a utiliza¸c˜ao do m´etodo de Markov para analisar a confiabilidade de sistemas eletrˆoni-
cos program´aveis. Neste trabalho ´e apresentado um procedimento sistem´atico para
a constru¸c˜ao de modelos de Markov para sistemas repar´aveis tolerantes a falhas.
Em (GOBLE; BUKOWSKI, 2001a), Goble e Bukowski apresentam m´etodos baseados
no m´etodo de Markov para o c´alculo de determinados ´ındices probabil´ısticos em-
pregados na an´alise de confiabilidade de sistemas com m´ultiplos estados de falha.
S˜ao discutidos aspectos operacionais e de seguran¸ca e propostas modifica¸c˜oes nos
modelos de Markov para o c´alculo de ´ındices derivados, em fun¸c˜ao de um estado de
interesse em particular.
Comparada a outras t´ecnicas existentes, o m´etodo de Markov possibilita uma mo-
delagem completa, levando em considera¸c˜ao a maior parte dos aspectos que afetam
a confiabilidade de SIS. Al´em disso, este m´etodo possibilita a an´alise da dinˆamica
das transi¸c˜oes entre os diversos estados do sistema. Em (GOBLE; BUKOWSKI, 2001b)
e em (BUKOWSKI; LELE, 1997) s˜ao discutidos os fatores que ocasionam as falhas de-
vido a causas comuns e analisados seus efeitos em diversas arquiteturas de sistemas
redundantes. Em outro trabalho (BUKOWSKI, 2001), Bukowski utiliza modelos de
Markov para analisar os efeitos de inspe¸c˜oes peri´odicas no desempenho de sistemas
de seguran¸ca cr´ıticos.
Outros trabalhos semelhantes que podem ser enumerados s˜ao (M.; GOBLE; BROM-
BACHER, 1996) e (GOBLE; BUKOWSKI; BROMBACHER, 1998).
Apesar de todo o potencial demonstrado pelo m´etodo de markov, o tamanho
e a complexidade dos modelos desenvolvidos cresce em fun¸c˜ao do n´umero de fa-
tores inclu´ıdos e das diversas suposi¸c˜oes assumidas, o que exige grande capacidade
computacional, al´em de tornar a probabilidade de erros durante a constru¸c˜ao dos
modelos. Essas limita¸c˜oes levaram alguns estudiosos da ´area a questionar o uso do
m´eto do de Markov para a avalia¸c˜ao de confiabilidade de sistemas.
Apesar disso, alguns estudiosos da ´area questionam o uso do m´etodo de Markov
para a avalia¸c˜ao de confiabilidade de sistemas. Em seus trabalhos, Simpson e Kelly
(SIMPSON; KELLY, 2003) e Gulland (GULLAND, 2003) prop˜oem a proibi¸c˜ao da uti-
liza¸c˜ao do m´etodo de Markov, alegando para tal que as suposi¸c˜oes assumidas durante
a modelagem dos sistemas acarretam resultados incoerentes.
Em (BUKOWSKI, 2005), Bukowski rebate essas afirma¸c˜oes e demonstra atrav´es de
um estudo comparativo entre essas duas t´ecnicas que o m´etodo de Markov fornece
solu¸c˜oes exatas n˜ao apenas para modelos simples como tamb´em para modelos de
maior complexidade representativos de cen´arios mais realistas.
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