tanto, parâmetros, indicadores e ferramentas gerenciais são utilizados,
destacando entre estes o custo variável unitário e a margem de
contribuição.
Cita Maher (2001) que, na busca do equilíbrio entre receitas,
custos e despesas, métodos como o custeio variável e a análise de custo-
volume-lucro (CVL), largamente utilizados no setor industrial, são
trazidos para a realidade de empresas de serviços. Outra vantagem da
análise CVL é permitir análises com números totais, de forma que os
custos fixos indiretos não necessitam de rateio para integrarem as
análises.
Para Souza e Clemente (2007), já em 1936, Jonathan N. Harris,
que publicou no NACA Bulletin o primeiro artigo sistematizando os
conceitos do Custeio Variável (What did we earn last month?), talvez
não percebeu que a mudança conceitual causaria grande impacto para a
contabilidade gerencial: os conceitos de margem de contribuição;
análise custo-volume-lucro, gestão de custos fixos e, principalmente, o
deslocamento do foco de produção para as vendas. Em outras palavras,
gerenciar os custos fixos é importante, porém o que irá cobrir esse custo
fixo é a margem de contribuição resultante da venda de um determinado
produto.
Segundo este princípio, apenas os custos variáveis seriam
alocados aos produtos, enquanto que os custos fixos devem ser lançados
como despesas do período. Assim, pelo custeio variável, elimina-se a
necessidade de rateios, que são os grandes responsáveis pela inexatidão
dos custos devido aos rateios dos custos indiretos de fabricação.
A partir da informação dos custos dos centros de custos, obtida
através do RKW, é possível evoluir e obter também a receita por centros
de custos. Isso possibilita ao hospital obter a sua margem de
contribuição e o seu ponto de equilíbrio e, consequentemente, incorrer
na análise custo-volume-lucro, por centro de custos.
A utilização do RKW em um hospital constitui uma base de
dados útil para obtenção dos indicadores Ponto de Equilíbrio e Margem
de Contribuição, dentre outros. Os próprios hospitais utilizam estes
indicadores por serviço (centro de custos produtivos), ou seja, a Margem
de Contribuição por Serviço (representa quanto da receita sobra para
cobrir os custos fixos do serviço clínica de internação, por exemplo) e o
Ponto de Equilíbrio por Serviço (representa a quantidade mínima a ser
produzida e vendida, em certo período, para que todos os custos
operacionais sejam ressarcidos no serviço centro cirúrgico, por
exemplo). Para embasar esta afirmação, cita-se, por exemplo, Silva et al.
(2002), que realizaram pesquisa em hospitais de Recife, considerado o