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Tabela 4. Instrumentos utilizados para avaliar a capacidade funcional. (Cont.)
Autor, ano de
publicação
Nome e características do instrumento Pontuação, pontos de corte e definições Validação, confiabilidade
Ramos, 1993a e
1993b
Brazilian OARS Multidimensional Functional Assessment
Questionnaire – BOMFAQ, versão brasileira do MFAQ,
Multidimensional Functional Assessment Questionnaire
(Ramos e Goihman, 1989), determina capacidade funcional
pela dificuldade auto-referida em executar 15 atividades da
vida diária (AVDs), partindo de funções básicas a complexas,
pelo método de escalonagem de Guttman.
AVDs básicas: tomar banho, pentear cabelo, usar o toalete,
vestir-se, comer, transferências posturais e andar no plano.
AVDs complexas: fazer compras, preparar refeições, fazer
limpeza da casa, usar condução, subir um lance de escadas e
andar por perto do domicílio e tomar remédios corretamente.
Cada item é classificado como:
a) sem dificuldade
b) com pouca dificuldade
c) muita dificuldade
d) não realiza.
O indivíduo é classificado segundo o número de tarefas comprometidas:
- nenhuma AVD comprometida,
- 1 a 3 AVDs comprometidas,
- 4 a 6 AVDs comprometidas e
- 7 ou mais AVDs comprometidas.
Validados por Ramos, 1993.
Konno, 2004. Care Management Teams Tool Kit for Long Term Care
Insurance, escala de cinco itens:
1) usar telefone
2) preparar alimentos quentes
3) modo de transporte
4) responsabilizar-se pelos próprios medicamentos
5) habilidade para manejar dinheiro.
Critério de dependência: necessitar de ajuda para ou ser incapaz de realizar
pelo menos uma atividade.
Não foram encontrados estudos
de validação (referência original:
Japanese Association of Certified
Social Workers, 2000).
World Health
Organization
www.who.int/icidh/w
hodas/
World Health Organization-Disability Assessment
Schedule (WHO-DAS-II), escala com 36 questões sobre os
últimos 30 dias, que determinam nível de atividade e
participação na vida social.
1) Compreensão e comunicação (capacidade de concentrar-
se por 10 minutos, lembrar-se de coisas importantes, analisar
e achar soluções para problemas do dia-a-dia, aprender novas
tarefas, iniciar e manter uma conversa);
2) Andar nas proximidades (capacidade de ficar parado,
caminhar dentro e fora de casa e longas distâncias);
3) Auto cuidado (capacidade de tomar banho, vestir-se,
alimentar-se e ficar sozinho por alguns dias);
4) Relacionamento (capacidade de relacionar-se com
pessoas desconhecidas ou próximas, de fazer e manter
amizades, de ter atividade sexual);
5) Atividades diárias (capacidade de fazer tarefas do lar, de
,realizar todas as tarefas necessárias e em tempo hábil);
6) Atividades sociais (capacidade de assitir a festivais, a
cultos religiosos, de ir ao cinema.
Cada item possui 5 possibilidades de resposta, em escala ordinal (1 a 5),
sendo 1 = sem dificuldade e 5 = dificuldade extrema.
É utilizado um recurso visual (régua com 5 pontos representando graus
crescentes de dificuldade) para auxiliar na resposta.
O escore da escala é baseado na média das respostas. A partir deste escore
total, os autores do método WHODAS II definem os pontos de corte.
(os dados devem ser enviados à WHO para que seja definida a escala
padrão).
Validade foi estabelecida através
da correlação entre escore total de
incapacidade e escala Quality of
Well-Being-(QWB) entre pacientes
esquizofrênicos (r = - 0,63 -
validade convergente).
Validade interna para
incapacidade foi estabelecida
através do coeficiente intraclasse
(r = 0,89).
McKibbin et al., 2004