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Quadro 3 – Características e estratégias de integração entre Atenção Primária à Saúde e
Atenção Especializada segundo gestores e gerentes – Brasil e Espanha, 2009
Dimensões Brasil Espanha
Posição ocupada pela APS e prioridade do tema da integração entre níveis de atenção nas políticas locais de saúde
Presença do tema no debate da política de
saúde
Sim Sim
Grau de importância atribuído Alto Alto
Capacidade de intervenção dos gestores de
APS na implementação de medidas pró-
coordenação
Alta – nas Coordenações de AB/ESF
centralizada na Secretaria Municipal de
Saúde
Baixa – nas Coordenações locais de APS
Grupos mais afetados por inadequada
coordenação
Crianças, idosos, crônicos e pacientes com
patologias graves com dificuldades para
acessar os serviços de saúde
Crônicos, idosos, gestantes, pacientes com
necessidade de cuidados paliativos, imigrantes
Porta de entrada do sistema de saúde Unidades de Saúde da Família Centros de Saúde
Papel de filtro para atenção especializada Médicos da Equipe de Saúde da Família Médicos de Família e Pediatras das Equipes de
Atenção Primária
Instrumentos de integração dos serviços de saúde
História clínica informatizada em APS Incipiente Sim (em todos os Centros de Saúde)
História clínica única Incipiente (entre atenção primária e
especializada)
Não (existência de repositório comum de
informações clínicas)
Retorno das informações clínicas por meio de
instrumento de contra-referência
Irregular, com graus distintos de qualidade Irregular, com graus distintos de qualidade
Organização dos fluxos para atenção especializada e para urgência/emergência
Percurso mais comum do paciente para acesso
à atenção especializada
Encaminhamento do médico da equipe de
saúde da família
Encaminhamento do médico de
família/pediatra/ginecologista
Circuitos preferenciais para referência Priorização de risco indicada pelo médico
de família e avaliada por equipe de
reguladores da SMS
Sim - para suspeita de malignidade e consultas
preferenciais a critério da avaliação do médico
de família
Estruturas de APS para atendimento à
urgência
Não – Unidades de Pronto Atendimento
pertencentes à AE
Sim – Pontos de Atenção Continuada e Centros
de Urgência em APS
Articulação entre APS e serviços de pronto-
atendimento
Insuficiente Insuficiente
Guias de prática clínica Sim - por patologias e ciclos de vida e
protocolos para definição de fluxos e
regulação para atenção especializada
Sim – por patologias (artrite, hipertrofia benigna
de próstata, insuficiência cardíaca, etc)
Monitoramento das referências realizadas
pelos profissionais de APS para AE
Não Não
Cultura de colaboração entre APS e AE
Conhecimento do processo de trabalho
desenvolvido em APS pelos profissionais de
AE
Baixo Insuficiente, embora com mudanças recentes
Reconhecimento profissional e social dos
profissionais de APS
Pouco reconhecimento por parte dos
demais especialistas; iniciativas
municipais de valorização dos
profissionais de APS
Insuficiente reconhecimento por parte dos
demais especialistas, maior por parte dos
usuários; situação atual mais favorável
Iniciativas que favoreçam conhecimento
pessoal e intercâmbio de experiências entre
APS e AE
Tele-consulta e tele-conferência;
territorialização dos serviços de AE;
“matriciamento” com interconsulta,
sessões clínicas e capacitações
Especialistas “consultores” com sessões clínicas
e interconsonsulta; deslocamento dos
especialistas ao Centro de Saúde para
atendimento clínico; criação de blog para
profissionais de APS, AE e gestores
Principais dificuldades para implantação de estratégias pró-coordenação
Principais dificuldades para implantação de
estratégias pró-coordenação
Insuficiente integração entre prestadores
municipais e estaduais; baixa qualidade
dos processos de regulação (justificativas
clínicas); insuficiente oferta de atenção
especializada; ausência de políticas para a
média complexidade por parte do
Ministério da Saúde; pouco conhecimento
dos processos de trabalho em APS;
rotatividade de profissionais
Grande independência e ausência de objetivos
comuns entre níveis assistenciais; insuficiente
articulação entre gestores de APS e AE;
aumento do trabalho burocrático executado
pelos médicos; falta de incentivos para
desempenho de ações de coordenação; baixa
institucionalidade e falta de continuidade das
estratégias implementadas; pouco conhecimento
dos processos de trabalho em APS