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JOSÉ ALUISIO DE ARAÚJO PAULA
DESENVOLVIMENTO E VERIFICAÇÃO DE UM SISTEMA
COMPUTACIONAL PARA CÁLCULO DA
ADUBAÇÃO/FERTIRRIGAÇÃO DE MELÃO E MELANCIA
MOSSORÓ
Março - 2007
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JOSÉ ALUISIO DE ARAÚJO PAULA
DESENVOLVIMENTO E VERIFICAÇÃO DE UM SISTEMA
COMPUTACIONAL PARA CÁLCULO DA
ADUBAÇÃO/FERTIRRIGAÇÃO DE MELÃO E MELANCIA
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido como parte
das exigências para a obtenção do título de
mestre em Agronomia: Fitotecnia.
Orientador: Prof. D. Sc. JOSÉ FRANCISMAR DE MEDEIROS
MOSSORÓ
Março - 2007
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Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e
catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
P324d Paula, José Aluísio de Araújo.
Desenvolvimento e verificação de sistema computacional
para cálculo de adubação/ fertirrigação em melão e melancia /
José Aluísio de Araújo Paula. - Mossoró: 2007.
86f.: il.
Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) Universidade
Federal Rural do Semi-Árido.
Área de Concentração: Produção vegetal
Orientador: Profª. Dr. José Franscimar de Medeiros.
Co-Orientador: Neyton de Oliveira Miranda
1. Fertilização - Métodos 2. Fertirrigação 3.Cucumis melo.
4. Citrullus lanatus. 5
. Sistema Computacional. I. Título.
CDD:631.81
Bibliotecária: Margareth M. Figueiredo Dias Furtado
CRB/-4/1446
JOSÉ ALUISIO DE ARAÚJO PAULA
DESENVOLVIMENTO E VERIFICAÇÃO DE UM SISTEMA
COMPUTACIONAL PARA CÁLCULO DA
ADUBAÇÃO/FERTIRRIGAÇÃO DE MELÃO E MELANCIA
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido como
parte das exigências para a obtenção do
título de mestre em Agronomia:
Fitotecnia.
APROVADA EM:_____/______/______
________________________________ __________________________________
Neyton de Oliveira Miranda – D.Sc Pahlevi Augusto de Souza – D.Sc
UFERSA Bolcista Prodoc
(Conselheiro) (Conselheiro)
____________________________________
José Francismar de Medeiros – D.Sc
UFERSA
(Orientador)
“A meu pai Aluisio Paula (in memorian)”
Dedico
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por ele ser a fonte de inspiração de todas as coisas, e
em especial, pela inspiração espiritual que deu origem a esse trabalho.
Alem “Dele”, a minha mãe, Francisca Francinete de Araújo Paula, e a minha esposa,
Vera Rodrigues Paula, que dentro das suas possibilidades, me deram suporte moral e
financeiro indispensáveis ao processo.
Aos meus irmãos, Gêminson, Júlia, Olívia e Ângelo, pelo incentivo, pelo apoio moral
e torcida pelo sucesso do processo.
Ao Professor José Francismar de Medeiros pelas orientações e incentivo na execução
desse trabalho.
A Universidade Federal Rural do Semi-Árido e ao curso de Fitotecnia pelas
oportunidades oferecidas.
Ao CNPq e convênio FRUTERN FINEP/ESAM/FGD por uso de equipamentos
adquiridos com recursos destes órgãos de fomento.
Ao CNPQ, pela concessão da bolsa de estudos.
Aos professores José Espínola Sobrinho, Neyton de Oliveira Miranda (Co-orientador),
Francisco Bezerra Neto (Coordenador do CPPG), Maria Clarete Cardoso, Indalécio Dutra;
Leilson da Costa Grangeiro, Glauber Henrique de Souza, e todos os que fazem o núcleo de
Pós-graduação.
Aos colegas que auxiliaram na condução dos trabalhos de campo e laboratório,
Francisco de A. de Oliveira (Thicão), Carlos J. G. de S. Lima, Mychelle K. T. de Oliveira,
Maria José T. Câmara, Damiana C. de Medeiros, seu Elídio e Vladimir Batista Figueiredo.
Aos colegas de curso Ernildo, Romeu, Django, George, Milton, Renata, Marilene,
Cinthia, Jailma, Luís Gonzaga, Elisângela, Socorro, Lindomar, Silvinha, Vânia, Renato,
Márcio e todos demais pela amizade e apoio direto e indireto na realização desse trabalho,
convívio e amizade durante a realização do curso.
RESUMO
PAULA, José Aluisio de Araújo. Desenvolvimento e verificação de um sistema
computacional para cálculo da adubação/fertirrigação de melão e melancia. 2007 81f.
Dissertação (Mestrado em agronomia: Fitotecnia) Universidade Federal Rural do Semi-
Árido (UFERSA), Mossoró, 2007.
O objetivo do trabalho foi desenvolver um sistema computacional para calcular níveis e
parcelamento de nitrogênio, fósforo e potássio para a adubação de fundação e fertirrigação de
melão e melancia e validá-lo com dados experimentais. Foi elaborado um sistema seguindo as
metodologias utilizadas nos modelos do FERTICALC e de outros autores, utilizando-se os
fatores de correção para uso dos nutrientes N, P e K, tanto para adubação de fundação
(convencional) como em adubação via fertirrigação para determinar as doses dos nutrientes
(N, P e K). Os totais exportados em N–P–K são relacionados à produtividade almejada, tanto
para dados de produção total, quanto para dados de produção comercial, para os nutrientes de
cada cultura estudada. Para avaliar a eficiência do sistema, assumiram-se dados médios
comuns aos das áreas cultivadas com melão e melancia, além dos dados que correspondem
aos das áreas dos experimentos com melão e com melancia. Adotou-se como produtividade
almejada para melão e melancia, respectivamente, 36 e 28 Mg ha
-1
. O trabalho em campo foi
realizado na região produtora de melão e melancia localizada no Agropólo Assú/Mossoró.
Para o experimento com melão, utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com três
repetições e combinação da dose de N (42, 84 e 126 kg.ha
-1
) e de K (106, 212 e 322 kg.ha
-1
)
sendo, N
2
e K
2
as doses intermediarias, mais três tratamentos adicionais (N
0
K
0
, N
0
K
2
e N
2
K
0
)
arranjados no esquema fatorial 3 x 3 + 3. Para o experimento com melancia adotou o mesmo
delineamento experimental, com combinação de três doses de nitrogênio, N
1
(45 kg ha
-1
), N
2
(91 kg ha
-1
) e N
3
(136 kg ha
-1
) e três doses de potássio, K
1
(78 kg ha
-1
), K
2
(156 kg ha
-1
) e K
3
(234 kg ha
-1
), além de dois tratamentos adicionais: (N
0
K
2
e N
2
K
0
), sendo N
2
e K
2
a dose
recomendada para fertilização e N
0
e K
0
sem a aplicação N e K, respectivamente. Para medir
a eficiência do sistema, foi utilizado o Índice de Concordância “d”. Os coeficientes de
determinação (R
2
) das funções produtividade vs. exportação de nutrientes foram elevados,
tanto para as curvas da melancia, quanto para as curvas do melão. A faixa de produtividade
para os quais as funções médias produtividade vs. exportação de nutrientes, tanto para melão,
quanto para a melancia abrangem todas as situações encontradas nas áreas produtoras da
região. A aplicabilidade do software foi satisfatória, que ele responde com eficiência as
condições impostas no sistema para a definição das quantidades a serem aplicadas de N, P e K
e a distribuição semanal/diária para os adubos. O melão e a melancia responderam as doses de
N e K, obtendo-se produtividades máximas, respectivamente, para as doses máximas, de
nitrogênio aplicado em fertirrigação, diferente do potássio que não afetou a produtividade da
cultura, e doses de N e K aplicadas em fertirrigação. A aplicação do índice “d” revelou
concordância elevada entre os valores obtidos em campo e os simulados pelo sistema, para a
absorção total de nutrientes de N e K, tanto para melancia, quanto para o melão.
Palavras-chave: Citrullus lanatus, Cucumis melo, Sistema Computacional, Nutrientes.
ABSTRACT
PAULA, José Aluisio de Araújo. Development and verification of a computational system
for calculation of the melon and watermelon manuring/fertirrigation. 2007 81f.
Dissertação (Mestrado em agronomia: Fitotecnia) Universidade Federal Rural do Semi-
Árido (UFERSA), Mossoró, 2007.
The objective of the work was to develop a computational system to calculate levels and
portioning out of nitrogen, phosphorus and potassium for the foundation manuring and
fertirrigation of melon and watermelon and to validate it with experimental dates. A system
was elaborated following the methodologies used in the models of FERTICALC and of other
authors, being used the correction factors for use of the nutrients N, P and K, as in foundation
manuring (conventional) as in manuring fertirrigation to determine the doses of the nutrients
(N, P and K). The totals exported in N–P–K they are related to the longed productivity, so
much for date of total production, as for date of commercial production, for the nutrients of
each studied culture. To evaluate the system efficiency, it was assumed medium dates
common to the cultivated areas with melon and watermelon, besides the date that correspond
to the areas of the experiments with melon and with watermelon. It was adopted as
productivity longed for melon and watermelon, respectively, 36 and 28 Mg ha
-1
. The work in
field was accomplished in the area producing of melon and watermelon located in
Assú/Mossoró Agricultural pole. For the experiment with melon, it was used the scheming in
casualizad blocks with three repetitions and combination of the dose of N (42, 84 and 126
kg.ha
-1
) and of K (106, 212 and 322 kg.ha
-1
) being, N
2
and K
2
the doses would intermediate,
more three additional treatments (N
0
K
0
, N
0
K
2
and N
2
K
0
) arranged in the factorial outline 3 x 3
+ 3. For the experiment with watermelon adopted the same experimental scheming, with
combination of three doses of nitrogen, N
1
(45 kg ha
-1
), N
2
(91 kg ha
-1
) and N
3
(136 kg ha
-1
)
and three potassium doses, K
1
(78 kg ha
-1
), K
2
(156 kg ha
-1
) and K
3
(234 kg ha
-1
), besides two
additional treatments: (N
0
K
2
and N
2
K
0
), being N
2
and K
2
the dose recommended for
fertilization and N
0
and K
0
without the application N and K, respectively. To measure the
efficiency of the system, it was used the Agreement Index “d”. The coefficients of
determination of the straight line (R
2
) of the functions productivity vs. export of nutrients was
high, so much for the curves of the watermelon, as for the curves of the melon. The
productivity zone for which the functions medium productivity vs. nutrients export, as for
melon, as for watermelon they embrace all found situations in the producing areas. The
applicability of the software was satisfactory, since it answers with efficiency the conditions
imposed in system for they definition of the amounts applied of N, P and K and they
distribution week/daily for the fertilizers. The melon and the watermelon answered the doses
of N and K, it obtaining maximum productivity, respectively, for the maximum doses, of
applied nitrogen in fertirrigação, different from the potassium that didn't affect the
productivity of the culture, and doses of N and applied K in fertirrigation. The application of
the index “d” it revealed high agreement among the values obtained in field and the simulate
by the system, for the total absorption of nutrients of N and K, so much for watermelon, as for
the melon.
Key-Words: Citrullus lanatus, Cucumis melo, Computational System, Nutritious.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 15
2 REVISÃO DE LITERATURA 17
2.1. Aspectos gerais da produção de melão, melancia e as exportações do RN 17
a) Produção do melão 17
b) Produção da melancia 17
c) Exportações de melão e melancia pelo RN entre 2003 e 2006 19
2.2 Fertirrigação e aspectos nutricionais 19
2.3 Fertilidade do solo e fertilizantes N-P-K 22
2.4 Efeitos de fontes e doses N-P-K nas culturas estudadas 24
2.5 Características de qualidade em melão 27
2.6 Ferramentas disponíveis para auxiliar o manejo da adubação/fertirrigação 27
3 MATERIAL E MÉTODOS 29
3.1 Sistema Computacional 29
3.1.1 Adubação de fundação 29
a) Para Nitrogênio (N) 29
b) Para Fósforo (P) 31
c) Para Potássio (K) 32
c.1) Teor de K pela relação de 15:1 entre cálcio e potássio 33
c.2) Teor de K em 3% da CTC do solo 33
c.3) Quantificação de K para a exigência do solo 34
d) Quantificação dos valores dos nutrientes (N, P ou K) na adubação de fundação 35
d.1) Quantificação para N ou P 35
d.2) Quantificação para K 35
e) Transformação dos valores dos nutrientes P e K da análise de solo 36
3.1.2 Adubação de cobertura para os nutrientes N–P–K 36
a) Quantificação dos teores de N-P-K fornecidos em adubação de cobertura 36
a.1) Para a nutrição de N: 37
a.2) Para a nutrição de P: 37
a.3) Para a nutrição de K: 37
b) Condição imposta a nutrição da cultura em adubação de cobertura para corrigir valores
obtidos em STC(f) < 0 38
c) Condição imposta a nutrição de K em adubações de fundação e de cobertura para
corrigir quantidades elevadas de K na fertilidade do solo 38
3.1.3 Cálculo da necessidade total de nutrientes corrigido pelo fator de eficiência 39
a) Adubação de fundação total corrigida pelo fator de eficiência para cada nutriente 40
b) Adubação de cobertura total corrigida pelo fator de eficiência para cada nutriente 40
3.1.4. Seleção e quantificação dos fertilizantes 40
3.1.4.1 Declaração das variáveis 41
3.1.4.2 Cálculo dos adubos 42
3.1.4.3 Opções para controlar a fertirrigação 44
a) Ajustando o volume da solução estoque 44
b) Ajustando a vazão do injetor (qinjr): 44
c) Cálculo do kc(d) em função do dia (idade): 44
3.2 Desenvolvimento das funções que definem os nutrientes Totais Exportados pelas
culturas para o sistema em função da produtividade 45
a) Transformação dos nutrientes de g planta-1 ou kg Mg-1 para kg ha-1 46
3.3 Exemplo de aplicação do sistema 47
3.4 Verificação e validação do sistema computacional 47
3.4.1 Área experimental 47
3.4.1.1 Unidade experimental e delineamento estatístico 49
3.4.1.2 Parâmetros avaliados e análises laboratoriais 50
3.4.2 Validação do sistema computacional 51
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 53
4.1 Equações de calibração entre produtividade e quantidade do nutriente 53
4.1.1 Função de resposta média entre nutriente exportado e produtividade 53
4.1.2 Equações da marcha de absorção média obtida para a nutrição semanal/diária dos
totais exportados 54
4.2 Resultados obtidos da aplicabilidade do sistema 54
4.3 Resultados obtidos nos experimentos de campo 55
4.4 Comparação dos valores estimados pelo sistema com os obtidos nos experimentos de
campo para o total de N e K absorvidos pelo melão e melancia 62
5 CONCLUSÕES 65
REFERÊNCIAS BIIBLIOGRÁFICAS 66
ANEXOS 75
APÊNDICES 81
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Fatores de correção para o nitrogênio, fósforo e potássio.............................40
Tabela 2 Equações* das curvas de calibração dos Totais exportados X
produtividade da melancia e do melão para o modelo de nutrição de N. ........55
Tabela 3 Equações* das curvas de calibração dos Totais exportados X
produtividade da melancia e do melão para o modelo de nutrição de P..........56
Tabela 4 Equações* das curvas de calibração dos Totais exportados X
produtividade da melancia e do melão para o modelo de nutrição de K. ........56
Tabela 5 Curvas de absorção média utilizadas no sistema para a
adubação/fertirrigação das plantas...................................................................57
Tabela 6 Resultados do sistema para recomendações da adubação de fundação e
cobertura do melão para produtividade almejada de 36 Mg ha-1 e
simulação dos exemplos de aplicação..............................................................58
Tabela 7 Resultados do sistema para recomendações da adubação de fundação e
cobertura da melancia para produtividade almejada de 28 Mg ha-1 e
simulação dos exemplos de aplicação..............................................................59
Tabela 8 Distribuição ao longo do tempo das quantidades de fertilizantes a serem
aplicados no melão e na melancia....................................................................60
Tabela 9 Valores médios do experimento 1 (Melão Gália) ajustados para
produtividade, peso médio do fruto e número de fruto por planta, em
função de doses de potássio (K2O) e nitrogênio (N).......................................61
Tabela 10 Curva de Acúmulo de nutrientes obtida no experimento de Bom Jesus
para o melão Gália. ..........................................................................................61
Tabela 11 Valores médios e modelos ajustados para o teor de sólidos solúveis totais na
colheita (BRIX1), teor de sólidos solúveis totais pós-câmara fria (BRIX2),
firmeza pós-câmara fria e perda de peso, em função de doses de potássio
(K2O) e nitrogênio (N), via fertirrigação. 63
Tabela 12 – Curva de Acúmulo de nutrientes obtidos no experimento da Horta da
UFERSA para a melancia Mickylee. 63
Tabela 13 Valores do Índice de concordância de Willmott et al. (1995) determinados
para as curvas médias que relacionam as quantidades exportadas dos
nutrientes X produtividade N e K e seus respectivos coeficientes de
determinação (R2). 64
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 –
Dados de temperatura, em ºC, e umidade relativa do ar, em %, (A) e de
velocidade do vento a 10m de altura, em m s
-1
, e evapotranspiração das
culturas, em mm dia
-1
, (B) referentes ao período de condução dos
experimentos, obtidos na estação meteorológica do Departamento de
Ciências Ambientais da UFERSA. 49
LISTA DE SÍMBOLOS
A teor do nutriente ou de íons na água de irrigação (mmol
c
L
-1
);
Ca:K
SOLO
é a relação Ca:K exigida no solo, adotada no programa o valor 15.
CTC capacidade de troca de cátions do solo (cmol
c
dm
-3
);
d densidade do solo;
E
el
– espaçamento entre linhas usado para a cultura dimensionada no sistema (m);
E
epls
– espaçamento entre plantas nas linhas para a cultura dimensionada no sistema (m);
fc
óxido
(f) fator de correção usado para transformar os elementos nos seus respectivos óxidos
(P
2
O
5
e K
2
O), o programa adota o valor 2,29 quando o nutriente for P ou 1,2 quando
o nutriente for K.
fe
Conv
(f) – fator de correção para adubação convencional para N (fe
F
N), P (fe
F
P) e K (fe
F
K).
Fe
F
(f) é o fator de correção para adubação com fertirrigação para N (fe
F
N), P (fe
F
P) e K
(fe
F
K).
FM fator de molhamento, que corresponde a fração de solo umedecida pelo sistema de
irrigação (%);
G
K
percentual do total exportado de K pela cultura a aplicar em adubação de fundação,
conforme metodologia selecionada (%);
G
kCTC
percentagem de K na CTC para satisfazer as necessidades da planta, adotado no
programa o valor de 3%.
G
N
percentual do total exportado de N pela cultura selecionada a aplicar em adubação de
fundação, conforme metodologia selecionada (%);
G
P
percentual do total exportado de P pela cultura a aplicar em adubação de fundação,
conforme metodologia selecionada (%);
k taxa de decomposição da matéria orgânica (dia
-1
);
K
Ca:K
teor de potássio que o solo deve ter para satisfazer as necessidades da planta segundo
a relação cálcio (Ca) e potássio (K) exigida (cmol
c
kg
-1
);
K
CTC
teor de potássio que o solo deve ter para satisfazer as necessidades da planta
segundo a relação K:CTC (cmol
c
kg
-1
);
K
max
valor máximo de K exigido, segundo os três critérios adotados de maior demanda
dentre os parâmetros testados para K (cmol
c
kg
-1
);
K
Total exportado
total exportado de K pela cultura, em todo seu ciclo, para a produtividade
almejada (kg ha
-1
);
L lâmina de água aplicada (mm);
m
nut
(f) massa atômica do nutriente (P ou K);
N
O
teor de nitrogênio potencialmente mineralizado (mg kg
-1
);
Nt quantidade de nitrogênio mineralizado no tempo t (mg kg
-1
);
N
Total exportado
valor total exportado de N pela cultura selecionada, em todo seu ciclo, para a
produtividade almejada (kg ha
-1
);
nut
exigência solo
(f) valor do nutriente K ou P exigido no solo (K
max
ou P
exigência solo
) para a
cultura (cmol
c
kg
-1
);
Nut
Total exportado
(f) quantidade líquida a exportar do nutriente (N
Total exportado
para N, P
Total
exportado
para P ou K
Total exportado
para K) para uma produtividade almejado adotada no
sistema (kg ha
-1
);
PA peso atômico de cada elemento ou íon contido na água;
P
produt.
valor da produtividade existente no banco de dados do programa para a curva de
absorção do melão (Mg ha
-1
);
P
produt.adotado
valor da produtividade adotada para o dimensionamento do programa de
adubação (Mg ha
-1
);
P
Total exportado
valor do total nutrientes de P exportado pela cultura, em todo seu ciclo, para a
produtividade almejada (kg ha
-1
);
Q
adubo
quantidade de nutrientes N P K baseada na curva média para se atingir essa
produtividade (kg ha
-1
);
Ө
A
umidade atual do solo (cm
3
cm
-3
);
Qas(f) quantidade do nutriente (N ou P) no volume de solo explorado pela cultura numa
área de um hectare (kg ha
-1
);
Ө
CC
capacidade de campo do solo (cm
3
cm
-3
);
Q
Cg
(f) quantidade líquida a exportar do nutriente (N
Cg
para N, P
Cg
para P ou K
Cg
para K)
obtida pela curva produtividade X quantidade do nutriente (g planta
-1
) para uma
produtividade almejado adotada no sistema (g planta
-1
);
Q
Ckg
(f) quantidade líquida a exportar do nutriente (N
Ckg
para N, P
Ckg
para P ou K
Ckg
para
K) obtida pela curva produtividade X quantidade do nutriente (kg Mg
-1
) para cada
unidade de rendimento almejado adotada no sistema (kg Mg
-1
);
Q
excesso
(f) quantidade líquida do nutriente (N, P ou K) que está em excesso no solo (kg ha
-
1
),
Q
exp
(f) quantidade total de nutriente de N (N
Total exportado
), P (P
Total exportado
) e K (K
Total
exportado
) exportado pela cultura (kg ha
-1
);
Qk
Metod
quantidade de K a aplicar em fundação levando em consideração apenas a
recomendação selecionada dentre as disponíveis no programa para a nutrição de K
(kg ha
-1
);
Qk
solo
quantidade nima de potássio que deve conter no solo para não restrições de
fertilidade para a cultura selecionada (kg ha
-1
);
QMd(f) – quantidade total dos nutrientes P e K disponíveis no solo (kg ha
-1
);
QNM quantidade de nitrogênio mineralizado (kg ha
-1
);
Qn
Metod
quantidade de N a aplicar em fundação levando em consideração apenas a
recomendação selecionada, dentre as disponíveis no programa para a nutrição de N
(kg ha
-1
);
Qnut
.
(f) quantidade do nutriente (P ou K) disponível no solo (kg ha
-1
);
Qp
Metod
quantidade de P a aplicar em fundação levando em consideração apenas a
recomendação selecionada, dentre as disponíveis no programa para a nutrição de P
(kg ha
-1
);
R
almejado
produtividade almejada no dimensionamento do sistema (Mg ha
-1
).
ST
CFert
(f) subtotal de adubo adotado em cobertura para N (ST
CFert
N), P (ST
CFert
P) e K
(ST
CFert
K) corrigido para a adubação convencional (kg ha
-1
);
ST
FC
(f) subtotal de adubo adotado em fundação para N (ST
FC
N), P (ST
FC
P) e K (ST
FC
K)
corrigido para a adubação convencional (kg ha
-1
);
T temperatura do solo (K);
t tempo necessário para que o nitrogênio contido na matéria orgânica do solo se mineralize
(dias);
tas = task valor dos teores de K apresentados na análise de solo (cmol
c
kg
-1
);
Tas(f) teor do nutriente (N, P ou K) no solo (ppm);
tkH2O quantidade aplicada do nutriente ou íon via água de irrigação (kg ha
-1
);
Tp
solo
teor de P que deve conter o solo, segundo recomendação de Papadopoulos (1999),
para manter o nível de segurança desse nutriente no referido solo (kg ha
-1
);
V
solo
volume de solo explorado pelo sistema radicular da cultura numa área de um hectare
(m
3
ha
-1
);
X
adubo
quantidade de nutrientes N – P – K que se quer determinar para se chegar a
produtividade adotada no programa (kg ha
-1
);
Zef profundidade efetiva da zona radicular para a cultura selecionada, onde a maior parte
dos nutrientes podem ser absorvidos (m);
K diferença entre teor de K exigência do solo e na análise (cmol
c
dm
-3
).
.
DADOS BIOGRÁFICOS DO AUTOR
JOSÉ ALUISIO DE ARAÚJO PAULA, filho de Aluisio Paula e Francisca Francinete de
Araújo Paula, nasceu no dia 18 de agosto de 1967, em Mossoró/RN. Iniciou seus estudos
em 1971, no Colégio Diocesano Santa Luzia, Mossoró/RN, e lá permaneceu até a
conclusão grau, ocorrida em 1981. Em 1982, iniciou o grau no Colégio Imaculada
Conceição, Natal/RN, permanecendo até a conclusão do ano do grau, ocorrida em
1983. Concluiu o grau no Colégio Marista São José, Natal/RN, no ano de 1984. Em
1985, Ingressou no curso de Engenharia Mecânica, pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte UFRN, Natal/RN, cursando-o até junho de 1989. Em janeiro de 1990,
ingressou, através de concurso vestibular, no curso de Agronomia pela Escola Superior de
Agronomia de Mossoró ESAM, Mossoró/RN, graduando-se em 1998. Em 2001,
ingressou no curso de Especialização em Irrigação e Drenagem, concluindo-o em 2002.
Em 2003, ingressou no curso de atualização em Manejo de Irrigação Localizada e
Fertirrigação, concluindo-o no final de 2003. Na empresa agrícola Paulicéia
Empreendimentos Ltda., desenvolveu as seguintes funções: No Período de agosto de 1988
a julho de 1998, trabalhou no seu setor Administrativo; No Período de julho de 1998 a
fevereiro de 2005, ocupou a função de diretor técnico da mesma empresa; Do Período de
julho de 1994 ate os dias atuais, Participa do seu quadro de sócios. Em 2005 ingressou no
mestrado de Agronomia: Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido –
Mossoró/RN.
15
1 INTRODUÇÃO
A irrigação é uma técnica muito usada nas regiões com regimes de precipitações
irregulares. Seu uso é extremamente necessário nestas condições para ter sucesso na
produção, sendo ainda associado a essa técnica, a fertirrigação, que consiste na aplicação de
fertilizantes dissolvidos na água de irrigação, de forma contínua ou intermitente. A
fertirrigação não pode ser utilizada em todos os tipos de irrigação, já que a principal exigência
é obter máxima uniformidade de distribuição dos fertilizantes, por isso, a prática da
fertirrigação está associada principalmente ao sistema de irrigação localizada, podendo ser
utilizado ainda, no sistema de irrigação por aspersão.
A fertirrigação tem se tornado uma das ferramentas mais importantes no sistema
produtivo das culturas irrigadas, por ser mais adequada às plantas, ao solo e inclusive
economicamente. Apesar dos adubos solúveis serem mais caros, a quantidade de fertilizantes
por este processo chega ser reduzida quando comparado à aplicação convencional. A
aplicação de adubos via a água de irrigação abre novas possibilidades para um melhor
controle da água, ao mesmo tempo suprindo as necessidades nutricionais das culturas,
mantendo a concentração e distribuição de íons e água no solo.
A fertirrigação é uma técnica bastante precisa, por isso, distancia seu uso correto dos
produtores menos tecnificados. Conhecimentos como de química e física são fundamentais
para o entendimento e realização de um correto manejo.
A quantidade de fertilizante a ser aplicada é função do conhecimento das exigências
nutricionais da cultura, da capacidade de fornecimento de nutrientes pelo solo, da eficiência
da absorção de nutriente e do rendimento esperado. As exigências nutricionais das culturas
dependem de vários fatores, dentre eles a variedade utilizada, condições de luz e umidade e
tipo de solo. Assim, para se referir às necessidades nutricionais das culturas seria necessário
dispor de dados ajustados para as condições locais de plantio, visando determinar a adubação
necessária para se obter certa produtividade.
Associado aos ajustes acima mencionados, tem-se observado ainda que a fertirrigação
é mais eficiente quando a fertilidade do solo é inicialmente corrigida. Essa correção vai desde
uma simples adequação da acidez até o ajuste dos níveis dos nutrientes do solo para valores
considerados adequados ao bom desenvolvimento da cultura explorada.
16
Outro dado importante é conhecer a absorção dos nutrientes nas fases fenológicas da
cultura, pois assim pode-se adequar o parcelamento correto das adubações buscando às
exigências nutricionais da cultura em cada fase. No caso das culturas anuais, nitrogênio,
fósforo, enxofre, zinco e boro, são exigidos em maiores quantidades até o florescimento
enquanto que o potássio é mais necessário durante a maturação dos frutos. Com isso, é
desejável ter acesso a um sistema que proceda aos cálculos e defina as doses diárias e
selecione os respectivos fertilizantes é de grande importância. Além disso, os agricultores, de
um modo geral, entenderam que a fertirrigação é uma realidade capaz de trazer resultados
produtivos muito expressivos, no entanto, mesmo sem os conhecimentos básicos necessários
realizam a técnica mediante apenas observações e não através de base científica, obtido por
realizações de cálculos precisos e rápidos extremamente indispensáveis para o sucesso
produtivo. Esse motivo acaba limitando todos aqueles menos tecnificados e como
conseqüência, não conseguem desfrutar de todo o potencial da técnica da fertirrigação.
As quantidades de nutrientes requeridas pelas culturas podem ser estimadas por
diferentes métodos recomendados por Montag (1999), Papadopoulos (1999) e usando uma
extensão para outros nutrientes baseados no FERTCALC (NOVAIS & SMYTH, 1999).
A aplicação excessiva de nutrientes às plantas, pode causar-lhes queda de
produtividade e de qualidade de seus produtos, podendo-se observar inclusive, manchas em
frutos ou em folhagens e com isso, prejudicar sua comercialização e como conseqüência, ter
redução no seu preço final.
As culturas de melão e melancia no estado do Rio grande do Norte, segundo dados de
órgãos oficiais, são as culturas mais importantes na pauta de exportações do Estado, sendo
cultivados quase na totalidade das áreas sob irrigação e na maioria dos casos fertirrigadas,
dada as condições de clima e solo locais.
O objetivo do trabalho foi desenvolver um sistema computacional para calcular níveis
e parcelamento de nitrogênio, fósforo e potássio para a adubação de fundação e fertirrigação
de melão e melancia e valida-lo com dados experimentais.
17
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Aspectos gerais da produção de melão, melancia e as exportações do RN
a) Produção do melão
O melão atualmente é cultivado em 72 países (PIMENTEL et al., 2000), tendo
ocupado em 2004, uma área aproximada de 1,15 milhões de hectares e uma produção de 21,7
milhões de toneladas (FAO, 2006). A China é o principal produtor, sendo responsável por
39%, seguida pela Turquia com 9%, pelos Estados Unidos com 6% e pelo Irã com 5% da
oferta mundial. O Brasil é o 6° produtor mundial (FAO, 2006).
A produção brasileira dessa hortaliça concentra-se no Nordeste, respondendo por 99%
do total. A sua produção ocorre principalmente nos Estados do Rio Grande do Norte (56,7%),
Ceará (35,5%), Bahia e Pernambuco (7,1%) (PIMENTEL et al., 2000). No Brasil, segundo
dados da EMBRAPA (2005a) em estudo feito entre os anos de 1980 à 2004, a área cultivada
vem aumentando, com o maior incremento nos anos 80 e variações na década passada (13.855
ha em 1998, 10.800 ha em 2000 e 13.800 ha em 2001). Entretanto, a produção aumentou
ininterruptamente desde 1990 salientando-se os anos de 1998, com 177.768 t e 2001 com
282.000 t (EMBRAPA, 2005b). Esse sucesso é decorrente da produtividade que aumentou de
12,8 t ha
-1
em 1998 para 20,4 t ha
-1
em 2001 (LOPES et al., 2003; EMBRAPA, 2005c). Esses
valores refletem o aperfeiçoamento do sistema produtivo, apesar da existência de problemas.
No entanto, os principais produtores (Estados Unidos, Espanha, Romênia e Itália) obtêm
produtividade superior a 20 t ha
-1
. Comparado à estes, o Brasil produz apenas 12,40 toneladas
por hectare (FAO, 2006), demonstrando que os produtores brasileiros, na sua maioria, não
estão utilizando, de modo adequado, as tecnologias atualmente disponíveis. No entanto, em
algumas regiões do país onde se utiliza um alto nível tecnológico, a produtividade por hectare
atinge valores superiores a 30 t ha
-1
(LOPES et al., 2003).
Com relação à produção de melão do agropolo Assú/Mossoró (RN), calcula-se que
165,17 mil toneladas foram produzidas em 2005 e cerca de 80% dessa produção foi destinada
à exportação (COEX, 2006), grande parte destinando-se à Europa (COEX, 2006), e uma
parcela sendo destinada ao mercado Norte-americano (USDA, 2006).
18
b) Produção da melancia
Existem poucas informações estatísticas sobre a cultura da melancia, segundo
Fernandes & Prado (2003), entretanto, a FAO (2006), cita a China como seu principal
produtor, com uma área total plantada em 2004, de 2.015.500 ha e uma produção de
63.300.000 t, participando com 86% da produção mundial, seguida da Turquia com área de
160.000 ha, Irã com área de 100.000 ha e E.U.A. com 57.140 ha.
No Brasil, segundo EMBRAPA (2005a, b e c) no período de 1980-1989, dados
estimados para área média colhida foi de 74,1 mil ha, a produção média foi de 361,59 mil t
ano
-1
de frutos e a produtividade média foi de 7,91 t ha
-1
. Já no período de 1990-1999 para os
mesmos índices, obteve-se área média de 74,04 mil ha, a produção média foi de 539,77 mil t
ano
-1
e produtividade média de 7,23 t ha
-1
. E, finalmente, entre 2000-2004, obteve-se área
média de 76,24 mil ha, a produção média de 628,07 mil t ano
-1
e produtividade média de 8,24
t ha
-1
.
O Brasil, que em 2004 ocupou o sétimo lugar no “ranking” mundial (FAO, 2006),
possui cerca de 65% de sua produção distribuída entre as regiões Nordeste, Centro-Oeste e
Sudeste, dos quais se destacam os estados do Rio Grande do Sul com 23,60% da produção
Nacional, Bahia com 14,70%, São Paulo com 12,10% e Goiás com 12,00% (IBGE, 2006).
No Nordeste brasileiro, além dos Estados citados, a região do Agropolo
Assú/Mossoró, no Rio Grande do Norte, que está a oeste do Estado, na divisa com o Ceará e
compreende os municípios potiguares de Mossoró, Açu, Baraúna, Carnaubais, Upanema,
Ipanguaçu, Alto do Rodrigues, Afonso Bezerra, Pendências, Serra do Mel e Itajá, tem-se
destacado pela sua crescente produção nessa cultura hortícola (NEVES, 2006).
Com relação à produção da melancia do agropólo Assú/Mossoró (RN), calcula-se que
de um total de 19,44 mil toneladas para melancia produzidas em 2005, cerca de 80% são
destinadas à exportação (COEX, 2006). Segundo o mesmo órgão, o destino das exportações
segue caminho semelhante ao do melão.
Os índices citados por alguns autores e organismos oficiais nacionais e internacionais
demonstram que, em média, a produtividade em melancia alcançada pelo Brasil não
ultrapassa a 40% da produtividade média obtida pelos sete primeiros lugares da produção
dessa cultura no mundo (EMBRAPA, 2005c; FAO, 2006; PIMENTEL et al., 2000; USDA,
2006), demonstrando que os produtores brasileiros, na sua maioria, não estão utilizando de
modo adequado as tecnologias atualmente disponíveis. No entanto, semelhante ao que
acontece com a cultura do melão, em algumas regiões do país onde se utiliza um alto nível
19
tecnológico, a produtividade atinge valores superiores a 30 t ha
-1
. Como exemplo pode-se
citar os valores de produtividades apresentado por Resende & Costa (2003) e Granjeiro &
Cecílio Filho (2004). Desta forma, considerando-se a tecnologia atualmente disponível para a
produção de melancia, observa-se que a produção mundial poderia aumentar razoavelmente,
sem a necessidade de expansão da área plantada (PIMENTEL et al., 2000).
c) Exportações de melão e melancia pelo RN entre 2003 e 2006
Segundo dados da FIERN (2006a, b), estimados com índices da COEX (2006), as
exportações do agropolo Assú/Mossoró (RN) para essas hortaliças tiveram um crescimento
médio anual em cerca de 7% nos últimos três anos, passando de 128,3 mil toneladas em 2003
para 147,7 mil toneladas em 2005, correspondendo a US$ 72,23 milhões.
Dados de órgãos oficiais estimam que do total exportado no agropolo Assú/Mossoró
(RN), cerca de 83% da produção dessas hortaliças são escoadas pelo porto de Natal-RN e
17% pelo porto do Pecém-CE (COEX, 2006). A quantidade dessas hortaliças que foi escoado
pelo porto de Natal representou, para a balança comercial das exportações de frutas do RN,
cerca de 60% das exportações de frutas frescas em 2005 (FIERN, 2006b).
2.2 Fertirrigação e aspectos nutricionais
As hortaliças, em sua maioria, necessitam de grandes quantidades de nutrientes dentro
de períodos de tempo relativamente curtos, sendo, por isso, exigentes do ponto vista
nutricional. Por outro lado, principalmente as espécies folhosas e tuberosas, deixam poucos
restos culturais no solo, sendo consideradas altamente esgotantes. Por essas razões, o
conhecimento do balanço de nutrientes em cultivo de hortaliças é essencial para se manejar a
adubação ao longo dos anos, indicar as culturas a serem utilizadas em rotação e otimizar o
aporte de insumos (COUTINHO et al., 1993). Isso coincide com as afirmações de Jorge
(1968) que em experiências de fertilização total de culturas realizadas em várias regiões do
país demonstrou que as adubações completas devem incluir, em média geral, os elementos N-
P-K na proporção de 1:3:1, respectivamente. Já Nascimento & Loureiro, (2004), para a
proporção dos mesmos elementos, recomendam 1:1,5:1,7.
Alguns autores apontam que as principais vantagens da fertirrigação estão
relacionadas à redução da flutuação da concentração de nutrientes no solo, isso devido
principalmente a flexibilidade dos nutrientes e água de irrigação. Já outros notaram que ao
20
trabalharem com a fertirrigação por gotejamento, o nitrogênio acumulado aumentava
linearmente com o crescimento e absorção de nitrogênio pela planta e preconizam a utilização
desta informação para o uso eficiente do fertilizante (VIVANCOS, 1996; MONTAG, 1999).
Fayad et al. (2001), estudando a absorção de nutrientes pelo tomateiro cultivado sob
condições de campo e de ambiente protegido, observaram que o padrão de absorção de
nutrientes seguiu o acúmulo de matéria seca pelas plantas. Verificaram ainda que na absorção
dos elementos essenciais no experimento de campo, a ordem decrescente de acúmulo de
nutrientes na parte aérea foi K, N, Ca, S, P, Mg, Cu, Mn, Fe e Zn, enquanto que em ambiente
protegido, o acúmulo de nutrientes na parte aérea do tomateiro decresceu na seguinte ordem
K, N, Ca, S, Mg, P, Mn, Fe; Cu e Zn.
Novais & Smyth (1999), desenvolveram o FERTICALC para calcular a quantidade de
fertilizante a ser aplicado em cultivos agrícolas com a finalidade de obtenção de uma
determinada produtividade. Segundo os autores, essa metodologia foi primeiramente
desenvolvida para a adubação fosfatada e está sendo estudada para outros nutrientes. O
sistema consiste em calcular a quantidade de fertilizante a ser aplicada de acordo com
algumas características do solo e da cultura; o fator capacidade, que é a resistência do solo a
mudanças no fator intensidade (I) quando se põe ou se retira o nutriente do solo (Q), e
também o nível crítico para o nutriente na parte aérea e nos frutos da cultura. Para Oliveira
(2002), o fator intensidade (I) é o fator que transforma o total exportado em quantidades de
adubos restabelecendo os níveis de segurança ao solo.
O estudo de recomendações de adubações na bananeira revelaram que as doses de
nutrientes a serem recomendadas pelo FERTICALC
®
-Bananeira aumentam continuamente
com o aumento da produtividade esperada e com a diminuição dos teores desses nutrientes no
solo, sendo maiores no primeiro ciclo e menores a partir do segundo ciclo, e ainda que
considerando a lógica envolvida em sua constituição e as variáveis utilizadas na modelagem
do FERTICALC
®
-Bananeira, este sistema constitui importante alternativa para recomendação
de adubação para essa cultura (OLIVEIRA et al., 2005).
Montag (1999) propôs uma metodologia para as condições de Israel, em que
considerou como parâmetros para operacionalizar os cálculos, as condições do solo, a
densidade de plantio, as exigências nutricionais para a produtividade desejada, os fatores de
correção ou de eficiência para os nutrientes, o volume de solo explorado pelo sistema
radicular que é molhado pelo sistema de irrigação, a capacidade tampão do solo, sendo mais
adequado para solos mais arenosos, e considera como exata a quantidade dos nutrientes obtida
pelo extrator químico.
21
Papadopoulos (1999), em sua metodologia, correlaciona parâmetros para o
dimensionamento da adubação, nos quais uma faixa de teores N-P-K, por exemplo, são
necessárias para se atingir uma determinada faixa de produtividade, em uma determinada
densidade de plantas, levando-se em consideração ainda, o volume de solo explorado pelo
sistema radicular das culturas que se encontra molhado pelo sistema de irrigação, não
considerando o fator capacidade do solo e assumindo como absoluto a quantidade dos
nutrientes extraída pelos extratores químicos.
As exigências nutricionais das culturas dependem de vários fatores, dentre eles da
variedade utilizada, condições de luz e umidade e do tipo de solo. Assim, para se referir às
necessidades nutricionais das culturas seria necessário dispor de dados ajustados para as
condições locais de plantio, para determinar a adubação necessária para obter certa
produtividade (VIVANCOS, 1996; CECÍLIO FILHO & GRANGEIRO, 2004a).
Frizzone et al. (2005), no estudo do cultivo do meloeiro em ambiente protegido,
ressaltam a necessidade do uso de tecnologias que possibilitem a obtenção de altas
produtividades, economicamente viáveis, e que atendam aos padrões exigidos pelo mercado
para amenizar o efeito de fatores limitantes ao desenvolvimento das culturas e atender aos
conceitos de produtividade e de qualidade, elementos decisivos para a produção agrícola
contemporânea.
Crisóstomo et al. (2002) recomendam, para a cultura do melão, a seguinte distribuição
dos nutrientes N P
2
O
5
K
2
O, respectivamente, em adubação de fundação: 10 % 80 %
10 % e em cobertura: 90 % – 20 % – 90 %. Já Montag (1999), recomenda em fundação (15 %
a 25 %) – 100 % (20 % a 30 %) e na adubação de cobertura (85 % a 75 %) – 0 % (80 % a
70 %). Novais & Smyth (1999), semelhante ao que postula Papadopoulos (1999),
recomendam, também para os mesmos nutrientes em fundação (35 % a 50 %) 100 % (60
% a 100 %) e em cobertura (65 % a 50 %) – 0 % – (40 % a 0 %).
Diversos autores, entre eles, Feigin et al. (1982) salientam que o parcelamento de
nutrientes, principalmente o nitrogênio, permite a redução das perdas dos nutrientes por
lixiviação. Gärdenäs et al. (2005) acrescentam que, além disso, a distribuição do nitrogênio é
mais uniforme no perfil do solo quando utilizaram fertirrigação por gotejamento, e
consequentemente, uma melhor distribuição de nutriente ocorre por todo o bulbo úmido e
zona radicular, porém com uma leve concentração ao redor da frente de molhamento.
Segundo Pinto et al. (1992), na cultura do melão fertirrigada por gotejamento, o parcelamento
da adubação nitrogenada em doses diárias favorece a obtenção de melhores frutos.
22
A fertirrigação por ser de uso recente, requer a determinação das dosagens adequadas
de nutrientes a serem aplicadas às culturas (PINTO et al., 1995). Alguns autores recomendam
que para que as adubações N P K atinjam a máxima eficiência no processo de absorção
desses nutrientes pela planta, é preciso que os totais exportados pela planta sejam corrigidos
por fatores sugeridos, respectivamente, para esses nutrientes na adubação convencional (1,2 a
1,5) – (1,9 a 2,2)(1,4 a 1,6) e na adubação por fertirrigação (1,1 a 1,2) (1,6 a 1,9) (1,2 a
1,4) (MONTAG, 1999).
2.3 Fertilidade do solo e fertilizantes N-P-K
A matéria orgânica cotém, geralmente, 95% ou mais de nitrogênio, e 20 a 75% de
fósforo que estão na superfície do solo. Valores médios para o carbono total (C
total
), nitrogênio
total (N
total
) na superfície do solo são razoavelmente constantes dependendo dos tipos de solo
e clima, entretanto mudanças têm sido observadas com relação ao solo cultivado e virgem
(LISBOA et al., 2002). Segundo Lopes et al. (2003) preconizam que a matéria orgânica do
solo é constituída por 5% de N e a relação C:N em solo é constante, em torno de 10:1.
Os fertilizantes nitrogenados orgânicos são provenientes da mineralização dos
resíduos vegetais e animais (MESSIAS et al., 1998), através da ação efetiva da microbiota do
solo. Os principais adubos orgânicos são: esterco eqüino (1,44%N), esterco bovino (1,67%N),
esterco suíno (1,86%N), esterco de galinha (2,76%N), torta de amendoim (7,65%N), torta de
coco (4,37%N), torta de soja (6,56%N), torta de usina de cana-de-açúcar (2,19%N), cascas de
castanha de caju (0,74%N), borra de café (2,30%N), sangue seco (11,80%N), entre outros.
os fertilizantes químicos nitrogenados são subdivididos em quatro grupos: os amoniacais
como a amônia anidra (82% N); os nítricos como nitrato de cálcio (16% N); os nitratos-
amoniacais como nitrato de amônia (32% N) e os amídicos como uréia (44% N). Os
fertilizantes nitrogenados possuem alta mobilidade no solo.
As fontes de fósforo são originadas de rochas fosfatadas, conhecidas como “fosfatos
naturais”, que são encontradas na forma de compostos de ferro, alumínio e de cálcio, e
possuem um teor considerável de fósforo total (24 a 27% de P
2
O
5
total). Porém, através de
misturas estequiométricas são obtidas as fontes industrializadas como o superfosfato simples
(18% de P
2
O
5
), superfosfato triplo (41% de P
2
O
5
), Escória de Thomas (17% de P
2
O
5
),
Termofosfato (17% de P
2
O
5
), Fosfato monoamônico MAP (48% de P
2
O
5
), Fosfato
diamônico DAP (45% de P
2
O
5
), Fosfato parcialmente acidulado (20% de P
2
O
5
), Farinha de
ossos autoclavados (20% de P
2
O
5
) e etc. (MESSIAS et al., 1998).
23
A incorporação de matéria orgânica (MO) no solo, que é capaz de rapidamente
adsorver fósforo aplicado (P) na forma de fertilizante, aumenta a disponibilidade de P
(GUPPY et al., 2005). Os mesmos autores afirmam, que este efeito tem sido comumente
designado como competição entre os produtos de decomposição de MO e adsorção local de P
pelo solo, resultando em solução de solo com elevadas concentrações de P. Em estudos com
objetivos semelhantes, Andrade et al. (2003) concluíram que em Latossolo Vermelho textura
muito argilosa (LV), a aplicação de fosfato e ácidos orgânicos ou ácidos húmicos juntos (FJA)
causou a maior redução na relação adsorção/precipitação de fósforo (A/PP), indicando que
deve ter ocorrido a ligação entre o fosfato e os ácidos, e que no Latossolo Vermelho-Amarelo
textura franco-argilo-arenosa (LVA), a aplicação de fosfato depois dos ácidos orgânicos ou
ácidos húmicos (FDA) causou a maior redução na A/PP, indicando ter ocorrido bloqueio dos
sítios de adsorção pelos ácidos.
Em estudo recente em um Neossolo Regolítico Psamítico Típico, na Paraíba, para a
obtenção da dosagem de P
2
O
5
, com as quais obtiveram-se a máxima produção e retorno
econômico quanto a produção de vagem para feijão-vagem, se correlacionam,
respectivamente, com 54 e 51 mg dm
-3
de P disponível no solo, obtido pelo extrator de
Mehlich 1 (OLIVEIRA et al., 2005). O mesmo estudo relatou ainda que a probabilidade para
ocorrência de resposta do feijão-vagem à adubação fosfatada em solos semelhantes ao do
presente estudo será minimizada quando o teor de P disponível for superior a 51 mg dm
-3
.
Verificou-se ainda função linear decrescente para o teor de fibra, com redução de 0,0004% de
fibra para cada kg de P
2
O
5
aplicado, com valor máximo (1,1%) e mínimo (0,94%) nas doses
zero e 400 kg ha
-1
de P
2
O
5
, respectivamente, e para o solo em estudo a dose de 231 kg ha
-1
de
P
2
O
5
, deve ser recomendada para a fertilização do feijão-vagem.
Jorge (1968) salientou que embora o fósforo seja o nutriente absorvido em menores
quantidades em relação aos outros dois macronutrientes, os nossos solos têm uma capacidade
de fixação muito grande para esse mineral, de modo a diminuir sua disponibilidade para as
plantas. Raij (1991), em concordância com Jorge (1968), acrescenta ainda que o fósforo tem
tendência a formar compostos de solubilidade muito baixa com ferro, alumínio e cálcio, e que
a reação desses elementos, tão abundantes em solos, com o fósforo pode-se dar na solução do
solo, com formação de precipitados, ou pode ocorrer na superfície das partículas sólidas de
argila, óxidos de ferro e alumínio, ou de carbonato de cálcio em solos calcários.
Cerca de 95% da produção mundial de potássio é utilizada como fertilizante, desse
montante, 90% sob forma de KCl (cloreto de potássio). Outros sais utilizados são K
2
SO
4
(sulfato de potássio), K
2
SO
4
MgSO
4
(sulfato duplo de potássio e magnésio), KNO
3
(nitrato de
24
potássio) e KNO
3
.NaNO
3
(salitre potássico) (NASCIMENTO & LOUREIRO, 2004). Para
Messias et al. (1998) as concentrações de K
2
O em KCl, K
2
SO
4
, K
2
SO
4
MgSO
4
e KNO
3
são,
respectivamente, 60%, 50%, 22% e 44%. Estudos mostram que as altas produções são
mantidas à custa de altos consumos de K e que por mais que existam mecanismos, técnicas e
sistemas de ciclagem desse nutriente, sempre existirão perdas devidas a sua alta mobilidade
(KINPARA, 2003).
O potássio constitui, juntamente com o nitrogênio e o fósforo, o grupo denominado de
elementos nobres da fertilização. Ele é de ocorrência generalizada na natureza, aparecendo
sempre em formas combinadas inorgânicas ou, no solo, em forma iônica. A sua eficiência nos
fertilizantes depende sistematicamente da maneira de como são aplicados e das condições do
solo a ser fertilizado. Diante disso, existem sugestões quanto ao uso do potássio no solo: solos
naturalmente pobres em potássio requerem adições freqüentes e moderadas; práticas culturais
que melhoram as condições de aeração do solo (aração, gradagem, drenagem, etc.), bem como
as que evitam as perdas por lixiviação (adição de matéria orgânica e calagem) e por erosão
(plantio em nível, terraço, etc.) tendem a melhorar o aproveitamento do K no solo; a tendência
para equilíbrio entre o K não trocável, trocável e em solução e as perdas as quais o K solúvel
está sujeito, sugerindo dois princípios básicos para a adição de K como fertilizante: 1) é que o
elemento deve ser aplicado parceladamente em lugar de toda a quantidade necessária de uma
vez só; 2) que se deve concentrar o K no sulco ou na cova de plantio sempre que possível
(MESSIAS et al., 1998).
Montag (1999) propõe em condições de pré-plantio que os níveis adequados para K no
percentual da CTC do solo e na relação Ca:K:Mg do solo devem ser, respectivamente, de 3%
e 16,67:1:1,67. E para P, o mesmo autor recomenda, pelo extrator Olsen, um nível de 59 mg
kg
-1
de solo. Já Papadopoulos (1999) recomenda que, para que as plantas possam ter o
máximo desempenho produtivo, é necessário que o solo forneça uma margem de segurança
(ou nível de segurança) de P e K de 30 e 100 mg kg
-1
para ambos os nutrientes.
Em um experimento conduzido no campo de produção da Empresa Frutas do Nordeste
S/A - FRUNORTE no município de Alto do Rodrigues-RN, objetivando o estudo do efeito do
equilíbrio catiônico do solo na produção e qualidade de frutos de melão (Cucumis melo, L.)
com as variedades Orange Flash, Gold Mine e Pele de Sapo, Silva (2000) percebeu que, para
a relação Ca:K:Mg do solo de 9:1:3, a adubação corretiva de potássio e magnésio
proporcionou maior rendimento e melhor qualidade nos frutos do melão Pele de Sapo e que as
adubações corretivas pontual ou em área total, para o estabelecimento de equilíbrios de
25
cátions proporcionaram efeitos semelhantes na produção e qualidade dos frutos de melão
Orange Flesh e Gold Mine.
2.4 Efeitos de fontes e doses N-P-K nas culturas estudadas
Ao utilizar nitrogênio aplicado no pré-plantio de melão (0; 67 e 100 kg ha
-1
) e por
gotejamento (0; 50 e 100 mg dm
-3
), Bhella & Wilcox (1986) observaram que a produção de
frutos aumentou quando as plantas não tinham recebido o nitrogênio no pré-plantio.
Alguns autores estudando o efeito da adubação com N e K na produção de melão em
solos arenosos observaram que efeito significativo apenas para o N na produtividade total,
comerciável e não comerciável do meloeiro, e os rendimentos da cultura aumentaram com o
aumento dos níveis de N, tendo-se para esse elemento um rendimento máximo em
produtividade com a dosagem de 120 kg.ha
-1
de N aplicado via água de irrigação, que a
outra dose estudada (180 kg.ha
-1
de N) elevou a produtividade em apenas 7,8 %, não diferindo
estatisticamente da anterior (COELHO et al., 2001). Outros autores, porém, afirmam que os
níveis altos de potássio do solo não permitiram verificar os efeitos das doses do nutriente
aplicado via água na produtividade do melão, e a interação entre os níveis de nitrogênio e
potássio não tiveram efeito significativo, nem na produtividade e nem nas características
físicas e químicas de qualidade de frutos, na cultura estudada (DUTRA et al., 2005).
Em um estudo semelhante realizado em um vertissolo de Juazeiro - BA, Faria et al.
(2000) comprovaram que com um nível de 80 kg ha
-1
de N, com uma planta por cova (que é
um tratamento com baixo custo), é possível obter-se produtividade alta (34,07 t ha
-1
) e não
significativamente inferior às mais altas (29,98 e 37,71 t ha
-1
, obtidas respectivamente com
130 e 180 kg.ha
-1
de N). Segundo o mesmo autor, esse nível assemelha-se ao nível ótimo, que
é de 74 kg ha
-1
de N.
Em estudo realizado numa área experimental de Latossolo Vermelho-amarelo
Distrófico típico, no município de Piracicaba, Estado de São Paulo, para extrações de
nutrientes pelo meloeiro rendilhado (Cucumis melo L. var Cantalupensis Naud.) híbrido
Bônus 2 cultivado em ambiente protegido, para o ciclo total do meloeiro de 86 dias e
produtividade máxima de 1,98 frutos por planta, foram aplicados via água de irrigação (por
gotejamento), em cobertura, 200 kg ha
-1
de N, na forma de Nitrato de Amônio (NH
4
NO
3
) até
os 64 dias após o transplantio e na forma de Nitrato de Potássio (KNO
3
) até 72 dias após o
transplantio. A dose de K
2
0 foi de 340 kg ha
-1
, aplicadas na forma de Nitrato de Potássio
(KNO
3
), até 72 dias após o transplantio (KANO, 2002).
26
Em estudos realizados em Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico de textura média
para a produção de melancia no município de Borborema SP, Cecílio Filho & Grangeiro
(2004a) comprovaram que a produtividade em função das doses de potássio apresentou
comportamento quadrático para as fontes de K
2
SO
4
, KNO
3
e KCl, com pontos de máximos
atingidos nas doses de 132; 193 e 205 kg K
2
O ha
-1
, respectivamente, para K
2
SO
4
, KNO
3
e
KCl, sendo as respectivas produtividades de 32,4; 34,4 e 32,4 t ha
-1
, e que a massa seca e as
exportações de N, P, K, e Ca aumentaram de forma quadrática com as doses de potássio, e a
aplicação de KCl aumentou, respectivamente, de forma quadrática e linear, as exportações de
S e Cl pelos frutos de melancia. Em estudo para condições semelhantes a de Borborema
determinou-se que em melancia sem semente, há efeito significativo para o desdobramento da
interação doses dentro de cada fonte de potássio para a característica espessura da casca do
fruto para as fontes KCl e KNO
3
. Com KCl, o comportamento foi linear, atingindo 12,4 mm
na dose de 300 kg K
2
O ha
-1
, ao passo que, com KNO
3
, o comportamento foi quadrático, com
máximo de 12,7 mm, atingido na dose de 202 kg K
2
O ha
-1
(CECÍLIO FILHO &
GRANGEIRO, 2004b).
Em estudo com a cultura do melão (Cucumis melo L.), cultivar Valenciano Amarelo,
num Latossolo Vermelho-Amarelo, em Petrolina, PE, com o objetivo de avaliar o efeito de
fontes de fósforo aplicadas convencionalmente (em fundação) e via água de irrigação, Brito et
al. (1999) concluíram que as maiores produtividades de frutos comerciais foram obtidas com
MAP (27,42 t ha
-1
) e com superfosfato simples (25,96 t ha
-1
) aplicados pelo método
convencional, não diferindo do MAP aplicado via água de irrigação até 30 e 42 dias após a
germinação, mas superando a produtividade de 19,47 t ha
-1
obtida com o MAP aplicado via
água de irrigação até 15 dias após a germinação. Brito et al. (2000), para as mesmas
condições de solo, concluíram que as maiores produtividades de frutos comerciais foram
obtidas com ácido fosfórico (32,20 e 28,90 t ha
-1
) aplicado via água de irrigação até 42 e 30
dias após a germinação, respectivamente, não diferindo das produtividades com o MAP
aplicado via água de irrigação até 42 dias após a germinação (27,95 t ha
-1
) e pelo modo
convencional (26,92 t ha
-1
).
Em um estudo realizado para se determinar o efeito do acúmulo de biomassa e
absorção de nutrientes por híbridos de melão, em solo de areias quartzosas distróficas,
localizado em Trairí, no Ceará, utilizando o tipo Gália e visando encontrar a dose que
proporcionasse melhor rendimento à cultura, observou-se que as doses de 45-57-89 kg ha
-1
de
N - P
2
O
5
- K
2
O, respectivamente, foram a que apresentou melhor rendimento à cultura
(PRATA, 1999). Em estudo posterior, para as mesmas condições de solos, em Paraipaba-CE,
27
chegou-se a conclusão que as recomendações anteriores para os nutrientes N e P
2
O
5
estavam
abaixo ao que a literatura preconizava. Para o híbrido Mission, com características
semelhantes ao estudo do Trairí (PETOSSED, 2002), o estudo atual revelou que para os
mesmos nutrientes estudados, as quantias que levaram a variedade estudada a produtividade
de 43,64 t ha
-1
foram, respectivamente, 197 – 121 – 81 kg ha
-1
(LIMA, 2001).
Em estudos realizados com melancia em Mossoró-RN, a adubação de fundação foi de
30 t ha
-1
de esterco curtido e 50 kg ha
-1
de P
2
O
5
na forma de superfosfato simples, e a
adubação de cobertura de 120 kg ha
-1
de N na forma de uréia e 240 kg ha
-1
de K
2
O na forma
de cloreto de potássio, com densidade de plantas de 3.333 plantas ha
-1
, observou-se que para
uma produtividade de 20 t ha
-1
foram exportados pelos frutos 29,4 kg ha
-1
de N, 4,3 kg ha
-1
de
P e 36,0 kg ha
-1
de K (NUNES, 2004).
2.5 Características de qualidade em melão
Para SEYMOUR & McGLASSON (1993) a qualidade de melão está fortemente
relacionada aos teores de açúcares solúveis totais e ao flavor (gosto e aroma). PRATT (1971),
COHEN & HICKES (1986) e LESTER & SHELLIE (1992) acrescentam também a firmeza
da polpa como um atributo de qualidade em melões. MICOLLIS & SALTVEIT Jr. (1995)
salientaram que durante o crescimento e amadurecimento do melão, outras características
como cor externa e interna, diâmetro da cavidade das sementes e concentração interna de
etileno, são importantes na determinação da qualidade.
A firmeza da polpa é uma característica importante para a exportação dos frutos. Em
melão, ocorre o amaciamento da polpa durante o amadurecimento e o armazenamento
(MENEZES et al., 1997; MEDEIROS et al., 2001), sendo esse processo de especial interesse,
pois melões mais firmes garantem maior resistência ao transporte e armazenamento. No
melão o amaciamento do tecido envolve modificações na parede celular, no entanto o
mecanismo bem como as enzimas envolvidas neste processo ainda não estão inteiramente
caracterizados (VILAS-BOAS et al., 1998).
2.6 Ferramentas disponíveis para auxiliar o manejo da adubação/fertirrigação
No mercado uma gama de softwares que se dispõe a operacionalizar o
dimensionamento da fertilização das plantas em cultivos comerciais com alta eficiência,
servindo assim, como uma importante ferramenta de auxílio no processo produtivo
28
(ROSSETI, 2004). Dentre eles se destacam: FERTICALC
®
Bananeira, FÉRTIL – programa
de fertirrigação para computadores, PHYTOSOLO e SIRA Fertilidade & Dris.
O FERTICALC
®
Bananeira, é utilizado para calcular a quantidade de fertilizante a
ser aplicado em cultivos agrícolas com a finalidade de obtenção de uma determinada
produtividade. Este sistema computacional constitui importante alternativa para
recomendação de adubação para a cultura da bananeira (OLIVEIRA et al., 2005).
O programa FERTIL tem como missão determinar o calendário de irrigação e
fertirrigação. Sendo a primeira determinação baseada no princípio de que a evapotranspiração
da cultura depende das condições climáticas e, portanto, a quantidade absoluta de água
necessária pela cultura é diferente em diferentes lugares e países. Para o calendário da
fertirrigação, o programa a oportunidade de selecionar o fertilizante dentre os oferecidos
no mercado que melhor se adaptam às necessidades da cultura. Além disso, o programa pode
oferecer a forma e a quantidade necessárias de fertilizantes para diferentes rendimentos numa
cultura (PAPADOPOULOS, 1999).
O programa PHYTOSOLO teve sua metodologia desenvolvida na UEL - Universidade
Estadual de Londrina, e é baseada em técnicas de agricultura de precisão e com a utilização de
ferramentas específicas por pessoal treinado, em que efetua-se a amostragem de solos,
interpreta-se os resultados das análises química e física do solo, confecciona-se mapas
temáticos de aplicação e orienta-se nas aplicações de corretivos e fertilizantes necessários na
obtenção de plantas bem nutridas, o que contribui com o seu desenvolvimento, sua sanidade e
na expressão do seu potencial produtivo terminando por, junto com a economia de insumos
alcançada, aumentar a rentabilidade do empreendimento (ROSSETTI, 2004).
O programa SIRA Fertilidade & Dris é uma ferramenta na plataforma de softwares
especialistas, próprio para o manejo químico da fertilidade do solo e nutrição de plantas, Dris
(Diagnosis and recommendation integrat system), plantio direto, adubação verde, fertirrigação
e hidroponia, que através da elaboração de recomendações agronômicas sobre o manejo
químico da fertilidade do solo e nutrição de plantas, busca atender às necessidades técnicas
preconizadas pela pesquisa agrícola para todas as regiões produtoras do país, não envolvendo
obrigatoriamente o monitoramento dos técnicos responsáveis, permitindo reconfigurações no
software, em função de conhecimentos acumulados ou necessidades regionais específicas
(ROSSETTI, 2004).
29
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Sistema Computacional
Foi elaborado um modelo e um sistema computacional em planilha eletrônica para
operacionar os cálculos da adubação/fertirrigação para culturas anuais, seguindo as
metodologias utilizadas nos modelos do FERTICALC (NOVAIS & SMYTH, 1999) e
recomendações de Montag (1999), de Papadopoulos (1999) e de Crisostomo et al. (2002),
utilizando-se os fatores de correção para uso dos nutrientes N, P e K, que depende do tipo de
solo, tanto para adubação de fundação como em cobertura através de fertirrigação
(MONTAG, 1999).
O sistema determina as doses dos nutrientes (N, P e K) a serem fornecidas em
adubação de fundação e cobertura através de metodologias por ele adotadas ou de teores
fornecidos pelo operador, levando em consideração as quantidades de nutrientes fornecidas
pelo solo e água de irrigação, e com o auxilio de um banco de dados para a seleção apropriada
de cada nutriente, fornece de forma balanceada as quantidades semanal/diária de adubos que
suprem as exigências nutricionais e a fertilidade do solo para cultura selecionada em todo o
ciclo. Os cálculos são realizados como segue.
3.1.1 Adubação de fundação
a) Para Nitrogênio (N)
O sistema recomenda para o nitrogênio os teores de 10% (CRISOSTOMO, 2002),
15% (MONTAG, 1999) e 35% (NOVAIS & SMYTH, 1999) do total exportado, dando opção
de escolha ao usuário, conforme haja uma melhor adequação dos dados às condições locais de
produção da cultura selecionada. A quantidade líquida do nutriente recomendado por uma das
metodologias é quantificada conforme Eq. 1.
100
Qn
exp
Metod
Nortadototal
GN
×
= (Eq. 1)
Onde:
30
Qn
Metod
quantidade líquida de N a aplicar em fundação levando em consideração apenas a
recomendação selecionada, dentre as disponíveis no programa para a nutrição de N
(kg ha
-1
);
N
Total exportado
valor total exportado de N pela cultura selecionada, em todo seu ciclo, para a
produtividade almejada (kg ha
-1
);
G
N
é o percentual, do total exportado de N pela cultura selecionada, a aplicar em adubação
de fundação conforme metodologia selecionada (%);
Após o cálculo definido na equação anterior, o sistema executa o cálculo para
quantificar os teores de N que serão mineralizados a partir do N total existente no solo e da
matéria orgânica aplicada. Esses valores são estimados através das equações de Kafkafi et al.
(1978), conforme segue.
)e(1 NT 0,196 NT
kt
CC
A
M
=
θ
θ
(Eq. 2)
Onde:
T
M
N – teor de nitrogênio mineralizado (mg dm
-3
);
Ө
A
– umidade atual do solo (cm
3
cm
-3
);
Ө
CC
– capacidade de campo do solo (cm
3
cm
-3
);
NT – Nitrogênio total do solo (mg kg
-1
);
k – taxa de decomposição (dia
-1
);
Sendo que:
(
)
T2732758/6
10 x 10 x 7,3k
+
= (Eq. 3)
Onde: T é a temperatura do solo (°C);
t – tempo de mineralização do nitrogênio contido na matéria orgânica do solo (dias);
Com relação ao cálculo do nitrogênio total do solo (NT) utilizado na eq. 3, o sistema
considera como fontes, para efeito de cálculo, os seus teores apresentados na análise química
do solo somados aos teores contidos na matéria orgânica adicionadas a ele em pré-plantio nas
diversas fontes existentes no mercado. O sistema adota teores contidos na matéria orgânica
conforme Messias et al. (1998) e o equacionamento de NT é feito conforme apresentado a
seguir.
31
(
)
(
)
solo
f
NMOANmosmossolo
V
GQGTV
NT
000.1100
×
×
+
×
×
×
= (Eq. 4)
Onde:
NT – Nitrogênio total do solo (mg dm
-3
);
T
mos
– teor de matéria orgânica no solo (%);
G
Nmos
– percentual de nitrogênio disponível na matéria orgânica do solo, que o sistema adotou
como 5% (LOPES et al., 2003);
G
Nf
– percentual de nitrogênio na matéria orgânica utilizada (%);
Q
MOA
– quantidade líquida de matéria orgânica adicionada ao solo (m
3
);
V
solo
volume de solo explorado pelo sistema radicular da cultura numa área de um hectare
(m
3
ha
-1
).
100××= FMZefV
solo
(Eq. 5)
Em que:
Zef – profundidade efetiva da zona radicular para a cultura selecionada, onde a
maior parte dos nutrientes podem ser absorvidos (m);
FM fator de molhamento, que corresponde a fração de solo umedecida pelo
sistema de irrigação (%).
b) Para Fósforo (P)
O sistema recomenda para nutrição de fundação do fósforo os teores de 80% e 100%
do total exportado, respectivamente, pelas metodologias de Crisostomo (2002) e
Papadopoulos (1999), dando opção de escolha ao usuário, conforme haja uma melhor
adequação dos dados nessas recomendações para condições locais de produção da cultura
selecionada. O total recomendado por uma das metodologias é quantificado conforme Eq. 6.
100
Qp
exp
Metod
Portadototal
GP
×
= (Eq. 6)
Onde:
Qp
Metod
quantidade líquida de P a aplicar em fundação levando em consideração apenas a
recomendação selecionada, dentre as disponíveis no programa para a nutrição de P (kg
ha
-1
);
32
P
Total exportado
–valor total exportado de P pela cultura, em todo seu ciclo, para a produtividade
almejada (kg ha
-1
);
G
P
percentual, do total exportado de P pela cultura, a aplicar em adubação de fundação
conforme metodologia selecionada (%);
O resultado da equação anterior é confrontado com o valor que a fertilidade do solo
requer para manter o vel de segurança recomendado por Papadopoulos (1999) para esse
nutriente no solo. Esse valor é quantificado conforme Eq. 7.
000
.
1
Qp
solo
solosoloexigência
VP
×
= (Eq. 7)
Onde:
Qp
solo
quantidade líquida de fósforo que deve ter o solo para não haver restrições de
fertilidade para a cultura selecionada (kg ha
-1
);
V
solo
volume de solo explorado pelo sistema radicular da cultura numa área de um hectare
(m
3
ha
-1
);
P
exigência solo
teor de P que deve conter o solo, adotado no sistema o valor de 30 mg dm
-3
[aproximação dos dados adotados por Papadopoulos (1999) para manter o nível de
segurança do nutriente convertido para as unidades do sistema].
A partir do resultado das equações 6 e 7, o sistema adota no dimensionamento, dentre
os valores de Qp
Metod
e Qp
solo
, o maior valor.
c) Para Potássio (K)
O programa recomenda para o potássio o teor de 10% do total exportado, conforme
recomenda a metodologia de Crisóstomo (2002). O total recomendado pela metodologia é
quantificado conforme Eq. 8.
100
Qk
exp
Metod
Kortadototal
GK
×
= (Eq. 8)
Onde:
33
Qk
Metod
quantidade líquida de K a aplicar em fundação levando em consideração, apenas, a
recomendação selecionada dentre as disponíveis no sistema para a nutrição de K (kg ha
-
1
);
K
Total exportado
total exportado de K pela cultura, em todo seu ciclo, para a produtividade
almejada (kg ha
-1
);
G
K
– percentual total exportado de K pela cultura, a aplicar em adubação de fundação
conforme metodologia selecionada (%);
O resultado da equação anterior é confrontado com o maior valor que o solo requer
para se ter uma boa fertilidade para esse elemento, que é: no mínimo 3% de K na CTC do
solo, a relação de 15:1 entre cálcio e potássio e uma concentração no solo de 0,32 cmol
c
dm
-3
,
que são, respectivamente, equacionados como segue.
c.1) Teor de K pela relação de 15:1 entre cálcio e potássio
Esta relação repõe o potássio ao solo obedecendo à relação partes de cálcio para partes
de potássio no qual esse nutriente fica em equilíbrio no solo segundo as exigências da planta e
a análise laboratorial de Ca para o solo, e é calculado conforme equação a seguir.
solo
solo
KCa
KCa
Ca
K
:
:
=
(Eq. 9)
Onde:
K
Ca:K
teor de potássio que o solo deve ter para satisfazer as necessidades da planta segundo
a relação cálcio (Ca) e potássio (K) exigida (cmol
c
dm
-3
);
Ca
SOLO
– teor de cálcio no solo (cmol
c
dm
-3
);
Ca:K
SOLO
– é a relação Ca:K exigida no solo, adotada no sistema o valor 15.
c.2) Teor de K em 3% da CTC do solo
Esta relação repõe o potássio ao solo obedecendo às necessidades em CTC de K no
solo para a planta e é calculado conforme equação a seguir.
100
kCTC
CTC
GCTC
K
= (Eq. 10)
34
Onde:
K
CTC
– teor de potássio que o solo deve ter para satisfazer as necessidades da planta segundo a
relação da CTC exigida (cmol
c
dm
-3
);
CTC – capacidade de troca de cátions apresentada na análise de solo (cmol
c
dm
-3
);
G
kCTC
percentagem de K na CTC para satisfazer as necessidades da planta, adotado no
programa o valor de 3%.
c.3) Quantificação de K para a exigência do solo
Esta relação repõe o potássio ao solo obedecendo às necessidades iniciais da planta
para esse nutriente e é calculado conforme equação a seguir.
100
39
Qk
solo
solosoloexigência
VK
×
×
= (Eq. 11)
Onde:
Qk
solo
quantidade líquida de potássio que deve conter no solo para não haver restrições de
fertilidade para a cultura selecionada (kg ha
-1
);
K
exigência solo
– teor de K que deve conter o solo, adotado no sistema o valor de 0,32 cmol
c
dm
-3
[aproximação dos dados adotados por Papadopoulos (1999) para manter o nível de
segurança do nutriente convertido para as unidades do sistema].
Após a estimativa dos parâmetros de K, recomenda-se como valor a ser utilizado na
fundação para nutrição desse elemento, o que demonstrou maior demanda pelo solo para
atingir a fertilidade necessária a condução da cultura estudada, conforme será demonstrado a
seguir.
(
)
soloexigênciaCTCKCa
KKKMáximoK ;;
:max
= (Eq. 12)
Onde:
K
max
valor (teor) de maior demanda encontrado para K dentre os teores encontrados no
sistema que satisfazem os níveis de fertilidade do solo para esse nutriente (K
Ca:K
, K
CTC
e
K
exigência solo
) (cmol
c
dm
-3
).
35
Após os seguimentos de cálculos adotados nas equações 2 a 12, o sistema executa os
cálculos para quantificar os totais adotados para a adubação de fundação, subtraindo os
valores encontrados para cada elemento segundo suas respectivas metodologias adotadas ou
os valores encontrados para manter os níveis de segurança na fertilidade do solo conforme
recomendam os autores das metodologias adotadas no sistema e descritas anteriormente, dos
valores obtidos na análise química do solo para os respectivos elementos. O procedimento de
cálculos realizados no programa para essa etapa, segue conforme demonstrado abaixo.
d) Quantificação dos valores dos nutrientes (N, P ou K) na adubação de fundação
d.1) Quantificação para N ou P
(
)
000
.
1
)(
)()(
solo
MetodF
VfTas
fQfST
×
= (Eq. 13)
Onde:
ST
F
(f) – subtotal de N (ST
F
n) ou P (ST
F
p) adotado em fundação (kg ha
-1
);
Q
Metod
(f) – quantidade líquida de N (Qn
Metod
) ou P (Qp
Metod
) a aplicar em fundação levando em
consideração apenas a recomendação selecionada, dentre as disponíveis no sistema para
a nutrição de N ou P (kg ha
-1
).
Tas(f) teor total de nitrogênio mineralizado (T
M
N) ou de P (TasP) verificado na análise de
solo (mg dm
-3
);
V
solo
volume de solo explorado pelo sistema radicular da cultura numa área de um hectare
(m
3
ha
-1
).
d.2) Quantificação para K
100
39
)(
solonut
F
Vk
fST
×
×
= (Eq. 14)
Onde:
ST
F
k – subtotal de potássio necessário em fundação (kg ha
-1
);
nut
k diferença entre teor de K exigido no solo e o valor do respectivo nutriente na análise
de solo (cmol
c
dm
-3
),
sendo, TasKKk
nut
=
max
(Eq. 15)
36
Onde: K
max
valor (teor) de maior demanda encontrado para K dentre os teores
encontrados no sistema que satisfazem os níveis de fertilidade do solo
para esse nutriente (K
Ca:K
, K
CTC
e K
exigência solo
) (cmol
c
dm
-3
).;
TasK – teor de K segundo a análise de solo (cmol
c
dm
-3
);
V
solo
volume de solo explorado pelo sistema radicular da cultura numa área de um hectare
(m
3
ha
-1
).
O sistema condiciona os valores encontrados nas equações 13 e 14 a não serem nunca
inferiores à 0 (zero), conforme a equação que segue.
>
=
;0)(),(
;0)(,0
)(
fSTsefST
fSTse
fST
FF
F
F
(Eq. 16)
Como dado auxiliar, o sistema realiza o cálculo que transforma o valor obtido na
análise química do solo, para os elementos P e K, de teores para quantidades, conforme segue.
e) Transformação dos valores dos nutrientes P e K da análise de solo
(
)
××
×
=
;,
100
39
;,
000.1
)(
Knutrientepara
VTasK
Pnutrientepara
VTasP
fQas
solo
solo
(Eq. 17)
Onde:
Qas(f) – quantidade líquida do nutriente (N, P ou K) disponível no solo (kg ha
-1
);
TasP – teor de P obtido na análise de solo (mg dm
-3
).
TasK – teor de K obtido na análise de solo (cmol
c
dm
-3
).
3.1.2 Adubação de cobertura para os nutrientes N–P–K
a) Quantificação dos teores de N-P-K fornecidos em adubação de cobertura
Os valores de N–P–K para a adubação de cobertura (fertirrigação) são obtidos através
da subtração entre o total exportado do nutriente, segundo o que recomenda a sua curva de
37
absorção após a devida calibração desse valor para a produtividade almejada, pelo total do
nutriente prontamente disponível no solo para a cultura explorada, após terem sido satisfeitas
todas as condições impostas pelo sistema (níveis de segurança para P e K conforme
recomendação de PAPADOPOULOS, 1999). Para a nutrição com K, acrescenta-se ainda à
subtração, o valor desse elemento contido na água de irrigação e condiciona que os subtotais
de nutrientes obtidos para esse passo nunca sejam inferiores à 0 (zero), conforme demonstra
as equações a seguir.
(
)
(
)
)(
exp
fQfQfST
excessoC
= (Eq. 18)
Onde:
ST
C
(f) subtotal do nutriente (ST
C
n para N, ST
C
p para P ou ST
C
k para K) adotado em
cobertura (kg ha
-1
);
Q
exp
(f) quantidade líquida total do nutriente exportado (N
Total exportado
para N, P
Total exportado
para P ou K
Total exportado
para K) para a cultura selecionada (kg ha
-1
);
Q
excesso
(f) – quantidade líquida do nutriente (N, P ou K) que está em excesso no solo (kg ha
-1
),
onde:
( )
=
K;ouPfornutrienteose,fQMd
N;fornutrienteoseN,Q
fQ
excesso
excesso
)( (Eq. 19)
Sendo que: QMd(f) quantidade total dos nutrientes P e K disponíveis no solo
(kg ha
-1
);
A quantidade líquida do nutriente (N, P ou K) prontamente disponível no solo, segue
uma forma própria de equacionamento para cada nutriente e não permite que os Q
excesso
(f)
sejam inferiores à 0 (zero), que se isso acontecer, a quantidade de ST
C
(f) adotada será
superior ao que recomenda as equações de calibração para a produtividade almejada,
ocasionando um erro de dimensionamento. O equacionamento para esse passo no sistema é
apresentado em seguida:
a.1) Para a nutrição de N:
>
=
;QnNQse,NQ
;QnNQseQn
NQse
NQ
MetodMM
MetodMMetod
excesso
excesso
,
,
;0,0
(Eq. 20)
38
a.2) Para a nutrição de P:
>
==
;pQQasPse,QpQasP
;pQQasPseQpQasP
PQMdse
QMdPfQMd
MetodMetod
Metodsolo
,
,
;0,0
)( (Eq. 21)
a.3) Para a nutrição de K:
+
>
+
==
;KTasKse
Qk
asK
Q
;KTasKsekQKas
Q
QMdKse
QMdKfQMd
soloexigênciasolo
soloexigênciaMetod
,
Q
,
Q
;0,0
)(
kH2O
kH2O
(Eq. 22)
Onde:
Q
kH2O
– quantidade aplicada do nutriente ou íon via água de irrigação (kg ha
-1
);
Sendo:
100
2
PAAL
Q
T
OkH
×
×
=
(Eq. 23)
Onde:
A – teor do nutriente ou íons na água de irrigação (mmol
c
/L);
L
T
– lâmina total de água aplicada no ciclo da cultura selecionada (mm),
onde:
TmdT
ClL ×= (Eq. 24)
Sendo que:
l
md
– lâmina média diária para a cultura selecionada (mm dia
-1
);
C
T
– duração do ciclo de vida da cultura selecionada (dia);
PA – peso atômico de cada elemento ou íon contido na água;
Para os casos da nutrição de P ou K, o programa atribui as seguintes equações para o
dimensionamento de QMd(f):
b) Condição imposta a nutrição da cultura em adubação de cobertura para corrigir
valores obtidos em ST
C
(f) < 0
39
>
=
;0)(),(
;0)(,0
)(
fSTsefST
fSTse
fST
CC
C
C
(Eq. 25)
Onde:
ST
C
(f) – subtotal de adubo adotado em cobertura para N (ST
C
n) P (ST
C
p) ou K (ST
C
k) em kg
ha
-1
;
c) Condição imposta a nutrição de K em adubações de fundação e de cobertura para
corrigir quantidades elevadas de K na fertilidade do solo
Quando as recomendações da adubação de fundação para suprirem as necessidades da
fertilidade do solo para K forem superiores a 70% do seu total exportado, o sistema adota para
a nutrição de K em fundação e em cobertura, respectivamente, os valores de 70% e 30% do
seu total exportado, ou seja:
>×
=
;,7,0
;,
expexp
exp
ortadoTotalsoloortadoTotal
ortadoTotalsoloF
F
KkQseK
KkQseKST
KST (Eq. 26)
>×
=
;,3,0
;,
expexp
exp
ortadoTotalsoloortadoTotal
ortadoTotalsoloC
C
KkQseK
KkQseKST
KST (Eq. 27)
Onde:
K
Total exportado
quantidade líquida a exportar de K para uma produtividade almejado adotada
no sistema (kg ha
-1
);
Qk
solo
quantidade líquida de potássio que deve conter no solo para não haver restrições de
fertilidade para a cultura selecionada (kg ha
-1
);
As quantidades dos nutrientes N–P–K, após a etapa anterior, são multiplicados pelo
fator de eficiência adotado em adubação convencional, quando a adubação for a de fundação,
e pelo fator de eficiência adotado em fertirrigação, quando a adubação for a de cobertura
(Tabela 1), tendo a seqüência de cálculo como demonstrado a seguir.
3.1.3 Cálculo da necessidade total de nutrientes corrigido pelo fator de eficiência
40
O sistema adotou fatores de correção, tanto para tornar os elementos em óxidos
(quando for o caso), quanto para melhorar a eficiência da absorção do nutriente pela planta
via solo nas adubações de fundação e de cobertura. Para a transformação dos elementos em
óxidos, o sistema adotou procedimento de cálculos conforme recomenda a literatura, e como
fatores de eficiência, a média da faixa de valores demonstrados para cada tipo de adubação
(convencional ou fundação e cobertura ou fertirrigação) e para cada nutriente (nitrogênio,
fósforo e potássio) da tabela 1. A obtenção do resultado de cálculos foi feita com segue.
Tabela 1 – Fatores de correção para o nitrogênio, fósforo e potássio.
Fator de correção *
Nutriente
Convencional Fertirrigação
Nitrogênio 1,2 – 1,25 1,1 – 1,2
Fósforo 1,9 – 2,20 1,6 – 1,9
Potássio 1,4 – 1,60 1,2 – 1,4
Fonte: MONTAG (1999).
a) Adubação de fundação total corrigida pelo fator de eficiência para cada nutriente
(
)
(
)
(
)
(
)
ffcffefSTfST
óxidoConvFFC
××= (Eq. 28)
Onde:
ST
FC
(f) – subtotal de nutriente adotado em fundação para N (ST
FC
N), P (ST
FC
P) e K (ST
FC
K)
corrigido para a adubação convencional (kg ha
-1
);
fe
Conv
(f) – fator de correção para adubação convencional para N (fe
F
N), P (fe
F
P) e K (fe
F
K).
fc
óxido
(f) fator de correção usado para transformar os elementos nos seus respectivos óxidos
(P
2
O
5
e K
2
O), o programa adota o valor 2,29 quando o nutriente for P ou 1,2 quando o
nutriente for K.
b) Adubação de cobertura total corrigida pelo fator de eficiência para cada nutriente
(
)
(
)
(
)
)( ffcffefSTfST
óxidoFertCCFert
××= (Eq. 29)
Onde:
ST
CFert
(f) subtotal de nutriente adotado em cobertura para N (ST
CFert
N), P (ST
CFert
P) e K
(ST
CFert
K) corrigido para a adubação convencional (kg ha
-1
);
fe
Fert
(f) fator de correção para adubação por fertirrigação para N (fe
Fert
N), P (fe
Fert
P) e K
(fe
Fert
K).
41
fc
óxido
(f) fator de correção usado para transformar os elementos nos seus respectivos óxidos
(P
2
O
5
e K
2
O), o programa adota o valor 2,29 quando o nutriente for P ou 1,2 quando o
nutriente for K.
3.1.4. Seleção e quantificação dos fertilizantes
O sistema possui um banco de dados onde o usuário poderá cadastrar os principais
fertilizantes utilizados para a fertirrigação. Os dados de cada fertilizante necessário são: nome
do adubo, índice de escolha, densidade (g/cm
3
), solubilidade (g/l), fórmula, quantidade de N,
P
2
O
5
, K
2
O, Ca, Mg, S em (%), índice salino, índice de acidez, peso molecular e o preço por
quilograma. Também cadastra as áreas de cada cultura (áreas dos lotes, a espécie, data de
plantio, comprimento das fases fenológicas e os Kc’s).
Para os cálculos, os dados poderão ser tomados no banco de dados ou o usuário
fornecerá. O programa possui um banco de dados contendo características dos fertilizantes
comerciais que poderão ser utilizados para o fornecimento das quantidades requeridas dos
nutrientes, além de utilizar dados das culturas [comprimento das fases fenológicas e Kc’s
(FAO, 1980), totais de nutrientes exportados e a equação que define a fração absorvida em
cada semana, data de plantio], dados climáticos (ETo diária e precipitação pluviométrica) e
dados do sistema de irrigação (vazão e espaçamento dos emissores, eficiência de aplicação e
vazão do injetor de fertilizante). O usuário escolherá em um menu os fertilizantes para o
fornecimento de N, P
2
O
5
e K
2
O. O programa calculará a quantidade de cada fertilizante
levando-se em conta a quantidade do cátion e do ânion fornecido pelo fertilizante, bem como
informando a compatibilidade entre estes.
Após o cálculo, o programa fornecerá a quantidade de cada fertilizante selecionado, além
do índice salino, índice de alcalinidade e preço de cada adubo utilizado e a condutividade
elétrica estimada na água de irrigação.
3.1.4.1 Declaração das variáveis
Adubos cadastrados: A, B, C, D, E, F, ...
Quantidades de adubos: a, b, c, d, e, f, ...
Fórmula dos adubos: n
A
- p
A
- k
A
, n
B –
p
B
– k
B
...
Fórmula necessária: N
0
– P
0
– K
0
Fórmula depois de calculado o 1
0
adubo: N
1
– P
1
– K
1;
42
Fórmula depois de calculado o 2
0
adubo: N
2
– P
2
– K
2;
Fórmula depois de calculado o n
0
adubo: N
n
– P
n
– K
n;
Ordem dos adubos: O(A), O(B), O(C), ..., O(N)
AAA
AAAAAA
kpn
kpknpn
AO
++
++
=)(
(Eq. 30)
Os fertilizantes com menor valor de O( ) são os que serão utilizados preferencialmente para o
fornecimentos das quantidades dos nutrientes desejadas, porém o programa permite que o
usuário opte por fertilizantes com O( ) maior.
Em seguida, os adubos são ordenados em ordem crescente, sendo agora renomeados na
seguinte ordem: A
1
, A
2
,..., A
n.
E as quantidades dos respectivos adubos serão renomeados
para a
1
, a
2
, a
3
, ..., a
n.
3.1.4.2 Cálculo dos adubos
Para cada conjunto de adubos pré-selecionados (por tentativa) será gerado um arquivo
temporário, e depois de “n” tentativas solicitadas, será mostrado um quadro resumo, onde, o
cliente toma a decisão, escolhendo a opção que o deseja, gravando em seguida.
O Cálculo da quantidade de cada adubo, que irá satisfazer as quantidades dos
nutrientes requeridas, para cada conjunto de fertilizantes pré-selecionados, será feito
conforme seqüência:
Para i = 1, 2, 3,..., n
Se n
i=
>0,
1
1
.100
n
N
a
i
i
n
= , senão 1000000 (Eq. 31)
Se p
i=
>0,
1
1
.100
p
P
a
i
i
p
= , senão 1000000 (Eq. 32)
Se k
i=
>0,
1
1
.100
k
K
a
i
ik
= , senão 1000000 (Eq. 33)
Assim,
a
i
=MÍNIMO ( ),,
KPP
iii
aaa (Eq. 34)
Sendo n
i
, p
i
e k
i
= o teor de N, P e K no adubo de ordem “i”.
O cálculo das fórmulas após o i-ésimo adubo selecionado (N
i
-P
i
-K
i
)
43
Para i= 1,2,3..., n.
i
ii
ii
n
Na
NN
.
1
=
(Eq. 35)
i
ii
ii
p
Pa
PP
.
1
=
(Eq. 36)
i
ii
ii
k
Ka
KK
.
1
=
(Eq. 37)
Depois se verifica N
n
– P
n
– K
n
= 0 – 0 – 0, se positivo, a
1
, a
2
, a
3
, ... ,a
n.
será gravado
para aquela tentativa, caso contrário, será apresentada uma mensagem, dizendo que aqueles
adubos pré-selecionados não podem ser utilizados, solicitando fazer outra tentativa.
Depois que as tentativas pré-selecionadas, calcula-se os seguintes, parâmetros que irão
ser apresentados no relatório para escolha da melhor opção:
=
=
n
i
ii
apeço
1
.Pr
(Eq. 38)
Índice de Salinidade
=
=
=
n
i
i
n
i
ii
a
aIS
ÍS
1
1
.
(Eq. 39)
Índice de Acidez
=
=
=
n
i
i
n
i
ii
a
aIA
IA
1
1
.
(Eq. 40)
Volume total dos adubos dissolvidos
=
=
n
i
i
V
1
(Eq. 41)
Em que:
SAFi
4,1.a
Vi
i
= (Eq. 42)
Sendo p
i
o preço do adubo “i”, IS
i
é o índice de salinidade do adubo “i”, IA
i
é o índice de
acidez do adubo “i” e V
i
volume total do adubo “i” dissolvido,
SAF
i
é a solubilidade do adubo em água fria (10 a 15°C) e 1,4 é um fator de segurança.
Tempo mínimo de fertirrigação
44
qinjmáx
V
n
i
i
=
=
1
mín
tf (Eq. 43)
e
Tempo máximo de fertirrigação:
tf
máx
= t
ir
r-t
pr
-t
lav
(Eq. 44)
Onde:
q
inj
máx é a vazão máxima do injetor, t
irr
o tempo de irrigação, t
pr
o tempo de pressurização do
sistema e t
lav
o tempo de lavagem.
Tempo de fertirrigação (tf): tf
mín
<tf< tf
máx
Recomenda-se que o tempo da fertirrigação fique entre 40 a 70% do tempo de
irrigação.
Volume mínimo dos adubos dissolvidos (V
i
)
Selecionado os adubos a serem aplicados naquela área, ajusta-se o volume de solução
estoque ou a vazão do injetor:
Cálculo do tempo de fertirrigação (tf), em minutos
Entrar com o tempo mínimo sem fertirrigação = tempo para pressurizar o sistema mais
o tempo para limpeza do sistema (20 a 40 minutos – t
min
).
(
)
[
]
mínirrf
tTTirrMÍNIMOt = ,60,0 (Eq. 45)
3.1.4.3 Opções para controlar a fertirrigação
Para controlar a fertirrigação, o sistema sugere as seguintes opções para a seleção de
apenas uma pelo operador: ajustar o volume e ajustar a vazão.
a) Ajustando o volume da solução estoque
V
T
– t
f
.q
INJ
, tem que ser maior do que ΣVi, caso contrário, só outro injetor.
b) Ajustando a vazão do injetor (q
injr
):
45
j
inj
t
Vi
q
= (Eq. 46)
c) Cálculo do kc(d) em função do dia (idade):
Para
)(IDD
,
)(IKcKc
=
(Eq. 47)
Para
)()( IIDID
<
,
( )
)()(.
)()(
)(
)( IKcIIKc
IDIID
DIID
IKcKc
+=
(Eq. 48)
Para
)()( IIIDIID
<
,
)(IIIKcKc
=
(Eq. 49)
Para
)(IIIDD
>
,
( )
)()(.
)()(
)(
)( IIIKcFKc
IIIDIVD
DIVD
IIIKcKc
+=
(Eq. 50)
Calcula-se a necessidade de irrigação diária por:
000
.
1
)(
)(
exp
plantasC
ortadoTotal
QfQ
fNut
×
=
(Eq. 51)
3.2 Desenvolvimento das funções que definem os nutrientes Totais Exportados pelas
culturas para o sistema em função da produtividade
O modelo das curvas de totais exportados em N–P–K relacionados à produtividade
almejada foi feito conforme recomendação de Vivancos (1999) para a produção agrícola,
relacionando total exportado = f(produtividade almejada) por curva polinomial do segundo
grau. Para confrontar a eficiência desse modelo aos demais, foram testados outros modelos
para relacionar Quantidade de Nutriente (g planta
-1
) = f(produtividade (Mg ha
-1
)) e
Quantidade de Nutriente (g planta
-1
) = f(produtividade (kg planta
-1
)).
As melhores curvas acima reveladas foram confrontadas ao modelo da derivada
primeira do polinômio do segundo grau, também proposto pelo mesmo autor, em que se
relaciona Quantidade do Nutriente (kg Mg
-1
) = f(produtividade (Mg ha
-1
)) e, acrescentado
ainda, o modelo que relaciona Quantidade do Nutriente (kg Mg
-1
) = f(produtividade (kg
planta
-1
)) para polinômio do primeiro grau.
Em todos os casos acima descritos, as curvas foram obtidas tanto para dados de
produção total, quanto para dados de produção comercial, para cada cultura estudada.
46
Para se determinar as equações de regressão dos nutrientes N – P – K por essa
proposição, foram usados dados dos totais exportados segundo Cecílio Filho & Grangeiro
(2004c) para a melancia var. Palomar, Cecílio Filho & Grangeiro (2004d) para a melancia var.
Shadow, Grangeiro & Cecílio Filho (2004) para a melancia var. Tide, Nunes (2004) para a
melancia var. Mickylee, Serafim (2006) para a melancia var. Mickylee e Lima Júnior (2005)
para as melancias vars. Crimson Sweet, Mickylee e o híbrido 92205 sem sementes. Já para
melão utilizou-se dados de Lima (2001) para as variedades Gold Pride e Gold Mine, Vivancos
(1996) para melão, Duarte (2002) para a var. Orange Flash e Trusty, Temóteo (2006) para
Sancho cultivado sob diferentes níveis de N e K para os tratamentos N
1
K
1
, e N
2
K
2
e N
3
K
3
(50%, 100% e 150% de N e K recomendado para o melão), Silva Júnior (2006) para a
variedade Pele-de-Sapo e Bar-Yosef (1999) para o tipo Gália.
A determinação dos dados e a obtenção das curvas de produtividade X quantidade do
nutriente (g planta
-1
ou kg Mg
-1
) para cada cultura foram realizadas seguindo o procedimento
adotado por Paula et al. (2006). Para a transformação das quantidades líquidas de nutrientes
obtidos pelas curvas produtividade X quantidade do nutriente (g planta
-1
ou kg Mg
-1
) para kg
ha
-1
, o sistema adotou o seguinte procedimento:
a) Transformação dos nutrientes de g planta
-1
ou kg Mg
-1
para kg ha
-1
×
×
×
=
.,)(
;,
)(10
)(
1
1
exp
MgkgemnutrientesseRfQ
plantagemnutrientesse
EE
fQ
fNut
almejadoCkg
eplsel
Cg
ortadoTotal
(Eq. 52)
Onde:
Nut
Total exportado
(f) quantidade líquida a exportar do nutriente (N
Total exportado
para N, P
Total
exportado
para P ou K
Total exportado
para K) para uma produtividade almejado adotada no
sistema (kg ha
-1
);
Q
Cg
(f) quantidade líquida a exportar do nutriente (N
Cg
para N, P
Cg
para P ou K
Cg
para K)
obtida pela curva produtividade vs. quantidade do nutriente (g planta
-1
) para uma
produtividade almejado adotada no sistema (g planta
-1
);
E
el
– espaçamento entre linhas usado para a cultura dimensionada no sistema (m);
E
epls
– espaçamento entre plantas nas linhas para a cultura dimensionada no sistema (m);
Q
Ckg
(f) – quantidade líquida a exportar do nutriente (N
Ckg
para N, P
Ckg
para P ou K
Ckg
para K)
obtida pela curva produtividade vs. quantidade do nutriente (kg Mg
-1
) para cada unidade
de rendimento almejado adotada no sistema (kg Mg
-1
);
47
R
almejado
– produtividade almejada no dimensionamento do sistema (Mg ha
-1
);
O sistema executa a equação 52 para os casos em que a produtividade almejada estiver
dentro da faixa estabelecida pelas curvas de produtividade X quantidade do nutriente de cada
cultura a que ele se propõe a dimensionar (R
Min
< R
almejado
< R
Max
). Fora dessa faixa, os
valores das quantidades líquidas de nutrientes exportados são encontrados através de uma
proporção simples entre dados de totais exportados e rendimentos médios obtidos pelas
curvas médias adotados no sistema e os rendimentos almejados para as respectivas culturas.
Para a determinação das quantidades semanal/diária de nutrientes aplicadas na
adubação/fertirrigação do melão e da melancia utilizou-se uma curva média obtida entre
variedades que deram origem as equações das curvas total exportado vs. produtividade
utilizadas no sistema, para micro-períodos igualmente espaçados entre as variedades para as
quais se determinou as equações que calibram os totais exportados em N, P e K, das
respectivas culturas, à produtividade almejada conforme recomendações propostas por
Montag (1999).
3.3 Exemplo de aplicação do sistema
Para avaliar a eficiência do sistema, assumiu-se dados médios comuns aos das áreas
cultivadas com melão e melancia analisados pelo Laboratório de solos da Universidade
Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, e além dos dados que correspondem aos das áreas
dos experimentos com melão e com melancia (Anexo H), totalizando 8 exemplos para o
nutriente K (K
1
, K
2
, K
3
, K
4
, K
5
, K
6
, K
7
, K
8
), 2 exemplos para o nutriente P (P
1
e P
2
) e 1
exemplo para o nutriente N (N
1
) para cada cultura. Adotou-se também como produtividade
almejada para melão e melancia, respectivamente, 36 e 28 Mg ha
-1
.
3.4 Verificação e validação do sistema computacional
3.4.1 Área experimental
O trabalho em campo foi realizado na região produtora de melão e melancia localizada
no Agropólo Assú/Mossoró-RN, no período de 10/2005 a 03/2006, onde o período de ciclo
das culturas ocorreu como segue: de 15 de outubro a 24 de dezembro de 2005, conduziu-se o
experimento com melão e de 25 de outubro de 2005 a 04 de janeiro de 2006, conduziu-se o
48
experimento com melancia. Foram estudados quatro doses de N e K, 0, 50%, 100% e 150%
das doses calculadas para esses nutrientes pela metodologia utilizada no programa
computacional.
Na figura 1 encontram-se os dados climáticos referentes ao período de condução dos
experimentos, obtidos na estação meteorológica do Departamento de Ciências Ambientais da
UFERSA. Os dados revelaram valores médios para a temperatura do ar, umidade relativa,
velocidade do vento a 10m de altura e evapotranspiração para as culturas exploradas de,
respectivamente, 29,11ºC, 62,85%, 6,13 m s
-1
e 7,32 mm dia
-1
.
As análises laboratoriais de solo do experimento com melão revelaram que: se trata de
um solo com textura franco-arenosa, apresentando na camada de 0-20 apresentando as
seguintes características químicas: pH=5,8, Ca=2,68, Mg=1,20, K=0,18, Na=0,04, Al=0,05, H
= 1,04 cmol
c
dm
-3
e P=14 mg dm
-3
. A água utilizada na irrigação foi proveniente de fonte de
rio perenizado, e apresentou as seguintes características químicas: CE (dS m
-1
)=1,39,
pH=8,10, Ca=4,45, Mg=3,60, K=0,14 Na=6,00, Cl=8,10, HCO
3
=5,05, CO
3
=0,70 (mmol
c
L
-1
),
similar as águas de poços que exploram o aqüífero calcário.
para o experimento com melancia, as mesmas análises revelaram que o solo tem
textura franco-arenosa, com a camada de 0-20 apresentando as seguintes características
químicas: pH=8,2, Ca=4,35, Mg=0,7, K=0,41, Na=0,285, Al=0,0 cmol
c
dm
-3
e P=120,00 mg
dm
-3
. A água utilizada na irrigação foi proveniente de poço artesiano, e apresentou as
seguintes características químicas: CE (dS m
-1
)=0,55, pH=8,00, Ca=2,0, Mg=0,9, K=0,40
Na=2,87, Cl=1,8, HCO
3
=4,0, CO
3
=0,20 (mmol
c
L
-1
).
As áreas foram irrigadas através de sistema de gotejamento, com dose de rega diária
determinada pela reposição integral da evapotranspiração determinada pela equação de
Penman-Monteith (Allen et al., 1998), monitorando a umidade do solo através de baterias de
tensiômetros instalados nas parcelas em diferentes profundidades.
49
A
10
15
20
25
30
35
40
45
50
25
-
out
4-no
v
1
4-nov
2
4
-
nov
4-dez
14-dez
24-de
z
3-jan
Peodo do Experimento
Temperatura C)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Umidade Relativa (%)
Tmed Tmax Tmin UR (%)
B
2
4
6
8
10
12
2
5
-
o
u
t
4
-
n
o
v
1
4
-
n
o
v
2
4
-
n
o
v
4
-
d
e
z
1
4
-
d
e
z
2
4
-
d
e
z
3
-
j
a
n
Peodo do Experimento
Velocidade do vento
(m/s)
0
2
4
6
8
10
Evapotranspiração
(mm/dia)
V10 ETo
Figura 1 - Dados de temperatura, em ºC, e umidade relativa do ar, em %, (A) e de velocidade
do vento a 10m de altura, em m s
-1
, e evapotranspiração das culturas, em mm dia
-1
,
(B) referentes ao período de condução dos experimentos, obtidos na estação
meteorológica do Departamento de Ciências Ambientais da UFERSA.
3.4.1.1 Unidade experimental e delineamento estatístico
Para o experimento com melão, feito com a cultivar tipo Gália Solar net, utilizou-se o
delineamento em blocos casualizados com três repetições e cada parcela correspondeu a uma
fileira de 9 m. Os tratamentos contaram da combinação da dose de N (42, 84 e 126 kg ha
-1
) e
de K (106, 212 e 322 kg ha
-1
) sendo, N
2
(84 kg ha
-1
) e K
2
(212 kg ha
-1
) as doses intermediarias
as recomendadas por Crisóstomo et al. (2002), aplicado via fertirrigação, mais três
tratamentos adicionais (N
0
K
0
, N
0
K
2
e N
2
K
0
, com N
0
e K
0
denotando doses zero) arranjados no
50
esquema fatorial 3 x 3 + 2. A adubação de fundação da área experimental do melão constou
da aplicação de 108 kg.ha
1
de superfosfato simples e 162 kg ha
-1
de monoamônico fosfato
(MAP, 10-52-00), totalizando 102 kg ha
-1
de P
2
O
5
, o complemento nutricional do fósforo foi
realizado via fertirrigação utilizando-se ácido fosfórico, no total de 70 kg ha
1
de P
2
O
5.
Os
adubos aplicados na fertirrigação foram: cloreto de potássio, sulfato de potássio, uréia, ácido
nítrico, nitrato de magnésio e ácido fosfórico. O espaçamento utilizado foi 1,85 x 0,40 m.
Para o experimento com melancia, feito com a cultivar tipo Mickylee, adotou o
mesmo delineamento experimental (em blocos casualizados) em esquema fatorial 3 x 3 + 2,
com três repetições, sendo cada parcela experimental constituída de três fileiras de 12,0 m de
comprimento e 2,0 m de espaçamento, totalizando 72,0 m
2
. Os tratamentos resultaram da
combinação de três doses de nitrogênio, N
1
(45 kg ha
-1
), N
2
(91 kg ha
-1
) e N
3
(136 kg ha
-1
) e
três doses de potássio, K
1
(78 kg ha
-1
), K
2
(156 kg ha
-1
) e K
3
(234 kg ha
-1
), além de dois
tratamentos adicionais: (N
0
K
2
e N
2
K
0
), sendo N
2
e
K
2
a dose recomendada para fertilização e
N
0
e
K
0
sem a aplicação N e K, respectivamente. O preparo do solo constou de aração e
gradagem, seguido do sulcamento em linhas, espaçadas de 2,0 m com profundidade de 0,3 m,
onde se aplicou composto orgânico Poli Fértil
®
nos sulcos na quantidade de 4 t ha
-1
. A
adubação fosfatada foi de 50 kg ha
-1
na forma de superfosfato simples, levando-se em
consideração a análise química do solo. A adubação de cobertura foi realizada via
fertirrigação nas formas de uréia, ácido nítrico, nitrato de cálcio, cloreto de potássio e sulfato
de potássio. A quantidade de nitrogênio e potássio variou de acordo com o tratamento. A
semeadura foi realizada em bandejas de poliestireno expandido para 128 mudas, preenchidas
com substrato comercial Goldmix 47
. O transplantio foi realizado aos 14 dias após a
semeadura, quando as mudas apresentavam duas folhas definitivas, no espaçamento 2,0 x
0,50 m.
Os resultados obtidos, em ambos os experimentos, foram submetidos às análises de
variância e de regressão, utilizando-se o procedimento de análise seqüencial para o modelo
polinomial completo para superfície de resposta contido no software SAEG versão 8.0
(RIBEIRO JÚNIOR, 2001). Incluíram-se no modelo os coeficientes de maior grau ou de
interação que fosse significativo a pelo menos 5% de probabilidade.
3.4.1.2 Parâmetros avaliados e análises laboratoriais
Em ambos os experimentos foram avaliados a produtividade e nutrientes (N e K)
absorvidos pelas culturas, porém somente para o melão analisou-se parâmetros de qualidade
51
(sólidos solúveis totais, acidez total titulável e firmeza de polpa). Os procedimentos das
análises de produtividade e qualidade transcorreram da seguinte forma: após a colheita dos
frutos (63 dias após semeadura), no local da colheita foram analisados o peso médio do fruto,
número de frutos por planta e produção total. Em seguida os frutos foram transportados para o
laboratório de pós-colheita da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), onde se
determinou o teor de sólidos solúveis (BRIX
1
) e em seguida os frutos foram armazenados em
câmara fria, com temperatura de 6
o
C e umidade relativa de 95%, que após 21 dias foi
realizada nova análise para determinações de teor de sólidos solúveis totais ( BRIX
2
), firmeza
de polpa e perda de peso.
A medição do teor de sólidos solúveis (SST) em laboratório foi determinado por
leitura em refratômetro digital Atago, modelo PR 100, com escala variando de 0 até 45%,
com compensação automática de temperatura, tomando duas gotas do filtrado após
homogeneização das fatias dos frutos em liquidificador, e registrado com precisão de 0,1 a 25
ºC conforme AOAC (1992). Para o método de campo, foi utilizado para a medição do SST
gotas de suco provenientes de uma fatia não triturada do fruto. A leitura foi feita em
refratômetro de modelo semelhante ao utilizado para a medição em laboratório. Os resultados
foram expressos em percentagem (ºBrix). A firmeza da polpa foi determinada pela resistência
à penetração utilizando-se penetrômetro McCormick modelo FT 327, com valor máximo de
leitura 30 lb/pol
2
e haste de ponta cilíndrica de 8 mm de diâmetro. O fruto foi dividido
longitudinalmente em duas partes, sendo que em cada uma delas procederam-se duas leituras
na região mediana da polpa para estimativa da firmeza. Os resultados foram obtidos em
lb/pol
2
e convertidos para Newton (N) pelo fator 4,45. E a perda de massa foi determinada em
balança semi-analítica (marca BEL, modelo Mark 3.100) calculada em percentagem,
considerando-se a diferença entre a massa inicial do fruto em cada intervalo de amostragem.
Para os nutrientes absorvidos pelas culturas, as análises laboratoriais foram realizadas
no laboratório de solos do departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal
Rural do Semi-árido (UFERSA), tendo-se o seguinte procedimento: Para determinação da
matéria seca, as amostras foram mantidas em estufa de circulação forçada com temperatura
regulada para 65-70°C, até que fosse obtido peso constante (três a quatro dias) em balança
eletrônica com precisão de 0,01 g. Na determinação dos teores dos nutrientes, utilizou-se 0,2
g da matéria seca que foi digerida utilizando-se ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio,
sulfatos de sódio e de cobre e selênio (TEDESCO et al.,1995). Quantificou-se o nitrogênio
total através da destilação por arrasto de vapores, o fósforo por espectrofotometria e o
potássio por fotometria de emissão de chama conforme recomendado por Silva (1999).
52
A partir desses dados determinaram-se os melhores tratamentos para a melancia e
melão, onde foi comparado com os níveis que o sistema recomendou para as mesmas
condições de solo e as exigências de fertilidade do solo para as duas culturas.
3.4.2 Validação do sistema computacional
Para a confirmação da eficiência do sistema, os dados obtidos a partir da simulação
deste as condições de campo, foram confrontados com os resultados dos experimentos de
campo realizados com o objetivo de estudar doses de N e K aplicados na
adubação/fertirrigação na produção e qualidade das plantas de melão e da melancia.
O teste utilizado para medir a eficiência foi o Índice de Concordância “d” (Willmott
et al., 1985, Apud TEIXEIRA et al., 2005). Utilizou-se no teste somente os tratamentos dos
experimentos de campo comuns às duas culturas, ou seja, N
1
K
1
, N
2
K
2
, N
3
K
3
, N
2
K
0
e N
0
K
2
.
53
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Equações de calibração entre produtividade e quantidade do nutriente
4.1.1 Função de resposta média entre nutriente exportado e produtividade
Para ambas as culturas foram obtido as equações determinadas apenas com os dados
de produtividades totais, que se constatou uma baixa quantidade de dados na literatura
apresentando informações com produtividade comercial (produção tipo exportação). Além
disso, tentativas em se obter tais equações com os poucos dados existentes (dados de
produtividades comerciais do melão), resultaram em baixos coeficientes de determinação
(R
2
).
Para a melancia, obteve-se no ajustamento das equações, resultados satisfatórios com a
utilização da totalidade dos dados coletados na literatura (oito dados). Para o melão não foi
possível obtenção das curvas com a totalidade dos dados coletados (onze dados), que no
trabalho de Temoteo (2006) não existiam dados de fósforo, e não foi possível obter-se dados
de Vivancos (1996) quando se relacionou totais exportados (g planta
-1
) = f(produtividade (kg
planta
-1
)), sendo então eliminados uma quantidade total de dados para N, P e K de 2, 5 e 2,
respectivamente, ficando para estes nutrientes 9, 6 e 9 dados (tabelas 2 a 4).
Do total de curvas encontradas para o modelo (tabelas 2 a 4), as que melhor
representaram o modelo foram as que relacionam totais exportados (g planta
-1
) =
f(produtividade, kg planta
-1
) através de polinômio do grau, sendo estas as adotadas para a
nutrição de N, P e K tanto da melancia quanto do melão.
A melhor relação para g planta
-1
X kg planta
-1
demonstra que interferência da
quantidade de nutrientes aplicados para diferentes espaçamentos aplicados na linha e entre
linhas das plantas para as culturas estudadas. E que, não houve diferenças estatísticas para os
coeficientes de determinação da reta (R
2
) entre as equações polinomiais do primeiro e
segundo grau no intervalo de produtividade estudado. Sendo neste caso adotada a relação
polinomial do grau pela maior simplicidade. Demonstrando ainda discordância com
Vivancos (1999) que afirma haver uma relação polinomial do segundo grau entre os
parâmetros estudados.
54
De maneira geral, pode-se afirmar que as equações que determinaram os totais
exportados em função da produtividade almejada para melancia e melão, para o modelo
proposto, demonstraram coeficientes de determinação para (R
2
) altos, que conforme
afirmam Banzatto & Kronka (1995), na prática, quando se observa tais coeficientes iguais ou
superiores a 0,7, pode-se assim considerá-los (tabelas 2 a 4).
4.1.2 Equações da marcha de absorção média obtida para a nutrição semanal/diária dos
totais exportados
Os resultados encontrados na obtenção da marcha de absorção média para a nutrição
semanal/diária das culturas abrangidas no sistema (tabela 5), no geral foram satisfatórios, já
que para os totais exportados médios para os nutrientes estão dentro do permitido
(CRISÓSTOMO et al., 2002; GRANGEIRO et al., 2004), além da distribuição de seus teores
para cada ciclo, apresentarem-se concentrados em períodos onde a maior demanda destes é
essencial (a partir da SAP) conforme afirmam alguns autores (BAR-YOSEF, 1999;
FERNANDES & PRADO, 2003; DUARTE, 2002), podendo-se ainda serem feitos ajustes
localizados já que o sistema dá ao operador a opção de seleção entre adotar a marcha
desenvolvida ou entrar com outra que melhor se adapte as suas condições.
4.2 Resultados obtidos da aplicabilidade do sistema
Os resultados comprovaram que, para as 8 situações distintas testadas para K no
sistema, 3 para o melão, apresentaram situações semelhantes de resultados, respectivamente,
para as quantidades totais dimensionadas para adubação de fundação e de cobertura, ou seja,
ST
F
K = 0,7 X K
total exportado
- Q
as
K e ST
C
K = 0,3 X K
total exportado
- Q
as
K, o que comprova a sua
eficiência em aplicar o teste, que limita a soma entre ST
F
(f) e ST
C
(f), a no máximo, o valor
total exportado para cada cultura, por mais que os níveis de segurança encontrados no sistema
revelem valores superiores para as situações analisadas (tabela 6).
Alem disso, comprovou eficiências semelhantes, no balanceamento dos nutrientes
entre o que o solo fornece e o que é exportado a planta (ST
FC
(f) e ST
CFert
(f) iguais a 0, para os
exemplos do cálculo de P
2
das tabelas 6 e 7, do cálculo de K
4
, K
6
e K
8
da tabela 6 e do cálculo
de K
1
a K
8
da tabela 7).
O sistema calculou as quantidades dos fertilizantes semanalmente para as culturas
estudadas segundo a marcha de absorção conforme tabela 8. Isso simplifica de modo
55
significativo a adubação pelo produtor. Alem do sistema permitir o cálculo de fertilizantes
para qualquer fonte disponível ao produtor.
Tabela 2 Equações* das curvas de calibração dos Totais exportados X produtividade da
melancia e do melão para o modelo de nutrição de N.
Cultura Relação
Numero de
dados
Equações do total exportado de N
Coeficiente
(R
2
)
Melão (g/planta) X (kg/planta) 9 ** y = 5,8952x - 8,2243 0,9673
(g/planta) X (kg/planta) 9 y = -0,5756x2 + 10,625x - 16,627 0,9766
(g/planta) X (Mg/ha) 9 y = 0,399x - 3,9601 0,4543
(g/planta) X (Mg/ha) 9 y = -0,0007x2 + 0,5158x - 6,7481 0,5354
(kg/Mg) X (kg/planta) 9 y = 0,638x + 0,9675 0,7006
(kg/Mg) X (Mg/ha) 9 y = 0,0726x + 0,6758 0,7429
Melancia (g/planta) X (kg/planta) 8 ** y = 1,202x + 0,8979 0,7213
(g/planta) X (kg/planta) 8 y = -0,1695x2 + 4,8081x - 14,323 0,8713
(g/planta) X (Mg/ha) 8 y = -0,185x + 19,978 0,1666
(g/planta) X (Mg/ha) 8 y = -0,0136x2 + 0,9863x - 2,0403 0,2677
(kg/Mg) X (kg/planta) 8 y = 0,011x + 1,1386 0,0154
(kg/Mg) X (Mg/ha) 8 y = 0,0032x + 1,2301 0,0169
* - onde y representa os valores de cada nutriente e x os valores de produtividade;
** - são as curvas de N selecionadas para o modelo.
4.3 Resultados obtidos nos experimentos de campo
A produtividade do experimento com melão variou de 18,44 (N
0
K
0
) a 30,94(N
3
K
3
). A
análise de regressão (Tabela 9) indica que houve efeito significativo apenas para componente
linear da dose de nitrogênio, com o rendimento crescendo com a dose de N. Coelho et al.
(2001) verificou efeito semelhante tanto para o N como para o K, estudando doses de até 180
de N e 340 kg ha
-1
de K
2
O em solo com teor de K no solo de 0,16 cmol
c
kg
-1
em cultivo de
melão do tipo amarelo.
56
O teor de 0,18 cmol
c
kg
-1
de K presente no solo pode ser também uma provável
justificativa na produtividade do melão verificada no trabalho, justificativa também feita por
Dutra (2005) para o melão tipo pele de sapo.
O peso médio de frutos, os valores variaram entre 0,70 (N
0
K
2
) e 0,83 (N
2
K
3
), Tabela
9. O peso médio requerido pelo mercado deve ficar entre 0,8 e 1,0 kg, tipos 5 e 6, em caixa de
5,0 kg. Através da análise de regressão verificou-se efeito quadrático para o nitrogênio
significativo no nível de 1% de probabilidade, com dose ótima de 112 kg ha
-1
, e linear para o
potássio no nível de 5% de probabilidade, quando seu acréscimo proporcionou uma redução
no peso médio do fruto.
Tabela 3 Equações* das curvas de calibração dos Totais exportados X produtividade da
melancia e do melão para o modelo de nutrição de P.
Cultura Relação
Numero de
dados Equações do total exportado de P
Coeficiente
(R
2
)
Melão (g/planta) X (kg/planta) 6 ** y = 1,235x - 1,9479 0,9397
(g/planta) X (kg/planta) 6 y = 0,1088x2 + 0,3334x - 0,2998 0,9490
(g/planta) X (Mg/ha) 6 y = 0,0843x - 0,64 0,4877
(g/planta) X (Mg/ha) 6 y = 0,0007x2 + 0,0214x + 0,5836 0,4904
(kg/Mg) X (kg/planta) 6 y = 0,1273x + 0,1747 0,7340
(kg/Mg) X (Mg/ha) 6 y = 0,0064x + 0,437 0,2205
Melancia (g/planta) X (kg/planta) 8 ** y = 0,0475x + 0,508 0,6785
(g/planta) X (kg/planta) 8 y = -0,001x2 + 0,0686x + 0,4187 0,6816
(g/planta) X (Mg/ha) 8 y = -0,0136x + 1,5219 0,7073
(g/planta) X (Mg/ha) 8 y = -0,0003x2 + 0,0118x + 1,0455 0,7446
(kg/Mg) X (kg/planta) 8 y = -0,0076x + 0,1947 0,6186
(kg/Mg) X (Mg/ha) 8 y = -0,0002x + 0,1305 0,0065
* - onde y representa os valores de cada nutriente e x os valores de produtividade;
** - são as curvas de P selecionadas para o modelo.
57
Tabela 4 Equações* das curvas de calibração dos Totais exportados X produtividade da
melancia e do melão para o modelo de nutrição de K.
Cultura Relação
Numero
de dados
Equações do total exportado de K
Coeficiente
(R
2
)
Melão (g/planta) X (kg/planta) 9 **
y = 4,5784x + 2,6016 0,7085
(g/planta) X (kg/planta) 9
y = 0,835x2 - 2,2827x + 14,79 0,7322
(g/planta) X (Mg/ha) 9
y = 0,3283x + 5,7113 0,3316
(g/planta) X (Mg/ha) 9
y = 0,0055x2 - 0,0064x + 8,4609 0,5486
(kg/Mg) X (kg/planta) 9
y = -0,266x + 6,3939 0,0698
(kg/Mg) X (Mg/ha) 9
y = 0,0556x + 3,235 0,2360
Melancia (g/planta) X (kg/planta) 8 **
y = 1,934x + 3,0964 0,7180
(g/planta) X (kg/planta) 8
y = -0,193x2 + 6,0394x - 14,232 0,7927
(g/planta) X (Mg/ha) 8
y = -0,0919x + 24,941 0,0173
(g/planta) X (Mg/ha) 8
y = -0,019x2 + 1,5377x - 5,6939 0,0993
(kg/Mg) X (kg/planta) 8
y = 0,0126x + 2,0288 0,0031
(kg/Mg) X (Mg/ha) 8
y = 0,0372x + 0,8462 0,3890
* - onde y representa os valores de cada nutriente e x os valores de produtividade;
** - são as curvas de K selecionadas para o modelo.
Tabela 5 Curvas de absorção média utilizadas no sistema para a adubação/fertirrigação das
plantas.
Semanas Após Melão Melancia
o Plantio (SAP) N P K N P K
1 0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
2 0,01%
1,07%
0,01%
0,65%
1,20%
0,07%
3 5,76%
6,49%
0,72%
1,94%
5,11%
1,35%
4 6,87%
10,82%
4,42%
8,96%
9,40%
5,50%
5 10,12%
13,90%
10,58%
16,87%
20,77%
20,39%
6 17,11%
17,31%
18,98%
24,84%
26,08%
33,18%
7 22,54%
20,84%
22,40%
30,88%
21,47%
28,55%
8 22,06%
17,54%
18,32%
15,87%
15,97%
10,96%
9 12,35%
11,48%
16,68%
0,00%
0,00%
0,00%
10 3,19%
0,55%
7,89%
0,00%
0,00%
0,00%
Totais exportados
(kg ha
-1
) 123,18 31,35 248,78
134,77 11,71 239,16
Produtividade:
Média (Mg ha
-1
) 36,77
45,36
Mínima. (Mg ha
-1
)* 21,98 32,20
Máxima (Mg ha
-1
)** 60,00 39,35
* - rendimento mínimo para os quais as equações das curvas produtividade X totais exportados estão definidos;
** - rendimento máximo para os quais as equações das curvas produtividade X totais exportados estão definidos.
58
Tabela 6 – Resultados do sistema para recomendações da adubação de fundação e cobertura do melão para produtividade almejada de 36 Mg ha
-1
e simulação dos exemplos de aplicação.
NUTRIENTE
Variável
N
1
**
P
1
**
P
2
**
K
1
*
K
2
*
K
3
*
K
4
*
K
5
*
K
6
*
K
7
*
K
8
*
Q
exp
(f)
1
kg ha
-
1
137,74
28,57
28,57
201,84
201,84
201,84
201,84
201,84
201,84
201,84
201,84
Q
as
(f)
2
kg ha
-1
0,58
18,85
161,54
105,00
183,75
183,75
315,00
105,00
420,00
94,50
215,25
Q
Metod
(f) - Q
as
(f)
3
kg ha
-1
25,83
22,85
22,85
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Q
solo
(f) - Q
as
(f)
4
kg ha
-1
-
21,54
0,00
63,00
0,00
0,00
0,00
315,00
0,00
73,50
0,00
ST
F
(f)
5
(kg ha
-1
)
25,25
4,01
0,00
36,29
0,00
0,00
0,00
36,29
0,00
46,79
0,00
Níveis de segurança kg ha
-1
25,25
21,54
22,85
63,00
183,75
350,00
0,00
0,00
0,00
73,50
0,00
Q
excesso
(f)
6
kg ha
-1
112,50
0,00
161,54
138,84
18,09
18,09
0,00
0,00
0,00
128,34
0,00
Q
kH2O
7
kg ha
-1
-
-
-
17,89
17,89
17,89
17,89
17,89
17,89
17,89
17,89
ST
C
(f)
8
kg ha
-1
112,50
28,57
0,00
42,66
0,20
0,20
0,00
42,66
0,00
42,66
0,00
ST
CFert
(f)
9
kg ha
-1
135,00
124,29
0,00
71,68
0,34
0,34
0,00
71,68
0,00
71,68
0,00
ST
FC
(f)
10
kg ha
-1
31,56
20,19
0,00
69,67
0,00
0,00
0,00
69,67
0,00
89,83
0,00
K
exigência solo
– cmol
c
dm
-3
-
-
-
0,320
#
0,320
#
0,320
0,320
0,320
0,320
0,320
#
0,320
#
K
Ca:K
– cmol
c
dm
-3
-
-
-
0,200
0,200
1,000
#
1,200
#
1,200
#
1,200
#
0,179
0,290
K
CTC
cmol
c
dm
-3
-
-
-
0,172
0,178
0,518
0,596
0,620
0,644
0,172
0,172
* - valores de K obtidos no sistema para os exemplos de 1 a 6 e valores das análises de solos dos experimentos; ** - valores de N, P obtidos no sistema para os valores das
análises de solos dos experimentos; # - teores de K selecionados para os níveis de segurança de fertilidade do solo para as situações de 1 a 7 adotados no sistema; 1 – É obtido
através de regra de três simples entre o valor de produtividade alcançado pela curva de absorção estudada e o valor de produtividade desejado para a cultura; 2 representa
uma fração do total exportado pela cultura que deve ser aplicado em fundação recomendado por diversos autores; 3 para P é obtido multiplicando-se o volume de solo
explorado pela cultura numa área de 1,0 ha e a concentração exigida pela cultura para manter o nível de segurança, 30 mg kg
-1
(Papadopoulos, 1999), e para K, utiliza-se o
valor de maior demanda das exigências da cultura dentre os testados (relação cálcio:potássio 10:1, K na CTC 4% e exigências da concentração K no solo, nível de
segurança 0,32 cmol
c
kg
-1
); 4 Valores de nutriente reposto pela adubação de correção, item anterior, que fica acima do nível de segurança; 5 diferenças entre as
exigências das culturas e nutrientes contidos no solo acima do nível de segurança, que assume valor zero para valores de teores no solo maiores ou iguais aos níveis de
segurança tanto para P
2
O
5
, quanto para K
2
O; 6 cálculo realizado apenas para a adubação com K
2
O, que para a adubação de fundação para esse elemento, o procedimento
usa o teste de três parâmetros (conforme descrito no item 3), e nesse caso, a menor concentração desse nutriente no solo (nível de segurança mínimo) será sempre o valor da
exigência da concentração do nutriente para a cultura no solo; 7 – para o fósforo é obtido pela diferença entre o total de nutriente em fundação e os níve de segurança mínimo
permitido no solo para o bom desenvolvimento da cultura, mas para o potássio, quando o valor determinado pela metodologia de Crisóstomo (2002) é superior ao item 5,
subtrai-se o item 2 do 5 e o resultado é somado ao 6, porem quando isso não acontece, esse item assume o valor do item 6; 8 é obtido pela subtração do item 1 e 7; 9 –é
obtido pela subtração do item 8 e 9; 11 – é obtido pela conversão do item 10 com o fator de eficiência para a fertirrigação.
59
Tabela 7 Resultados do sistema para recomendações da adubação de fundação e cobertura da melancia para produtividade almejada de 28 Mg
ha
-1
e simulação dos exemplos de aplicação.
NUTRIENTE
Variável
N
1
**
P
1
**
P
2
**
K
1
*
K
2
*
K
3
*
K
4
*
K
5
*
K
6
*
K
7
*
K
8
*
Q
exp
(f)
1
– kg ha
-
1
24,86
3,66
3,66
35,83
35,83
35,83
35,83
35,83
35,83
35,83
35,83
Q
as
(f)
2
– kg ha
-1
0,52
16,75
143,56
93,31
163,30
163,30
279,94
93,31
373,26
83,98
191,29
Q
Metod
(f) - Q
as
(f)
3
– kg ha
-1
4,66
2,93
2,93
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Q
solo
(f) - Q
as
(f)
4
– kg ha
-1
-
19,14
0,00
55,99
0,00
0,00
0,00
279,94
0,00
65,32
0,00
ST
F
(f)
5
– (kg ha
-1
)
4,14
2,39
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Níveis de segurança – kg ha
-1
4,14
2,93
2,93
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Q
excesso
(f)
6
– kg ha
-1
20,72
0,00
143,56
35,83
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
35,83
0,00
Q
kH2O
7
– kg ha
-1
-
-
-
21,27
21,27
21,27
21,27
21,27
21,27
21,27
21,27
ST
C
(f)
8
– kg ha
-1
20,72
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
ST
CFert
(f)
9
– kg ha
-1
24,86
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
ST
FC
(f)
10
– kg ha
-1
5,18
12,05
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
K
exigência solo
– cmol
c
dm
-3
-
-
-
0,320
#
0,320
#
0,320
0,320
0,320
0,320
0,320
#
0,320
#
K
Ca:K
– cmol
c
dm
-3
-
-
-
0,200
0,200
1,000
#
1,200
#
1,200
#
1,200
#
0,179
0,290
K
CTC
– cmol
c
dm
-3
-
-
-
0,172
0,178
0,518
0,596
0,620
0,644
0,172
0,172
* - valores de K obtidos no sistema para os exemplos de 1 a 6 e valores das análises de solos dos experimentos; ** - valores de N, P obtidos no sistema para os valores das
análises de solos dos experimentos; # - teores de K selecionados para os níveis de segurança de fertilidade do solo para as situações de 1 a 7 adotados no sistema; 1 – É obtido
através de regra de três simples entre o valor de produtividade alcançado pela curva de absorção estudada e o valor de produtividade desejado para a cultura; 2 representa
uma fração do total exportado pela cultura que deve ser aplicado em fundação recomendado por diversos autores; 3 para P é obtido multiplicando-se o volume de solo
explorado pela cultura numa área de 1,0 ha e a concentração exigida pela cultura para manter o nível de segurança, 30 mg kg
-1
(Papadopoulos, 1999), e para K, utiliza-se o
valor de maior demanda das exigências da cultura dentre os testados (relação cálcio:potássio 10:1, K na CTC 4% e exigências da concentração K no solo, nível de
segurança 0,32 cmol
c
kg
-1
); 4 Valores de nutriente reposto pela adubação de correção, item anterior, que fica acima do nível de segurança; 5 diferenças entre as
exigências das culturas e nutrientes contidos no solo acima do nível de segurança, que assume valor zero para valores de teores no solo maiores ou iguais aos níveis de
segurança tanto para P
2
O
5
, quanto para K
2
O; 6 cálculo realizado apenas para a adubação com K
2
O, que para a adubação de fundação para esse elemento, o procedimento
usa o teste de três parâmetros (conforme descrito no item 3), e nesse caso, a menor concentração desse nutriente no solo (nível de segurança mínimo) será sempre o valor da
exigência da concentração do nutriente para a cultura no solo; 7 – para o fósforo é obtido pela diferença entre o total de nutriente em fundação e os níve de segurança mínimo
permitido no solo para o bom desenvolvimento da cultura, mas para o potássio, quando o valor determinado pela metodologia de Crisóstomo (2002) é superior ao item 5,
subtrai-se o item 2 do 5 e o resultado é somado ao 6, porem quando isso não acontece, esse item assume o valor do item 6; 8 é obtido pela subtração do item 1 e 7; 9 –é
obtido pela subtração do item 8 e 9; 11 – é obtido pela conversão do item 10 com o fator de eficiência para a fertirrigação.
60
Tabela 8 Distribuição ao longo do tempo das quantidades de fertilizantes a serem aplicados
no melão e na melancia.
Cultura Explorada Melão
Melancia
Nutrientes
Semanas
de cultivo
Uréia
(kg ha
-1
)
MAP
(kg ha
-1
)
KCl
(kg ha
-1
)
Uréia
(kg ha
-1
)
MAP
(kg ha
-1
)
KCl
(kg ha
-1
)
1 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2 0,02
2,70
0,01
0,36
0,00
0,00
3 17,48
16,39
0,76
1,07
0,00
0,00
4 20,83
27,33
4,71
4,95
0,00
0,00
5 30,68
35,11
11,27
9,32
0,00
0,00
6 51,88
43,72
20,22
13,72
0,00
0,00
7 68,36
52,65
23,86
17,06
0,00
0,00
8 66,93
44,31
19,51
8,77
0,00
0,00
9 37,47
28,99
17,76
0,00
0,00
0,00
10 9,66
1,39
8,40
0,00
0,00
0,00
Concentração da solução do
adubo dissolvido (kg/L) 0,79
0,20
0,17
0,79
0,20
0,17
Dutra (2005) não verificou efeito significativo das doses de N e K no peso médio de
frutos, embora houve uma tendência de aumento para as doses médias de N (140) e de K (260
kg ha
-1
). Avaliando-se o número de frutos por planta verificam-se valores variando entre 2,12
(N
0
K
0
) e 3,66 (N
2
K
1
) unidades por planta, valores estes bem superiores aos verificados por
Dutra (2005) para o melão pele de sapo, o que pode ser explicada pela característica da
cultivar, que produz mais frutos por planta com tamanho pequeno. Através da análise de
regressão constatou-se efeito significativo a 5% de probabilidade para o efeito linear da dose
de N, quadrático da dose de K e do fator N
2
K. Para o melão pele de sapo, Dutra (2005) não
verificou efeito significativo das doses de N e K no número de frutos por planta. No caso
deste tipo de melão, normalmente a planta produz um fruto, e mais importante é o seu
tamanho, diferente do melão tipo gália, onde o rendimento deve está muito mais associado ao
número de frutos, pois o mercado não requer frutos de calibre grande.
Para o mesmo experimento, com melão Gália, observou-se ainda que o teor de sólidos
solúveis na colheita imediatamente após a colheita (BRIX 1) variou entre 11,50 (N
3
K
3
) e
13,08 (N
3
K
1
), com média de 12,43%. A analise de regressão (Tabela 11) indica que não
houve efeito significativo nem para doses de N nem para doses de K, como também, para
nenhuma interação dos fatores.
61
Tabela 9 Valores médios do experimento 1 (Melão Gália) ajustados para produtividade, peso
médio do fruto e número de fruto por planta, em função de doses de potássio
(K
2
O) e nitrogênio (N).
PRODUTIVIDADE
Tratamentos
(kg ha
-1
)
PESO MÉDIO DOS
FRUTOS (kg)
NÚMERO DE FRUTOS POR
PLANTAS
N
0
K
0
18,44 0,77 2,12
N
2
K
0
25,68 0,83 2,81
N
1
K
1
23,41 0,82 2,88
N
2
K
1
27,44 0,81 3,66
N
3
K
1
26,42 0,83 2,58
N
0
K
2
19,00 0,70 2,77
N
1
K
2
27,98 0,80 3,14
N
2
K
2
27,11 0,82 2,90
N
3
K
2
28,93 0,83 3,28
N
1
K
3
23,02 0,76 2,69
N
2
K
3
26,51 0,78 2,87
N
3
K
3
30,94 0,80 3,26
Média geral
25,41 0,80 2,91
PROD = 20,3 + 0,0727** N (R
2
= 0,72)
PM = 0,748 + 0,00185**N -
0,000008252*N
2
-0,000149*K (R = 0,77)
NFPL = 2,30 + 0,0184 N* - 0,0001625
ns
N
2
+
0,00443
ns
K- 0,00001713*K
2
+0,0000002902* N
2
K (R
2
= 0,64)
(**): significativo a 1%, (*) significativo a 5%, (
ns
)não significativo a 5% pelo teste t de Studant.
O mesmo comportamento foi observado para os sólidos solúveis depois de 21 dias de
armazenamento em câmara fria (BRIX2), o qual apresentou uma variação entre os
tratamentos de 10,80 (N
1
K
1
) a 12,33 (N
2
K
2
), com média de 11,59%. Estes valores de Brix
estão acima do mínimo exigido para exportação, que é 9,0%.
Tabela 10 Curva de Acúmulo de nutrientes obtida no experimento de Bom Jesus para o
melão Gália.
N na planta (kg ha
-1
) K na planta (kg ha
-1
)
Tratamento
Obtido Simulado Obtido Simulado
Produtividade (kg ha
-1
)
N
1
K
1
46,82 55,76 89,26 133,20 23,41
N
2
K
2
81,76 77,58 140,84 150,14 27,11
N
3
K
3
118,45 100,15 164,79 167,67 30,94
N
2
K
0
51,91 69,15 92,21 143,59 25,68
N
0
K
2
55,99 55,17 146,12 132,74 23,31
N
0
K
0
29,84 60,83 80,19 92,33 18,44
O menor valor para sólidos solúveis entre as épocas pode ser devido a metodologia
empregada – método de campo para primeira colheita e de laboratório para a segunda
62
(GRANGEIRO et al., 1999). DUTRA (2005) em trabalho semelhante, agora com melão pele
de sapo, verificou efeito interativo de N e K nos sólidos solúveis do melão.
Para a firmeza de polpa, que variou entre 16,87 (N
2
K
0
) e 20,91 (N
3
K
3
), através da
análise de regressão (Tabela 11) observou-se efeito significativo do componente linear da
dose de K e das interações NK
2
e N
2
K. Analisando-se a equação de regressão, verifica-se que
as maiores doses de N e K proporcionaram maiores valores de Firmeza. Esses dados diferem
de DUTRA (2005), que não encontrou efeito de N e K na firmeza de polpa do melão.
A perda de peso dos frutos durante o período de armazenamento, os valores entre os
tratamentos variaram entre 3,72 e 6,46%. A analise de regressão demonstrou haver
significância para a componente quadrática para N e K ao nível de significância de 1% de
probabilidade. Analisando-se a equação de regressão ajustada, verificam-se menores perdas
para as maiores doses de N e K.
no experimento com a melancia (tabela 12), a produtividade foi afetada pelas doses
de N e K aplicada em fertirrigação de forma quadrática, segundo a função resposta, obtendo-
se a produtividade máxima nas doses de N=84 e K
2
O=150 kg ha
-1
. No entanto, a redução da
produção verificada em doses de N e K acima daquela responsável pela produção máxima, foi
possivelmente decorrente do desequilíbrio nutricional, proporcionado pelas maiores
concentrações dos adubos nitrogenados e potássicos fornecidos a cultura. Experimento
realizado, em Mossoró, RN, por Nunes (2004), utilizando melancia Mickylee fertirrigada com
120 kg ha
-1
de N na forma de uréia e 240 kg ha
-1
de K
2
O na forma de cloreto de potássio,
obtiveram uma produtividade média de 20 t ha
-1
, inferior à média observada na região com
essa cultivar (30 t ha
-1
), em plantios mais tecnificados.
4.4 Comparação dos valores estimados pelo sistema com os obtidos nos experimentos de
campo para o total de N e K absorvidos pelo melão e melancia
Os valores do índice de concordância “d” (WILLMOTT et al., 1995; Apud TEIXEIRA
et al., 2005) revelaram uma perfeita concordância para a equação de K da melancia e
aceitáveis para as equações de N e K do melão e N da melancia (tabela 13), que conforme
postula Teixeira et al. (2005), uma perfeita concordância entre a eficiência do sistema em
relação aos parâmetros testados resultaria em d = 1, sendo ainda aceitáveis valores de d > 0,7.
Embora os valores de “d” sejam aceitáveis para o melão, houve uma boa correlação entre os
valores estimados e medidos nos experimentos de campo. Isso pode ser explicado,
provavelmente, pela absorção de luxo desses nutrientes, quando as doses foram muito
63
elevadas. No caso da melancia observou-se elevados valores os totais exportados de N e K
(tabela 13), revelando, neste caso, que houve uma maior interação dados obtidos e estimados
para nutrição de N e K e um maior ajuste do sistema às situações locais.
Tabela 11 Valores médios e modelos ajustados para o teor de sólidos solúveis totais na
colheita (BRIX1), teor de sólidos solúveis totais pós-câmara fria (BRIX2), firmeza
pós-câmara fria e perda de peso, em função de doses de potássio (K
2
O) e nitrogênio
(N), via fertirrigação.
BRIX1 BRIX2 PERDA DE
Tratamentos
(%) (%)
FRIMEZA DE POLPA (N)
PESO (%)
N
0
K
0
11,73 11,13 18,31 6,46
N
2
K
0
13,00 11,97 16,87 5,34
N
1
K
1
13,47 10,80 18,26 5,17
N
2
K
1
12,68 11,53 19,84 4,97
N
3
K
1
13,08 12,17 19,84 4,48
N
0
K
2
12,27 12,00 17,99 6,16
N
1
K
2
12,48 11,53 18,13 4,38
N
2
K
2
11,93 12,33 20,91 3,72
N
3
K
2
12,93 11,70 20,91 3,99
N
1
K
3
11,50 11,50 20,49 4,78
N
2
K
3
12,05 10,80 20,91 3,64
N
3
K
3
12,08 11,67 20,91 4,58
Média geral 12,43 11,59 19,45 4,81
FIRMEZA = 17,3 + 0,12888**K + 0,00232
ns
N – 0,001834
ns
K
2
+0,01197
ns
N
2
+ + 0,0002821*NK
2
– 0,001061*N
2
K (R
2
= 0,75)
PP = 6,76–0,0305N
(**)
–0,00927K
(**)
+0,00001698 K
2 (*)
+0,0001562 N
2 (**)
(R
2
= 0,88)
(**): significativo a 1%, (*) significativo a 5% pelo teste T.
Tabela 12 Curva de Acúmulo de nutrientes obtidos no experimento da Horta da UFERSA
para a melancia Mickylee.
N na planta (kg ha
-1
) K na planta (kg ha
-1
)
Tratamento
Obtido Simulado Obtido Simulado
Produção
(kg ha
-1
)
N
0
K
2
31,74
29,33 57,97 52,04
13.338
N
2
K
0
49,91
38,03 80,72 67,48
17.295
N
1
K
1
63,83
57,76 106,57 102,49
26.269
N
1
K
2
51,24
73,23 77,69 129,96
33.309
N
1
K
3
62,01
53,96 99,81 95,76
24.544
N
2
K
1
57,68
73,21 121,80 129,92
33.299
N
2
K
2
47,95
60,99 102,50 108,22
27.738
N
2
K
3
69,38
60,73 109,95 107,77
27.621
N
3
K
1
60,33
43,35 96,35 76,93
19.718
N
3
K
2
36,93
64,62 84,63 114,67
29.390
N
3
K
3
45,66
49,48 93,38 87,81
22.506
Prod= -1561 + (458*)N + (217*)K – (2,73*)N
2
–(0,723*)K
2
(R
2
= 0,79)
64
Tabela 13 – Valores do Índice de concordância de Willmott et al. (1995) determinados para as
curvas médias que relacionam as quantidades exportadas dos nutrientes X
produtividade N e K e seus respectivos coeficientes de determinação (R
2
).
Cultura estudada Melancia Melão
Nutriente N K N K
Índice “d” 0,88 0,97 0,86 0,74
Coeficiente de
determinação (R
2
) 0,72 0,72 0,97 0,73
Equações que definiram o modelo y = 1,202x + 0,8979 y = 1,934x + 3,0964 y = 5,8952x - 8,2243 y = 4,5784x + 2,6016
65
5 CONCLUSÕES
Baseados nos resultados, pode-se concluir que:
1- As melhores curvas do modelo, tanto para a melancia quanto para o melão, foram obtidas
para a relação Produtividade (kg planta
-1
) X Totais exportados (g planta
-1
).
2- O total exportado de nutrientes pelas plantas de melancia e melão em função da
produtividade é afetado pela densidade de plantio.
3- O sistema computacional respondeu eficientemente aos dados de entrada, calculando a
adubação de fundação e de cobertura para as culturas do melão e da melancia.
4- O rendimento do melão Gália cresceu com a dose de nitrogênio aplicada em fertirrigação,
diferente do potássio que não afetou a produtividade da cultura, os sólidos solúveis dos frutos
não foram afetados pelas doses de N e K aplicadas em fertirrigação e a firmeza de polpa
cresceu com doses de K, mas dependendo da interação com o N, e as perdas de peso foram
reduzidas com o aumento das doses de N e K.
5- Houve uma elevada concordância, entre os valores obtidos experimentalmente e
estimados pelo sistema para a absorção total de nutrientes N e K, tanto para os dados da
melancia, quanto para os dados do melão.
66
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75
ANEXOS
76
ANEXO A – Fluxograma de execução do programa de adubação/fertirrigação para o elemento
K.
Transformação dos valores da análise
química do solo em K para kg/ha
(Tk
SOLO
).
K8 = 10
MELÃO
sim
não
MELANCIA
Obtenção dos totais de K
Exportados para a cultura
selecionada com dados
históricos de produtividade
contidos no banco de dados.
Seleção da cultura
estudada na célula K8
e os dados da análise
química do solo
TkfC: Obtenção dos valores de K
2
O de
fundação seguindo as recomendações de
Crisostomo et al. (2002) selecionada para
as condições específicas de cada solo.
Entrar com o
valor da
produtividade
desejada para
a cultura
selecionada.
Transformar valores totais de K
a exportar para a planta à
produtividade adotada.
Resultado do teste
(Tk).
Tk
EXPORT
: Transformar K de Tk
para kg/ha.
Tk
EXPORT
– TkfC < 0
não
sim
Subtotal fundação (Stfk)
= (Tk
EXPORT
– Tk
SOLO
)
Subtotal cobertura (Stck)
= Total export. (TkfC
TkfC) fornecido pela
H
2
O
Subtotal cobertura (Stck) = Total
export. – fornecido pela H
2
O
Resultados de Tfk e
Tck.
Tk
SOLO
> TkfC
não
si
m
Subtotal fundação (Stfk)
= TkfC – Tk
SOLO
Subtotal cobertura (Stck) =
(Total export. – fornecido pela
H
2
O – (Tk
SOLO
- TkfC))
Kca:k > Kctc
Kexigência solo >
Kctc
Kexigência solo >
Kca:k
sim
não
não
não
sim
sim
INÍCIO
Stfk < 0 Stck < 0
Stfk = 0
Stck = 0
sim
não
não
sim
1
Total fundação (Tfk) = Stfk x
fator de correção da adubação
convencional de K para o solo;
Total cobertura (Tck) = Stck x
fator de correção da adubação
fertirrigação de K para o solo
Tk
SOLO
>
Tk
EXPORT
sim
não
Subtotal cobertura (Stck)
= Total export. (Tk
SOLO
Tk
EXPORT
) fornecido
pela H
2
O
77
ANEXO B – Fluxograma de execução do programa de adubação/fertirrigação para o elemento
P.
INÍCIO
K8 = 10
MELÃO
sim
não
MELANCIA
Obtenção dos totais de P
Exportados para a cultura
selecionada.
Seleção da cultura
estudada na célula K8
e os dados da análise
química do solo
Tftp - Transformar total de P exportado para
produt. desejada e obtenção dos valores de P de
fundação seguindo as recomendações da
metodologia selecionada para as condições
específicas de cada solo.
2
Resultados de Tfp e
Tcp.
Entrar com o valor
da produtividade
desejada para a
cultura selecionada.
Stcp < 0
Stcp = 0
não
sim
Total fundação (Tfp) = Stfp x
fator de correção da adubação
convencional de P para o solo;
Total cobertura (Tcp) = Stcp x
fator de correção da adubação
fertirrigação de P para o solo
Entrar com o
dado que sinalize
a metodologia,
dentre as
disponíveis no
banco de dados,
para a fundação
com P.
Usar índices de
Crisostomo et al
(2002)?
Entrar com os
valores Crisostomo
et al (2002) do
banco de dados
sim
Usar índices de
Novais & Smith
(1999)?
não
não
sim
Entrar com os
valores Novais &
Smith (1999) do
banco de dados
Total fundação (Stfp) = (Tftp – Tp
SOLO
).
Subtotal cobertura (Stcp) = Total
export. – Tftp.
Tftp > Tp
SOLO
sim
não
Subtotal fundação (Tfp) = 0
Subtotal cobertura (Stcp) = Total
export. – (Tp
A.S..
– Tftp).
Transformar total de P contidos na
análise de solo de unidades laboratoriais
para kg ha
—1
(Tp
A.S.
).
Tp
SOLO
é obtido multiplicando-se o volume de
solo explorado pela cultura numa área de 1,0 ha
e a concentração exigida pela cultura para
manter o nível de segurança, 30 mg kg-1
(Papadopoulos, 1999), transformados para kg
ha
—1
.
sim
não
Tp
A.S.
> Tp
SOLO
Tp
A.S.
> (Tftp -
Tp
SOLO
)
Subtotal fundação (Stfp)
= (Tp
SOLO
- Tp
A.S.
)
não
sim
Subtotal fundação (Stfp) = 0
78
ANEXO C – Fluxograma de execução do programa de adubação/fertirrigação para o elemento
N.
INÍCIO
K8 = 10
MELÃO
sim
não
MELANCIA
Obtenção do total de N
Exportado para a cultura
selecionada.
Seleção da cultura
estudada na célula K8
e os dados da análise
química do solo
Tn
Mont
: Transformar total de N exportado para
produt. desejada e obtenção dos valores de N
de fundação seguindo as recomendações da
metodologia selecionada para as condições
específicas de cada solo.
Total fundação (Tfn) = (Tn
Mont
Tresidual) x fator de conversão de N
para a dubação convencional do solo.
Total cobertura (Tcn) = (Total export.
Tfn) x fator de conversão de N para a
dubação fertirrigação do solo.
Resultados de Tfn e
Tcn.
Entrar com o
valor da
produtividade
desejada para a
cultura
selecionada.
Tresidual - Transformar total de N contidos
na análise de solo e na matéria orgânica a ser
adicionada ao solo levando-se em conta
valores obtidos pelas equações de Kafkafi et
al. (1978) Tresidual = Tn
SOLO
+Tn
MO
Tn
Mont
>
Tresidual
sim
não
Total fundação (Tfn) = 0
Total cobertura (Tcn) = (Total export.
(PASSO III – PASSO II)) x fator de
conversão de N para a dubação
fertirrigação do solo.
3
Tfn < 0 Tcn < 0
Tfn = 0
Tcn = 0
sim
não
não
sim
Usar índices de
Montag (1999)?
Usar índices de
Papadopoulos
(1999)?
Usar índices de
Crisostomo et al
(2002)?
sim
sim
não
não
não
Entrar com os
valores de Montag
(1999) do banco de
dados
Entrar com os
valores de
Papadopoulos
(1999) do banco
de dados
Entrar com os
valores de
Crisostomo et al
(2002) do banco
de dados
sim
Entrar com o
dado que sinalize
a metodologia,
dentre as
disponíveis no
banco de dados,
para a fundação
com N.
79
ANEXO D – Fluxograma do relatório de saída de dados da adubação/fertirrigação N – P – K.
MELÃO
sim
não
MELANCIA
Seleção da cultura
estudada na célula K8
e os dados da análise
química do solo
1
2
3
Apresentar relatórios exibindo os valores da
adubação de fundação (Tf), da adubação de
cobertura (Tc) distribuída semanalmente,
adubos selecionados e suas diluições
apropriadas para o dimensionamento do
programa de adubação.
Fazer a distribuição da adubação N P K em
cobertura segundo o que recomenda a curva de
absorção para cada elemento (semanal/diária).
Resultados da
adubação N – P – K
para Tf e Tc.
Acatar valores do banco de
dados para a curva de absorção
dos nutrientes N – P – K?
Entrar com os novos
valores da curva de
absorção desejada distri-
buído semanal/diário para
N – P – K (%).
sim
não
Entrar com os
valores da Curva
de absorção do
banco de dados.
INÍCIO
Selecionar os adubos
que serão usados para
nutrição em N – P – K
tanto para Tf como
para Tc.
Converter a adubação N P K para adubos
selecionados de acordo com as recomendações
de Tf e Tc conforme recomenda a curva de
absorção selecionada, fazendo o balanceamento
com elementos comuns dos três nutrientes que
são fornecidos de forma involuntária por cada
adubo.
K8 = 10
Valores de Tft e Tct para os
nutrientes N – P – K > os seus
respectivos valores para Tf e
Tc.
sim
não
Transformar novamente valores da adubação N
P K em cobertura e fundação para as suas
respectivas formas elementares e oxidas (Tft e
Tct).
Selecionar os novos
adubos que serão usados
para nutrição em N – P –
K de Tf e/ou Tc.
Valores de Tft e/ou Tct para os
nutrientes N – P – K > os seus
respectivos valores para Tf e/ou
Tc.
sim
não
Converter a adubação N P K para adubos
selecionados de acordo com as recomendações
de Tf e Tc conforme recomenda a curva de
absorção selecionada, fazendo o balanceamento
com elementos comuns dos três nutrientes que
são fornecidos de forma involuntária por cada
adubo.
Transformar novamente valores da adubação N
P K em cobertura e fundação para as suas
respectivas formas elementares e oxidas (Tft e
Tct).
Exibir mensagem: “Não é possível dimensionar
quantidades de adubos para nutrição de N, P e/ou K
que não é possível se obter quantidades balanceadas de
adubos para essa proposição”.
Transformar P e K para suas formas oxidas
(P
2
O
5
e K
2
O).
80
ANEXO E – Características físico-químicas dos solos dos experimentos e exemplo para aplicação do sistema.
Composição CTC
Lâmina
pH
Matéria
orgânica
FM Zef
P Ca Mg K Na H + Al
Experimento
Dados analisados
Local da análise
(mm)
(%) (%)
(m) (mg dm
-3
)
Água de irrigação
(mmol
c
L
-1
*) 349 6,65
- - - - 7,20 7,70
0,14
4,69 - -
Com
melancia
Solo (cmol
c
dm
-3
*) - 8,20
0,09 0,30 0,30 120 4,35 0,70
0,41
0,285
0,00 5,19
Água de irrigação
(mmol
c
L
-1
*) 400 8,10
- - - - 4,45 3,60
0,14
6,00 - -
Com melão
Solo (cmol
c
dm
-3
*) - 7,2 0,09 0,30 0,30 14 2,68 1,20
0,18
0,04 1,09 5,75
Exemplo 1 Solo (cmol
c
dm
-3
*) - - - - - - 2,00 1,00
0,20
0,10 1,00 4,30
Exemplo 2 Solo (cmol
c
dm
-3
*) - - - - - - 2,00 1,00
0,35
0,10 1,00 4,45
Exemplo 3 Solo (cmol
c
dm
-3
*) - - - - - - 10,00
2,00
0,35
0,10 0,50 12,95
Exemplo 4 Solo (cmol
c
dm
-3
*) - - - - - - 12,00
2,00
0,60
0,10 0,20 14,90
Exemplo 5 Solo (cmol
c
dm
-3
*) - - - - - - 12,00
3,00
0,20
0,10 0,20 15,50
Exemplo 6 Solo (cmol
c
dm
-3
*) - - - - - - 12,00
3,00
0,80
0,10 0,20 16,10
* – somente não assumem essas unidades, os itens de dados analisados que contém suas unidades explicitadas abaixo de sua descriminação, com exceção do pH que é
adimensional.
81
APÊNDICES
82
APÊNDICE A – Dados e curva média adotados no sistema para a nutrição semanal/diária das plantas em cultivo.
para a melancia
var. Tide 1 Mickylee Crimson Sweet Mickylee híbrido 92205(s/sementes) Mickylee
Curva média
Autor GRANJEIRO (2004) NUNES (2004) LIMA JÚNIOR (2005) LIMA JÚNIOR (2005) LIMA JÚNIOR (2005) SERAFIM (2006)
nutriente
micro-período
N P K N P K N P K N P K N P K N P K N P K
1 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
0,00% 0,00% 0,00%
2 0,00% 0,00% 0,00% 0,57% 0,97% 0,00% 1,37% 1,06% 0,23% 1,68% 0,68% 0,14% 0,00% 0,00% 0,05% 0,30% 4,51% 0,00%
0,65% 1,20% 0,07%
3 0,33% 2,30% 3,99% 1,57% 15,98% 0,00% 4,38% 4,30% 1,68% 4,66% 3,51% 1,37% 0,00% 0,02% 0,57% 0,72% 4,57% 0,51%
1,94% 5,11% 1,35%
4 12,79% 5,22% 5,48% 4,43% 16,19% 4,98% 12,34% 13,66% 8,29% 12,11% 12,94% 8,10% 0,45% 1,23% 4,03% 11,64% 7,18% 2,10%
8,96% 9,40% 5,50%
5 31,59% 30,96% 12,49% 11,16% 16,40% 36,15% 24,59% 28,23% 24,26% 23,01% 29,36% 26,21% 5,37% 8,69% 16,48% 5,46% 10,98% 6,75%
16,87% 20,77% 20,39%
6 28,80% 30,06% 19,51% 25,89% 16,61% 39,84% 32,79% 34,91% 39,29% 30,52% 37,22% 42,39% 18,14% 21,41% 37,20% 12,87% 16,25% 20,85%
24,84% 26,08% 33,18%
7 19,76% 22,57% 26,52% 56,37% 16,82% 19,03% 24,53% 17,84% 26,25% 24,55% 16,29% 21,80% 32,86% 31,85% 39,60% 27,19% 23,43% 38,11%
30,88% 21,47% 28,55%
8 6,74% 8,89% 32,00% 0,00% 17,03% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 3,47% 0,00% 0,00% 43,18% 36,82% 2,07% 41,82% 33,08% 31,67%
15,87% 15,97% 10,96%
9 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
0,00% 0,00% 0,00%
10 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
0,00% 0,00% 0,00%
soma do % total: 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
produt. (t ha
-1
)
34,4 20 54,34 63,1 60,96 39,35
45,36
ts. export. (kg/ha):
32,85 2,5 64,8 44,31 5,1 49,33 94,06 7,865 190,82 81,91 6,12 159,32 120,36 7,18 221,37 47,4 7,77 42,17
53,66 9,00 117,57
CURVA DE MELANCIA PARA N:
y = 0,017x + 0,4119
Coefs. para a obtenção dos ts. exports. médios para o melancia (kg Mg
-1
)
Nutriente
N
P
2
O
5
K
2
O
CURVA DE MELANCIA PARA P:
y = 0,0039x + 0,0216
Coeficientes Valores dos coefs. das eqs. Polin. 1º
F./converção: - 2,29 1,20
CURVA DE MELANCIA PARA K:
y = 0,0756x - 0,8373
a 0,017 0,0039 0,0756
ts. export.
melancia (kg/ha):
53,66 20,61 141,08
b 0,4119 0,0216 -0,8373
ts. export. melão
(kg/ha):
145,54 82,63 232,97
para a melão
var. Gold mine Sancho (trat.N
1
K
1
) Gold Pride Sancho (N2K2) Sancho (N3K3) PELE-DE-SAPO Trusty Orange flash
Curva média
Autor LIMA (2001) TEMOTEO (2006) LIMA (2001) TEMOTEO (2006) TEMOTEO (2006) SILVA JÚNIOR (2001) DUARTE (2002) DUARTE (2002)
nutriente
micro-período
N P K N P K N P K N P K N P K N P K
1 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
0,00% 0,00% 0,00%
2 0,00% 0,12% 0,00% 0,00% - 0,00% 0,06% 5,17% 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% 0,05% 0,05% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
0,01% 1,07% 0,01%
3 11,57% 5,29% 0,00% 0,00% - 0,00% 31,33% 26,98% 3,20% 0,00% - 0,00% 0,00% - 0,00% 3,20% 0,18% 1,30% 0,00% 0,00% 0,64% 0,00% 0,00% 0,59%
5,76% 6,49% 0,72%
4 14,45% 18,76% 7,57% 1,26% - 0,00% 25,46% 22,51% 24,29% 1,21% - 0,00% 1,27% - 0,00% 0,09% 0,91% 0,43% 4,59% 5,64% 1,11% 6,62% 6,28% 1,99%
6,87% 10,82% 4,42%
5 16,07% 25,54% 26,80% 5,72% - 2,07% 19,59% 18,04% 29,79% 3,80% - 1,12% 11,59% - 5,72% 2,99% 4,28% 3,36% 9,80% 10,43% 7,64% 11,36% 11,21% 8,16%
10,12% 13,90% 10,58%
6 17,69% 25,62% 42,57% 17,55% - 9,75% 13,72% 13,57% 25,48% 18,50% - 11,20% 19,67% - 13,80% 19,37% 16,85% 20,58% 14,90% 15,10% 14,17% 15,44% 15,40% 14,33%
17,11% 17,31% 18,98%
7 19,30% 19,00% 22,87% 23,74% - 16,11% 7,85% 9,10% 13,95% 25,95% - 18,48% 23,15% - 19,23% 40,78% 36,77% 47,38% 20,01% 19,76% 20,69% 19,52% 19,59% 20,50%
22,54% 20,84% 22,40%
8 20,92% 5,67% 0,18% 24,31% - 21,47% 1,98% 4,63% 3,31% 26,15% - 23,10% 22,04% - 22,01% 32,42% 29,20% 22,61% 25,11% 24,43% 27,22% 23,60% 23,79% 26,66%
22,06% 17,54% 18,32%
9 0,00% 0,00% 0,00% 17,01% - 28,71% 0,00% 0,00% 0,00% 17,09% - 24,64% 14,52% - 20,16% 1,16% 9,01% 3,62% 25,58% 24,65% 28,53% 23,47% 23,72% 27,76%
12,35% 11,48% 16,68%
10 0,00% 0,00% 0,00% 10,41% - 21,89% 0,00% 0,00% 0,00% 7,31% - 21,47% 7,77% - 19,08% 0,00% 2,75% 0,66% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
3,19% 0,55% 7,89%
soma do % total: 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
produt. (t ha
-1
)
33,00 35,40 30,50 34,40 33,88 21,98 60,00 45,00
36,77
totais exportados (kg ha
-1
):
145,54 36,08 194,15
Coeficientes Valores dos coefs. das eqs. Polin. 2º
espaçamenmto na linha (m): 1,85 a 0,0049 0,0005 0,0000
CURVA DE MELÃO PARA N:
y = 0,0726x + 0,6758
espaçamenmto entre linhas (m): 0,4 b 0,2427 0,0828 0,0556
CURVA DE MELÃO PARA P:
y = 0,0166x + 0,0112
c -4,7807 -1,0512 3,2350
CURVA DE MELÃO PARA K:
y = 0,0116x
2
- 0,4366x + 16,249
Resultado do cálculo para a obtenção dos totais exportados médios para o melão (g planta
-1
)
N P K
10,77 2,67 5,28
83
APÊNDICE B Percentual de Distribuição da adubação/fertirrigação para o programa
recomendado por Montag (1999), Papadopoulos (1999), Novais & Smyth
(1999) e Crisostomo et al (2002).
N
P
2
O
5
K
2
O Nutriente
Discriminação
Pré-
plantio Cobertura
Pré-
plantio
Cobertura
Pré-
plantio Cobertura
Montag (1999)
1
15-25% 85-75%
100% 0% 20-30 % 80-70%
Papadopoulos
(1999)
1
35-50% 65-50%
100% 0% 60-100% 40-0%
Novais & Smyth
(1999)
1
35-50% 65-50%
100% 0% 60-100% 40-0%
Crisóstomo et al.
(2002)
1
10% 90%
80% 20% 10% 90%
1 – Fonte: Montag (1999); Papadopoulos (1999); Novais & Smyth (1999); Crisóstomo et al
(2002).
APÊNDICE C – Dados para teste de validação de Willmott et al. (1985)
Cultura
Trats.
Nutrientes
Calcs. (kg ha
-1
)
Produt.
Nuts. Obtidos
(kg ha
-1
)
(Pi -Oi)
2
|Pi -O| |Oi -O| (|Pi -O|-|Oi -O|)
2
Estudada
N K
obtida
(Mg/ha)
N K N K N K N K N K
N
0
K
2
15,78
34,57
13,338
31,74
57,97
254,6
547,5
42,1
59,2
26,1
35,8
4.650,3
9.021,1
N
2
K
0
20,46
44,83
17,295
49,91
80,72
867,5
1.288,1
37,4
48,9
7,9 13,0
2.055,2
3.841,1
N
1
K
1
22,55
30,17
26,269
63,83
106,57
1.704,0
5.835,9
35,3
63,6
6,0 12,8
1.704,0
5.835,9
N
1
K
2
32,58
55,99
33,309
66,27
77,69
1.134,7
471,2
25,3
37,8
8,4 16,1
1.134,7
2.898,7
N
1
K
3
20,35
24,99
24,544
62,01
99,81
1.735,2
5.597,5
37,5
68,8
4,2 6,0 1.735,2
5.597,5
N
2
K
1
32,57
55,95
33,299
57,68
121,80
630,8
4.336,7
25,3
37,8
0,2 28,0
648,2 4.336,7
N
2
K
2
24,51
34,94
27,738
80,70
102,50
3.157,4
4.564,8
33,3
58,8
22,8
8,7 3.157,4
4.564,8
N
2
K
3
24,35
34,55
27,621
69,38
109,95
2.028,0
5.684,8
33,5
59,2
11,5
16,2
2.028,0
5.684,8
N
3
K
1
23,33
51,11
19,718
60,33
96,35
1.369,5
2.046,6
34,5
42,7
2,5 2,6 1.369,5
2.046,6
N
3
K
2
26,79
40,69
29,390
48,89
84,63
488,3
1.930,5
31,1
53,1
9,0 9,1 1.602,5
3.868,5
MELANCIA
N
3
K
3
17,88
19,45
22,506
45,66
93,38
771,7
5.466,0
40,0
74,3
12,2
0,4 2.721,2
5.578,8
Médias
(O) 57,85
93,76
N
1
K
1
48,46
106,20
23,410
46,82
89,26
2,7
287,0
22,5
20,4
24,2
37,4
2.179,9
3.343,9
N
2
K
2
72,98
128,56
27,110
81,76
140,84
77,2
150,7
2,0
1,9
10,8
14,2
162,9 259,7
N
3
K
3
100,26
153,32
30,940
118,45
164,79
330,9
131,7
29,3
26,7
47,5
38,1
5.888,5
4.201,4
N
2
K
0
63,29
119,74
25,680
51,91
92,21
129,4
758,0
7,7
6,9
19,1
34,4
716,9 1.708,8
N
0
K
2
47,83
105,62
23,310
55,99
146,12
66,7
1.640,4
23,2
21,0
15,0
19,5
1.455,9
1.640,4
MELÃO
N
0
K
0
72,99
97,36
18,440
29,84
80,19
1.861,7
294,9
2,0
29,3
41,1
46,5
1.861,7
5.735,8
Médias
(O) 70,99
126,64
84
APÊNDICE D Dados meteorológicos do município de Mossoró RN, durante os anos de
2005 e 2006, período onde se procedeu aos experimentos de campo (do
plantio á colheita dos frutos).
TEMP. DO AR (°C)
MÊS/ANO
MÁX
MIN
MÉD
*U.R.
(%)
VV
(m/s)
I
(h)
P
(mm)
N
(dec)
PR
(mmHg)
TCA
(mm/dia)
ETo
Out/05 34,79
23,11
28,17
65,27
6,20
10,11
0 1,88
754,86 10,25 7,25
Nov/05 35,50
24,04
29,16
61,57
6,27
10,34
0 2,64
754,95 10,61 7,62
Dez/05 35,33
24,79
29,26
63,32
6,06
9,59 0,3 3,77
755,20 10,05 7,17
Jan/06 35,00
25,63
29,30
65,17
5,23
5,28 13,98
5,51
754,95 9,85 6,07
Medias gerais
35,33
24,34
29,11
62,85
6,13
- - - - - 7,32
*UR: Umidade Relativa; VV: Velocidade do Vento; I: Insolação; P: Precipitação; N: Nebulosidade; PR: Pressão;
TCA: Evaporação Tanque Classe A.
APÊNDICE E – Fatores de converção de nitrogênio, fósforo e potássio.
A
B
Para converter A em B, Multiplicar por:
Para converter B em A, Multiplicar por:
K
K
2
O
1,20 0,83
N
NH
4
1,20 0,78
N
NO
3
4,43 0,23
P
P
2
O
5
2,29 0,44
Fonte: MEDEIROS (2003).
APÊNDICE F – Dados de acúmulo de nutrientes para a obtenção das equações* de calibração
dos totais exportados em função da produtividade almejada em melancia e melão
para o sistema.
Totais exportados
Produt. Total
(kg planta
-1
)
Produt.
Total (Mg
ha
-1
)
Produt.
comercial (Mg
ha
-1
)
Cultura
estudada
Variedade
Estudada
Autor do
dado
N P K
Melancia Palomar
Cecílio Filho et al.
(2004c)* 69,5 4,00 102,00 13,80 32,20
Melancia Shadow
Cecílio Filho et al.
(2004d)* 69,5 4,00 102,00 11,67 27,20
Melancia Tide
Grangeiro et al.
(2004)* 32,90 2,50 64,80 17,54 34,40
Melancia Crimson Sweet Lima Júnior (2005)* 94,00 7,86 190,82 5,43 54,30
Melancia híbrido 92205 Lima Júnior (2005)* 78,00 9,12 221,37 6,10 63,10
Melancia Mickylee Lima Júnior (2005)* 81,90 6,12 159,32 6,31 61,00
Melancia Mickylee Nunes (2004)** 4,45 1,53 14,80 6,00 20,00
Melancia Mickylee Serafim (2006)* 47,40 7,80 42,20 3,94 39,40
Melão Gália Bar-Yosef (1999)** 98,40 24,40 89,60 2,24 56,00
Melão Orange Flash Duarte (2002)** 219,00 98,50 288,00 4,50 45,00 34,00
Melão Trusty Duarte (2002)** 261,00 126,00 368,40 6,00 60,00 46,00
Melão Gold mine Lima (2001)* 120,38 25,49 122,85 3,30 33,00 28,38
Melão Gold Pride Lima (2001)* 89,38 21,58 75,25 3,05 30,50 29,75
Melão Pele-de-sapo
Silva Júnior
(2006)** 3,40 1,11 13,95 2,20 21,98
Melão
Sancho (trat.
N
3
K
3
)
Temóteo (2006)*
93,39 195,80 2,51 33,88 24,66
Melão
Sancho (trat.
N
2
K
2
)
Temóteo (2006)*
108,95 241,67 3,44 34,41 28,29
Melão
Sancho (trat.
N
1
K
1
)
Temóteo (2006)*
102,21 228,46 2,62 35,40 28,10
Melão Melão Vivancos (1996)*** 3,40 0,80 4,50 25,00
Melão Melão Vivancos (1996)*** 6,00 2,70 10,00 70,00
* - para esses autores, os dados dos totais exportados estão em unidade de kg ha
-1
;
** - para esses autores, os dados dos totais exportados estão em unidade de g planta
-1
;
*** - para Vivancos (1996) os dados dos totais exportados estão em unidade de kg Mg
-1
.
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