72 Maria Conceição Melo Silva e Rivanda Meira Teixeira
decisões estruturadas e semi-estruturadas dos
níveis operativos e de controle administrativo;
possuem pouca capacidade analítica, tais como
resumos e comparações; ajudam na tomada de
decisão, valendo-se de informação do presente
e do passado, contendo somente dados
corporativos internos. A evolução da
informatização nas organizações faz com que al-
guns autores empreguem o termo SIG para se
referir a todos sistemas de informação que dão
suporte a todas áreas funcionais da empresa.
Para os fins deste estudo, o sistema de informa-
ção gerencial representa aquele especificamente
desenhado para as funções no âmbito gerencial.
c) Sistemas de apoio à decisão -
SAD:
"são sistemas de informações ou mo-
delos analíticos projetados para ajudar a ge-
rentes e profissionais a tomar decisões mais
eficazes". (Keen, 1996,p.249). Segundo Cha-
ves e Falsarella (1995), para desenvolver um
SAD é necessário construir um ambiente de
apoio à decisão. Em alguns casos, isso não
significa construir um novo sistema de infor-
mação, mas, sim, incorporar aos sistemas
existentes ambientes aplicativos (que façam
análise de alternativas e forneçam soluções
aos problemas) e/ou ferramentas de apoio à
decisão (que auxiliam na simulação de situa-
ções, na representação gráfica das informa-
ções etc) que forneçam informações e subsí-
dios para o processo de tomada de decisão.
Dessa forma, percebe-se a importância des-
ses sistemas para auxiliar e não para substi-
tuir o julgamento dos executivos. Pechuán
(1997) deixa claro essa visão, ao afirmar que
o objetivo de um SAD será complementar a
capacidade de decisão do ser humano, va-
lendo-se da potência que possuem os com-
putadores para o processamento dos dados.
Para cumprir esse objetivo, vale ressaltar
alguns requisitos do SAD adaptados de Laudon
e Laudon (1998), Pechuán (1997) e Chaves e
Falsarela (1995). O sistema deve: a) ser usado
diretamente pelos diretores; b) empregar fer-
ramentas sofisticadas de análise; c) permitir fle-
xibilidade na busca e manipulação
das
informa-
ções; d) ser interativo na sua utilização.
A evolução do SAD permite a utilização
dos sistemas de apoio à decisão em grupo (GDSS
— Gmup Decision Support Systems)
que dá
apoio a uma ou várias equipes de pessoas envol-
vidas
no processo de tomada de decisões e dos
sistemas especialistas
(expeli systems),
que re-
tratam o raciocínio/conhecimento de especialis-
tas, para auxiliar futuras decisões.
d) Sistema de informação executiva -
SIE:
é um sistema de informação desenhado
para facilitar a tomada de decisões dos execu-
tivos ou da alta direção. Na literatura, alguns
autores utilizam o termo SIE e outros o termo
SSE (Sistemas de Suporte a Executivos). Para
Laudon e Laudon (1998), SIE é um termo tra-
dicional, referindo-se somente ao SSE. Já
Pechuán (1997) considera que, quando se cita
o termo SIE, na realidade se fala de um SSE,
ou seja, os dois são sinônimos. Segundo Cha-
ves e Falsarella (1995:27), as principais carac-
terísticas e funções desses sistemas são: gerar
mapas, gráficos e dados que possam ser sub-
metidos à análise estatística para suprir os exe-
cutivos com informações comparativas, fáceis
de entender; permitir que o executivo se comu-
nique com o mundo interno e externo, através
de interfaces amigáveis (correio eletrônico,
teleconferência etc); oferecer ao executivo fer-
ramentas de organização pessoal e de
gerenciamento de projetos, tarefas e pessoas.
As características do SIE revelam dois
pontos importantes. Primeiro, a flexibilidade na
capacidade de analisar e comparar tendênci-
as, ou seja, os executivos ficam liberados para
fazer análises mais criativas e tomar decisões
em seus cargos de trabalho. Segundo, o fato
de a diferença do SAD para o SIE ser mínima:
encontra-se na interface com o usuário, atra-
vés de um fácil acesso às informações internas
e externas que influenciam nos fatores de êxi-
to da empresa. Para Keen (1996), os siste-
mas de informações executivos são um passo
à frente do SAD, concentrando-se na captura
REVISTA DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO, Florianópolis, v.4, n.6, p.69-80, jan./jum.2002