criopreservado (SILVA, 2007). Durante as últimas décadas, o interesse pela
inseminação artificial (IA), em cães, cresceu substancialmente. No Brasil, os
primeiros relatos de IA com sêmen refrigerado, em cães, foi o de Silva et al., em
2004, seguido por Apparício et al. (2007) e Uchoa et al. (2007).
O principal objetivo da IA, em cães, é viabilizar a gestação quando a
monta natural não é possível, seja por incompatibilidade do casal, assim como por
distância geográfica. A técnica também reduz o risco de transmissão de doenças
entre machos e fêmeas, além de minimizar os riscos com o transporte do animal.
Nestes casos, o sêmen pode ser refrigerado ou congelado. Embora o sêmen
refrigerado sofra menores danos pela temperatura, as taxas de concepção, de
cadelas inseminadas com sêmen refrigerado, são menores do que aquelas
inseminadas com sêmen fresco ou monta natural (ENGLAND; PONZIO, 1996;
JOHNSTON et al., 2001; RIJSSELAERE et al., 2002; SILVA et al., 2004).
Quando o sêmen necessita ser transportado para proposta de IA,
dois métodos podem ser utilizados: o sêmen congelado (-196°C) e o refrigerado
(5°C) (ENGLAND; PONZIO, 1996). As baixas temperatur as diminuem as taxas
metabólicas do espermatozóide e prolongam sua longevidade (WATSON, 1995).
A despeito do curto período de armazenamento da técnica de refrigeração, a
vantagem é que a qualidade do sêmen refrigerado é superior à do congelado
(ENGLAND; PONZIO, 1996), sendo uma técnica viável para curtos períodos de
armazenamento. Ademais, a técnica de refrigeração apresenta menor custo, outra
vantagem do sêmen refrigerado, em relação ao congelado, é o menor dano às
células espermáticas, com taxas de gestação superiores (STORNELLI et al.,
2001). Contudo, com longos períodos de estocagem, o sêmen refrigerado se
deteriora (ENGLAND; PONZIO, 1996). Quanto ao sêmen congelado, embora
possa ser armazenado por longos períodos (anos), a viabilidade e longevidade
espermática são prejudicadas e, conseqüentemente, a fertilidade (OETTLÉ, 1986;
ENGLAND, 1993; ENGLAND; PONZIO, 1996).
Pinto et al. (1999) estudaram a fertilidade de cadelas inseminadas
com sêmen refrigerado. Estes pesquisadores não encontraram diferença
significativa na taxa de gestação e tamanho da ninhada, entre os grupos de