o agrupamento dos
isolados T10B1 e Bt84, corroborando com dados anteriormente obtidos em nosso laboratório,
pelo sequenciamento da região ITS1-5.8S-ITS2 (HEBELER-BARBOSA et al., 2003b) que
permitiu a separação dos isolados de P. brasiliensis em dois grupos genéticos: em um estão
os isolados T10 e Bt84 e no outro estão os isolados T3, Bt60, T15, Bt85, T13, T4, T5, T8,
Pb265, T1, T9 eT7.
Os agrupamentos feitos com base nos caracteres morfológicos não foram totalmente
similares ao agrupamento molecular, mesmo porque, as características aqui avaliadas
envolvem ativação e inibição de muitos outros genes (Da SILVA et al., 1994).
Com relação à análise de expressão do hsp70 por Real Time observou-se significativa
diferença entre a expressão de alguns dos isolados quando utilizado como controle endógeno
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
85
a alfa e a beta tubulina. Estes engenos, juntamente com o gene 18S são os mais usados para
análise de expressão de uma série de genes em P. brasiliensis (GOLDMAN et al., 2003 e
MARQUES et al., 2004). Embora não se possa excluir a possibilidade destes genes terem sua
expressão também modulada pelo aumento de temperatura, esta escolha foi feita com base
nos principais trabalhos de expressão gênica após aumento de temperatura de 25 para 36ºC. O
fato de encontrarmos diferentes expressões de hsp70 quando usamos alfa e beta tubulina
como endógenos aponta para a importância de um estudo mais seletivo para genes candidatos
a normalizadores. Como o gene normalizador mais usado é a alfa tubulina (GOLDMAN et
al., 2003 e MARQUES et al., 2004), optou-se por discutir os resultados com base neste gene.
Os isolados Pb265 e T13 apresentaram os maiores aumentos de transcrição da hsp70
após o aumento de temperatura e ambos isolados mostraram maior viabilidade
(termotolerância conforme aumento de temperatura até 42ºC), juntamente com os isolados
T10, S1, que também apresentaram alta expressão de hsp70. Apesar do isolado T4 ter sido
agrupado dentre os isolados com maior viabilidade, ou seja, uma maior termotolerância, sua
expressão se apresentou inferior a alguns dos demais isolados pertencentes ao grupo de
menor viabilidade. O isolado D01, por sua vez, apresentou uma alta expressão de hsp70 e
uma queda acentuada da viabilidade com o aumento da temperatura.
Quanto à virulência, observou-se algumas dificuldades em classificar os isolados,
visto que foram analisadas contagens de UFCs em três órgãos diferentes, em dois períodos
diferentes. Decidiu-se manter apenas duas classes, uma de alta virulência, na qual são
incluídos os isolados Pbcão, T10, T13 e S1 e outra de virulência intermediária-baixa, na qual
são incluídos os isolados BT84, BT85, T4 e Pb265. Nenhuma correlaçãode ser observada
entre o perfil de virulência e a expressão de hsp70, negando a hipótese inicial de que altos
níveis de expressão desta hsp estariam associados à virulência, como foi sugerido para
Histoplasma capsulatum (CARUSO et al., 1987).
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
86
Ainda assim, o emprego destes genes para confecção de vacinas parece ser de grande
interesse visto o potencial imunomodulador destas proteínas. Porém, o fato de se ter
encontrado alguns polimorfismos entre os nossos isolados, e principalmente entre estes e a
seqüência depositada no GenBank, levanta a questão acerca de quão conservado é este gene,
já que foi possível observar claramente a segregação entre as duas espécies crípticas na
árvore de Neighbour Joining (os isolados T10 e BT84 pertencem a uma espécie, segundo
Matute et al, 2006). Além disso, o fato de a amplitude de expressão do gene hsp70 ser
consideravelmente grande entre os diferentes isolados, aponta para a importância de se testar
diferentes isolados na avaliação do efeito protetor destas vacinas.
A importância dos estudos comparativos, contemplados por este projeto, tanto
morfológicos como moleculares, aumentou ainda mais com a descoberta das três espécies
crípticas de P. brasiliensis (MATUTE et al., 2006). Sabe-se que o isolamento genético é
seguido de divergências (morfológicas e fisiológicas) entre as recentes espécies, o que pode
se traduzir na ocupação de diferentes nichos ecológicos, que teoricamente espécies
diferentes não ocupam o mesmo nicho ecológico, ou seja, não exploram as condições e
recursos do meio de forma semelhante. Segundo este estudo e outros realizados em nosso
laboratório (TERÇAROLI et al., 2006), os isolados BT84 e T10 (pertencentes a uma das
espécies crípticas de P. brasiliensis) parecem não produzir conídios e terem leveduras mais
alongadas, porém estes dados são ainda o conclusivos, necessitando maiores estudos. Os
dados aentão obtidos indicam que estes genótipos do grupo PS2 devem ocorrer de forma
bem menos freqüente que os genótipos do grupo S1, tanto em hospedeiros humanos como
nos tatus (MATUTE et al., 2006). Particularmente em nossos isolados de tatus, todos
provenientes de uma mesma região hiperendêmica, esta proporção é de 1:9. Esta menor
freqüência de isolamento de isolados da espécie PS2 poderia ser explicada pela menor
capacidade ou a não produção de conídias infectantes neste grupo? Poderiam ainda estes
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
87
genótipos estarem associados aos eventuais casos de infecção pela via traumática eo
inalatória como na maioria das infecções por PCM? Maiores estudos com maior número de
isolados são ainda necessários de forma a se identificar possíveis características
morfológicas, moleculares, fisiológicas e ecológicas associadas aos genótipos espécie-
específicos do P.brasiliensis, e de especial interesse aquelas relacionadas aos diferentes perfis
de manifestação da doença no homem.
Sabe-se que nas espécies crípticas de H. capsulatum pode-se detectar diferenças
morfológicas e fisiológicas entre isolados pertencentes às diferentes espécies (KASUGA et
al., 2003). No caso do Coccidioides, observou-se que a espécie C. posadasii cresce mais
lentamente em meio contendo alta concentração de sais quando comparada com a espécie C.
immitis, porém este fenótipo não é usado como diagnóstico (FISHER et al., 2002).
Entender melhor esta diversidade de isolados de P. brasiliensis significa compreender
de forma mais abrangente a dinâmica populacional, as diferentes formas clínicas e a
importância de se considerar o P. brasiliensis não como uma única cepa, mais sim como um
conjunto complexo de genótipos que devem ser levados em consideração nas medidas
terapêuticas e profiláticas.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
88
VII Referências Bibliográficas
ALBORNOZ, M.B. Isolation of Paracoccidioides brasiliensis from rural soil in
Venezuela. Sabouraudia, v.9, p.248-53, 1971.
ANDERSSON, A., RASOOL, O., SCHMIDT, M., KODZIUS, R., FLUCKIGER, S.,
ZARGARI, A., CRAMERI, R., SCHEYNIUS, A. Cloning, expression and
characterization of two new IgE-binding proteins from the yeast Malassezia
sympodialis with sequence similarities to heat shock proteins and manganese
superoxide dismutase. Eur. J. Biochem., v.271, p.1885-94, 2004.
ARISTIZABAL, B.H., CLEMONS, K.V., STEVENS, D.A., RESTREPO, A.
Morphological transition of Paracoccidioides brasiliensis conidia to yeast cells: In
vivo inhibition in females. Infect. Immun., v.66, p.5587-91, 1998.
BAGAGLI, E., SANO, A., COELHO, K.I.R., ALQUATI, S., MIYAJI, M., CAMARGO,
Z.P., GOMES, G., FRANCO, M., MONTENEGRO,M.R. Isolation of
Paracoccidioides brasiliensis from armadillos (Dasypus novemcinctus) captured
in an endemic area of paracoccidioidomycosis. Am J Trop Med & Hyg., v.58,
p.505-12, 1998.
BAGAGLI, E., FRANCO, M., BOSCO, S. M. G., HEBELER-BARBOSA, F., TRINCA,
L. A., MONTENEGRO, M. R. High frequency of Paracoccidioides brasiliensis
infection in armadillo (Dasypus novemcinctus): an ecological study. Med. Mycol.,
v.41, p.217-23, 2003.
BAGAGLI, E., BOSCO, S.M.G., THEODORO, R.C., FRANCO, M. Phylogenetic and
evolutionary aspects of Paracoccidioides brasiliensis reveal a long coexistence with
animal hosts that explain several biological features of the pathogen. Infect. Genet.
Evol., v.6, p.344-51, 2006.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
89
BARDWELL, J.C.A., CRAIG, E.A. Major heat shock gene of Drosphila and Escherichia
coli heat-inducible DNA gene are homologous. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, v.81,
p.848–52, 1984.
BISIO, L.C., SILVA, S.P., SILVA-PEREIRA, I., XAVIER, M.A.S., PUCCIA, R.,
VENÂNCIO, E.J., SOARES, C.M.A., FELIPE, M.S.S. A new member of
Paracoccidioides brasiliensis 70 kDa heat shock protein family reacts with
paracoccidioidomycosis patient sera. Med. Mycol., v.43, p.1-9, 2005.
BORGES-WALSMLEY, M.L., CHEN, D., SHU, X., WALSMSLEY, A.R. The
pathobiology of Paracoccidioides brasiliensis. Trends. Microbiol., v.25, p.3389-
402, 2002.
BORCHIELLINI, C., BOURY-ESNAULT, N., VACELET, J., PARCO, Y.L.
Phylogenetic Analysis of the Hsp70 Sequences Reveals the Monophyly of Metazoa
and Specific Phylogenetic Relationships Between Animals and Fungi. Mol. Biol.
Evol., v.15(6), p.64755, 1998.
BOSCO, S.M.G., THEODORO, R.C., MACORIS, S.A.G., FARIAS, M.R., MURO, M.,
RIBEIRO, M. G., BAGAGLI, E. Morphological and molecular characterization of
the first isolate of Paracoccidioides brasiliensis from dog (Canis familiars). Rev.
Inst. Med. Trop.o Paulo, v.47(14), p.62-3, 2005.
BULMER, G.S. & FROMTLING, R.A. Pathogenic mechanisms of mycotic agents. In:
HOWARD, D.H. & HOWARD, L.F., (Eds). Fungi pathogenic for humans and
animals. New York, Marcel Dekker, 1983. v3, p.1-59.
BURNIE, J.P., CARTER, T.L., HODGETTS, S.J., MATTHEWS, R.C. Fungal heat-
shock proteins in human disease. FEMS Microbiol. Rev., v.30, p.53-88, 2006.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
90
BUSTAMANTE SIMON, B., McEWEN, J.G., TABARES, A.M., ARANGO, M.,
RESTREPO-MORENO, A. Characteristics of the conidia produced by the mycelial
form of Paracoccidioides brasiliensis. J. Med. Vet. Mycol., v.23, p.407-14, 1985.
CADAVID, D., RESTREPO, A. Factors associated with Paracoccidioides brasiliensis
infection among permanent residents of three endemic areas in Colombia.
Epidemiol. Infect
., v.111, p.121-33, 1993.
CARUSO M, SACCO M, MEDOFF G, MARESCA B. Heat shock 70 gene is
differentially expressed in Histoplasma capsulatum strains with different levels of
thermotolerance and pathogenicity. Mol Microbiol., v.1(2), p.151-8, 1987.
CASADEVALL, A., PIROFSKI, L.A. Host-Pathogen Interactions: redefining the Basic
Concepts ofVirulence and Pathogenicity. Am. Soc. Microbiol., v.67, p.3703-13,
1999
CASADEVALL, A., STEENBERGEN, J.N., NOSANCHUK, J.D. “Ready made”
virulence and “dual use” virulence factors in pathogenic environmental fungi The
Cryptococcus neoformans paradigma. Curr. Opin. Microbiol., v.6, p.332-7, 2003.
COHEN, I.R. Peptide therapy for type I diabetes: the immunological humunculus and the
rationale for vaccination. Diabetol., v.45, p.1468-74, 2002.
COOPER, G. M. A célula: Uma Abordagem Molecular. 2 ed. Porto Alegre, Artmed,
1991, 314-8p.
CORREDOR, G. G., CASTAÑO, J. H., PERALTA, A., DÍEZ, S., ARANGO, M.,
McEWEN, J., RESTREPO, A. Isolation of Paracoccidioides brasiliensis from the
nine-banded armadillo Dasypus novemcinctus, in na endemic area for
paracoccidioidomycosis in Colombia. Rev. Iberoam. Micol., v.16(4), p.216-20,
1999.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
91
CORREDOR, G.G., PERALTA, L.A., CASTAÑO, J.H., ZULUAGA, J.S., HENAO, B.,
ARANGO, M., TABARES, A.M., MATUTE, D.R., MCEWEN, J.G., RESTREPO,
A. The naked-tailed armadillo Cabassous centralis (Miller 1899): a new host to
Paracoccidioides brasiliensis. Molecular identification of the isolate. Med. Mycol.,
v.43(3), p.275-80, 2005.
CUNHA, D.A., ZANCOPÉ-OLIVEIRA, R.M., FELIPE, M.S.S., SALEM-IZACC, S.M.,
DEEPER Jr, G.S., SOARES, C.M.A. Heterologous expresion, purification and
immunological reactivity of a recombinant HSP60 from Paracoccidioides
brasiliensis. Clin. Diag. Lab. Immun., v. 9, p.374-7, 2002.
Da SILVA, S.P., BORGES-WALMSLEY, M.I., PEREIRA, SOARES, C.M.A.,
WALMSLEY, A.R,, FELIPE, M.S.S. Differential expresión of an hsp70 gene
during transition from the mycelial to the infective yeast form of the human
pathogenic fungus Paracoccidioides brasiliensis. Mol. Microbiol., v.31(4), p.1039-
50, 1999.
Da SILVA, S.P., FELIPE, M.S.S., PEREIRA, M., AZEVEDO, M.O, SOARES, C.M.A.
Phase transition and stage specific protein synthesis in the dimorphic fungus
Paracoccidioides brasiliensis. Exp. Mycol., v.18, p.294-9, 1994.
DIEZ, S., GÓMEZ, B.L., RESTREPO, A., HAY, R.J. AND HAMILTON, A.J.
Paracoccidioides brasiliensis 87-kilodalton antigen, a heat shock protein useful in
diagnosis: characterization, purification, and detection in biopsy material via
immunohistochemistry. J. Clin. Microbiol., v.40., p.359-65, 2002.
DIEZ, S., GOMEZ, B.L., MCEWEN, J.G., RESTREPO, A., HAY, R.J. AND
HAMILTON, A.J. Combined use of Paracoccidioides brasiliensis recombinant 27-
kilodalton and purified 87-kilodalton antigens in anenzyme-linked immunosorbent
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
92
assay for serodiagnosis of paracoccidioidomycosis. J. Clin. Microbiol., v.41,
p.1536-42, 2003.
DRUTZ, D.J. & HUPPERT, M. Coccidioidomycosis: factors affecting the host-parasite
interaction. J. infect. Dis., v.147, p.373-90, 1983.
DRUTZ, D.J., HUPPERT, M., SUN, S.H., MCGUIRE, W.L. Human sex hormones
stimulate the growth and maturation of Coccidioides immitis.
Infect. Immun
., v.32,
p.897-907, 1981.
FARIAS, M.R., WERNER, J., MURO, M. D., MARQUES, S.A., MARQUES, M.E.A.,
FRANCO, M.F., RIBEIRO, M.G., CUSTODIO, C. C., CONDAS, L.A. Z.,
BOSCO, S.M.G., BAGAGLI, E. Canine paracoccidioidomycosis: case report of
generalized lymphadenitis. Rev.Inst. Med. Trop., S. Paulo, v.47(14), p.64, 2005.
FELDMAN, D., DO, Y., BURSHELL, A., STATHIS, P., LOOSE, D.S. An estrogen-
binding protein and endogenous ligant in Sacchomyces cerevisiae: possible
hormone receptor system. Science, v.218, p.297-8, 1982.
FELIPE, M.S., ANDRADE RV, PETROFEZA SS, et al. Transcriptome characterization
of the dimorphic and pathogenic fungus Paracoccidioides brasiliensis by EST
analysis. Yeast, v.20(3), p.263-71, 2003.
FERREIRA, M. S.; FREITAS, L. S.; LACAZ, C. S.; DEL NEGRO, G. M.; AIELO, N.
T.; GARCIA, M. N.; ASSIS, C. M.; SALEBIAN, A.; HERIS-VACCARI, E. M.
Isolation and characterization of a Paracoccidioides brasiliensis strain from dog
food probaly contaminated with soil in Uberlândia, Brazil. J. Med. Vet. Mycol.,
v.38, p.253-6, 1990.
FISHER, M.C., KOENIG, G.L., WHITE, T.J., TAYLOR, J.W. Molecular and phenotypic
description of Coccidioides posadasii sp. nov., previously recognized as the non-
California population of Coccidioides immitis. Mycol., v.94 (1), p.73-84, 2002.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
93
FLOREZ, A.M., OVIEDO, A., CARDONA, A., HERRERA, M., GARCIA, E.,
RESTREPO, A. AND MCEWEN, J.G. Molecular cloning and characterization of
two hsp 70 homologous genes from the dimorphic fungus Paracoccidioides
brasiliensis. Biomed., v.23, p.424-36, 2003.
FRANCO, M. Host-parasite relationships in paracoccidioidomycosis. J. Med. Vet.
Mycol.,
v. 25, p.5-18, 1987.
FRANCO, M., BAGAGLI, E., SCAPOLIO, S., LACAZ, C.S. A critical analysis of
isolation of Paracoccidioides brasiliensis from soil. Med. Mycol., v.38, p.185-91,
2000.
FRANZOT, S.P., MUKHERJEE, J., CHERNIAK, R., CHEN, L.C., HAMDAN, J.S.,
CASADEVALL, A. Microevolution of a standard strain of Cryptococcus
neoformans resulting in differences in virulence and other phenotypes. Infect.
Immun., v.66, p.89-97, 1998.
FRIES, B.C., GOLDMAN, D.L., CASADEVALL, A. Phenotypic switching in
Cryptococcus neoformans. Microbe Infect; v.4, p.1345-52, 2002.
FUTUYAMA, D.J.
Biologia Evolutiva.
2 ed. Ribeirão Preto. Funpec, 2002, 117p.
GESUELE, E. Aislamento de Paracoccidioides sp. De heces de pinguino de la
Antárdida. In: INTERNATIONAL MEETING ON
PARACOCCIDIOIDOMYCOSIS, 4. 1989, Proceedings... Caracas, 1989. Abstract
B2.
GILBERT, C.S., VAN DEN BOSCH, M., GREEN, C.M., VIALARD, J.E. AND
GRENON, M. ERDJUMENT-BROMAGE H, TEMPST P, LOWNDES NF. The
budding yeast Rad9 checkpoint complex: chaperone proteins are required for its
function. EMBO J., v.4, p.953-8, 2003.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
94
GOLDMAN GH, DOS REIS MARQUES E, DUARTE RIBEIRO DC, DE SOUZA
BERNARDES LA, QUIAPIN AC, VITORELLI PM, SAVOLDI M, SEMIGHINI
CP, DE OLIVEIRA RC, NUNES LR, TRAVASSOS LR, PUCCIA R, BATISTA
WL, FERREIRA LE, MOREIRA JC, BOGOSSIAN AP, TEKAIA F, NOBREGA
MP, NOBREGA FG, GOLDMAN MH. Expressed sequence tag analysis of the
human pathogen Paracoccidioides brasiliensis yeast phase: identification of
putative homologues of Candida albicans virulence and pathogenicity genes. Euk.
Cell., v.2(1), p.34-48, 2003.
GOMEZ, F. J., ALLENDOERFER, R., DEEPE, G. J. Jr. Vaccination with recombinant
Heat Shock Protein 60 from Histoplasma capsulatum protects mice against
pulmonary histoplasmosis. Infec. Immun., v.63, p.2587-95, 1995.
GROSE, E.; TAMSITT, J. R. Paracoccidioides brasiliensis recovered from intestinal
tract of three bats (Artibeus lituratus) in Colombia. Sabouraudia, v.4, p.124-5,
1965.
GUPTA, R.S., SINGH, B. Cloning of the HSP70 Gene from Halobacterium marismortui:
Relatedness of Archaebacterial HSP70 to Its Eubacterial Homologs and a Model for
the Evolution of the HSP70 Gene. J. Bacteriol., v.174, p.4594-605, 1992
HEBELER-BARBOSA, F., MONTENEGRO, M.R., BAGAGLI, E. Virulence profiles of
ten Paracoccidioides brasiliensis isolates obtained from armadillos (Dasypus
novemcinctus). Med. Mycol., v.41, p.89-96, 2003a.
HEBELER-BARBOSA, F., MORAIS, F. V., MONTENEGRO, M. R., KURAMAE, E.
E., TAYLOR, J. W., MONTES, B., MCEWEN, J. G., PUCCIA, R., BAGAGLI, E.
Sequence comparison of the internal transcribed spacer regions and gp 43 in
Paracoccidioides brasiliensis for patients and armadillos Dasypus novemcinctus. J.
Clin. Microbiol., v.41, p.5735-37, 2003b.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
95
HOGAN, L.H., KLEIN, B.S., LEVITZ, S.M. Virulence factors of medically important
fungi. Clin. Microbiol. Rev., v.9, p.469-88, 1996.
IZACC, S.M.S., GOMEZ, F.J., JESUINO, R.S.A., FONSECA, C.A., FELIPE, M.S.S.,
DEEPE, G.S., SOARES, C.M.A. Molecular cloning, characterization and
expression of the heat shock protein 60 gene from the human pathogenic fungus
Paracoccidioides brasiliensis.
Med. Mycol
., v.39, p.445-55, 2001.
JIMENEZ-LUCHO, V., GINSBURG, V., KRIVAN, H.C. Cryptococcus neoformans,
Candida albicans and other fungi bind specifically to the glycosphingolipid
lactosylceramide (Gal1-4Gl1-1Cer), a possible adhesion receptor for yeasts.
Infect. Immun
., v.58, p.2085-90, 1990.
KASUGA, T., TAYLOR, J.W., WHITE, T.J. Phylogenetics relationships of variets and
geographical groups of the human pathogenic fungus Histoplasma capsulatum
darling. J. Clin. Microbiol., v.37, p.653-63, 1999.
KASUGA, T., WHITE, T.J., KOENIG,
G., MCEWEN, J., RESTREPO, A.,
CASTAÑEDA E., LACAZ, C.S., HEINS-VACCARI, E.M., FREITAS R.S.,
ZANCOPÉ-OLIVEIRA, R.M., QIN, Z., NEGRONI, R., CARTER, D.A.,
MIKAMI, Y., TAMURA, M., TAYLOR, M.L., MILLER, G.F., POONWAN
, N.,
TAYLOR, J.W. Phylogeography of the fungal pathogen Histoplasma capsulatum.
Mol. Ecol., v.12, p.3383-401, 2003.
KIESSLING, R., GROWBUG, A., IVANYI, J., SODERSTRÖUM, K., FERM, M.
KLEINAU, S. NILSSON, E. KLARESKOG, L. Role of hsp60 during autoimmune
and bacterial inflammation. Immunol. Rev., v.121, p. 91-111, 1991.
KLEIN, B.S., HOGAN, L.H., JONES, J.M. Immunological recognition of a 25-amino
acid repeat arrayed in tandem on a major antigen of Blastomyces dermatitidis. J.
clin. Invest., v.92, p.330-7, 1993.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
96
KOUFOPANOU, V., BURT, A., SZARO, T., TAYLOR, J.W. Gene genealogies, cryptic
species, and molecular evolution in the human pathogen Coccidioides immitis and
relatives (Ascomycota, Onygenales). Mol. Biol. Evol., v.18, p.1246-58, 2001.
KREGEL, K. Molecular Biology of Thermoregulation Invited Review:Heat shock
proteins: modifying factors in physiological stress responses and acquired
thermotolerance.
J. Appl. Physiol.,
v.92, p.217786, 2002.
KUROKAMA, C.S., SUGIZAKI, M.F., PERÇOLI, M.T.S. Virulence Factors in fungi of
systemic mycoses. Rev. Inst. Med. Trop., v.40(3), p.125-35, 1998.
KWON-CHUNG, K.J. Comparison of isolates of Sporotrix schenkii obtained from fixed
cutaneous lesions with isolates from other types of lesions. J. infect. Dis., v.139,
p.424-31, 1979.
LACAZ, C.S., PORTO, E., MARTINS, J.E.C. Paracoccidioidomicose In: LACAZ, C.S.,
PORTO, E., MARTINS, J.E.C. Micologia médica. São Paulo: Sarvie, 1984, 189-
216p.
LACHKE, S.A., JOLY, S., DANIELS, K., SOLL, D.R. Phenotypic switching and
filamentation in Candida glabrata.
Microbiol.
v.148, p.2661-74, 2002.
LEDBERG, J. Paradoxes of the Host-Parasite Relationship. ASM News, v.65, p.811-6,
1999.
LINDQUIST, S. The heat-shock response. Annu. Rev. Biochem., v.55, p.1151–91,
1986.
LIMA, K.M., SANTOS, S.A., SANTOS, R.R.Jr, BRANDÃO, I.T., RODRIGUES,
J.M.Jr, SILVA, C.L. Efficacy of DNA-hsp65 vaccination for tuberculosis varies
with method of DNA introduction in vivo. Vaccine, v.22, p.49-56, 2003.
LOUGHRY, W.J., McDONOUGH, C.M. Spatial patterns in a population of nine-banded
armadillos (Dasypus novemcinctus ). Am. Midl. Nat., v.140, p.161-/9, 1998.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
97
MACEDO, R.C.L., LAZERA, M.S., TRILLES, L., BULCÃO, A.S., SILVA Jr, N.J.,
OLIVEIRA, N.A., WANKE, B. Paracoccidioides brasiliensis- In: VII
INTERNATIONAL MEETING ON PARACOCCIDIOIDOMYCOSIS, 1999,
Campos do Jordão. Proceedings...São Paulo: Brasil, 1999. p.128.
MACORIS S.A.G., SUGIZAKI, M.F., PERAÇOLI, M.T.S., BOSCO, S.M.G.,
HEBELER-BARBOSA, F., SIMÕES, L.B., THEODORO, R.C., TRINCA, L.A.,
BAGAGLI, E. Virulence attenuation and phenotypic variation of Paracoccidioides
brasiliensis isolates obtained from armadillos and patients. Mem. Inst. Oswaldo
Cruz, v.10(3), p.331-4, 2006.
MARESCA, B., KOBAYASHI, G.S. Hsp70 in parasites: as an inducible protective
protein and as an antigen. Experientia, v.50, p.1067-74, 1994.
MARQUES, E.R., FERREIRA, M.E.S., DRUMMOND, R.D., FELIX, J.M., MENOSSI,
M., SAVOLDI, M., TRAVASSOS, L.R., PUCCIA, R., BATISTA, W.L.,
CARVALHO, K.C., GOLDMAN M.H.S., GOLDMAN, G.H. Identification of
genes preferentially expressed in the pathogenic yeast phase of Paracoccidioides
brasiliensis, using suppression subtraction hybridization and differential macroarray
analysis. Mol. Gen. Genom., v.271, p.667-77, 2004.
MARQUES, S.A., CAMARGO, R.M.P. Paracoccidioidomicose. In: ZAITZ, C.,
CAMPBELL, I., MARQUES, S.A., RUIZ, L.R.B., SOUZA, V.M. (Eds).
Compêndio de Micologia Médica. 1. ed. Rio de Janeiro, MEDSI, 1998. 231p.
MARTIN, A.P., BURG, T.M. Perils of Paralogy: Using HSP70 genes for Inferring
organismal Phylogenies. Syst. Biol., v.51, p.570-587, 2002.
MATUTE, D.R., McEWEEN, J.G., MONTES, B.A, SAN-BLAS, G., BAGAGLI, E.,
RAUSCHER, J.T., RESTREPO, A., MORAIS, F., NINO-VEJA, G., TAYLOR,
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
98
J.W. Cryptic speciation and recombination in the fungus Paracoccidioides
brasiliensis as revealed by gene genealogies. Mol. Biol. Evol, v.23, p.65-73, 2006.
McEWEN, J.G., BEDOYA,V., PATINO, M.M., SALAZAR, M.E., RESTREPO, A.
Experimental murine paracoccidioidomycosis induced by the inhalation of conidia.
J Med Vet Mycol, v.25, p.165-75, 1987.
MEDOFF, G. MARESCA, B., LAMBOWITZ, A.M., Kobayashi, G., Painter, A., Sacco,
M., Carratu, L. Correlation between pathogenic and temperature sensitive in
different strains of Histoplasma capsulatum. J. clin. Invest., v.78, p.1638-47, 1986.
MENDES, R.P. The gamut of Clinical Manifestations. In: FRANCO, M., LACAZ, C.S.,
RESTREPO-MORENO, A., DEL NEGRO, G. (Eds). Paracoccidioidomycosis.
Boca Raton: CRC Press, 1994, 233-57p.
MENDES-GIANINNI, M.J.S., MORAES, R.A., RICCI, T.A. Proteolytic activity of the
43,000 molecular weight antigen secreted by Paracoccidioides brasiliensis. Rev.
Inst. Med. Trop. S. Paulo, v.32, p.384-5, 1990.
MORAIS, F.V., BARROA, T.F., FUKADA, M.K., CISALPINO, P.S., PUCCIA, R.
Polymorphism in the Gene Coding for the Immunodominant Antigen gp43 from the
Pathogenic Fungus Paracoccidioides brasiliensis. J. Clin. Microbiol., v.38,
p.3960-6, 2000.
NAIFF, R. D., FERREIRA, L. C. P., BARRTE, T. V., NAIFF, M. F. AND ARIAS, J. R.
Paracoccidioidomicose enzoótica em tatus (Dasypus novemcinctus) no Estado do
Pará. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, v.28, p.19-27, 1986.
NEGRONI, P. El Paracoccidioides brasiliensis vive saprotificamente en el suelo
Argentino. Prensa Med. Argent., v.53, p.2381-2, 1966.
NICOLA, A.M., ANDRADE, R.V., SILVA-PEREIRA, I. Molecular chaperones in the
Paracoccidioides brasiliensis. Genet. Mol. Res., v.4(2), p.346-57, 2005.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
99
ODDS, F.C. Candida albicans proteinase as a virulence factor in the pathogenesis of
Candida infections. Zbl. Bakt. Hyg. Ser. A., v.260, p.539-42, 1985.
POCKLEY, A.G. Heat shock proteins in health and disease: therapeutic targets or
therapeutic agents? Exp. Ver. Mol. Med., Cambridge, UK: Cambridge University
Press, p 1–21, 2001.
PUCCIA, R., TRAVASSOS, L.R. 43-Kilodalton glycoprotein from Paracoccidioides
brasiliensis: immunochemical reactions with sera from patients with
paracoccidiodomycosis, histoplasmosis, and Jorge Lobo’s disease. J. Clin
Microbiol., v.29, p.1610-5, 1991.
PURTILO, D.T., WALSH, G.P., STORRS, E.E, GANNON, C. The immune system of
the nine-banded armadillo (Dasypus novemcinctus Linn). Anat. Rec. Philad.,
v.181, p.725-34, 1975.
RESTREPO, A. The ecology of Paracoccidioides brasiliensis: A puzzle still unsolved.J.
Med. Vet. Myc., v.23, p.324-34, 1985.
RESTREPO, A. The ecology of Paracoccidioides brasiliensis.
In:Paracoccidioidomycosis.
FRANCO, M.F., LACAZ, C.da S., RESTREPO, A.,
DEL NEGRO, G. (Eds). Boca Raton, London,CRR Press, 1994, 121-8p.
RESTREPO, A., BAUMGARDNER, D. J., BAGAGLI, E., et al. Clues to the presence of
pathogenic fungi in certain environments. Med. Mycol., v.38, p.67-77, 2000.
RIDLEY, M. Evolução. 3 ed. Porto Alegre. Artmed, 2006, 481-4p.
RHODES, J.C. virulence factors in fungi pathogens. Microbiol Sci., v.5, p.252-4, 1988.
RICCI, G., MOTA, F.T., WAKAMATSU, A., SERAFIM, R.C., BORRA, R.C.,
FRANCO, M. Canine paracoccidioidomycosis. Med. Mycol., v.42, p.379-83, 2004.
RITOSSA, F. A new puffing pattern induced by temperature shock and DNP in
Drosophila. Experientia, v.18, p.571-3, 1962.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
100
RUCHEL, R. Cleavage of immunoglobulin by pathogenic yeast of the genus Candida.
Microbiol. Sci., v.3, p.316-9, 1986.
SALAZAR, M.E., RESTREPO, A. Morphogenesis of the mycelium to yeast
transformation in Paracoccidioides brasiliensis. Sabouradia: J. Med. Vet. Mycol.,
v.22, p.7-11, 1984.
SALEM-IZACC, S.M., JESUINO, R.S.A., BRITO, W.A., PEREIRA, M., FELIPE
M.S.S., SOARES, C.M.A. Protein synthesis patterns of Paracoccidioides
brasiliensis in stage-specific forms and during cellular differentiation. J. med. vet.
Mycol., v.35, p.205-11, 1997.
SAN-BLAS, G. & VERNET, D. Induction of the synthesis of cell wall -1,3-glucan in
the yeast like form of Paracoccidioides brasiliensis strain IVIC Pb9 by fetal calf
serum. Infec. and Immun., v.15, p.897-902, 1977.
SAN BLAS, F., SAN BLAS, G. Bioquímica y dimorfismo en P. brasiliensis. In: G. DEL
NEGRO, C.S. LACAZ & A.M. FIORILLO (Eds) Paracoccidioidomycosis, São
Paulo: Sarvier, 1982, 35-8p.
SANO, A., TANAKA, R., YOKOYAMA, K., FRANCO, M., BAGAGLI, E.,
MONTENEGRO, M.R., MIKAMI, Y., MIYAJI, M., NISHIMURA, K. Comparison
between human and armadillo Paracoccidioides brasiliensis by random amplified
polymorphic DNA analysis. Mycopathol., v.143, p.165-9, 1999.
SCHWARTZ, M., COHEN, I.R. Autoimmunity can benedit self-maintenance
. Immunol.
Today, v.21, p.265-8, 2000.
SHOME, S.K.; BATISTA, A.C. Occurence of Paracoccidioides brasiliensis in the soil of
Recife, Brazil. Rev. Fac. Med. Univ. Fed. Ceará, v.3, p.90-94, 1963.
SILVA-VERGARA, M.L., MARTINEZ, R., CAMARGO, Z.P. et al. Isolation of
Paracoccidioides brasiliensis form armadillos (Dasypus novemcinctus) in an area
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
101
where the fungus was recently isolated from soil. Med. Mycol., v. 38, p. 193-9,
2000.
SILVA-VERGARA, M. L.; MARTÍNEZ, R.; CHADU. A.; MADEIRA, M.; FREITAS-
SILVA, G. Isolation of Paracoccidioides brasiliensis strain from the soil of a coffee
plantation in Ibiá, State of Minas Gerais, Brazil. Med. Mycol., v.36, p.37-42, 1998.
SOLL DR. High-frequency switching in Candida albicans.
Clin. Microbiol. Rev.
, v.5,
p.183-203, 1992.
STEENBERGEN, J.N., CASADEVALL, A. The origin and maintenance of virulence for
the pathogenic fungus Cryptococcus neoformans. Microb. And Infect., v.5, p.667-
75, 2003.
STEENBERGEN, J.N., NOSANCHUK, J.D., MALLIARIS, S.D., CASADEVALL, A.
Interaction of Blastomyces dermatitidis, Sporothrix schenckii, and istoplasma
capsulatum with Acanthamoeba castellanii. Infect. and Immun., v.72, p.3478-88,
2004.
TABER, F.W. Contribution on the life story and ecology of the nine-banded armadillo. J.
Mammal.
, v.26, p.211-6, 1945.
TALMAGE, R.V., BUCHANAN, G.D. The armadillo Dasypus novemcinctus a review
of its natural history, ecology, anatomy and reproductive physiology. Rice Inst.
Pamphlet Houston, v.41, 1954.
TAYLOR, J. W., JACOBSON, D.J., KROKEN, S., KASUGA, T., GÊISER, D.M.,
HIBBETT, D.S., FISHER, M.C. Phylogenetic species recognition and species
concepts in fungi. Fungal Gen. Biol., v.31(1), p.21-32, 2000.
TEIXEIRA, M.M., DE CARVALHO, M.J.A., DANTAS, A.S., FELIPE, M.S.S. The
hsp70 gene presents sequence differences among isolates of Paracoccidioides
brasiliensis. Rev. Inst. Med. Trop.o Paulo, v.47(14), p.48, 2005.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
102
TERÇARIOLI, G.R., THEODORO, R.C., BOSCO, S.M.G., REIS, G.M., MACORIS,
A.S.G., SIMÕES, L.B., BAGAGLI, E. Ecological study of Paracoccidides
brasiliensis in soil: culture and molecular detection. Rev. Inst. Med. Trop. São
Paulo, v.47(14), p.63, 2005.
THEODORO, R.C., BOSCO, S.M.G., BAGAGLI, E. yeast Morfology and Transition to
the micelial phase in armadillos and clinical Paracoccidioides. brasiliensis isolates,
at different temperatures. In: INTERNATIONAL MEETING ON
PARACOCCIDIOIDOMYCOSIS, 8, 2002. Pirenópolis, Abstract 01-38.
THEODORO, R.C. CANDEIAS, J.M.G., ARAÚJO Jr., J.P., BOSCO, S.M.G.,
MACORIS, S.A.G., PADULA Jr., L.O., Franco, M., Bagagli, E. Molecular
detection of Paracoccidioides brasiliensis in soil. Med. Mycol., v.43(8), p.725-9,
2005a.
THEODORO, R.C., BOSCO, S.M.G., SUGIZAKI, M.F.; BAGAGLI, E. Variation on
mycelial-to-yeast phase transition and production of conidia in different isolates of
Paracoccidioides brasiliensis obtained from human, Armadillo and dog. Rev. Inst.
Med. Trop. São Paulo,
v.47(14), p.45, 2005b.
THOMAS, P.W., WYCKOFF, E.E., PISHKO, E.J., YU, J.J., KIRKLAND, T.N., COLE,
G.T. The hsp60 gene of the human pathogenic fungus Coccidioides immitis encodes
a T-cell reactive protein. Gene, v.199, p.83-91, 1997.
TSAN, M.F., GAO, B. Heat Shock Protein and Innate Immunity. Cell. Mol. Immunol.,
v.1, p.274-9, 2004.
ULRICH, M., CONVIT, J., CENTENO, M., RAPETTI, M. Immunological
characteristics of the armadillo, Dasypus sabanicola. Clin. Exp. Immunol., v.25,
p.170-6, 1976.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
103
UNTEREINER, W.A, SCOTT, J.A., NAVEAU, F.A., SIGLER, L., BACHEWISH, J.,
ANGUS, A. The Ajellomycetaceae, a new family of vertebrate-associate
Onygenales. Mycol., v.96(4), p.812-21, 2004.
VARTIVARIAN, S.E. Virulence and nonimmune pathogenic mechanisms of fungi. Clin.
Infect. Dis., v.14, p.30-6, 1992.
VICENTINI, A.P, GESZTESI, J., GESZTESI, J.L., FRANCO, M.F. Binding of
Paracoccidioides brasiliensis to laminin through surface glycoprotein gp43 leads to
enhancement of fungal pathogenesis. Infect. Immun., v.62, p.1465-9, 1994.
VILLAR, L.A., SALAZAR, M.E., RESTREPO, A. Morphological study of a variant
Paracoccidioides brasiliensis that exists en the yeast form at room temperature. J.
med. Vet. Mycol., v.26, p.269-76, 1988.
WANKE, B. & LONDERO, A. T. Epidemiology and Paracoccidioidomycosis
Infection.In: Paracoccidioidomycosis. FRANCO, M.F., LACAZ, C.da S.,
RESTREPO, A., DEL NEGRO, G. (Eds). Boca Raton, London,CRR Press,1994,
cap.7.
YOST, H.J., LINDQUIST, S. RNA splicing is interruptedby heat shock and is rescued by
heat shock protein synthesis.Cell, v.45, p.185-93, 1986.
YOST, H.J., LINDQUIST, S. Translation of unspliced transcripts after heat shock.
Science, v.242, p.1544-8, 1988.
YOST, H.J., LINDQUIST, S Heat Shock Proteins Affect RNA Processing during the
Heat Shock Response of Saccharomyces cerevisiae. Mol. Cell. Biol., v.11, p.1062-
8, 1991.
ZUGEL, U., KAUFMANN, S.H. Immune response against heat-shockproteins in
infectious diseases. Immunobiol., v. 201, p. 22-35, 1999a.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
104
ZUGEL, U., KAUFMANN, S.H. Role of Heat Shock Proteins in Protection from and
Pathogenesis of Infectious Diseases. Clin. Microbiol. Rev., v.12, p.19-39, 1999b.
Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo