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quanto empresarial. É importante entender o que é Supply Chain – SC para depois
compreender a abrangência do SCM. Há mais similaridade entre os autores para a
definição do SC do que para o SCM. Alguns autores definem SCM a partir das
condições operacionais, envolvendo o fluxo de materiais e produtos, alguns a
visualizam como uma filosofia de gerenciamento, outros em termos de processos de
gerenciamento (MENTZER, et al., 2001, p.3-4).
Inicialmente, serão apresentadas as definições da SC para depois se discutir um
pouco mais sobre as conceituações que envolvem o seu gerenciamento. De acordo
com os preceitos de Pires (2004, p.54) uma SC corresponde a todas as atividades
ligadas a movimentação de bens, do estágio inicial ainda como matéria-prima até
chegar ao usuário final.
Outras definições que provam a similaridade de entendimento entre os autores:
“[...] conjunto de três ou mais entidades (organizações ou indivíduos)
diretamente envolvidos na montante e a jusante de fluxos de produtos, serviços,
finanças, e/ou informações do fornecedor até cliente” (LA LONDE e MASTERS
3
apud MENTZER, et al., 2001, p.8).
“[...] rede de organizações envolvidas, por meio de vínculos a montante e a
jusante, nos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de
produtos e serviços destinados ao consumidor final.” (CHRISTOPHER, 2007, p. 16).
“A SC, [...], é constituída por fornecedores, centros de produção, depósitos,
centros de distribuição e varejistas, e ainda por matéria-prima, estoques de produtos
em processos e produtos acabados que fluem entre as instalações.” (SIMCHI-LEVI;
KAMINSKY; SIMCHI-LEVI, 2003, p.27).
Fica evidente, portanto, que a SC se desenha da mesma forma para os mais
diversos autores. O mesmo não acontece com relação aos conceitos do SCM.
Pela definição do Council of Logistics Management apud Martins e Laugeni
(2005, p. 170) Supply Chain Management é entendido como um
conceito de integração da empresa com todas as firmas da cadeia
de suprimento, fornecedores, clientes e provedores externos de
meios logísticos compartilham informações e planos necessários
para tornar o canal o mais eficiente e competitivo. Este
compartilhamento é mais profundo, acurado e detalhado do que na
tradicional e conflitante relação comprador/vendedor.
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3
LA LONDE, Bernard J.; MASTERS, James M. Emerging Logistics Strategies: Blueprints for the Next Century,
International Journal of Physical Distribution and Logistics Management, Vol. 24, No. 7, pp. 35-47, 1994.