
Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho.
Em 17/09/2002
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autismo (ASD) no noroeste do Tâmisa que tinham nascido em 1979 ou após, e os
vinculou a um registro de vacinação regional independente. O ASD inclui autismo típico
(núcleo), autismo atípico, e síndrome de Asperger, porém os resultados foram similares
quando os casos de autismo núcleo foram analisados separadamente. Os investigadores
primeiro mostraram que o número conhecido de casos de ASD vem sendo crescente
deste 1979 e que não existiu aumento acentuado após a introdução da vacina MMR em
1998. Segundo, eles encontraram que, entre os indivíduos afetados, a idade ao
diagnóstico foi similar se a criança foi vacinada antes ou após os 18 meses de idade, ou
não foi vacinada, o que indica que a vacinação não resulta em expressões mais precoces
das características autísticas. Terceiro, eles mostraram que aos 2 anos de idade a
cobertura vacinal com MMR entre as crianças com ASD foi aproximadamente idêntica
daquela nas crianças na mesma coorte de nascidos vivos na região inteira, o que fornece
evidência de uma falta geral de associação com a vacinação.
Taylor e colegas então usaram um método inovador de “série de caso” para avaliar a
incidência relativa de autismo dentro de períodos de tempo pré-definidos após a
vacinação. Essas análises envolveram três diferentes medidas de início do autismo (data
do diagnóstico, data da primeira inquietação dos pais, e data da regressão) e duas
categorias de vacina (MMR e qualquer vacina contendo o componente sarampo).
Nenhuma associação estatisticamente significativa foi encontrada nas 14 comparações,
exceto par uma discreta incidência relativamente aumentada (1-48) para a associação
da vacinação com MMR e a inquietação inicial dos pais (que parece ter sido devido a
dificuldade dos pais em relembrar a idade precisa do início e conseqüentemente uma
preferência pela aproximação da idade aos 18 meses). Embora o método de série de
casos possa ser mais adequado para o estudo de uma doença aguda que de distúrbios
crônicos com um início insidioso, como ASD, os resultados são apoiados pela falta de
associações encontradas nas outras análises.
Os achados também são consistentes com o entendimento atual da patogênese do
autismo, uma síndrome definida por certas características de comportamento e
desenvolvimento mental que pode ter uma variedade de causas. Em poucos casos,
entretanto, é identificada uma causa específica. O autismo tem um forte componente
genético, e os defeitos neurológicos associados provavelmente ocorrem precocemente no
desenvolvimento embrionário
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. Assim, na maioria dos casos, o autismo representa um
defeito de nascimento, embora possa não ser diagnosticado até mais posterior em vida
quando os atrasos de comunicação e características de comportamento se tornam
aparentes. Parece improvável assim que a vacinação que é administrada após o
nascimento poderia causar autismo.
Raros casos têm, entretanto, sido descrito, de uma regressão de uma criança normal e
aquisição de características autísticas. É esse caso de distúrbios regressivo para o quail o
vínculo biológico com a vacinação é plausível.
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O início da regressão do
desenvolvimento mental tende a ser claramente demarcado, tornando o distúrbio mais
acessível a razão do método de série de casos. Assim, a análise de Taylor e colegas
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não
mostrando associação entre a vacinação e o início da regressão fornece evidência
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Rodier PM, Hyman SL. Fatores ambientais precoces no autismo. MRDD Res Rev 1998; 4: 121-28.