Lombaerde, Coronel Manuel Nunes da Rosa, Manoel Barros de Almeida,
Doutor João Flaviano Cacequinho de Carvalho e os distritais eram: Coronel
João do Santos Portugal, pela sede do município, Ozório Werner, por
Presidente Soares, Capitão Hermenegildo Vieira de Gouvêa, por Dores de
José Pedro e Durandé.
Também em 1928 foi instalado o Termo Judiciário de Manhumirim,
sendo o primeiro juiz municipal o Doutor João Batalha Neto. Decorreram-se
três anos da criação e instalação do referido termo; todo o processo foi
conduzido pelo Doutor Alfredo Soares Lima, político local.
Ilustram também as atividades do referido ano de 1928: a criação da
primeira banda de música do município, com o nome da Banda de Música
Santa Cecília, no mês de março, a firma Polastri & Filhos montou a primeira
máquina de limpar café do município, “Máquina de Pilar” e por fim, em
dezembro foi criada a linha de auto-ônibus, ligando Manhumirim a Manhuaçu
não dependendo somente do transporte de trem.
Sobre a vinda do Padre Júlio Maria de Lombaerde para a região
estudada, essa foi motivada e preparada por Dom Carloto da Silva Távora
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,
empreendia no município visando seu progresso. Entusiasmou-se com a construção da Matriz
do Bom Jesus. Via na obra um projeto arrojado que iria projetar longe o nome de Manhumirim.
Chegando o Padre Júlio Maria, ficou orgulhoso com a personalidade, a cultura e o valor do
novo Cura. A cidade estava recebendo mais gente de real respeitabilidade. Em consequência
daquela tremenda luta política-religiosa, que se travou em Manhumirim, ficou ele de tal modo
envolvido, negativamente envolvido e comprometido, que foi afastado da administração do
município, de janeiro de 31 a janeiro de 32. Porém malgrado não ser ele o titular, muita coisa
não se fazia sem o seu parecer. Doutor Alfredo Lima era um homem corajoso e
destemido.”Não comprava briga, mas não a enjeitava”, como atestam suas filhas. Enfrentando
qualquer situação sem medo e com intrepidez. Eleito Constituinte, mineiro e depois Deputado
Estadual, transferiu-e para Belo Horizonte, onde viveu intensamente dedicado ao exercício do
seu mandato na Assembléia Legislativa e advogando os interesses de Manhumirim. Terminado
esse período, foi exercer um alto cargo que lhe foi confiado pelo governo do Estado. Não
obstante longe, acompanhava tudo o que acontecia aqui. Fazia questão de marcar presença
em todos os acontecimentos mais importantes do município. Não media sacrifícios para isso.
Veio a falecer de efisema pulmonar, com a idade de 74 anos, no dia 15.05.1966. D Judith viveu
mais dez anos e terminou sua carreia terrestre aos 23.06.1976. Era tia do Doutor José Soares
de Figueiredo, o primeiro prefeito eleito de Manhumirim, após a ditadura getulista”. (BOTELHO,
Demerval Alves. História de Manhumirim: Município e Paróquia II Volume: (1924-1947). Belo
Horizonte: O Lutador, 1989, pp. 20-22)
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“Carloto Fernandes da Silva Távora nascera em Jaguaribe-Mirim, no Ceará, a 18 de
dezembro de 1863. Os Távora constituíam-se um dos clãs bastante conceituados na região.
Fizera os estudos elementares numa escola estabelecida em sua própria residência por uma
irmã mais velha. Em seguida fora para o colégio da vila, fundado por seu irmão Monsenhor
Antônio Távora, então vigário da localidade. Desejoso de seguir também ele a vida sacerdotal,
fora encaminhado para o seminário de Fortaleza, dirigido na época pelos padres lazaristas, ali
instalado a convite do primeiro bispo do Ceará, Dom Luís Antônio dos Santos. A finalidade da
atuação desses religiosos à frente do seminário era imprimir no novo clero em formação as
características desejadas pelo movimento dos bispos reformadores. O prelado de Fortaleza,