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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA: CIÊNCIAS MÉDICAS
RESULTADOS FUNCIONAIS EM PACIENTES COM ARTROSE
PATELOFEMORAL SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA
DE INTERPOSIÇÃO RETINACULAR
Ilana Henkin Kersz
Porto Alegre
2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA: CIÊNCIAS MÉDICAS
RESULTADOS FUNCIONAIS EM PACIENTES COM ARTROSE
PATELOFEMORAL SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA
DE INTERPOSIÇÃO RETINACULAR
Ilana Henkin Kersz
Dissertação de Mestrado apresentada no Programa
de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas,
para obtenção do título de Mestre em Medicina.
Orientador: Prof. Dr.João Luiz Ellera Gomes
Porto Alegre
2007
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AGRADECIMENTOS
Ao Professor Dr. João Luiz Ellera Gomes, pelos ensinamentos, orientação e
dedicação.
Aos professores do Curso de Pós-Graduação em Ciências Médicas, pelo
aprendizado proporcionado.
À minha família, e em especial à minha mãe, pelo permanente incentivo
durante a execução deste trabalho.
RESUMO
Título: Resultados funcionais em pacientes com artrose patelofemoral submetidos
à artroplastia de interporsição retinacular
Introdução: A degeneração da articulação patelofemoral é uma patologia relativamente
comum, ocorrendo em 5% a 9% dos pacientes com artrose isolada do joelho. Avanço
progressivo do processo degenerativo acompanhado de dor, rigidez articular e considerável
limitação funcional são achados comumente presentes, tornando-se, muitas vezes,
necessária a adoção de intervenções cirúrgicas. O tratamento cirúrgico para pacientes
jovens, apresentando estágio avançado de artrose isolada da articulação patelofemoral,
permanece controverso. Diversas técnicas cirúrgicas, incluindo liberação do retináculo
lateral, avanço da tuberosidade tibial, implante autólogo de condrócitos, patelectomia,
artroplastia patelofemoral e artroplastia total do joelho têm sido empregadas, apresentando
ampla variação nos índices de sucesso. Além disso, a rotina pós-operatória e a necessidade
de imobilização e proteção do reparo, após alguns procedimentos, tendem a repercutir nos
resultados funcionais finais e no retorno às atividades de vida diária. Não há solução perfeita
para o tratamento cirúrgico da artrose patelofemoral isolada. As opções terapêuticas
disponíveis até proporcionam resultados funcionais aceitáveis, mas os problemas inerentes
a cada uma delas não podem ser considerados desprezíveis. Algumas das cirurgias sem
implantes artificiais costumam comprometer, significativamente, a morfologia articular, com
resultados estéticos bastante desconfortáveis, principalmente para pacientes do sexo
feminino. As cirurgias com implantes, por outro lado, agregam um custo adicional
significativamente alto, na forma do valor intrínseco desses implantes, já que os demais
custos hospitalares são equivalentes aos procedimentos convencionais. Dessa forma, o
desenvolvimento de um procedimento cirúrgico alternativo, capaz de promover alívio das
queixas álgicas, melhora funcional, reabilitação precoce e resultado estético aceitável traria
não somente grandes benefícios para os pacientes com artrose patelofemoral em estágios
avançados de comprometimento articular, como também certo alívio para os gestores das
secretarias municipais de saúde no que se refere ao alto custo dos implantes.
Objetivo: Avaliar os resultados funcionais de pacientes com artrose patelofemoral
submetidos a uma nova técnica cirúrgica, artroplastia de interposição retinacular.
Material e Métodos: O estudo descreve uma série de 11 casos de pacientes com
diagnóstico de artrose patelofemoral isolada, submetidos à artroplastia de interposição
retinacular no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre, que foram avaliados quanto à função e movimento articular do joelho durante o pré e
o pós-operatório. O tempo de seguimento pós-operatório foi de, no mínimo, 2 anos. A
avaliação da função foi realizada utilizando-se a Escala de Atividades de Vida Diária para
Análise do Joelho. As amplitudes de movimento de flexão e extensão do joelho foram
mensuradas por meio de um goniômetro universal. Foram comparados os resultados
obtidos durante o pré e pós-operatório.
Resultados: Após um período médio de seguimento de 25,9 meses (entre 24 e 29 meses),
10 dos 11 pacientes apresentaram melhora nos resultados funcionais. A média de escores
da Escala de Atividades de Vida Diária para Análise do Joelho foi 34,0 ± 12,4 (IC 95%=25,7-
42,3) antes da cirurgia e 55,8 ± 11,2 (IC95%=48,3-63,4) após a cirurgia, apresentando uma
melhora estatisticamente significativa (p<0,001). O paciente que não evidenciou melhora
funcional pós-operatória apresentou progressão da artrose tibiofemoral e, após 2 anos de
pós-operatório, foi submetido à artroplastia total do joelho. Não foi observado aumento
4
estatisticamente significativo na amplitude de movimento de flexão e extensão do joelho
após a cirurgia.
Conclusão: A artroplastia de interposição retinacular proporcionou bons resultados
funcionais em pacientes com artrose da articulação patelofemoral, podendo ser uma
alternativa cirúrgica para pacientes jovens e de meia idade com processo degenerativo
articular em estágio avançado.
Palavras-chave:artrose patelofemoral, artroplastia de interposição, resultados funcionais.
ABSTRACT
Title: Functional outcomes with retinacular interposition arthroplasty in patients with
patellofemoral arthrosis
Introduction: The degeneration of the patellofemoral joint is a relatively common patology.
Patellofemoral artrhosis occurs in between 5% and 9% of patients with knee arthrosis. The
frequent clinical findings observed in the presence of progressive degenerative process are
pain, joint stiffness, and considerable functional impairment, which many a time requires
surgical intervention. Yet, in the case of young patients in an advanced stage of isolated
patellofemoral arthrosis, surgical approaches to treatment are surrounded by controversy.
Several surgical techniques have been employed to varying degrees of success, including
lateral reticular release, advancement of tibial tuberosity, autologous chondrocyte
implantation, patellectomy, patellofemoral arthroplasty and total knee arthroplasty. Besides,
the different postoperative routines adopted, at times followed by periods of immobilization
and protection of the surgical repair performed, tend to lead to different functional outcomes
and to influence the resumption of daily living activities. There is no ideal solution to the
surgical treatment of isolated patellofemoral arthrosis. The therapeutic alternatives available
do indeed manage to produce acceptable outcomes, but the issues inherent to each choice
cannot be ignored. Some surgical procedures that do not use artificial implantations usually
compromise significantly the joint morphology, and follow-up involves undesired esthetic
results, specially for female patients. Conversely, surgeries that use implantations impose
rising additional costs expressed by the intrinsic values of the implantation, as the other
hospital expenditures are equivalent to conventional medical procedures. Therefore, the
development of an alternative surgical procedure that promotes pain relief, functional
improvements, with an early rehabilitation and an acceptable esthetic result, would bring not
only substantial benefits to patients who suffer from patellofemoral arthrosis with advanced
commitment of the joint, but also a certain relief to health authorities as regards high
implantation costs.
Aim: To evaluate the functional outcomes of patients with patellofemoral arthrosis who
underwent a new surgical technique, retinacular interposition arthroplasty.
Materials and methods: The present study is a case series. Eleven patients with positive
diagnosis for isolated patellofemoral arthrosis who underwent to retinacular interposition
arthroplasty were evaluated in the Orthopedics and Traumatology Service of Hospital de
Clínicas de Porto Alegre for function and articular range of motion of the knee during the pre-
and postoperative period. Follow-up was at least 2 years. The evaluation of function was
carried out using the Knee Outcome Survey Activities of Daily Living Scale. The range of
flexion and extension motion were measured by means of a goniometer. Pre- and
postoperative results were compared.
Results: After an average follow-up period of 25.9 months (between 24 and 29 months), 10
of the 11 patients showed improved functional outcomes. Average scores obtained by the
Knee Outcome Survey Activities of Daily Living Scale was 34.0 ± 12.4 (CI 95% = 25.7 –
42.3) before surgery and 55.8 ± 11.2 (CI 95% = 48.3 – 63.4) after surgery, with a statistically
significant improvement (P < 0.001). One patient did not present any functional improvement,
and presented a progression of the femorotibial arthrosis. Two years after the end of the
postoperative period, the patient underwent total knee arthroplasty. No statistically significant
increase was observed in motion of knee flexion and extension after the surgery.
6
Conclusion: Retinacular interposition arthroplasty afforded good functional results in
patients with isolated arthrosis of the patellofemoral joint. The technique may be a surgical
alternative for young and middle-aged patients who suffer from articular degenerative
process at advanced stage.
Keywords: patellofemoral arthrosis, interposition arthroplasty, functional outcome.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................8
2 REVISÃO DA LITERATURA ..............................................................................................11
2.1 ARTROSE PATELOFEMORAL.......................................................................................12
2.2 TRATAMENTOS CIRÚRGICOS CONVENCIONAIS.......................................................14
2.2.1 Liberação do Retináculo Lateral................................................................................14
2.2.2 Avanço da Tuberosidade Tibial..................................................................................15
2.2.3 Técnicas de Reparo da Cartilagem............................................................................17
2.2.4 Patelectomia.................................................................................................................18
2.2.5 Artroplastia Patelofemoral..........................................................................................20
2.2.6 Artroplastia Total do Joelho.......................................................................................22
2.3 TRATAMENTO CIRÚRGICO ALTERNATIVO ................................................................23
3 OBJETIVO...................................................................................................................... ...25
4 REFERÊNCIAS................................................................................................................. 27
5 ARTIGO EM INGLÊS........................................................................................................ 33
6 ARTIGO EM PORTUGUÊS............................................................................................... 57
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS.............................................................. 81
APÊNDICES......................................................................................................................... 83
APÊNDICE A: TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO........................................... 84
APÊNDICE B: FICHA DE COLETA DE DADOS................................................................. 86
ANEXO................................................................................................................................. 87
ANEXO A: ESCALA DE ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA PARA ANÁLISE DO
JOELHO ............................................................................................................. 88
1 INTRODUÇÃO
9
A artrose patelofemoral, de forma isolada ou associada a outros compartimentos do
joelho, tem sido observada com relativa freqüência
1-3
. Avanço progressivo do processo
degenerativo acompanhado de dor, rigidez articular e considerável limitação funcional são
achados comumente presentes
4
, tornando, muitas vezes, necessária a adoção de
intervenções cirúrgicas.
O tratamento cirúrgico para pacientes jovens, apresentando estágio avançado de
artrose isolada da articulação patelofemoral, permanece controverso. Diversas técnicas
cirúrgicas, incluindo liberação do retináculo lateral
5
, avanço da tuberosidade tibial
6
, implante
autólogo de condrócitos
7,8
, patelectomia
9-12
, artroplastia patelofemoral
13-18
e artroplastia total
do joelho
4,19,20
têm sido empregadas, apresentando ampla variação nos índices de sucesso.
Além disso, a rotina pós-operatória e a necessidade de imobilização e proteção do reparo,
após alguns procedimentos, tendem a repercutir nos resultados funcionais finais e no
retorno às atividades de vida diária.
Não há solução perfeita para o tratamento cirúrgico da artrose patelofemoral isolada.
As opções terapêuticas disponíveis até proporcionam resultados funcionais aceitáveis, mas
os problemas inerentes a cada uma delas não podem ser considerados desprezíveis.
Algumas das cirurgias sem implantes artificiais costumam comprometer, significativamente,
a morfologia articular, com resultados estéticos bastante desconfortáveis, principalmente
para pacientes do sexo feminino. As cirurgias com implantes, por outro lado, agregam um
custo adicional significativamente alto, na forma do valor intrínseco desses implantes, já que
os demais custos hospitalares são equivalentes aos procedimentos convencionais.
Dessa forma, o desenvolvimento de um procedimento cirúrgico alternativo, capaz de
promover alívio das queixas álgicas, melhora funcional, reabilitação precoce e resultado
estético aceitável, traria não somente grandes benefícios para os pacientes com artrose
patelofemoral em estágios avançados de comprometimento articular, como também certo
alívio para os gestores das secretarias municipais de saúde no que se refere ao alto custo
dos implantes. Por essas razões, este estudo busca avaliar os resultados funcionais de
10
pacientes com artrose patelofemoral submetidos a uma técnica de artroplastia de
interposição retinacular, tendo em vista que, no caso de esses resultados se mostrarem
satisfatórios, pode-se, com maior segurança, utilizar uma alternativa cirúrgica prévia à
prótese de joelho, principalmente em pacientes jovens e de meia idade em estágio
avançado de artrose patelofemoral isolada.
2 REVISÃO DA LITERATURA
12
2.1 ARTROSE PATELOFEMORAL
A degeneração da cartilagem da articulação patelofemoral é uma patologia
relativamente comum
1
. Embora seja considerada como doença primariamente do idoso
4
,
não é raro o aparecimento da artrose patelofemoral em indivíduos jovens e, freqüentemente,
assintomáticos
1
.
A presença isolada da artrose patelofemoral ocorre em 5% a 9% dos pacientes com
artrose do joelho
2-4
. Nos pacientes com idade superior a 60 anos, tem sido observada em
13,6% das mulheres e 15,4% dos homens
2
.
A artrose aparece como resultado de um distúrbio no equilíbrio fisiológico existente
entre a pressão e a resistência dos tecidos articulares
21
. É comum o envolvimento de todos
os tecidos que compõem a articulação, incluindo a cartilagem articular, osso metafisário e
subcondral, tecido sinovial, ligamentos, cápsula articular e músculos que atuam na
articulação
22
.
A carga mecânica que excede a habilidade da articulação de reparar-se ou manter-
se é fator de risco universal para o desenvolvimento da degeneração articular. A
predisposição genética, obesidade, sexo feminino e lassidão articular também têm sido
identificados como fatores relevantes no desenvolvimento do processo degenerativo
articular
23
.
O uso repetitivo da articulação, ao longo das décadas
23,24
, instabilidade femorotibial
23
,
luxação e subluxação patelar
25,26
, incongruência articular pós-traumática
23,27
, valgismo e
varismo
28
ou mau alinhamento
3,23,28
podem criar demandas mecânicas que danificam as
superfícies articulares predispondo o desenvolvimento da artrose em geral e da
patelofemoral em particular
23
.
13
Por outro lado, estudos clínicos
25,26
têm descrito uma maior prevalência de lesões
condrais na faceta lateral da patela, sugerindo que há maior sobrecarga lateral do que nos
aspectos medial e central da patela
29
.
Pacientes com artrose patelofemoral, normalmente, apresentam dor anterior no
joelho, exacerbada ao subir ou descer escadas e levantar da cadeira
4
. A dor é
freqüentemente associada com crepitação retropatelar, acentuando-se quando há
compressão da patela no sulco durante o movimento de flexão do joelho
4,26,30
ou durante o
movimento de extensão contra a resistência
31
. Um sinal comum da artrose patelofemoral
sintomática é a sensibilidade da faceta lateral da patela (ou ocasionalmente medial)
32
.
Limitação do movimento de flexão, edema, queixas de rigidez e falseio e atrofia do
quadríceps são freqüentes. A patela pode estar cronicamente inclinada com ou sem
subluxação
31
.
Histologicamente, a artrose é caracterizada por fibrilação da zona superficial da
cartilagem articular, estendendo-se à zona transicional; diminuição da detecção de
proteoglicans nas zonas superficial e transicional; invasão de íons de transição por vasos do
osso subcondral e remodelamento do osso subcondral
22
.
Os achados radiográficos incluem estreitamento do espaço articular, formação
periarticular de osteófitos, esclerose subcondral e, em alguns pacientes, inclinação patelar
lateral e translação lateral da patela
4,33
.
Apesar de a dor e rigidez serem secundárias à degeneração articular, a
apresentação radiológica nem sempre está relacionada à gravidade dos sintomas. É
possível encontrar dor leve ou moderada em pacientes com avançado comprometimento
articular, e pacientes com moderada degeneração da cartilagem apresentando dor severa e
importante limitação da mobilidade articular
22
.
A progressão do processo degenerativo pode ser lenta e gradual, levando anos ou
décadas, pode estacionar temporariamente, ou avançar, rapidamente, causando séria
14
incapacidade funcional
22
. Nos estágios iniciais, o tratamento conservador pode apresentar
resultados satisfatórios com uso de antiinflamatórios não esteróides, fisioterapia e
eliminação das atividades dolorosas
34
. Em estágios avançados de degeneração articular, o
tratamento deve ser cirúrgico.
2.2 TRATAMENTOS CIRÚRGICOS CONVENCIONAIS
2.2.1 Liberação do Retináculo Lateral
A liberação do retináculo lateral pode ser realizada aberta ou artroscopicamente, de
forma isolada ou em conjunção com outros procedimentos
5
, no tratamento da dor
35,36
, mau
alinhamento
35
, síndrome de hiperpressão patelar lateral
37
, instabilidade
35
, condromalácia
patelar
35-37
, subluxação e deslocamento patelar
37
e artrose patelofemoral
35
.
Os objetivos primários são diminuir as forças de translação e lateralização exercidas
sobre a patela
35
e denervar o retináculo lateral doloroso
38
.
Atualmente, a indicação do procedimento tem sido, principalmente, defendida para
casos de hiperpressão patelar lateral
38
e inclinação patelar anormal
39
, com mínima ou
nenhuma artrose
38
, devendo ser evitada nos estágios avançados de degeneração da
cartilagem articular
40,41
. De acordo com DiGiulio
42
(2004), é importante cuidado especial com
a presença de degeneração da faceta articular patelar medial ou tróclea, pois a liberação
retinacular pode gerar aumento de forças nessas áreas, resultando em exacerbação da dor
patelofemoral.
Há autores, no entanto, que indicam a liberação do retináculo lateral para pacientes
com alterações degenerativas avançadas da articulação patelofemoral. Aderinto e Cobb
5
15
(2002) realizaram 53 liberações do retináculo lateral em joelhos com osteoartrose
patelofemoral, sem mau alinhamento ou instabilidade. Após um período médio de 31 meses
de seguimento (12 a 65 meses), observaram alívio da dor em 80% dos pacientes, sendo
que 33% dos pacientes estavam muito satisfeitos, 26% satisfeitos e 41% insatisfeitos.
Segundo os autores, o procedimento proporciona alívio temporário da dor, prorrogando a
realização de artroplastia patelofemoral ou artroplastia total do joelho.
Apesar de, recentemente, observar-se considerável redução do número de casos de
hemartrose, esta é, ainda, a principal complicação após a liberação do retináculo lateral,
apresentando uma incidência em torno de 6%
42
. A hemartrose associada à reação sinovial e
propensão à formação de tecido cicatricial pode resultar em perda de movimento articular
43
.
O avanço da idade também parece contribuir para a piora nos resultados
43
, os quais, mesmo
quando satisfatórios, podem deteriorar com o passar dos anos
36,43
.
2.2.2 Avanço da Tuberosidade Tibial
O avanço da tuberosidade tibial, descrito por Maquet
6
, em 1976, tem sido
empregado usando uma ampla variedade de técnicas. As indicações incluem a artrose
patelofemoral e condromalácia patelar
6,44,45
.
O princípio biomecânico do procedimento baseia-se em reduzir as forças
compressivas no compartimento patelofemoral, a partir do deslocamento da inserção do
tendão patelar e conseqüente aumento do seu braço de alavanca. Ao minimizar as forças
reativas na articulação patelofemoral, é possível maior eficiência do quadríceps, sendo
realizado o mesmo trabalho, mas com necessidade de menor força
6
.
Maquet
6
, observou que o avanço da tuberosidade tibial de 2 cm reduziu a força
compressiva na articulação patelofemoral em 50% no início da fase de apoio da marcha. As
16
elevações de 1cm
45
e 1,5 cm
46,47
também demonstraram redução na força compressiva
articular. No entanto, elevações de 2 e 3 cm têm demonstrado gerar aumento de forças
compressivas
45
.
Estudos clínicos têm registrado resultados satisfatórios em um número considerável
de pacientes. Maquet
6
obteve 36 resultados bons ou excelentes em 37 casos
acompanhados por um período médio de 4.7 anos. Schmid
48
(1993) descreveu os
resultados de 30 pacientes (35 joelhos) com artrose patelofemoral avaliados após um
período médio de 16 anos (10 a 20 anos). Vinte e oito joelhos (80%) apresentaram
resultados muito bons ou bons. O procedimento alcançou alguma melhora mesmo nos
joelhos que foram classificados como regulares ou ruins. Os resultados pobres, após o
avanço da tuberosidade tibial têm sido atribuídos a problemas sociais e psicológicos, e
artrose tibiofemoral concomitante
49
.
Índice de complicações de até 40% tem sido descrito após o avanço da tuberosidade
tibial
46
. As complicações incluem necrose de pele
6,50
, fratura do aspecto proximal da tíbia,
atraso na consolidação e rigidez articular
46
.
O aspecto cosmético também deve ser considerado. Embora elevações anteriores
de 1cm a 1,5 cm tornem-se imperceptíveis e permitam ao paciente se ajoelhar sem
desconforto
51
, valores superiores comprometem a estética do joelho.
A transferência ântero-medial do tubérculo tibial, modificação da técnica de Maquet,
descrita por Fulkerson, tem sido empregada para proporcionar redução da pressão nos
aspectos lateral e distal da patela enquanto é restaurado o adequado funcionamento do
mecanismo extensor
29
. O procedimento é apropriado para aliviar a pressão na tróclea
lateral, no entanto parece não ser benéfico para defeitos condrais centrais, podendo,
inclusive, agravar os resultados clínicos quando usado em defeitos mediais
52
.
17
2.2.3 Técnicas de Reparo da Cartilagem
Técnicas como microfratura, espongialização, e artroplastia por abrasão são
empregadas para estimular a cicatrização da cartilagem
38
.
A microfratura induz a resposta
de cicatrização na cartilagem articular lesada a partir da produção de microlesões no osso
subcondral, estimulando a proliferação de células de origem mesenquimal
53
. Na
espongialização, é feita a remoção da camada subcondral, expondo o osso esponjoso
enquanto que a artroplastia por abrasão penetra, parcialmente, a camada subcondral,
removendo o limite da cartilagem calcificada
54
.
A maioria dessas estratégias de reparo tem proporcionado alívio dos sintomas e
melhora da função articular, embora muitas falhem em prevenir futura degeneração do
tecido de reparo e do tecido receptor circundante. A degeneração é devida, em parte, à
natureza do tecido de reparo fibrocartilaginoso. Funcionalmente, este tecido pode falhar ao
resistir às demandas mecânicas, acarretando futura deterioração
55
.
O implante autólogo de condrócitos foi introduzido em 1987, na Suécia, para o
tratamento de defeitos da espessura total da cartilagem
42
. Brittberg et al.
7
(1994) publicaram
os primeiros resultados de um estudo piloto com o implante autólogo de condrócitos
realizado em 23 pacientes com defeitos isolados da cartilagem do joelho devido a trauma ou
osteocondrite dissecante. Após 3 anos de seguimento, 14 dos 16 pacientes com defeitos
femorais apresentaram considerável recuperação da função do joelho. Os resultados dos 7
pacientes com transplante patelar foram desapontadores. Cinco pacientes apresentaram
melhora da função articular, mas somente 2 tiveram resultados bons ou excelentes,
indicando que o procedimento pode ser benéfico para o tratamento dos defeitos tíbio-
femorais.
Alguns anos após, Peterson et al.
8
(2000), dando seguimento ao trabalho descrito
por Brittberg et al.
7
, publicaram os resultados obtidos com 93 pacientes, após um período de
18
2 a 9 anos de pós-operatório. Dessa vez, o procedimento para as lesões patelares foi
acompanhado de debridamento mais radical do tecido condromalácico em adição ao
realinhamento patelar quando necessário. Houve melhora considerável nos resultados,
sendo excelentes ou bons em 92% dos pacientes com lesões isoladas do côndilo femoral,
89% dos pacientes com osteocondrite dissecante, 75% dos pacientes com defeitos femorais
submetidos à concomitante reconstrução do ligamento cruzado anterior, 67% das lesões
múltiplas, e em 80% dos pacientes com lesão patelar com realinhamento.
Spak e Teitge
56
, em 2006, também observaram melhora da função em pacientes com
artrose patelofemoral isolada, atribuindo à técnica a vantagem de prorrogar a realização da
artroplastia total do joelho em pacientes jovens.
Ainda assim, os maus resultados com o implante autólogo de condrócitos na patela,
observados a partir do estudo descrito Brittberg
7
, levaram o Food and Drug Administration
(FDA) a autorizar nos Estados Unidos, somente o uso do implante autólogo de condrócitos
no tratamento das lesões do fêmur
54
. A técnica cirúrgica demonstra ser um método aplicável
a uma ampla variedade de lesões, oferecendo certa percentagem de resultados clínicos
bons a excelentes no tratamento das lesões da tróclea e côndilos femorais, todavia tem sido
empregada com cautela nas lesões da patela.
2.2.4 Patelectomia
A patelectomia é um antigo procedimento cirúrgico indicado no tratamento da
osteoartrite patelofemoral
9-12
, condromalácia
9-12,57
, dor anterior no joelho
10
, fraturas da
patela
9-12,57
, subluxação patelar
9
, tuberculose, infecção e tumor
58
.
19
A principal função biomecânica da patela é aumentar o braço de alavanca efetivo do
quadríceps ao realizar a extensão do joelho
59
, e a sua importância tem sido demonstrada em
diversos estudos
57,60,62,63
.
Resultados bons ou excelentes têm sido observados em 53% a 96% dos pacientes
submetidos à patelectomia
9,10,58,64
. A evolução clínica e funcional parece estar relacionada
com o tempo de seguimento pós-operatório. Steurer et al
9
, em 1979, observaram resultados
excelentes ou bons em 96% dos joelhos com problemas patelofemorais acompanhados por
um tempo mínimo de um ano após a cirurgia. Geckeler
64
, em 1962, obteve resultados
satisfatórios em até 74% dos casos, após um período médio de 9 anos (5 a 16 anos).
Lennox
10
(1994) avaliou pacientes submetidos à patelectomia por dor anterior no joelho (52),
osteoartrose patelofemoral (25) e fraturas cominutivas (6) após um período de 14 a 50 anos.
Somente 54% dos pacientes do grupo da osteoartrose apresentaram satisfatório alívio da
dor, sendo que a maioria apresentou deterioração progressiva da função.
As implicações da excisão da patela na função do joelho são amplamente difundidas
na literatura
57,65-67
. A força do quadríceps pode alcançar reduções de 30%
61
a 50%
11
,
levando muitos pacientes a se queixarem de instabilidade articular pós-operatória
10,68
.
Peeples e Margo
57
(1978) avaliaram a função pós-operatória de 49 casos de fratura
da patela e 24 casos de condromalácia submetidos à patelectomia. A dor esteve presente
em 1/3 dos pacientes com fratura e em 2/3 com condromalácia. Além de queixas de
fraqueza muscular, presentes em mais da metade dos pacientes de cada grupo, limitação
do movimento articular ocorreu na maioria dos pacientes, implicando incapacidade para
agachar.
A patela também possui importante função na estética e proteção do joelho. Isso
pode ser observado durante o movimento de flexão
69
, quando os côndilos femorais são
facilmente aparentes na ausência da patela
59
. Após a patelectomia, os côndilos femorais
ficam mais suscetíveis ao trauma, observa-se aparência assimétrica dos joelhos
57
, bem
como tem sido descrita progressão de alterações degenerativas
9
. Além disso, a
20
patelectomia reduz a probabilidade de sucesso em caso de necessidade de futura
artroplastia total do joelho
70
.
2.2.5 Artroplastia Patelofemoral
A artroplastia patelofemoral ainda é controversa no tratamento da artrose
patelofemoral. O procedimento apresenta a vantagem de preservar os meniscos e os
ligamentos cruzados, proporcionando a cinemática natural da articulação
29
. No entanto, os
resultados obtidos a partir da substituição da articulação patelofemoral são bastante
variados.
Arciero e Toomey
13
(1988), revisaram os resultados de 25 artroplastias
patelofemorais em 22 pacientes com artrose patelofemoral. Após um período médio de 5,3
anos, foram observados resultados bons ou excelentes em 72% das artroplastias. Os maus
resultados foram associados à presença ou desenvolvimento de artrose tibiofemoral, mau
alinhamento patelofemoral persistente, mau posicionamento dos componentes e dor anterior
no joelho persistente. Smith et al.
14
(2002) observaram resultados bons ou excelentes em
64% dos 29 pacientes submetidos à artroplastia patelofemoral com a prótese de Lubinus.
Os piores resultados foram observados nos joelhos com evidência radiográfica e
artroscópica de artrose no compartimento medial, presentes durante o pré-operatório.
Necessidade de outras intervenções cirúrgicas não são raras após a artroplastia
patelofemoral. Blazina et al.
71
, em 1979, avaliaram 85 pacientes com média de idade de 39
anos, após um período médio de seguimento de 21,7 meses. Embora muitos pacientes
tenham apresentado melhora nos sintomas e funcionalidade, 30 pacientes necessitaram
uma segunda cirurgia e 9 necessitaram de revisão dos componentes. Kooijman et al
16
, em
2003, estudaram 45 joelhos com artrose patelofemoral submetidos à artroplastia
21
patelofemoral com o modelo de prótese Richards II. Em 86% dos joelhos, foram observados
resultados satisfatórios. Manipulação sob anestesia, artroscopia ou debridamento aberto da
articulação foram necessários em 18% dos pacientes. Dez pacientes necessitaram
conversão para a artroplastia total do joelho, após uma média de 17 anos.
Progressão da degeneração tibiofemoral e necessidade de conversão para a
artroplastia total do joelho tem sido uma complicação freqüente após a artroplastia
patelofemoral
72
. Acroyd
17
(2005) realizou um estudo prospectivo em 306 artroplastias
patelofemorais AVON realizadas em 240 pacientes. O período de seguimento variou entre 8
meses e 5 anos. Complicações precoces foram observadas em 55% dos joelhos, incluindo
discreto mau alinhamento e sinovite que implicou limitação da amplitude de movimento e
necessidade de manipulação sob anestesia. O principal problema, a longo prazo, foi a
progressão da doença nos compartimentos tibiofemoral medial e lateral, observada em 14
pacientes (16 joelhos, 5%). Dez destes pacientes (11 joelhos, 3,6%), com progressão da
doença, necessitaram de revisão para artroplastia total do joelho.
Um novo modelo de prótese patelofemoral foi desenvolvido, recentemente, por
Merchant, em 2004
18
. O autor descreve os resultados de 15 pacientes, com média de idade
de 48,8 anos, acompanhados por um período médio de 3,75 anos após a cirurgia. Quatorze
(93%) dos 15 pacientes apresentaram resultados excelentes (7), ou bons (7) de acordo com
a escala de avaliação das atividades de vida diária. Um paciente persistiu apresentando dor
anterior no joelho. De acordo com o autor, o novo modelo oferece a vantagem de o
componente patelar se articular de forma exata com os componentes troclear e femoral do
sistema total de joelho. Dessa forma, o componente patelar, bem fixado, não necessitará de
revisão se, no futuro, a progressão da doença, no compartimento tibiofemoral, requerer a
conversão para a artroplastia total do joelho.
A artroplastia patelofemoral pode ser uma alternativa em pacientes demasiadamente
jovens para serem submetidos à artroplastia total do joelho. No entanto, o paciente
submetido a tal opção cirúrgica deverá estar de acordo com as diversas restrições pós-
22
operatórias que incluem não realizar agachamentos amplos; praticar atividades
recreacionais, como caminhadas e andar de bicicleta, de forma moderada, e jogar tênis
apenas socialmente. De acordo com os próprios fabricantes das próteses, caso as
expectativas do paciente superem os parâmetros propostos, o procedimento não deve ser
indicado
73
.
2.2.6 Artroplastia Total do Joelho
A artroplastia total do joelho tem demonstrado resultados satisfatórios no tratamento
da artrose isolada da articulação patelofemoral
19,20
, com relatos de melhora funcional e de
movimento articular tão boa ou superior a observada em pacientes com artrose
tricompartimental
4
.
Laskin et al.
4
revisaram os resultados da artroplastia total do joelho em pacientes
com mais de 65 anos de idade com artrose patelofemoral isolada pareados com pacientes
com artrose tricompartimental. Após um período médio de 7,4 anos de seguimento, os
pacientes com artrose patelofemoral isolada apresentaram escore do joelho (média de 96
pontos) superior ao grupo com artrose tricompartimental (média de 88 pontos). A amplitude
de movimento articular pós-operatória foi de 122 graus no primeiro grupo e de 117 graus no
grupo da artrose tricompartimental. Além disso, 82% dos pacientes com artrose isolada
puderam subir e descer escadas após a cirurgia, enquanto que tal atividade só foi possível
em 72% dos pacientes do outro grupo.
Apesar dos bons resultados da artroplastia total do joelho em pacientes com artrose
patelofemoral isolada, a possibilidade de soltura asséptica precoce dos componentes da
prótese em pacientes jovens e ativos é um aspecto a ser considerado. Lonner et al.
74
examinaram 32 pacientes com menos de 40 anos que apresentavam osteoartrose e foram
23
tratados com artroplastia total do joelho. Após oito anos, foi observado um índice de soltura
de 12,5%. Harrysson et al.
75
verificaram um índice cumulativo de revisão da artroplastia total
do joelho de 13% em pacientes com menos de sessenta anos de idade versus 6% em
pacientes com mais de sessenta anos, após 8,5 anos de pós-operatório. É de consenso
geral que a artroplastia total do joelho deve ser indicada no tratamento da doença
degenerativa articular, mas, se possível, deve ser protelada para os pacientes mais jovens.
2.3 TRATAMENTO CIRÚRGICO ALTERNATIVO
A artroplastia do joelho, há muitos anos, é foco de interesse de cirurgiões
ortopedistas. Verneuil, em 1860, foi o primeiro a propor a interposição de tecidos moles
entre extremidades ósseas para prevenir a anquilose. Este procedimento foi denominado
artroplastia de interposição. Desde então, uma grande variedade de materiais foram usados,
incluindo gordura, fáscia lata, pele, dura-máter, bursa pré-patelar, entre outros
76
. Apesar das
diversas variações nas técnicas cirúrgicas e dos materiais usados para a interposição, os
resultados, geralmente, foram insatisfatórios, com flexão do joelho atingindo
aproximadamente 60°
77
e apresentação de significativa deterioração com o passar do
tempo
76,78
.
Embora a artroplastia de interposição tenha deixado de ser usada no tratamento da
anquilose do joelho, boa evolução tem sido observada em pacientes com artrite reumatóide
no cotovelo associada a dor e moderada limitação do movimento articular
79
. Amplitude de
movimento funcional, dor leve e estabilidade articular podem ser esperadas para a maioria
dos pacientes. O procedimento tem sido indicado especialmente para pacientes mais jovens
com artrite reumatóide ou pós-traumática, nos quais as demandas funcionais são
demasiadamente altas para serem submetidos à artroplastia total do cotovelo
78
.
24
Apesar de, biomecanicamente, um pouco diferentes, tanto a articulação do cotovelo
como a da patelofemoral são articulações de tração e não de compressão.
Conseqüentemente, uma vez associada à diminuição da espessura da patela, que por si só
já diminui significativamente a pressão patelofemoral, a interposição da fáscia lata e do
retináculo pré-patelar, potencialmente, poderia propiciar uma sensível redução da
sintomatologia dos pacientes. Além disso, esse tipo de procedimento assemelha-se à
técnica utilizada no transplante autólogo de condrócitos, em que a úlcera condral é
recoberta com uma manta de tecido periostal, omitindo-se apenas a etapa do transplante de
células.
3 OBJETIVO
26
Avaliar os resultados funcionais de pacientes com artrose patelofemoral submetidos
a uma nova técnica cirúrgica, artroplastia de interposição retinacular.
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5 ARTIGO EM INGLÊS
34
FUNCTIONAL OUTCOMES WITH RETINACULAR INTERPOSITION ARTHROPLASTY IN
PATIENTS WITH PATELLOFEMORAL ARTHROSIS
Ilana Henkin Kersz
João Luiz Ellera Gomes
Orthopedics and Traumatology Service
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Federal University of Rio Grande do Sul
Corresponding author:
Dr. João Luiz Ellera Gomes
Serviço de Ortopedia e Traumatologia
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Rua São Luis, 1127/501
Porto Alegre, RS – Brasil – 90620-170
Phone/Fax: +55(51)21018000
35
ABSTRACT
Introduction: Different surgical techniques have been advocated for the treatment of
isolated patellofemoral arthrosis, with large variation in success rates and functional
recovery. It is important to establish an alternative surgical procedure for young patients at
an advanced stage of articular degeneration.
Aim:To evaluate the functional outcomes of patients with patellofemoral arthrosis who
underwent a new surgical technique, retinacular interposition arthroplasty.
Materials and methods: The present study is a case series. Eleven patients with positive
diagnosis for isolated patellofemoral arthrosis who underwent to retinacular interposition
arthroplasty were evaluated in the Orthopedics and Traumatology Service of Hospital de
Clínicas de Porto Alegre for function and articular range of motion of the knee during the pre-
and postoperative period. Follow-up was at least 2 years. The evaluation of function was
carried out using the Knee Outcome Survey Activities of Daily Living Scale. The range of
flexion and extension motion were measured by means of a goniometer. Pre- and
postoperative results were compared.
Results: After an average follow-up period of 25.9 months (between 24 and 29 months), 10
of the 11 patients showed improved functional outcomes. Average scores obtained by the
Knee Outcome Survey Activities of Daily Living Scale was 34.0 ± 12.4 (CI 95% = 25.7 –
42.3) before surgery and 55.8 ± 11.2 (CI 95% = 48.3 – 63.4) after surgery, with a statistically
significant improvement (P < 0.001). One patient did not present any functional improvement,
and presented a progression of the femorotibial arthrosis. Two years after the end of the
postoperative period, the patient underwent total knee arthroplasty. No statistically significant
increase was observed in motion of knee flexion and extension after the surgery.
Conclusion: Retinacular interposition arthroplasty afforded good functional results in
patients with isolated arthrosis of the patellofemoral joint. The technique may be a surgical
alternative for young and middle-aged patients who suffer from articular degenerative
process at advanced stage.
Keywords: patellofemoral arthrosis; interposition arthroplasty; functional outcome.
36
INTRODUCTION
The degeneration of the patellofemoral joint is a relatively common pathology
1.
The
disorder occurs in between 5%and 9% of knee arthrosis patients
2-4
. Among the frequent
clinical findings observed are the progressive degenerative process accompanied by pain,
joint stiffness, and considerable functional impairment
2
, which many a time requires surgical
intervention.
Yet, in the case of young patients in an advanced stage of isolated patellofemoral
arthrosis, surgical approaches to treatment are surrounded by controversy. Several surgical
techniques have been employed to varying degrees of success, including lateral reticular
release
5
, advancement of tibial tuberosity
6
, autologous chondrocyte implantation
7,8
,
patellectomy
9-12
, patellofemoral arthroplasty
13-18
and total knee arthroplasty
2,19,20
. Besides, the
different postoperative routines adopted, at times followed by periods of immobilization to
protect the surgical repair performed, tend to lead to clearly different functional outcomes and
to influence the resumption of daily living activities.
There is no ideal solution to the surgical treatment of isolated patellofemoral arthrosis.
The therapeutic alternatives available do indeed manage to produce acceptable outcomes,
but the issues inherent to each choice cannot be ignored. Some surgical procedures that do
not use artificial implantations usually compromise significantly the joint morphology, and
follow-up involves undesired esthetic results, specially for female patients. Conversely,
surgeries that use implantations impose rising additional costs expressed by the intrinsic
values of the implantation, as the other hospital expenditures are equivalent to conventional
medical procedures.
Therefore, the development of an alternative surgical procedure that promotes pain
relief, functional improvements, together with an early rehabilitation and an acceptable
esthetic result, would bring not only substantial benefits to patients who suffer from
patellofemoral arthrosis with advanced commitment of the joint, but also a certain relief to
37
health authorities as regards high implantation costs. For these reasons, the purpose of the
present study was to evaluate the functional outcomes of patellofemoral arthrosis patients
submitted to a retinacular interposition arthroplasty. Ultimately, in the event of satisfactory
results, we may more safely resort to an alternative surgical procedure prior to total knee
arthroplasty, specially for young and middle-aged patients suffering from severe isolated
pattelofemoral arthrosis.
MATERIALS AND METHODS
The present study is a case series.
Study population and sample
Sixteen patients with diagnostic of isolated patellofemoral arthrosis underwent
retinacular interposition arthroplasty in the Traumatology and Orthopedics Service of the
Teaching Hospital, Federal University of Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil, between
2001 and 2004. Eleven of the patients operated on, due to the a 24-month follow-up
minimum, were referred to re-evaluation.
The study included patients with patellofemoral arthrosis for whom a referral to total
knee arthroplasty would be an overstatement treatment due to patient age or to preservation
of the femorotibial surface. Patients with previous diagnosis of diabetes, coxarthrosis or
retroversion of the femoral neck were excluded from this study. For the hip evaluation, each
patient was positioned on supine position, with knee and hip forming a 90° angle. The sum of
the ranges of motion of internal and external rotation under 70° resulted in patient exclusion.
Patients were informed that the surgery they were undergoing was an exception
procedure, as an alternative to a conventional total patellectomy.
38
Surgical technique
The patella and both lateral and medial retinacula were exposed by an anterior
longitudinal skin incision. Previous radiography assessed the position of the patella in the
femoral groove. The most frequent finding was the laterally tilted patella with a mirror image
of osteoarthritis both of the lateral patellar facet and of the lateral intercondylar facet. For
these cases, a C-incision medially based was performed starting from the upper patella
towards the lateral retinaculum, round part of the fascia lata. Next, the incision was continued
to the lower pole of the patella. The incision crossed back to the patellar ligament towards
the medial side. Care was taken not to injure the ligament. As a whole, the retinaculum as
defined by the incision (Figure 1) was dissected from the lateral to the medial border of the
patella, this dissection being including the patella anterior periosteum (Figure 2).
Figure 1 Incision in the lateral prepatellar retinaculum with the
upper fascia lata
39
Figure 2 – Periosteum flap dissected
The joint was exposed both on the lateral and medial sides, held solely by the upper
quadriceps tendon on the lower side. After this, the patella was twice cut longitudinally using
an oscillating saw (Figure 3), one incision being made in the lateral facet and one in the
medial facet. Width of these incisions depended on the centralization of the patella, that is,
the greater the lateralization of the patella, the longer the width of the longitudinal incision in
the medial facet. This was done in order to secure the necessary medialization.
Figure 3 – Lateral, medial, and posterior osteotomy of the patella
40
One third incision, now with the patella inverted, reduced its thickness by up to 50%
of the original value. The articular surface of the patella was resectioned. The remaining
square angles of the rectangular patella were carefully rounded off so as to eliminate cutting
edges (Figure 4).
Figure 4 Rounding off of the articular borders of the osteotomy
procedures carried out
The intercondylar groove was then checked for the presence of alteration such as
prominent osteophytes or eburnation of the subchondral bone. After the preparation of the
bone structures, the bone bridge between the quadriceps and the patellar ligament was
ready to covered by the retinacular tongue-like flap, which formed a tubular structure when
sutured in the medial retinaculum (Figure 5).
41
Figure 5Final view of the patella covered by the fascial-retinacular flap
Apart from giving back the articular surface of the patellar bone bridge, the
retinaculum recentralized the extensor mechanism that was lateralized before the procedure.
The knee was evaluated by means of flexion-extension maneuvers ranging from 0° to
90°, before skin closure, to verify the occurrence of likely disturbances in flexor mechanism
alignment. After careful hemostasis and skin and subcutaneous tissue closure, the incision
was kept dressed for two days, where upon the knee flexion-extension exercises were
begun. Total load was permitted as soon as the patients reported their capacity to withhold it.
This condition was verified, as a rule, on the fourth or fifth postoperative day.
Figures 6 to 9 show the articular conditions and the pre- and postoperative situations.
42
Figure 6 – Preoperative radiograph
Figure 7 – Postoperative radiograph
43
Figure 8 – Preoperative radiograph
Figure 9 – Postoperative radiograph
44
Data collection
After the informed consent was signed (Appendix A), patient population information
was collected and the ranges of motion of flexion and extension knee movements recorded
onto a Data Collection Data Sheet (Appendix B). Patients were then evaluated for pre- and
postoperative functional conditions using the Knee Outcome Survey Activities of Daily Living
Scale
21
(Appendix C). The instrument used is a subjective evaluation scale by the patient for
knee conditions, which meets validity and reproducibility criteria. The scale evaluates
seventeen items, of which seven are related to symptoms and ten to functional disabilities
experienced during daily living activities, including: pain, grinding, stiffness, slipping, swelling,
buckling, weakness, walking, limping, ascending/descending stairs, standing, keeling,
squatting, sitting, getting up, as well as use of crutches or walking cane. Patients rank the
scores by means of descriptive answers that were lately translated onto an ordinal number
scale. Top score for the sum of values may reach 80, while the minimum score may be as
little as zero. Higher scores represent the absence of symptoms and the best functional
level
22
.
Passive flexion and extension ranges of motion were evaluated using a universal
plastic goniometer (Pró-Fisomed), with the patient on supine position. Differences in pre- and
postoperative knee range of motion were then calculated.
Statistical analysis
The quantitative variables were described by the mean plus standard deviation, while
the qualitative variables were described by absolute and relative frequencies. To compare
the scores of the activity of daily living scale and the results for ranges of motion, before and
after the surgery, the paired samples t Test was used. Significance level was 5%, with P
0.05 values being considered significant. For the data analysis, the SPSS (Statistical
Package for the Social Sciences) version 1.0 was used.
45
RESULTS
The study population evaluated consisted of 11 patients, 6 (54.5%) females and 5
(45.5%) males. Average age was 52.1 ± 12.1 years (ranging between 29 and 73 years). Two
patients suffered post-traumatic joint degeneration, which occurred after a car accident; 7
patients suffered joint degeneration secondary to lateral subluxation of the patella, while one
patient suffered a post-surgical iatrogenic sequela. No causal agent was clearly identified for
the 11
th
patient.
The postoperative evaluation of patients took place after a mean period of 25.9
months (between 24 and 29 months).
Scores of the Knee Outcome Survey Activities of Daily Living Scale
The average scores of the Knee Outcome Survey Activities of Daily Living Scale was
34.0 ± 12.4 (CI 95% = 25.7 – 42.3) before the surgery, and 55.8 ± 11.2 (CI 95% = 48.3 –
63.4) after the surgery. A statistically significant improvement was observed (P < 0.001)
(Table 1).
46
Table 1 - Comparison between the Knee Outcome Survey Activities of Daily Living
Scale items for pre- and postoperative evaluations
Preoperative
(n=11)
Postoperative
(n=11)
Item
Mean ± SD Mean ± SD
Difference
(CI 95%)
P
Total score (0-80)
34.0 ± 12.4 55.8 ± 11.2
21.8 (14.6 a 29.1) < 0.001
Score range (0-100)
42.5 ± 15.5 69.8 ± 14.0
27.3 (18.2 a 36.3) <0.001
Degree knee pain affects daily
activities
0.82 ± 0.75 3.18 ± 1.25
2.36 (1.50 a 3.23) < 0.001
Degree grinding or grating of your
knee affects your daily activity level
2.73 ± 1.62 4.27 ± 0.65
1.55 (0.50 a 2.60) 0.009
Degree stiffness in your knee
affects your daily activity level
2.00 ± 1.73 3.09 ± 1.38
1.09 (0.07 a 2.11) 0.038
Degree swelling in your knee
affects your daily activity level
3.00 ± 1.73 4.09 ± 1.14
1.09 (0.22 a 1.96) 0.019
Degree slipping of your knee
affects your daily activity level
3.64 ± 1.75 4.73 ± 0.65
1.09 (0.17 a 2.01) 0.025
Degree buckling of your knee
affects your daily activity level
3.45 ± 1.92 4.82 ± 0.60
1.36 (-0.08 a 2.81) 0.062
Degree weakness or lack of
strength of your leg affects your
daily activity level
1.73 ± 1.42 3.27 ± 1.35
1.55 (0.58 a 2.51) 0.005
Degree your knee affects your
ability to walk
1.91 ± 1.04 3.91 ± 1.38
2.00 (0.69 a 3.31) 0.007
Need the assistance of crutches or
a cane to walk because of your
knee
2.27 ± 0.79 2.91 ± 0.30
0.64 (0.09 a 1.18) 0.026
How your knee causes you to limp
when you walk
0.45 ± 0.69 1.36 ± 0.67
0.91 (0.44 a 1.38) 0.002
How your knee affects your ability
to go upstairs
1.82 ± 1.17 3.09 ± 1.14
1.27 (0.42 a 2.13) 0.008
How your knee affects your ability
to go downstairs
2.09 ± 1.04 3.36 ± 1.43
1.27 (0.42 a 2.13) 0.008
How your knee affects your ability
to stand
2.09 ± 0.94 3.09 ± 1.38
1.00 (0.48 a 1.52) 0.002
How your knee affects your ability
to kneel
0.82 ± 1.60 1.55 ± 1.69
0.73 (0.05 a 1.41) 0.038
How your knee affects your ability
to squat
0.82 ± 1.17 1.55 ± 1.44
0.73 (-0.01 a 1.47) 0.054
How your knee affects your ability
to sit with you knee bent
2.09 ± 1.97 3.55 ± 1.86
1.45 (0.13 a 2.78) 0.034
How your knee affects your ability
to rise from a chair
2.45 ± 1.04 4.00 ± 1.34
1.55 (0.63 a 2.46) 0.004
47
The lower postoperative mean value estimated was observed to be higher than the
highest preoperative mean value estimated (Figure 10).
Figure 10 - Preoperative and postoperative mean total score
estimates for the Knee Outcome Survey Activities of
Daily Living Scale
The comparative analyses of the 7 symptom-related items of the Knee Outcome
Survey Activities of Daily Living Scale reveals that buckling (P = 0.062) did not present a
significant improvement, while grinding (P = 0.009), stiffness (P = 0.038), swelling (P =
0.019), slipping (P = 0.025), weakness (P = 0.017) were symptoms that decreased after the
surgery.
Preoperative knee pain score was 0.82 ± 0.75, and postoperative pain score was
3.18 ±1.25 (P < 0.001), which demonstrates a substantial pain relief.
The evaluation of the 10 functional items did not reveal a significant improvement for
patients as regards squatting (P = 0.054), in spite of the fact that postoperative scores were
higher. The items describing ability to walk (P = 0.007), limping (P = 0.002), going upstairs (P
PostoperativePreoperative
95% confidence interval for total score means
80
70
60
50
40
30
20
10
0
48
= 0.008), going downstairs (P = 0.008), standing (P = 0.002), kneeling (P = 0.0038), sitting
with the knee bent (P = 0.034), rising from a chair (P = 0.004) and the need to use crutches
or walking cane to walk (P = 0.026) presented significant improvements as compared to
preoperative values.
Before the retinacular interposition arthroplasty, 2 patients needed to use crutches
and 4 needed either one crutch or the walking cane to amble. After the surgery, only one
patient reported the use of one crutch to assist in walking (Figure 11). This patient, apart
from not showing any improvement in symptoms and function, suffered a progressive
degeneration of the femorotibial joint and was referred to total knee arthroplasty. The other
patients did not reveal any progression in joint degeneration or other postoperative
complications.
Figure 11 – Evaluation of walking support devices for ambling
(Preoperative and Postoperative)
5 (45.5%)
4 (36.4%)
2 (18.2%)
10 (90.9%)
1 (9.1%)
0
2
4
6
8
10
12
2 crutches
One crutch
or cane
Did
not resort
Walking support
No. of patients
Pre
Post
49
Ranges of motion
No statistical significant differences were observed between preoperative and
postoperative mean flexion (P = 0.090) and extension (P = 0.108) of the knee. Preoperative
mean range of motion was 102 ± 34.5 flexion degrees, and 7.27 ± 8.76 extension degrees.
Postoperative mean range of motion was 116 ± 14.7 flexion degrees and 3.18 ±3.37
extension degrees (Table 2).
Table 2 - Evaluation of preoperative and postoperative knee ranges of motion
Preoperative
(n=11)
Postoperative
(n=11)
Range of motion
Mean ± SD Mean ± SD
Difference
(CI 95%)
P
Flexion
102.7 ± 34.5 116.6 ± 14.7
13.9 (-2.6 a 30.4)
0.090
Extension
7.27 ± 8.76 3.18 ± 3.37
4.09 (-1.07 a 9.26)
0.108
The values for joint movement for each patient are illustrated in Table 3. Before the
surgery, 3 patients presented knee flexion amplitude limited to 90°, while for one female
patient the it was 10°. The other patients presented ranges of motion equal or higher than
110°. For postoperative values, the patient who presented 10° flexion progressed to a 90°
flexion amplitude. Of the 3 patients who presented 90° flexion amplitude, 2 reached 120°,
while the third remained with the same range of motion. This last patient was the same who
did not present improvements and had to be referred to total knee arthroplasty. Prior to the
surgery, 3 patients showed impaired extension ability, with limitations from 10° or more, but
in the postoperative evaluation, only one patient presented such condition. Of the 5 patients
who had extension amplitudes limited by 5°, 2 gained full extension capabilities, while the
remaining patients did not show progress.
50
Table 3 - Preoperative and postoperative flexion and extension ranges of motion
Range of motion
Patient
Preoperative
flexion
Preoperative
extension
Postoperative
flexion
Postoperative
extension
1 130 5 130 5
2 130 5 135 5
3 125 5 130 5
4 110 10 115 10
5 90 15 120 5
6 10 0 90 0
7 120 5 120 0
8 120 5 120 0
9 90 30 120 5
10 90 0 90 0
11 115 0 115 0
DISCUSSION
Patellofemoral arthrosis causes pain, functional disability, and severe joint
degeneration. Although the disorder is more common in the elderly, the extensor mechanism
in young and middle-aged patients may also be significantly impaired. Such patients are still
in a period of life of marked activity, and do not easily accept the limitations imposed by the
pathology. Therefore, the best possible functional result is generally expected by these
patients, side by side with the early resumption of their daily activities.
Conventional surgical approaches to treat patellofemoral arthrosis include the lateral
retinacular release, advancement of tibial tuberosity, autologous chondrocyte implantation,
patellofemoral arthroplasty, total knee arthroplasty, and patellectomy.
Lateral retinacular release has showed great success rates in reducing pain in
patients with moderate patellofemoral joint arthrosis
5
. However, the procedure has not been
indicated to treat patients at an advanced joint degeneration stage
23
.
51
In the treatment of patellofemoral arthrosis, referral to advancement of tibial tuberosity
is based on the biomechanical principle that states that, by shifting the patellar tendon
insertion it is possible to raise quadriceps leverage and thus diminish the compressive forces
acting on the patellofemoral compartment
6
. Besides the considerable occurrence of
complications observed after the procedure
24
, advancement of tibial tuberosity impairs the
esthetic aspects of the knee, and may be reason of dissatisfaction to female patients
25
.
The autologous chondrocyte implantation was introduced by Brittberg et al.
7
in 1994,
when satisfactory results were obtained in only 2 of the 7 patients treated with the technique.
The procedure is particularly expensive, requires two surgical interventions
26
, and success
rates depend on patient compliance, on the accurate surgery practice, and careful
rehabilitation
27
.
In the postoperative period, resumption of joint range of motion is
precociously stimulated. Nevertheless, the need for joint protection in more extensive lesions
does not allow full knee flexion ranges of motion, upon the 6
th
week. Moreover, crutches are
needed for 6 weeks, and quadriceps strengthening program is limited upon the 6
th
postoperative month
28
.
Isolated patellofemoral arthroplasty may be the ideal solution in the near future, but
current models have still varied considerably for the postoperative results obtained, which in
turn are satisfactory in between 53% and 93% of the patients
13,16,18,29
.
Postoperative
limitations also have to be considered, specially in cases of young and active patients.
Isolated patellofemoral arthroplasty forbids squatting with the knee bent over 90°, and
practicing sporting or recreational activities is limited to swimming, golf and tennis
30
. In
addition, the patient is expected to resume a lifestyle that imposes low activity demands
18
.
Total knee arthroplasty to treat isolated patellofemoral arthrosis may be considered
an overstatement treatment, as healthy medial and lateral femorotibial joints are sacrificed.
Apart from this, total knee arthroplasty in young and active patients is exposed to higher
loads, increasing the risk of loosening wearing of the prosthesis
31
. In younger patients, the
need for prosthesis components revision, specially after 15 years
32
, entails other relevant
52
aspects, such as high costs of the implants
33
side by side with the fact that secondary total
knee arthroplasty brings lower success rates as compared to primary total knee
arthroplasty
34
.
Patellectomy has been indicated as the last resort to treat patellofemoral arthrosis.
Yet, the procedure has to be interpreted more as an admission of defeat than as a
therapeutic choice. Pain relief may be gained after patella excision; nevertheless, functional
aspects may be limited, as a 30%
35
to 50%
11
reduction in quadriceps strength imputed to
instability
10,36
and limitation in joint movement
37
have been reported. Also, the surgery causes
an esthetic result considered unpleasant, due to the abnormal knee outline and unprotected
trochlea. Another negative point is that the lower limb operated on has to be maintained
immobilized for between 3 to 5 weeks
9,12,37,38
throughout the postoperative period due to the
several sutures needed for the strengthening of the extensor mechanism. This condition
tends to limit knee range of motion, and full weight bearing without crutches is only allowed
between the 6
th
and the 8
th
postoperative week
11
. In order to avoid these problems,
interposition arthroplasty procedures keep the patella and cover it with the fascia lata, fat
pad, or even with the skin
39
.
Therefore, when patellectomy is needed, the maintenance of a
bone bridge between the patellar ligament and the quadriceps tendon has to be taken into
consideration not only to promote the faster recovery of the flexion-extension capabilities, but
also to obtain a better esthetic effect and keep the trochlea protection. Interposition
arthroplasty as proposed in the present study, apart from keeping the appearance of the
patellofemoral joint, the procedure does not compromise the quadriceps strength to the same
proportion as total patellectomy. The procedure also affords a safe weightbearing to the
operated limb, from the 2
nd
or 3
rd
postoperative day. Also, flexion-extension exercises are
allowed, as the extensor mechanism is not affected. The fact that no immobilization is
necessary prevents arthrofibrosis and quadriceps hypotrophy, which affords faster recovery
and early resumption of daily activities.
In the short run, the present study has revealed a significant improvement in patients
53
pain and function after retinacular interposition arthroplasty. As regards knee movement,
although the gains have not been statistically significants, all patients presented knee flexion
angles of at least 90°, a range of motion needed for functional activities such as going
upstairs or downstairs, and raising from a chair
40
.
Among the 11 patients evaluated, only one failed to show any postoperative
improvement. It is believed that in this case, in particular, the procedure was overstated, as
signs of femorotibial joint degeneration were already present preoperatively. Due to the fact
that the patient was reluctant to undergo a joint replacement, retinacular interposition
arthroplasty was assigned. Yet, 2 years after the surgery, the patient underwent total knee
arthroplasty.
Finally, it is worth mentioning that hospital costs were significantly reduced with the
surgical procedures conducted, as the total amount of resources spent on one total knee
arthroplasty oscillates around R$15,000.00, while for retinacular interposition arthroplasty
such cost is limited to an average value of R$ 1,500.00, that is, a 10-fold lower cost.
Conclusion: Retinacular interposition arthroplasty has afforded good functional results to
patients suffering from patellofemoral arthrosis, and may constitute a surgical alternative for
severe cases of isolated degeneration of the patellofemoral joint.
Financing Sources: The present study was carried out without grants from research
financing agencies, and was done according to the standard routine of surgery assignment of
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
54
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34 Mulhall KJ, Ghomrawi HM, Scully S, Callaghan JJ, Saleh KJ. Current etiologies and
modes of failure in total knee arthroplasty revision. Clin Orthop. 2006; 446:45-50.
35 Kaufer H. Patellar biomechanics. Clin Orthop. 1979;144: 51-4.
36 Levack B, Flannagan JP, Hobbs S. Results of surgical treatment of patellar fractures. J
Bone Joint Surg. 1985; 67(2):416-9.
56
37 Peeples RE, Margo MK. Function after patellectomy. Clin Orthop. 1978;132:180-6.
38 Compere CL, Hill JA, Lewinnek GE, Thompson RG. A new method of patellectomy for
patellofemoral arthritis. J Bone Joint Surg. 1979; 61:714-8.
39 Shiers, LGP. Arthroplasty of the knee - Preliminary Report of a New Method. J Bone Joint
Surg. 1954;36(4): 553-60.
40 Jesevar DS, Riley PO, Hodge WA, Krebs DE. Knee kinematics and kinetics during
locomotor activities of daily living in subjects with knee arthroplasty and in healthy control
subjects. Phys Ther. 1993; 73:229-39.
6 ARTIGO EM PORTUGUÊS
58
RESULTADOS FUNCIONAIS EM PACIENTES COM ARTROSE PATELOFEMORAL
SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA DE INTERPOSIÇÃO RETINACULAR
Ilana Henkin Kersz
João Luiz Ellera Gomes
Serviço de Ortopedia e Traumatologia
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Endereço para correspondência:
Dr. João Luiz Ellera Gomes
Serviço de Ortopedia
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Rua São Luis, 1127/501
Porto Alegre, RS – Brasil – 90620-170
Fone/Fax: (51)21018000
59
RESUMO
Introdução: Diferentes técnicas cirúrgicas têm sido defendidas para o tratamento da artrose
patelofemoral isolada, havendo grande variação nos índices de sucesso e recuperação
funcional. É importante estabelecer um procedimento cirúrgico alternativo para pacientes
jovens com estágio avançado de degeneração articular.
Objetivo: Avaliar os resultados funcionais de pacientes com artrose patelofemoral
submetidos a uma nova técnica cirúrgica, artroplastia de interposição retinacular.
Material e Métodos: O estudo descreve uma série de onze casos de pacientes com
diagnóstico de artrose patelofemoral isolada, submetidos à artroplastia de interposição
retinacular no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre, que foram avaliados quanto à função e movimento articular do joelho durante o pré e
o pós-operatório. O tempo de seguimento pós-operatório foi de, no mínimo, 2 anos. A
avaliação da função foi realizada utilizando-se a Escala de Atividades de Vida Diária para
Análise do Joelho. As amplitudes de movimento de flexão e extensão do joelho foram
mensuradas por meio de um goniômetro universal. Foram comparados os resultados
obtidos durante o pré e pós-operatório.
Resultados: Após um período médio de seguimento de 25,9 meses (entre 24 e 29 meses),
10 dos 11 pacientes apresentaram melhora nos resultados funcionais. A média de escores
da Escala de Atividades de Vida Diária para Análise do Joelho foi 34,0 ± 12,4 (IC 95%=25,7-
42,3) antes da cirurgia e 55,8 ± 11,2 (IC95%=48,3-63,4) após a cirurgia, apresentando uma
melhora estatisticamente significativa (p<0,001). O paciente que não evidenciou melhora
funcional pós-operatória apresentou progressão da artrose tibiofemoral e, após 2 anos de
pós-operatório, foi submetido à artroplastia total do joelho. Não foi observado aumento
estatisticamente significativo na amplitude de movimento de flexão e extensão do joelho
após a cirurgia.
Conclusão: A artroplastia de interposição retinacular proporcionou bons resultados
funcionais em pacientes com artrose da articulação patelofemoral, podendo ser uma
alternativa cirúrgica para pacientes jovens e de meia idade com processo degenerativo
articular em estágio avançado.
Palavras-chave: artrose patelofemoral, artroplastia de interposição, resultados funcionais
60
INTRODUÇÃO
A degeneração da cartilagem da articulação patelofemoral é uma patologia
relativamente comum
1
, ocorrendo em 5% a 9% dos pacientes com artrose do joelho
2-4
.
Avanço progressivo do processo degenerativo acompanhado de dor, rigidez articular e
considerável limitação funcional são achados comumente presentes
2
, tornando-se, muitas
vezes, necessária a adoção de intervenções cirúrgicas.
O tratamento cirúrgico para pacientes jovens, em estágio avançado de artrose
isolada da articulação patelofemoral, permanece controverso. Diversas técnicas cirúrgicas,
incluindo liberação do retináculo lateral
5
, avanço da tuberosidade tibial
6
, implante autólogo
de condrócitos
7,8
, patelectomia
9-12
, artroplastia patelofemoral
13-18
e artroplastia total do
joelho
2,19,20
têm sido empregadas, apresentando ampla variação nos índices de sucesso.
Além disso, as diferentes rotinas pós-operatórias, às vezes acompanhadas de
imobilização temporária para proteção do reparo, após alguns procedimentos, tendem a
repercutir, distintamente, nos resultados funcionais finais e no retorno às atividades de vida
diária.
Não há solução perfeita para o tratamento cirúrgico da artrose patelofemoral isolada.
As opções terapêuticas disponíveis até proporcionam resultados funcionais aceitáveis, no
entanto os problemas inerentes a cada uma delas não podem ser considerados
desprezíveis.
Algumas cirurgias sem implantes artificiais costumam comprometer,
significativamente, a morfologia articular, com resultados estéticos bastante desconfortáveis,
principalmente para pacientes do sexo feminino. As cirurgias com implantes, por outro lado,
agregam um valor adicional significativamente alto, na forma do valor intrínseco destes
implantes, já que os demais custos hospitalares são equivalentes aos procedimentos
convencionais, exceto por um período de internação mais longo.
61
Dessa forma, o desenvolvimento de um procedimento cirúrgico alternativo, capaz de
promover alívio das queixas álgicas, melhora funcional, reabilitação precoce e resultado
estético aceitável, traria não somente grandes benefícios para os pacientes com artrose
patelofemoral em estágios avançados de comprometimento articular, como também certo
alívio para os gestores das secretarias municipais de saúde no que se refere ao alto custo
dos implantes.
Por essas razões, este estudo buscou avaliar os resultados funcionais de pacientes
com artrose patelofemoral submetidos a uma técnica de artroplastia de interposição do
retináculo patelar. Isto porque, no caso de esses resultados se mostrarem satisfatórios,
pode-se, com maior segurança, utilizar uma alternativa cirúrgica prévia à prótese total de
joelho, principalmente em pacientes jovens e de meia idade, com estágio avançado de
artrose patelofemoral isolada.
MATERIAL E MÉTODOS
O presente estudo é caracterizado como uma série de casos.
População e amostra
Entre 2001 e 2004, 16 pacientes com diagnóstico de artrose patelofemoral isolada
foram submetidos à artroplastia de interposição retinacular no Serviço de Ortopedia e
Traumatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Onze dos 16 pacientes operados,
por apresentarem um mínimo de 24 meses de seguimento pós-operatório, foram chamados
para reavaliação.
Foram incluídos no estudo pacientes com artrose patelofemoral, aos quais a
artroplastia total do joelho seria uma superindicação, em função da idade ou da preservação
da superfície tibiofemoral. Foram excluídos pacientes com diagnóstico prévio de diabetes;
com presença de coxartrose ou retroversão do colo femoral. Para a avaliação do quadril, os
62
pacientes foram posicionados em decúbito dorsal, com o joelho e quadril flexionados a 90°.
A soma das amplitudes de movimento de rotação interna e externa do quadril inferior a 70°
implicou exclusão do paciente.
O procedimento cirúrgico foi, detalhadamente, explicado aos pacientes para que
compreendessem que iriam se submeter a uma cirurgia de exceção, como forma alternativa
a uma patelectomia total convencional.
O estudo foi aprovado em seus aspectos éticos e metodológicos pelo Comitê de
Ética do Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Técnica Cirúrgica
A patela e os retináculos lateral e medial eram expostos por uma incisão longitudinal
anterior. Exames radiológicos prévios avaliaram a posição da patela no sulco, sendo muito
comum a presença de patela lateralizada com uma imagem em espelho degenerada, tanto
da faceta lateral da patela como da faceta lateral intercondileana. Nesses casos, uma
incisão em ”C”, com base medial, era realizada, começando na parte superior da patela em
direção ao retináculo lateral, englobando parte da fáscia lata. A seguir, a incisão descia até a
altura do pólo inferior, quando, então, cruzava por sobre o ligamento patelar, sem lesá-lo,
em direção ao lado medial. Todo retináculo delimitado por essa incisão (Figura 1) era
dissecado de lateral para medial, sendo essa dissecção osteoperiostal na porção anterior da
patela (Figura 2).
63
Figura 1 – Incisão do retináculo pré-patelar lateral com parte
superior da fáscia lata
Figura 2 – Retalho osteoperiostal já dissecado
64
A articulação era exposta tanto do lado lateral como medial, com a patela presa
apenas no tendão quadricipital, superiormente, e no ligamento patelar, na porção inferior. A
seguir, dois cortes longitudinais eram feitos na patela com uma serra oscilante, um na faceta
lateral (Figura 3) e outro na medial. A largura desses cortes era dependente da magnitude
da centralização da patela, ou seja, quanto maior a lateralização da patela, maior era a
largura do corte longitudinal da faceta medial, para que, assim, fosse obtida a medialização
necessária.
Figura 3 – Realização das osteotomias lateral, medial e
posterior da patela
Um terceiro corte, agora com a patela invertida, reduzia sua espessura em até 50%
do original, ressecando-se a sua superfície articular. Os ângulos retos da patela retangular
restantes eram cuidadosamente arredondados, para que se eliminassem bordas cortantes
(Figura 4).
65
Figura 4 – Arredondamento das bordas articulares das
osteotomias
O sulco intercondíleo era, então, checado quanto à presença de alterações como
osteófitos proeminentes ou eburnização do osso subcondral. Após a preparação das
estruturas ósseas, a ponte óssea entre o quadríceps e o ligamento patelar estava pronta
para ser recoberta com a lingüeta retinacular, que formava uma estrutura tipo tubular,
quando fosse suturada no retináculo medial (Figura 5).
Figura 5 – Aspecto final do recobrimento da patela com o
retalho retináculo-fascial
66
Além de devolver a superfície articular da ponte óssea patelar, o retináculo atuava
recentralizando o aparelho extensor que se encontrava lateralizado antes do procedimento.
O joelho era avaliado com flexo-extensão entre 0º e 90º, antes do fechamento da
pele, para checar eventuais distúrbios do alinhamento do aparelho extensor. Depois de
cuidadosa hemostasia e fechamento da pele e do subcutâneo, aplicava-se um curativo
compressivo que era mantido por 2 dias, quando, então, se dava início aos exercícios de
flexo-extensão do joelho. Carga total era permitida, assim que os pacientes se sentissem
capazes, o que, geralmente, ocorria no 4º ou 5º dias do pós-operatório.
Nas Figuras 6 a 9, podem ser observadas as condições articulares no pré e pós-
operatório.
Figura 6 - Raio X pré-operatório
Figura 7– Raio X pós-operatório
67
Figura 8 Raio X pré-operatório
Figura 9 – Raio X pós-operatório
Coleta de Dados
Após concordância e assinatura do Termo de Consentimento Informado (Apêndice
A), foram obtidos dados referentes aos pacientes e avaliadas as amplitudes de movimento
de flexão e extensão da articulação do joelho, utilizando-se uma Ficha de Coleta de Dados
(Apêndice B). Os pacientes foram avaliados quanto às suas condições funcionais pré e pós-
operatórias por meio da Escala de Atividades de Vida Diária para Análise do Joelho
21
(Anexo A). O instrumento utilizado é uma escala de avaliação subjetiva do doente, relativa
68
ao seu joelho que cumpre critérios de validade e reprodutibilidade. A escala avalia 17 itens,
sendo 7 relacionados aos sintomas e 10 às desabilidades funcionais experimentadas
durante as atividades de vida diária, incluindo: dor; crepitação; rigidez e deslocamento
articular; aumento de volume; falseio; fraqueza muscular; andar; mancar; subir e descer
escadas; ficar em pé; ajoelhar; agachar; sentar; levantar e usar muletas ou bengala. Os
pacientes graduam os itens usando respostas descritivas as quais são traduzidas para uma
escala numérica ordinal de valores. A soma dos valores pode alcançar um escore máximo
de 80 e mínimo de zero. Escores mais altos representam ausência de sintomas e melhor
nível funcional
22
.
As amplitudes de movimento de flexão e extensão passivas dos joelhos foram
avaliadas com uso de goniômetro universal de plástico da marca Pró-Fisiomed, com o
paciente em supinação. As diferenças entre as amplitudes de movimento do joelho, no pré e
pós-operatório, foram calculadas.
Análise Estatística
As variáveis quantitativas foram descritas pela média e desvio padrão, e as variáveis
qualitativas pelas freqüências absolutas e relativas.
Para comparar os escores da escala de atividade de vida diária e os resultados da
amplitude de movimento, antes e após a cirurgia, foi aplicado o Teste t para amostras
pareadas.
O nível de significância adotado foi de 5%, sendo considerados significativos valores
de P0,05. Para a análise dos dados, foi utilizado o programa SPSS (Statistical Package for
the Social Sciences) versão 10.0.
69
RESULTADOS
O presente estudo foi constituído de 11 pacientes, sendo 6 (54,5%) do sexo feminino
e 5 (45,5%) do sexo masculino com média de idade de 52,1 ± 12,1 anos (entre 29 e 73
anos). Em 2 pacientes, a degeneração articular foi pós-traumática, ocorrendo após acidente
automobilístico; em 7, foi secundária à subluxação lateral da patela, enquanto que em um foi
seqüela iartrogênica de procedimento cirúrgico. No 11º paciente, não foi detectado, com
segurança, o fator causal determinante.
A avaliação pós-operatória dos pacientes ocorreu após um período médio de 25,9
meses (entre 24 e 29 meses).
Escores da Escala de Atividades de Vida Diária para Análise do Joelho
A média de escores da Escala de Atividades da Vida Diária para Análise do Joelho
foi 34,0 ± 12,4 (IC 95%=25,7-42,3) antes da cirurgia, e 55,8 ± 11,2 (IC95%=48,3-63,4) após
a cirurgia, apresentando uma melhora estatisticamente significativa (p<0,001) (Tabela 1).
70
Tabela 1 Comparação entre os itens da Escala de Atividades de Vida Diária para Análise
do Joelho em relação ao pré e pós-operatório
Pré-operatório
(n=11)
Pós-
operatório
(n=11)
Questões
Média ± DP Média ± DP
Diferença
(IC 95%)
P
Escore total (0-80)
34,0 ± 12,4 55,8 ± 11,2
21,8 (14,6 a 29,1) < 0,001
Escore range (0-100)
42,5 ± 15,5 69,8 ± 14,0
27,3 (18,2 a 36,3) <0,001
Grau em que a dor no joelho afeta a
atividade diária
0,82 ± 0,75 3,18 ± 1,25
2,36 (1,50 a 3,23) < 0,001
Grau em que a crepitação ou
rangido no joelho afeta a atividade
diária
2,73 ± 1,62 4,27 ± 0,65
1,55 (0,50 a 2,60) 0,009
Grau em que a rigidez no joelho
afeta a atividade diária
2,00 ± 1,73 3,09 ± 1,38
1,09 (0,07 a 2,11) 0,038
Grau em que o aumento de volume
no joelho afeta a atividade diária
3,00 ± 1,73 4,09 ± 1,14
1,09 (0,22 a 1,96) 0,019
Grau em que o deslocamento do
joelho afeta a atividade diária
3,64 ± 1,75 4,73 ± 0,65
1,09 (0,17 a 2,01) 0,025
Grau em que a sensação de falseio
no joelho afeta a atividade diária
3,45 ± 1,92 4,82 ± 0,60
1,36 (-0,08 a 2,81) 0,062
Grau em que a fraqueza na perna
afeta a atividade diária
1,73 ± 1,42 3,27 ± 1,35
1,55 (0,58 a 2,51) 0,005
Como o joelho afeta a capacidade
para caminhar
1,91 ± 1,04 3,91 ± 1,38
2,00 (0,69 a 3,31) 0,007
Caminha com auxílio de muletas ou
bengala, por causa do joelho
2,27 ± 0,79 2,91 ± 0,30
0,64 (0,09 a 1,18) 0,026
Manca, quando caminha, devido ao
joelho
0,45 ± 0,69 1,36 ± 0,67
0,91 (0,44 a 1,38) 0,002
Como o joelho afeta a capacidade
de subir escadas
1,82 ± 1,17 3,09 ± 1,14
1,27 (0,42 a 2,13) 0,008
Como o joelho afeta a capacidade
de descer escadas
2,09 ± 1,04 3,36
± 1,43
1,27 (0,42 a 2,13) 0,008
Como o joelho afeta a capacidade
de ficar em pé
2,09 ± 0,94 3,09 ± 1,38
1,00 (0,48 a 1,52) 0,002
Como o joelho afeta a capacidade
de ajoelhar
0,82 ± 1,60 1,55 ± 1,69
0,73 (0,05 a 1,41) 0,038
Como o joelho afeta a capacidade
de agachar
0,82 ± 1,17 1,55 ± 1,44
0,73 (-0,01 a 1,47) 0,054
Como o joelho afeta a capacidade
de sentar-se com o joelho
flexionado
2,09 ± 1,97 3,55 ± 1,86
1,45 (0,13 a 2,78) 0,034
Como o joelho afeta a capacidade
de levantar de uma cadeira
2,45 ± 1,04 4,00 ± 1,34
1,55 (0,63 a 2,46) 0,004
71
Observou-se que o menor valor médio estimado após o procedimento cirúrgico foi
maior que o valor médio máximo estimado no pré-operatório (Figura 10).
Pós-operatórioPré-operatório
Intervalo com 95% de confiança para a média dos escores totais
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Figura 10 Estimativa da média dos escores totais da Escala de
Atividades de Vida Diária para Análise do Joelho no pré e
pós-operatório
Quando comparados, durante o pré e pós-operatório, os itens da Escala de
Atividades de Vida Diária para Análise do Joelho, foi verificado que dos 7 itens relacionados
à avaliação dos sintomas, a sensação de falseio do joelho (P= 0,062), nas atividades de vida
diária, não apresentou melhora significativa, enquanto que a crepitação (P=0,009), rigidez
(P=0,038), o aumento de volume (P=0,019), o deslocamento (P=0,025) e a falta de força da
perna (P= 0,017) diminuíram após a cirurgia.
Previamente à cirurgia, o escore do item relacionado à interferência da dor no joelho
na realização das atividades diárias foi de 0,82 ± 0,75 e, no pós-operatório, de 3,18 ± 1,25
(P< 0.001), demonstrando melhora substancial no alívio da dor.
72
5 (45,5%)
4 (36,4%)
2 (18,2%)
10 (90,9%)
1 (9,1%)
0
2
4
6
8
10
12
2 muletas Uma muleta
ou bengala
Não
utilizavam
Dispositivos auxiliares para marcha
de pacientes
Pré
s
A avaliação dos 10 itens referentes às desabilidades funcionais experimentadas
durante as atividades de vida diária apenas não demonstrou melhora significativa para a
capacidade dos pacientes em se agacharem (P=0,054), apesar de o escore ter sido superior
após a cirurgia. Os itens relacionados à capacidade de caminhar (P= 0,007), mancar quando
caminha (P=0,002), subir escadas (P=0,008), descer escadas (P=0,008), ficar em pé
(P=0,002), ajoelhar (P=0,038), sentar com o joelho flexionado (P=0,034), levantar da cadeira
(P=0,004) e a necessidade de uso de muletas ou bengala para a marcha (P=0,026)
apresentaram melhora significativa, quando comparados os valores do pré e pós-operatório.
Antes da artroplastia de interposição retinacular, 2 pacientes necessitavam do auxílio
de duas muletas e 4 pacientes necessitavam de uma muleta ou uma bengala para
deambular. Após a cirurgia, apenas um paciente referiu utilizar uma muleta para auxiliar na
marcha (Figura 11). Esse paciente, além de não ter evidenciado melhora na sintomatologia
e função, após 2 anos de pós-operatório, apresentou progressão da degeneração na
articulação tibiofemoral e foi submetido à artroplastia total do joelho. Nos demais pacientes,
não foi observada progressão da degeneração articular ou outras complicações pós-
operatórias.
Figura 11 Avaliação da utilização de dispositivos auxiliares para
marcha no pré e pós-operatório
73
Amplitude de Movimento
Não houve diferença estatisticamente significativa entre a média das amplitudes pré
e pós-operatórias de flexão (P= 0,090) e extensão (P=0,108) do joelho. A média da
amplitude de movimento no pré-operatório foi de 102,7 ± 34,5 graus de flexão e 7,27 ± 8,76
de extensão do joelho. A média da amplitude de movimento, no pós-operatório, foi de 116
±14,7 graus de flexão e 3,18 ± 3,37 graus de extensão do joelho (Tabela 2).
Tabela 2 Avaliação das amplitudes de movimento do joelho no pré e pós-operatório
Pré-operatório
(n=11)
Pós-operatório
(n=11)
Amplitude de movimento
Média ± DP Média ± DP
Diferença
(IC 95%)
P
Flexão
102,7 ± 34,5 116,6 ± 14,7
13,9 (-2,6 a 30,4)
0,090
Extensão
7,27 ± 8,76 3,18 ± 3,37
4,09 (-1,07 a 9,26)
0,108
Os valores referentes às amplitudes de movimento articular de cada paciente podem
ser observados na Tabela 3. Antes da cirurgia, 3 pacientes apresentavam amplitude de
flexão do joelho limitada em 90°, e uma paciente em 10°. Os demais pacientes
apresentavam amplitude igual ou superior a 110°. No pós-operatório, o paciente com 10° de
flexão evoluiu para 90°. Dos 3 pacientes que apresentavam 90° de flexão, 2 alcançaram
120°, e o 3º permaneceu com o mesmo grau de movimento. Este último, por sua vez, foi o
paciente que não apresentou melhoras após a cirurgia e acabou evoluindo para a
artroplastia total do joelho. Previamente à cirurgia, 3 pacientes apresentavam déficit de
extensão igual ou superior a 10°. No pós-operatório, somente um paciente apresentou déficit
de extensão igual a 10°. Dos 5 pacientes que apresentavam déficit de extensão de 5°, 2
alcançaram amplitude de extensão completa, e os restantes não apresentaram ganhos.
74
Tabela 3 Valores das amplitudes de movimento de flexão e extensão do joelho pré e pós-
operatórias (em graus)
Amplitudes de Movimento
Paciente
Flexão
Pré
Extensão
Pré
Flexão
Pós
Extensão
Pós
1 130 5 130 5
2 130 5 135 5
3 125 5 130 5
4 110 10 115 10
5 90 15 120 5
6 10 0 90 0
7 120 5 120 0
8 120 5 120 0
9 90 30 120 5
10 90 0 90 0
11 115 0 115 0
DISCUSSÃO
A artrose patelofemoral é causa de dor e incapacidade funcional em estágios
avançados de degeneração articular. Embora seja mais comum nos idosos, pode
comprometer, significativamente, o mecanismo extensor de pacientes mais jovens e de
meia-idade. Esses pacientes ainda são ativos, não aceitam facilmente as limitações
impostas por essa patologia e, portanto, demandam melhor resultado funcional possível e
retorno precoce às atividades diárias.
Opções cirúrgicas convencionais para a artrose patelofemoral incluem liberação do
retináculo lateral, avanço da tuberosidade tibial, implante autólogo de condrócitos,
artroplastia patelofemoral, artroplastia total do joelho e patelectomia.
A liberação do retináculo lateral tem demonstrado sucesso na redução da dor em
pacientes com artrose moderada da articulação patelofemoral
5
, porém não tem sido
recomendada para pacientes em estágio avançado de degeneração articular
23
.
A indicação do avanço da tuberosidade tibial, no tratamento da artrose patelofemoral,
é baseada no princípio biomecânico de que, deslocando a inserção do tendão patelar, é
75
possível aumentar o braço de alavanca do quadríceps, diminuindo as forças compressivas
no compartimento patelofemoral
6
. Além do alto índice de complicações observado após
esse procedimento
24
, o avanço da tuberosidade tibial compromete a cosmética do joelho,
podendo ser motivo de insatisfação em pacientes do sexo feminino
25
.
O implante autólogo de condrócitos foi introduzido por Brittberg et al.
7
, em 1994,
quando descreveram resultados satisfatórios em somente dois dos sete pacientes tratados
com transplante patelar. O procedimento é particularmente caro, necessita de duas
intervenções cirúrgicas
26
, e seu sucesso depende da educação do paciente, de técnica
cirúrgica meticulosa e reabilitação cuidadosa
27
. No pós-operatório, a restauração da
amplitude de movimento articular é estimulada precocemente. No entanto, a necessidade de
proteção articular nas lesões mais extensas não permite mobilização na amplitude de
movimento completa de flexão do joelho até a 6ª semana. É necessário o uso de muletas
por seis semanas, e o programa de fortalecimento do quadríceps sofre restrições até o 6º
mês de pós-operatório
28
.
A artroplastia patelofemoral isolada pode se tornar a solução ideal em um futuro
próximo, mas os modelos atuais ainda têm demonstrado grande variação nos resultados
pós-operatórios que se mostram satisfatórios em 53% a 93% dos pacientes
13,16,18,29
. As
restrições pós-operatórias também devem ser consideradas, principalmente, quando se trata
de pacientes jovens e ativos. Não é permitido ao paciente realizar agachamento que
ultrapasse 90° de flexão do joelho; a prática de atividades recreacionais fica reservada à
natação, golfe e tênis
30
; e a expectativa do paciente deve ser o retorno a um estilo de vida
com atividade de baixa demanda
18
.
A artroplastia total do joelho, na artrose patelofemoral isolada, pode ser considerada
um exagero de indicação, pois sacrifica as articulações femorotibiais medial e lateral em
boas condições. Além disso, a artroplastia total do joelho em pacientes jovens e ativos é
submetida à maior sobrecarga, apresentando aumento no risco de desgaste e soltura da
prótese
31
. Em pacientes mais jovens, a necessidade de revisão dos componentes, após,
76
aproximadamente, 15 anos
32
, é acompanhada de aspectos relevantes como o alto custo do
implante
33
, associado ao fato de a artroplastia total do joelho de revisão ser um
procedimento cirúrgico mais complexo e com menor sucesso do que a artroplastia total do
joelho primária
34
.
A patelectomia tem sido adotada como última solução para a artrose patelofemoral,
mas deve ser vista mais como reconhecimento da derrota do que uma opção terapêutica.
Alívio da dor pode ser obtido após a excisão da patela; no entanto, redução na força do
quadríceps de 30%
35
a 50%
11
, associada à instabilidade
10,36
e restrição de movimento
articular
37
podem ser responsáveis por limitações funcionais. Além disso, esta cirurgia deixa
um resultado cosmético ruim devido ao contorno anormal do joelho e uma tróclea
desprotegida. Devido às múltiplas suturas necessárias para reforço do mecanismo extensor,
no pós-operatório, o membro inferior operado necessita ser imobilizado por três a cinco
semanas
9,12,37,38
, o que tende a limitar a amplitude de movimento do joelho, sendo que o
apoio total sem uso de muletas só é permitido entre a 6ª e 8ª semanas de pós-operatório
11
.
Para contornar esses problemas, os procedimentos de artroplastia interposicional mantêm a
patela e a cobrem com fáscia, coxim gorduroso ou até pele
39
. Portanto, quando uma
patelectomia é necessária, a manutenção de uma ponte óssea entre o ligamento patelar e o
tendão quadriciptal deve ser considerada não somente para promover a recuperação mais
rápida da capacidade de flexo-extensão, mas também para obter um melhor resultado
cosmético e, ainda, manter proteção para a tróclea.
A artroplastia de interposição proposta neste trabalho não só mantém a aparência da
articulação patelofemoral, como também não compromete a força do quadríceps na mesma
proporção que a patelectomia total. Ela também permite um apoio seguro do membro
operado a partir do segundo e terceiro dias do pós-operatório e exercícios de flexão-
extensão, uma vez que a continuidade do mecanismo extensor não é comprometida. O fato
de que nenhuma imobilização é usada previne a artrofibrose e a hipotrofia quadriciptal,
77
possibilitando uma recuperação mais rápida e um retorno às atividades laborais mais
precoce.
A curto prazo, o presente estudo demonstrou melhora significativa da dor e função
nos pacientes submetidos à artroplastia de interposição retinacular. Quanto às amplitudes
de movimento do joelho, embora os ganhos não tenham sido estatisticamente significativos,
todos os pacientes apresentaram flexão do joelho de pelo menos 90°, amplitude essa
necessária para a realização de atividades funcionais como subir, descer escadas e levantar
de uma cadeira
40
.
Dentre os 11 pacientes avaliados, somente um não apresentou melhora após a
cirurgia. Acredita-se que para este caso houve superindicação, pois, pré-operatoriamente, já
estavam presentes sinais de degeneração na articulação tibiofemoral. Pelo fato de o
paciente mostrar-se relutante em realizar a substituição articular, foi feita a opção pela
artroplastia de interposição retinacular. No entanto, após 2 anos de pós-operatório, o
paciente foi submetido à artroplastia total do joelho.
Por fim, cabe salientar que, com o procedimento realizado, houve significativa
redução dos custos hospitalares, já que o montante total referente a uma artroplastia total do
joelho oscila em torno de R$15.000,00, enquanto que, na artroplastia de interposição
retinacular, o valor médio fica na faixa dos R$1.500,00, ou seja, com um custo dez vezes
menor.
Conclusão: A artroplastia de interposição retinacular proporcionou bons resultados
funcionais em pacientes com artrose patelofemoral, podendo ser uma alternativa cirúrgica
para os casos avançados de degeneração isolada da articulação patelofemoral.
Fontes de Financiamento: O presente estudo foi conduzido sem a participação de
agências de fomento à pesquisa. As cirurgias foram realizadas dentro da rotina de marcação
de cirurgias do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
78
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locomotor activities of daily living in subjects with knee arthroplasty and in healthy control
subjects. Phys Ther. 1993; 73:229-39.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E
PERSPECTIVAS
82
A artroplastia de interposição retinacular proporcionou bons resultados funcionais em
pacientes com artrose patelofemoral, podendo ser uma alternativa cirúrgica para os casos
avançados de degeneração isolada da articulação patelofemoral.
Acredita-se que, no futuro, será possível a obtenção de resultados ainda melhores do
que os atuais, não só com o estabelecimento dos critérios definitivos de inclusão e exclusão
dos pacientes, bem como com a estabilização da curva de aprendizado e a adição de
células tronco retiradas da medula óssea da asa do ilíaco dos respectivos futuros pacientes.
Além disso, acredita-se que, apesar de a evolução geral pós-operatória ter sido
satisfatoriamente obtida, mesmo sem uma assistência fisioterapêutica, os itens funcionais
relacionados, direta ou indiretamente, à força muscular e movimento articular possam
alcançar escores superiores, caso no futuro seja acrescentado um programa específico de
fisioterapia no pós-operatório.
APÊNDICES
84
APÊNDICE A: TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO
Título da pesquisa:
RESULTADOS FUNCIONAIS DE PACIENTES COM ARTROSE PATELOFEMORAL
SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA DE INTERPOSIÇÃO RETINACULAR
Justificativa e objetivos da pesquisa:
Diversas técnicas cirúrgicas têm sido empregadas com o intuito de alcançar alívio
dos sintomas dolorosos de pacientes jovens com artrose patelofemoral. No entanto, alguns
destes procedimentos têm alto custo ou apresentam resultados estéticos indesejáveis. Uma
nova técnica cirúrgica, denominada artroplastia de interposição retinacular, vem sendo
desenvolvida pela equipe do cirurgião ortopedista Dr. João Luiz Ellera Gomes, a qual, caso
proporcione bons resultados funcionais, pode ser uma alternativa para pacientes em estágio
avançado de comprometimento articular. Sendo assim, o objetivo desse estudo é avaliar os
resultados funcionais de pacientes com artrose patelofemoral submetidos à artroplastia de
interposição retinacular.
Procedimentos a serem realizados:
Será realizada a aplicação de um questionário com perguntas referentes à sua
condição funcional e uma avaliação das amplitudes de movimento de flexão e extensão dos
joelhos, antes e após a realização da cirurgia. A cirurgia consistirá em uma patelectomia
parcial com interposição de um retalho osteoperiostal, composto de retináculo pré-patelar e
uma pequena secção da fáscia lata (retináculo patelar lateral).
Desconfortos ou riscos esperados:
Riscos inerentes a qualquer cirurgia de membros inferiores, como infecção,
tromboflebite, necrose de pele, embolia pulmonar e, raramente, óbito.
Benefícios que se pode obter:
Espera-se que, com a realização desse estudo, seja possível verificar se a
artroplastia de interposição retinacular propicia melhora nos sintomas e resultados
funcionais de pacientes portadores de artrose patelofemoral. Caso os resultados sejam
positivos, poder-se-á dispor de uma alternativa cirúrgica de baixo custo, com resultados
estéticos aceitáveis e que permita uma reabilitação precoce.
Compromisso com informação atualizada do estudo e garantia de que custos
adicionais serão reabsorvidos pelo orçamento da pesquisa:
Fui informado de que a participação neste estudo não implicará, de forma nenhuma,
custos adicionais à minha pessoa. Caso eu necessite novas informações sobre o estudo,
posso contatar com a aluna do Pós-Graduação em Ciências Médicas, Ilana Henkin Kersz
pelo telefone: (51) 99580751, para qualquer dúvida sobre meus direitos como participante,
ou se penso que fui prejudicado em algum momento da pesquisa.
85
Garantia de resposta a qualquer pergunta, liberdade de abandonar a pesquisa sem
prejuízo para si e garantia de privacidade:
É ressaltado, também, que a concordância em participar deste estudo não implica,
necessariamente, qualquer modificação no tratamento que já está sendo feito para o
participante, nem tampouco os resultados desse trabalho terão efeitos negativos sobre ele.
Da mesma forma, a não concordância em participar desse estudo não irá alterar, de
nenhuma maneira, o tratamento que já foi estabelecido.
Eu, ___________________________________ (responsável) fui informado dos
objetivos da pesquisa, de maneira clara e detalhada. Recebi a informação a respeito do
estudo e esclareci minhas dúvidas. Sei que, em qualquer momento, poderei solicitar novas
informações e modificar minha decisão, se assim o desejar. A aluna do Programa de Pós-
Graduação em Ciências Médicas, Ilana Henkin Kersz, sob orientação do Dr. João Luiz Ellera
Gomes, certificou-me de que todos os dados da pesquisa referentes à minha pessoa serão
confidenciais, bem como meu tratamento não será modificado em razão desta pesquisa e
terei liberdade de retirar meu consentimento de participação na pesquisa, quando julgar
necessário, sem que isso ocasione qualquer tipo de custo. Frente a essas informações:
_______________________ __________ _________________________
Assinatura participante Data Assinatura investigador
_______________________ _________________________
Nome por extenso Nome por extenso
86
APÊNDICE B: FICHA DE COLETA DE DADOS
Nome do paciente:________________________________________________
Sexo: ( ) Feminino
( ) Masculino Idade :______________________
Endereço:________________________________________________________
Telefone: ________________________________________________________
Diagnóstico médico:________________________________________________
Joelho acometido: ( ) Direito ( ) Esquerdo
Data da avaliação:__________
Tratamento cirúrgico: ( ) Joelho direito ( ) Joelho esquerdo
Data da cirurgia:____________
Goniometria
:
Joelho direito Joelho esquerdo
Flexão passiva
Extensão passiva
ANEXO
88
ANEXO A: ESCALA DE ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA PARA ANÁLISE DO JOELHO
Marque apenas uma das alternativas do questionário abaixo
Sintomas
1 A que grau a dor no seu joelho afeta o seu nível de atividade diária?
(5) Eu nunca tenho dor no meu joelho.
(4) Eu tenho dor no meu joelho, mas isso não interfere em minhas atividades diárias.
(3) A dor pouco afeta minhas atividades diárias.
(2) A dor afeta moderadamente minhas atividades diárias.
(1) A dor afeta severamente minhas atividades diárias.
(0) A dor no meu joelho impossibilita-me de realizar todas as minhas atividades diárias.
2 A que grau a crepitação ou o rangido do seu joelho afeta seu nível de atividade diária?
(5) Eu nunca tenho crepitação ou rangido no meu joelho.
(4) Eu tenho crepitação ou rangido no joelho, mas isso não afeta minhas atividades
diárias.
(3) A crepitação ou rangido pouco afeta minhas atividades diárias.
(2) A crepitação ou rangido afeta minhas atividades diárias moderadamente.
(1) A crepitação ou rangido afeta severamente minhas atividades diárias.
(0) A crepitação ou rangido no meu joelho impossibilita-me de executar todas as atividades
diárias.
3 A que grau a rigidez no seu joelho afeta o seu nível de atividade diária?
(5) Eu nunca tenho rigidez no meu joelho.
(4) Eu tenho rigidez no joelho, mas isso não afeta minhas atividades diárias.
(3) A rigidez pouco afeta minhas atividades diárias.
(2) A rigidez afeta moderadamente minhas atividades diárias.
(1) A rigidez afeta severamente minhas atividades diárias.
(0) A rigidez no meu joelho impossibilita-me de executar todas as atividades diárias.
4 A que grau o aumento de volume (inchaço) no seu joelho afeta o seu nível de atividade
diária?
(5) Eu nunca tenho inchaço no meu joelho.
(4) Eu tenho inchaço no meu joelho, mas ele não afeta minhas atividades diárias.
(3) O inchaço pouco afeta minhas atividades diárias.
(2) O inchaço afeta moderadamente minhas atividades diárias.
(1) O inchaço afeta severamente minhas atividades diárias.
(0) O inchaço no meu joelho impossibilita-me de executar todas as minhas atividades
diárias.
5 A que grau o deslocamento em seu joelho afeta sua vida diária?
(5) Eu nunca tenho deslocamento no meu joelho.
(4) Eu tenho deslocamento no joelho, mas não interfere em minhas atividades diárias.
(3) O deslocamento pouco afeta minhas atividades diárias.
(2) O deslocamento afeta minhas atividades diárias moderadamente.
(1) O deslocamento afeta severamente minhas atividades diárias.
(0) O deslocamento no meu joelho impossibilita-me de realizar todas as minhas atividades
diárias.
89
6 A que grau a sensação de falseio (falha) do seu joelho afeta o seu nível de atividade
diária?
(5) Eu nunca tenho a sensação de falseio no meu joelho.
(4) Eu tenho a sensação de falseio no meu joelho, mas isso não afeta minhas atividades
diárias.
(3) A sensação de falseio no meu joelho pouco afeta minhas atividades diárias.
(2) A sensação de falseamento no meu joelho afeta moderadamente minhas atividades
diárias.
(1) A sensação de falseio no meu joelho afeta severamente minhas atividades diárias.
(0) A sensação de falseio no meu joelho impossibilita-me de executar todas as minhas
atividades diárias.
7 A que grau a fraqueza ou a falta de força da sua perna afeta o seu nível de atividade
diária?
(5) Eu nunca sinto minha perna fraca.
(4) Eu sinto minha perna fraca, mas ela não afeta minhas atividades diárias.
(3) A fraqueza da perna pouco afeta minhas atividades diárias.
(2) A fraqueza da perna afeta moderadamente minhas atividades diárias.
(1) A fraqueza da minha perna afeta severamente minhas atividades diárias.
(0) A fraqueza da minha perna impossibilita-me de executar todas as minhas atividades
diárias.
Desabilidade funcional em atividades de vida diária
1 Como o seu joelho afeta sua capacidade para caminhar?
(5) Meu joelho não afeta minha capacidade de caminhar.
(4) Eu tenho dor no joelho quando caminho, mas isso não afeta a minha capacidade de
caminhar.
(3) Meu joelho impede-me de caminhar mais que 1600 metros.
(2) Meu joelho impede-me de caminhar mais que 800 metros.
(1) Meu joelho impede-me de caminhar mais de um quarteirão.
(0) Meu joelho impede-me de caminhar.
2 Por causa do seu joelho, você caminha com muletas ou uma bengala?
(3) Eu consigo caminhar sem muletas ou bengala.
(2) Meu joelho me obriga a caminhar com o auxílio de uma muleta ou de uma bengala
(1) Meu joelho me obriga a caminhar com o auxílio de duas muletas.
(0) Por causa do meu joelho, não posso andar, nem mesmo com muletas.
3 O seu joelho faz você mancar quando caminha?
(2) Sou capaz de caminhar sem mancar.
(1) Às vezes meu joelho me faz caminhar mancando.
(0) Por causa do meu joelho, não sou capaz de caminhar sem mancar.
90
4 Como o seu joelho afeta sua capacidade de subir escadas?
(5) Meu joelho não afeta minha capacidade de subir escadas.
(4) Eu tenho dor no meu joelho quando subo escadas, mas ela não limita minha
capacidade de subir escadas.
(3) Sou capaz de subir escadas normalmente, mas preciso usar um corrimão.
(2) Sou capaz de subir escadas um degrau de cada vez com o uso do corrimão.
(1) Tenho que usar muletas ou bengala para subir escadas.
(0) Não sou capaz de subir escadas.
5 Como o seu joelho afeta sua capacidade de descer escadas?
(5) Meu joelho não afeta minha capacidade de descer escadas.
(4) Eu tenho dor no meu joelho quando desço escadas, mas ela não limita minha
capacidade descer escadas.
(3) Sou capaz de descer escadas normalmente, mas necessito usar um corrimão.
(2) Sou capaz de descer escadas um degrau de cada vez com o uso de um corrimão.
(1) Eu tenho que usar muletas ou bengala para descer escadas.
(0) Eu não consigo descer escadas.
6 Como o seu joelho afeta sua capacidade de ficar em pé?
(5) Meu joelho não afeta minha capacidade de ficar em pé. Sou capaz de ficar em pé por
quantidades ilimitadas de tempo.
(4) Eu tenho dor no meu joelho quando estou em pé, mas ela não limita minha capacidade
de ficar em pé.
(3) Por causa do meu joelho, não sou capaz de ficar em pé mais de 1 hora.
(2) Por causa do meu joelho, não sou capaz de ficar em pé mais de meia hora.
(1) Por causa do meu joelho, não sou capaz de ficar em pé mais de 10 minutos.
(0) Não sou capaz de ficar em pé, por causa do meu joelho.
7 Como o seu joelho afeta a sua capacidade de ajoelhar?
(5) Meu joelho não afeta minha capacidade de ajoelhar. Posso ajoelhar por tempo
ilimitado.
(4) Eu tenho dor ao ajoelhar, mas ela não limita minha capacidade de ajoelhar.
(3) Eu não posso ajoelhar por mais de uma hora.
(2) Eu não posso ajoelhar por mais de meia hora.
(1) Eu não posso ajoelhar por mais de dez minutos.
(0) Eu não posso ajoelhar.
8 Como o seu joelho afeta a sua capacidade para agachar?
(5) Meu joelho não afeta minha capacidade de agachar. Posso agachar totalmente.
(4) Eu tenho dor ao agachar, mas ainda consigo agachar totalmente.
(3) Eu não consigo agachar mais do que ¾ da distância do chão.
(2) Eu não consigo agachar mais do que ½ da distância do chão.
(1) Eu não consigo agachar mais de ¼ da distância do chão.
(0) Eu não consigo agachar absolutamente.
91
9 Como o seu joelho afeta sua capacidade de sentar-se com o joelho flexionado?
(5) Meu joelho não afeta minha capacidade de sentar com o joelho flexionado. Sou capaz
de sentar por quantidade de tempo ilimitado.
(4) Eu tenho dor quando sento com o joelho flexionado, mas ela não limita minha
capacidade de sentar.
(3) Eu não consigo ficar sentado com o meu joelho flexionado por mais de 1 hora.
(2) Eu não consigo ficar sentado com o meu joelho flexionado por mais de meia hora.
(1) Eu não consigo ficar sentado com o meu joelho flexionado por mais de 10 minutos.
(0) Eu não consigo ficar sentado com o meu joelho flexionado.
10 Como o seu joelho afeta sua capacidade de levantar-se de uma cadeira?
(5) Meu joelho não afeta minha capacidade de levantar de uma cadeira.
(4) Eu tenho dor quando levanto da posição sentada, mas ela não afeta minha capacidade
de levantar da posição sentada.
(2) Por causa do meu joelho, somente posso levantar-me de uma cadeira se usar minhas
mãos e braços para ajudar.
(0) Por causa do meu joelho, não sou capaz de levantar-me de uma cadeira.
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