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UNIOESTE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
NÍVEL MESTRADO
MARCIO LEANDRO GONÇALVES
DESEMPENHO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHO EM FUNÇÃO DE
ESPAÇAMENTOS E DENSIDADES POPULACIONAIS EM TRÊS LOCAIS
MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PR
NOVEMBRO/2008
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MARCIO LEANDRO GONÇALVES
DESEMPENHO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHO EM FUNÇÃO DE
ESPAÇAMENTOS E DENSIDADES POPULACIONAIS EM TRÊS LOCAIS
Projeto apresentado à Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, como parte
das exigências do Programa de Pós-
Graduação em Agronomia Nível
Mestrado, para obtenção do título de
mestre.
ORIENTADORA: PROFª. DRª. MARIA DO
CARMO LANA
MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PR
NOVEMBRO/2008
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Aos meus pais,
Jair e Ana,
a minha irmã Márcia,
ofereço.
A todos que me apoiaram e me incentivaram.
DEDICO.
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4
AGRADECIMENTOS
A Deus, por estar presente em todos os momento da minha vida.
A professora Dr
a
. Maria do Carmo Lana, pela orientação, ensinamentos,
amizade e confiança.
Ao Engenheiro Agrônomo Milton Locatelli, que me apoiou e permitiu a
realização do curso de mestrado.
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE pela
oportunidade.
A Agroeste Sementes S.A pela possibilidade de realização deste trabalho e
constante apoio à qualificação profissional de seus funcionários.
A todos os colegas da Agroeste Sementes S.A. que de uma forma ou de
outra contribuíram para realização do mestrado.
A todos meus amigos, colegas de sala de aula.
Aos produtores que cederam áreas para realização do trabalho: Irineo
Seidel, Mauricio Agulhó e Romão Gurgacz.
E principalmente aos meus pais, pelo amor, pela educação, pelos sacrifícios
que nunca mediram esforços por mim e por sempre me apoiarem em tudo. Muito
obrigado.
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DESEMPENHO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHO EM FUNÇÃO DE
ESPAÇAMENTOS E DENSIDADES POPULACIONAIS EM TRÊS LOCAIS
Autor : Marcio Leandro Gonçalves
Orientadora: Prof. Dr
a
Maria do Carmo Lana
RESUMO
Com objetivo de avaliar o efeito do espaçamento entre linhas de plantio (0,45;
0,68 e 0,90 m), sob quatro densidades populacionais (50.000, 60.000, 70.000 e
80.000 plantas ha
-1
), sobre a produtividade de grãos de três híbridos de milho ( Zea
mays L.) em três ambientes com diferentes altitudes, foram conduzidos
experimentos de campo nos municípios de Goioerê, Toledo e Cascavel, ambos no
estado do Paraná na região oeste no período de 10 de setembro de 2007 a 10 de
abril de 2008. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso dispostos em
parcelas subdivididas. Os espaçamentos foram alocados na parcela principal e as
densidades populacionais e híbridos nas subparcelas no esquema fatorial. Foram
avaliadas as variáveis biométricas: altura de planta, altura de inserção da primeira
espiga e diâmetro de colmo e os componentes da produção: número de fileiras,
número de grãos por espiga, massa de grãos por espiga, massa de espiga e
produtividade. Houve efeito do espaçamento entre linhas, obtendo o máximo
rendimento de grãos com o espaçamento de 0,57 m entre linhas, independente do
local. Houve interação positiva entre ambientes ao efeito de população de plantas. A
resposta positiva ao aumento de população de plantas de Toledo foi diretamente
relacionado ao nível de fertilidade do solo. Em Goioerê e Cascavel não houve
diferença significativa ao aumento de densidade populacional de 50.000 a 80.000
plantas ha
-1
. Em todos os locais o híbrido AS 1570 apresentou produtividade
superior aos híbridos AS 1565 e AS 1575.
Palavras-chave: Zea mays, arranjo espacial, população de plantas.
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AGRONOMIC PERFORMANCE OF MAIZE HYBRIDS ACCORDING SPACE AND
POPULATION DENSITIES IN THREE LOCATIONS
Author: Marcio leandro Gonçalves.
Adviser: Doctorated teacher Maria do Lana.
SUMMARY
A study was conducted with the objetive to evaluate the effect of spacing
between the plantation rows (0.45, 0.68 and 0.90 m) on plants population density of
(50.000, 60.000, 70.000 and 80.000 plants ha
) about the grain productivity of three
hibrid corn (Zea mays L.) A field experiment was conducted from September 10 to
April 10/2008 in three different environments with different height, in Goioerê,
Toledo and Cascavel localized in the west of Parana State. The design utilized was
of randomized blocks into subdivided parcels. The spacing were placed in the main
parcel and the population density and hybrids in sub parcels in a factorial schema.
Biometric variables such as plant height, height of insertion of the first spike and
diameter of stem and the components of production, number of rows, number of
grains per spike, mass of grains per spike, the mass spike and productivity, were
evaluated. Was no effect of row spacing, obtaining the maximum grain yield with the
spacing of 0.57 m between rows, regardless of location. There was positive
interaction between the environmental effect of plant population. The positive
response to the increase of population in the Toledo plant was directly related to the
level of soil fertility. In Cascavel Goioerê and no significant difference to the increase
in population from 50,000 to 80,000 plants ha-1. In all locations the hybrid AS 1570
showed higher productivity of hybrid AS 1565 and AS 1575.
Key words: Zea mays, row spacing, plant population.
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7
SUMÁRIO
RESUMO..........................................................................................................................................5
SUMMARY.......................................................................................................................................6
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................................9
LISTA DE TABELAS ....................................................................................................................10
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................11
2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................................14
2.1 ASPECTOS GERAIS DO MILHO...................................................................................................14
2.2 MELHORAMENTO DA CULTURA DO MILHO ..............................................................................15
2.3 DENSIDADE POPULACIONAL ......................................................................................................19
2.4 ARRANJO ESPACIAL DE PLANTAS E MANEJO DA CULTURA......................................................20
3 MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................................23
3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL...............................................23
3.2 CARACTERIZAÇÃO DOS HÍBRIDOS.............................................................................................24
3.3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................26
3.4 INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO E CONDUÇÃO .........................................................................27
3.5 AVALIAÇÕES E COLETAS DE DADOS..........................................................................................30
3.5.1 VARIÁVEIS AGRONÔMICAS .......................................................................................................30
3.5.2 COMPONENTES DA PRODUÇÃO .................................................................................................30
3.6 ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................................................31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................................32
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8
4.1 RESULTADOS DAS VARIÁVEIS BIOMÉTRICA E COMPONENTES DA PRODUÇÃO...........................32
4.1.1 ESPAÇAMENTOS .......................................................................................................................32
4.1.2 POPULAÇÃO DE PLANTAS..........................................................................................................39
4.1.3 HÍBRIDOS E LOCAIS ..................................................................................................................47
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................51
6 CONCLUSÕES............................................................................................................................52
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................53
8.0 APÊNDICE...............................................................................................................................61
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9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Precipitação pluvial (mm), no período de 01/09/2007 a 30/04/2008..................................24
Figura 2 - Croqui da área experimental, com a distribuição dos tratamentos envolvendo fatorial
híbrido e densidade populacional nas subparcelas e espaçamento nas parcelas...............28
Figura 3 – Altura de planta, em resposta ao espaçamento entre linhas, na cultura do milho.....34
Figura 4 – Altura de inserção de espigas, em resposta ao espaçamento entre linhas, da cultura
do milho ..............................................................................................................................................34
Figura 5 – Diâmetro de colmo, em função do espaçamento entre linhas da cultura do milho....36
Figura 6 – Massa de espiga para a interação entre locais e espaçamento entre linhas de plantio
da cultura do milho...........................................................................................................................37
Figura 7 – Produção de grãos de milho na média de três híbridos e quatro níveis de população
de plantas, em função de diferentes espaçamentos na cultura do milho...............................38
Figura 8 – Diâmetro de colmo de plantas de milho em função da população de plantas.............42
Figura 9 Média do número de fileiras de grãos por espigas em função da população de
plantas de milho................................................................................................................................42
Figura 10 – Número de gos por espiga, em função do aumento na população de plantas ha
-1
,
na cultura do milho ...........................................................................................................................43
Figura 11 Valores médios obtidos de massa de 1000 grãos, em função de aumento de
população de plantas........................................................................................................................44
Figura 12 Avaliação da massa de espiga por planta, em resposta do aumento de população
de plantas............................................................................................................................................45
Figura 13 Interação de diferentes ambientes sob comportamento de produção de grãos de
milho, com aumento de população de plantas............................................................................47
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10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Análises química e granulométrica do Latossolo Vermelho eutroférrico de cada local...............25
Tabela 2. Característica dos híbridos de milho utilizados nos experimentos ...............................................26
Tabela 3. Quadro de tratamentos..................................................................................................................27
Tabela 4. Resumo da análise de variância com valores de F calculado para fontes de variação e sua
interação, efeitos de regressão para espaçamentos, médias de formas de arranjo, para os caracteres
morfológicos altura de planta (AP), altura de inserção de espiga (AIE), diâmetro de colmo (DC),
massa de 1000 grãos (MGr), massa de espiga (ME), número de fileiras (NF), mero de grãos por
espiga (GE) e produtividade (P) em milho cultivado na safra 2007-2008 no Oeste do Paraná...........33
Tabela 5. Resumo da análise de variância, para o desdobramento da interação local (L) versus
espaçamentos (E) e análise de regressão para massa de espiga...........................................................36
Tabela 6. Resumo da análise de variância com valores de F calculado para fontes de variação e interações,
efeitos de regressão para população, médias para população de plantas para as variáveis biométrica
altura de planta (AP), altura de inserção de espiga (AIE), diâmetro de colmo (DC), massa de 1000
grãos (MGr), massa de espiga (ME), mero de fileiras (NF), mero de grãos por espiga (GR) e
produtividade (P) em milho cultivado na safra 2007-2008no Oeste do Paraná..................................41
Tabela 7. Resumo da análise de variância, causas da interação e efeitos de regressão para população de
plantas sob efeito de diferentes ambientes...........................................................................................46
Tabela 8. Resumo da análise de variância com valores de F calculado para causas de variação e sua
interação, para três híbridos e três locais e médias de formas de arranjo, para as variáveis
biometricas altura de planta (AP), altura de inserção de espiga (AIE), diâmetro de colmo (DC),
massa de 1000 grãos (MGr), massa de espiga (ME), mero de fileiras (NF), mero de grãos por
espiga (GR) e produtividade (P) em milho cultivado na safra 2007-2008 no Oeste do Paraná...........49
Tabela 9. Interações de diâmetro de colmo e produtividade de milho, cultivados em diferentes locais ......50
x
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11
1 INTRODUÇÃO
Dentre os cereais cultivados no Brasil, o milho é o mais expressivo, com
cerca de aproximadamente 51 milhões de toneladas de grãos produzidos, em uma
área de aproximadamente 14 milhões de hectares (CONAB, 2007), referente a duas
safras, normal e safrinha. Por suas características fisiológicas a cultura do milho tem
alto potencial produtivo, tendo sido obtida produtividade superior a 16 t ha
-1
, em
concursos de produtividade de milho conduzidos por órgãos de assistência técnica e
extensão rural e por empresas produtoras de semente. No entanto, o vel médio
nacional de produtividade anual é muito baixo, cerca de 3.655 kg ha
-1
(AGROLINE,
2008).
Demonstrando que manejo cultural do milho deve ser ainda bastante
aprimorados para se obter aumento na produtividade e na rentabilidade que a
cultura pode proporcionar. O plantio de uma lavoura deve ser muito bem planejado,
pois determina o início de um processo de cerca de 120 dias e que afetará todas as
operações envolvidas, além de determinar as possibilidades de sucesso ou
insucesso da lavoura.
Entre as práticas e técnicas empregadas para obtenção de maior produção
de milho, a escolha da densidade ideal de semeadura e do melhor arranjo de
plantas na área estão entre as mais importantes. A população e arranjo de plantas
na cultura do milho, são um dos principais fatores que determinam a produtividade.
Alem do potencial produtivo dos híbridos que tem aumentado significativamente.
A redefinição do arranjo espacial de plantas, pela diminuição do
espaçamento entre fileiras e/ou aumento da densidade populacional, pode ser uma
excelente oportunidade para que o produtor aumente a sua rentabilidade sem custos
adicionais (PEREIRA FILHO & CRUZ., 2008).
A redução do espaçamento entre linhas tamm pode ser importante no
contexto da preocupação crescente atual com a preservação dos recursos naturais,
para diminuir os impactos negativos de adoção de algumas práticas de manejo na
agricultura. Nesse sentido, a possibilidade de se reduzir a dose de herbicida no
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12
controle de plantas daninhas com redução do espaçamento entre linhas é muito
importante, uma vez que seus resíduos podem ser encontrados tanto na superfície
do solo como no lençol freático. A redução do espaçamento entre linhas também é
benéfica do ponto de vista da conservação do solo e da água, por antecipar o
fechamento dos espaços entre as linhas de cultivo. Com pequena quantidade ou na
ausência de resíduos da cultura anterior, a cobertura foliar antecipada do solo com
uso de menor espaçamento entre linhas auxilia na sua proteção, diminuindo a
ocorrência de escoamento superficial e as perdas de solo e da água por erosão
(SILVA et al., 2006).
Plantas espaçadas de forma eqüidistante competem minimamente por
nutrientes, luz e outros fatores; contudo, devido à interação, o efeito positivo da
redução do espaçamento entre linhas sobre o rendimento de grãos se manifesta
mais claramente quando são utilizadas altas densidades, porém os resultados ainda
não são consensuais, que as condições ambientais e os genótipos variam entre
os locais (SANGOI et al., 2003).
De maneira geral, híbridos mais precoces, com menor exigência em soma
térmica para florescer, apresentam menor área foliar por planta e menor
sombreamento do dossel da cultura; portanto, requerem maior densidade de plantas
em relação aos de ciclo normal, para atingir seu potencial de rendimento (SANGOI,
2001).
Recentemente, os diferentes arranjos espaciais, tem sido discutidos com
maior freqüência pela maior ou menor adaptação da cultura ao ambiente decorrente
das variações morfológicas e genéticas apresentadas pelos híbridos atuais, como
forma de maximizar a produtividade de grãos pela otimização do uso de fatores de
produção como água, luz e nutrientes, disponíveis num determinado
agroecossistema (PALHARES, 2003).
Os pesquisadores trabalham com genótipos altamente responsivos a
densidade populacional. Devido a este fator, verifica-se a necessidade de trabalhar
com o manejo da cultura envolvendo a fertilidade dos solos, arranjo estrutural de
plantas, ou seja, densidade populacional e espaçamento entre linhas, e níveis de
adubação. Muito se tem debatido e discutido a respeito da necessidade de buscar
híbridos mais adequados ao aumento de população e redução de espaçamento. É
preciso lembrar que o milho tem alta interação com o ambiente de plantio. Dessa
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13
forma, ele somente poderá expressar toda a sua performance produtiva se cultivado
na região recomendada.
O objetivo na realização deste trabalho foi avaliar o comportamento da
cultura do milho em função dos diferentes espaçamentos e densidade populacional,
bem como a resposta dos híbridos em diferentes ambientes de altitude, para
obtenção de posicionamento sob diversos arranjos e densidade populacional.
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14
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Aspectos Gerais do Milho.
Milhões de espécies foram identificadas e, dentre elas, os cereais o as
mais importantes para satisfazer os requerimentos de alimentação e outras
necessidades dos seres humanos (SILVA et al., 2006).
O milho é cultivado em todos os Estados do Brasil e em quase todas as
propriedades agrícolas, tanto na agricultura familiar quanto na de exportação e está
presente em toda cadeia produtiva animal. É uma cultura de grande e diversificada
utilização na sociedade moderna e um dos produtos agrícolas de mais ampla
distribuição mundial, tanto na produção, quanto no consumo. Dentre as espécies
originárias das Américas, o milho é, certamente, o de maior importância econômica e
social em nível mundial. Em termos de área semeada e de produção de grãos, é o
segundo cereal de maior importância no Brasil, sendo que, apenas nos últimos anos,
perdeu a primeira colocação para a cultura da soja (AGROLINE, 2008).
A cultura do milho ocupou, em 2008, uma área de 14,3 milhões de hectares,
com produção de 58,2 milhões de toneladas de grãos, proporcionando um
rendimento médio aproximado de 4.000 kg ha
-1
segundo a CONAB (2008).
O rendimento médio de grãos obtido com a cultura do milho no Brasil é
considerado baixo, quando comparado ao de outros países produtores. Esta baixa
produtividade está relacionada a várias causas dentre as quais se destacam os
fatores de fertilidade do solo, densidade, e arranjo das plantas (RIZZARDI et al.,
1994).
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15
A rotação e a sucessão de culturas são os pontos fundamentais do sistema
de produção de grãos com plantio direto na palha. A adoção deste sistema propiciou
a elevação dos rendimentos de grãos que, pela primeira vez, ultrapassaram 10 t ha
-
1
, em grande número de lavouras (MUNDSTOCK, 2006).
Dentre os fatores que afetam a produtividade na cultura do milho está a
densidade de plantio, que pode ser definida como o mero de plantas por unidade
de área. A densidade recomendada para as cultivares modernas varia de 40 mil a 70
mil plantas por hectare, com espaçamento entre linhas de 0,80 m a 1,00 m, podendo
chegar a 80 mil plantas por hectare em espaçamentos reduzidos (0,45 a 0,50 m). O
uso de espaçamento reduzido e maior densidade de plantas na cultura do milho
vêm sendo estudado muito tempo, porém apenas recentemente vem sendo
adotada de forma mais ampla pelos agricultores (AGROLINE, 2008).
O milho é uma das espécies cujo desempenho é altamente influenciado
pelas variações do ambiente, o que pode resultar em uma média de rendimento
baixa e instabilidade, de região para região, de mês para mês e de ano para ano de
plantio. Portanto, uma criteriosa análise da estabilidade do comportamento dos
híbridos frente às flutuações ambientais é recomendável, buscando identificar
aquelas específicas para determinados ambientes e aquelas que se comportam
razoavelmente bem em diversos ambientes.
A essa resposta diferenciada das cultivares com a variação do ambiente
denomina-se interação genótipo e ambiente. Isso significa que os efeitos genéticos e
ambientais não são independentes, uma vez que as respostas fenotípicas dos
genótipos podem diferir com as variações ambientais. Para se constatar a presença
e tamm estimar a magnitude da interação, é necessário avaliar os genótipos em
vários ambientes. Contudo, é possível reduzir os custos e o tempo de
experimentação, simulando variações ambientais, por meio de níveis de fertilizantes
e épocas de semeadura, além de outros fatores que podem ser controlados
(RIBEIRO et al., 2000).
2.2 Melhoramento da Cultura do Milho
Os conceitos de estabilidade e adaptabilidade e a maneira de quantificá-las
têm sido objetos de muita controvérsia entre melhoristas. Esse conceito pode ser
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16
definido de várias maneiras dependendo do ponto de vista do cientista em relação
ao problema.
Lerner (1954) definiu homeostase como a capacidade de um genótipo
ajustar-se ao ambiente, como um mecanismo de auto-regulação, podendo, nesse
nível, ser abordada como homeostase genética. Para Lewis (1954), a estabilidade
genética relaciona-se com a capacidade das populações, ou dos indivíduos, de
produzirem um número limitado de fenótipos sob diferentes condições de ambiente.
Simmonds (1962) definiu adaptabilidade como o potencial genético de variação
inerente ao genótipo e que lhe confere a capacidade de originar novos genótipos ou
populações adaptadas a diferentes ambientes.
Alguns trabalhos têm procurado relacionar a estabilidade de rendimento com
a base genética das diferentes cultivares. Existe uma tendência de híbridos de base
genética mais larga apresentarem maior estabilidade que as de base genética
estreita, devido ao grande número de genótipos que as constituem (RUSCHEL,
1968; LEMOS, 1976).
Por outro lado, também são relatados resultados indicando melhor
estabilidade de genótipos de base genética estreita, sendo justificados pela
heterozigose da maioria de seus locos, tendo, então, maior eficiência em aproveitar
a melhoria do ambiente, em relação àqueles que possuem sua constituição genética
oriunda da mistura de genótipos (RUSCHEL e PENTEADO, 1970; COSTA, 1976).
Nesse caso, sobressaem-se os híbridos simples, com maior eficiência para
desenvolvimento de tal capacidade. Na literatura recente tamm encontram-se
trabalhos nos quais as cultivares apresentaram o mesmo comportamento em relação
à estabilidade, independentemente de serem híbridos simples, bridos duplos,
híbridos triplos ou variedades (CARVALHO et al., 2002a; CARVALHO et al., 2002b).
Segundo Mundstock (2007), o potencial genético de uma dada cultivar de
milho é fundamental para a obtenção de altos rendimentos de grãos, conjuntamente
com a melhoria do ambiente e das condições de manejo da cultura. Os recursos
genéticos do milho à disposição do agricultor variaram muito ao longo das últimas
décadas, devido, principalmente a substituição de populações crioulas por
populações melhoradas nas décadas de 1930 a 1950, adoção nas lavouras de
híbridos duplos, nas décadas de 1950 e 1960 e uso de híbridos simples e triplos, de
alta produtividade, a partir da década de 1990. Este mesmo autor apresenta
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17
algumas características de planta que determinaram o aumento do rendimento de
grãos em cada uma destas três etapas:
Introdução de populações melhoradas - O início do século XX foi marcado
por forte intercâmbio de material genético entre pesquisadores. O Brasil, na época,
também introduziu cultivares de outros países, especialmente dos Estados Unidos,
que formaram a base de desenvolvimento de populações mais produtivas que as
antigas populações crioulas. Este intercâmbio genético incrementou o rendimento de
grãos, devido à melhoria das características morfo-fisiológicas da planta. A principal
delas foi a maior uniformidade entre plantas, especialmente em estatura, altura de
inserção e tamanho de espiga. Estas populações toleravam densidades de plantas
um pouco mais altas que as anteriores, o que elevou o rendimento de grãos.
Híbridos duplos - Na cada de 1950 ocorreu uma das maiores revoluções
no melhoramento genético, pela introdução comercial de híbridos duplos de milho.
As principais características dos híbridos duplos que determinavam altos
rendimentos foram tolerância à maior densidade de plantas e maior uniformidade
entre plantas, no tamanho de espiga, estatura de planta e altura de inserção de
espiga. Os aumentos no mero de grãos por espiga (espigas maiores) e na
densidade de plantas foram os principais fatores responsáveis pelo incremento do
potencial de rendimento de grãos, verificado com a introdução de híbridos duplos.
Muitos híbridos duplos ainda estão sendo comercializados e seu uso é a melhor
opção para a obtenção de rendimentos e retorno econômico elevados, em casos
específicos de manejo.
Híbridos simples e Triplo - Introduzidos na segunda metade da década de
1990. Os primeiros híbridos simples, introduzidos no final da década de 1980, não
apresentavam maiores vantagens sobre os bons híbridos duplos então disponíveis.
A mudança na visão estratégica das empresas ao introduzirem híbridos simples
adaptados às condições de ambiente, especialmente aos tipos de solo, aos
estresses de água e de temperatura, responsivos à adubação química e a altas
densidades de plantas, possibilitou a obtenção de rendimentos de grãos acima de
10 t ha
-1
, em cultivo comercial.
A evolução da melhoria genética evidencia que, potencialmente, houve
ganho genético com o passar do tempo, e esse ganho é expresso mesmo em
condições de baixo nível de manejo, contrariando um conceito generalizado de que,
sob condições de estresse, as populações abertas seriam mais indicadas que os
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18
híbridos. Esta mudança na conceituação se deve fundamentalmente à incorporação
aos híbridos de características de maior eficiência no uso dos fatores do meio, na
transformação de sua massa seca em grãos e na maior tolerância a estresses
ambientais.
Os fatores básicos de produtividade são a utilização máxima da radiação
solar, combinada com temperatura e disponibilidade hídrica adequadas. Para isso, é
necessária a adoção de altas densidades de plantas para obter área foliar adequada
para captar rapidamente a radiação incidente e mantê-la por longo período após o
espigamento. A interceptação da radiação fotossinteticamente ativa pelas culturas
exerce grande influência na produtividade do milho quando outros fatores ambientais
são favoráveis (OTTMAM; WELCH, 1989). Além da elevação da densidade de
plantas, outra forma de aumentar a interceptação da radiação é por meio da redução
do espaçamento entre linhas.
Menores espaçamentos entre linhas permitem melhor distribuição espacial
das plantas de milho, aumentando a eficiência da interceptação da luz, resultando
muitas vezes em um incremento de rendimento. Outro efeito da redução do
espaçamento entre linhas de milho relaciona-se a qualidade de luz recebida pelas
plantas. Esta variação na qualidade de luz recebida determina algumas
modificações no desenvolvimento da planta como: maior elongação do colmo, folhas
mais compridas e finas e elevadas perdas de raízes (ARGENTA, 2001a).
Cabe analisar o conceito, em voga, de utilizar cultivares de populações
abertas ou híbridos de baixo potencial em lavouras de média ou baixa produtividade
de grãos, com a justificativa de que se tratam de materiais "rústicos", com alta
tolerância a estresses ambientais. O uso de bridos simples modernos, de alto
potencial, nestas situações, mostra que eles tamm são mais adaptados e mais
tolerantes a estes estresses que as antigas populações. O maior custo de semente
destes híbridos pode, na maioria dos casos, ser compensado pelo incremento obtido
na produtividade de grãos (MUNDSTOCK, 2007).
O conhecimento dos processos que determinam os aumentos de produção
da cultura do milho nas últimas cadas, como resultado principalmente do
melhoramento genético e de práticas mais adequadas, pode fornecer bases para
novas melhorias.
A relação fonte/dreno estabelecida na fase reprodutiva é um importante fator
relacionado com esses processos. Na literatura existem trabalhos afirmando que o
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19
incremento da densidade de plantas reduz a disponibilidade de fotoassimilados para
o enchimento dos grãos e manutenção das demais estruturas do vegetal (SANGOI
et al., 2000).
Tollenaar et al. (1994), por sua vez, afirmam que após a floração, o fluxo de
fotoassimilados dentro da planta é direcionado prioritariamente aos grãos. Quando o
aparato fotossintético não produz carboidratos em quantidade suficiente para a
manutenção de todos os drenos leva os tecidos da raiz e da base do colmo a
senescerem precocemente, fragilizando estas regiões. Além disso a utilização de
baixa densidade de semeadura pode resultar em excesso de atividade da fonte em
relação à demanda, principalmente no início do enchimento dos grãos quando a
força de dreno da espiga é pequena (FANCELLI e DOURADO NETO; 2000).
2.3 Densidade populacional
Com o crescimento das áreas cultivadas em várias regiões brasileiras
consumidoras de sementes e com a alta tecnologia empregada por alguns
agricultores, é preciso assegurar uma recomendação mais eficiente de cultivares,
desenvolvendo-se um estudo regional para as cultivares lançadas no mercado,
levando em conta a interação genótipo versus ambiente, procurando caracterizá-las
quanto à adaptabilidade e estabilidade. Experimentos que investiguem épocas
adequadas de plantio e o comportamento de cultivares em face das diferentes
condições ambientais assumem caráter primordial para indicação de cultivares
(PRADO et al., 2001).
No Paraná, Carneiro e Gerage (1991) recomendaram para cultivares de ciclo
normal 55.000 plantas ha
-1
e para cultivares de ciclo precoce 65.000 plantas ha
-1
,
sempre utilizando um espaçamento de 0,90 m entre fileiras. Almeida et al. (2000)
sugerem aos agricultores catarinenses do Planalto Serrano, a utilização de
populações que variem entre 65.000 e 80.000 plantas ha
-1
, desde que as condições
ambientais e varietais sejam boas.
Os híbridos modernos de milho toleram maior densidade de plantas do que
os híbridos antigos (TOLLENAAR, 1992). Assim, a tendência tem sido em direção a
um estreitamento entre fileiras e aumento da população de plantas.
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20
No Meio Oeste Americano, a recomendação tem variado de 62.000 plantas
ha
-1
a 75.000 plantas ha
-1
(STAGGENBORG et al., 1999; COX, 1996; WESTGATE
et al., 1997) para a obtenção de maiores produtividades, semelhantes àquelas
observadas no sul do Brasil (SILVA et al., 1999; ALMEIDA et al., 2000), porém,
diferentes daquelas ainda recomendadas para Santa Catarina. Em se tratando de
espaçamento entre fileiras Argenta et al., (2001b) ao analisarem dois experimentos
realizados no RS, observaram clara evidência num dos experimentos, de que os
incrementos na produtividade em fileiras mais estreitas estavam mais associados a
híbridos de ciclo superprecoce e baixa estatura.
De acordo com Mundstock (2007), altos rendimentos de grãos de milho
podem ser obtidos com o perfeito ajuste do número de plantas por unidade de área.
O número ideal de plantas por área é determinado de acordo com a cultivar utilizada,
a forma de uso do milho, o nível de fertilidade do solo e de adubação prevista e o
risco de falta de água durante o ciclo. Nas melhores condições de ambiente, os
atuais híbridos o recomendados com densidade de até 70.000 a 75.000 plantas
ha
-1
, para obtenção de rendimentos de lavoura entre 12 a 13 t ha
-1
. A recomendação
de densidade deve ser reduzida em ambientes menos favoráveis, como sob baixa
fertilidade de solo ou deficiência hídrica. A densidade de plantas foi aumentando
gradualmente nos últimos 50 anos, graças à entrada no mercado de bridos
tolerantes ao estresse imposto pela maior competição entre plantas, mas de forma
mais efetiva, nos últimos 10 anos.
Segundo Argenta et al. (2002), além do manejo da população, o arranjo de
plantas tamm pode ser manipulado pela distribuição na linha. Para determinar a
população de plantas adequadas por área, alguns aspectos devem ser levados em
conta, como o híbrido a ser semeado, a fertilidade do solo e o conseqüente nível de
adubação, a época de semeadura, além de dados climáticos e históricos sobre
cultivos anteriores na área. Além disso, vale ressaltar que o sistema de manejo do
solo pode influenciar diretamente nessa equação, principalmente por interferir na
disponibilidade de nutrientes e água para a cultura (FORNASIERI FILHO, 1992).
2.4 Arranjo Espacial de Plantas e Manejo da Cultura
Em virtude das modificações introduzidas nos genótipos de milho mais
recentes, tais como menor estatura da planta e altura de inserção de espiga, menor
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21
esterilidade de plantas, menor duração do subperíodo pendoamento-espigamento,
plantas com folhas de angulação mais ereta, e elevação do potencial produtivo,
torna-se necessário reavaliar as recomendações de práticas de manejo para esta
cultura. A escolha do arranjo de plantas adequado é uma das práticas de manejo
mais importantes para atingir alto rendimento de grãos de milho, pois afeta
diretamente a interceptação de radiação solar, que é um dos principais fatores
determinantes da produtividade (ARGENTA, 2001a).
As rias alternativas de combinações de espaçamentos e densidades de
plantas podem ser definidas como "arranjo entre plantas”, ou seja, é a forma como
as plantas estão distribuídas na área, no espaçamento entre linhas e na distribuição
das plantas na linha. Teoricamente, o melhor arranjo de plantas é aquele que
proporciona uma distribuição mais uniforme das plantas na linha de semeadura,
possibilitando melhor utilização da luz, água e nutrientes (RIZZARDI et al., 1994).
Sangoi et al. (2001) tamm afirma que plantas espaçadas eqüidistantemente umas
das outras competem minimamente por nutrientes, luz e outros fatores de produção.
Com a redução do espaçamento entre linhas mantendo a mesma população
por área, há maior espaçamento de plantas nas linhas e redução da competição
entre plantas por água, luz e nutrientes e melhor aproveitamento dos nutrientes
aplicados, portanto, aumenta a necessidade de adubação com nutrientes de maior
mobilidade no solo como, nitrogênio e potássio. (DEPARIS et al., 2006).
Aumentos nos níveis de plantas por área provocam um maior sombreamento
do solo, diminuindo a evaporação. Por outro lado, esse aumento da população
provoca um aumento de área foliar, causando maior transpiração e, portanto, maior
consumo de água. Em condições de deficiência hídrica, esse aumento populacional
pode causar prejuízos à produção, principalmente se ocorrer no período de
florescimento (ARGENTA, 2002).
A redução de espaçamento entre linhas pode ser adequada, devido à
arquitetura das plantas dos bridos modernos, que permitem a semeadura mais
adensada, em virtude dos mesmos produzirem menor quantidade de massa,
permitindo melhor aproveitamento de luz e água (ARGENTA et al., 2001b).
De acordo com, Fancelli, (2002), a planta de milho é considerada como
sendo uma das mais eficientes na conversão de energia radiante e
consequentemente, na produção de biomassa, visto que uma semente, pesa em
média, 260 mg, resulta em um período de tempo próximo de 140 dias cerca de 0,8 a
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22
1,2 kg de biomassa por planta e 180 a 250 g de grãos por planta, multiplicando,
aproximadamente, 1.000 vezes o peso da semente que a originou. Apesar do
elevado potencial produtivo, o milho apresenta acentuada sensibilidade a estresses
de natureza biótica e abiótica, que aliada a sua pequena plasticidade foliar, reduzida
prolificidade e baixa capacidade de compensação efetiva, seu cultivo necessita ser
rigorosamente planejado e criteriosamente manejado, objetivando a manifestação de
sua capacidade produtiva.
A indicação de arranjo de plantas em milho foi alterada ao longo do tempo
na medida em que modificações de ordem genética, fisiológica, bioquímica e
anatômica foram sendo incorporadas na planta pelos programas de melhoramento
concomitantemente com as mudanças no manejo da cultura. Os dados de pesquisa
evidenciaram que para uma mesma quantidade de recursos do ambiente, o uso de
maior mero de plantas por área resulta em maior competição intra-específica,
sendo a intensidade dessa resposta variável com as características intrínsecas de
cada cultivar e com as condições de manejo da cultura (SILVA et al., 2006).
Endres e Teixeira (1997) afirmam que também é importante a distribuição
espacial das plantas dentro da linha de cultivo. Falhas de deposição das sementes
pelas máquinas de semeadura deixam espaços não preenchidos ou adensam pela
queda de múltiplas sementes no mesmo espaço, fazendo aumentar a competição
intraplantas, podendo levar à queda de produtividade pelo inadequado uso dos
fatores de produção. Para se obter uma população adequada, é recomendável
regular cuidadosamente a máquina semeadora. Caso a mesma seja pouco precisa,
e em ambientes desfavoráveis, é necessário aumentar a densidade de sementes
para até 20% além do desejado, compensando possíveis perdas de sementes por
ataque de pragas, microorganismos patogênicos e danos mecânicos causados pela
semeadora.
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23
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização e Caracterização da Área Experimental
Os experimentos foram conduzidos nos municípios: Goioerê-PR, com as
seguintes coordenadas utm/ups. 24°13'19" S e longitude 52°55'73" O, com altitude
média de 450 metros; Toledo-PR com as seguintes coordenadas utm/ups. 24°43'69"
S e longitude 53°43'61" O, com altitude média de 505 metros e Cascavel-PR com as
seguintes coordenadas utm/ups. 24°59'19" S e longitude 53°20'54" O, com altitude
média de 740 metros. O sistema de cultivo foi de semeadura direta na palha, em
todas as áreas, com mais de 10 anos de cultivos. O clima que caracteriza a região é
do tipo subtropical úmido Cfa com chuvas bem distribuídas o ano todo, com a
temperatura média variando de 15º a 30º C e pluviosidade de 1.500 mm anuais.
Segundo classificação de Köppen.(IAPAR, 1994).
O zoneamento agrícola para a cultura do milho em Goioerê-PR é no período
de 11/09 a 10/11, em Toledo-PR no período de 21/08 a 31/10 e em Cascavel-PR no
período de 01/09 a 10/11. Sendo que a semeadura no cedo proporciona apresentam
maior potencial produtivo.
Os dados de precipitação pluvial coletados no período em que os
experimentos estavam a campo referente ao ciclo da cultura estão na Figura 1, em
volume acumulado mensal de três locais.
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24
0
50
100
150
200
250
300
set/07 out/07 nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08
período - meses
mm
Goioerê Toledo Cascavel
Figura 1. Precipitação pluvial (mm), no período de 01/09/2007 a 30/04/2008.
Os experimentos foram instalados em áreas de Latossolo Vermelho
eutroférrico LVef, de textura argilosa e com boa fertilidade. O relevo é suave,
sendo predominantemente de terras planas com grande aproveitamento para fins
agrícolas (EMBRAPA, 2006).
Antes da instalação dos experimentos foram realizadas amostragens de solo
dos três locais para caracterização química e granulométrica (Tabela 1).
3.2 Caracterização dos Híbridos.
Foram utilizados híbridos de milho da empresa Agroeste Sementes S.A.,
classificados como híbridos simples, precoces e de ampla adaptação geográfica
(Tabela 2). As plantas apresentam bom arranque inicial e acentuada tolerância as
principais doenças na cultura. As espigas são bem empalhadas de ótima qualidade
de grãos, são híbridos responsivos a aplicação de tecnologia (AGROESTE, 2007).
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25
Tabela 1. Análises química e granulométrica do Latossolo Vermelho eutroférrico de
cada local
Prof pH MO
(5)
Al
(2)
H+Al K
(1)
Ca
(2)
Mg
(2)
CTC P
(1)
S
(4)
- cm - CaCl
2
g dm
-3
--------------------- cmol
c
dm
-3
-------------------- -- mg dm
-3
--
Goioerê-PR
0-10 5,20 24,25 0,00 5,76 0,94 7,55 1,75 16,00 17,71 3,78
10-20 5,30 24,15 0,00 5,35 0,84 7,21 1,87 15,27 7,09 3,54
Toledo-PR
0-10 5,70 27,95 0,00 4,28 0,53 8,77 1,78 15,36 74,36 4,46
10-20 5,50 24,15 0,00 4,61 0,40 6,96 1,41 13,38 44,83 8,10
Cascavel-PR
0-10 5,30 40,47 0,00 6,69 0,53 7,80 2,33 17,35 4,84 3,24
10-20 5,10 27,15 0,00 7,76 0,37 5,26 1,71 15,10 2,81 1,89
Prof Fe
(1)
Mn
(1)
Cu
(1)
Zn
(1)
B
(3)
V Areia Silte Argila
cm -------------------- mg dm
-3
m ------------------- % ------------ g kg
-1
----------
Goioerê-PR
0-10 22,12 93,66 6,70 4,33 0,59 64,00 3,30 21,10 75,60
10-20 23,30 89,01 6,69 4,82 0,62 64,96 3,80 20,15 76,05
Toledo-PR
0-10 32,22 70,93 11.35 57,08 0,35 72,14 10,15 23,70 66,15
10-20 31,44 68,84 10,62 27,90 0,26 65,55 7,40 20,45 72,15
Cascavel-PR
0-10 20,70 22,78 5,92 8,23 0,17 61,44 14,35 25,80 59,85
10-20 28,00 17,52 8,46 1,57 0,20 48,61 18,35 17,95 63,70
(1)
Extrator Mehlich-1;
(2)
Extrator KCl;
(3)
Extrator HCl 0,05 mol.L
-1
;
(4)
Extrator Fosfato
de Cálcio;
(5)
Método Walkey-Black.
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26
Tabela 2. Característica dos híbridos de milho utilizados nos experimentos
Características
agronômicas AS 1565 AS 1570 AS 1575
Florescimento
masculino
68 dias GD1: 820
U.C.
70 dias GD1: 820
U.C.
70 dias GD1: 820
U.C.
Florescimento
feminino
70 dias GD1: 820
U.C.
72 dias GD1: 820
U.C.
73 dias GD1: 820
U.C.
Altura da planta 214 cm 232 cm 235 cm
Altura da espiga 108 cm 124 cm 140 cm
"Estande" final 55-65.000 pl ha
-1
50-60.000 pl há
-1
55-60.000 pl ha
-1
Comprimento
médio das espigas
20 cm 19 cm 20 cm
Diâmetro médio
das espigas
5,0 cm 5,96 cm 5,4 cm
mero de fileiras
de grãos
16-18 18-20 14-16
Textura dos grãos Semi duro Semi duro Semi duro
Coloração dos
grãos
Avermelhado Alaranjados Amarelo
Alaranjado
Empalhamento Bom Ótimo Bom
Peso de 1000
sementes
400 g 396 g 405 g
Peso hectolítrico 79,5 76,2 78,6
Fonte : AGROESTE (2007).
3.3 Delineamento Experimental
O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados com 4
repetições, num esquema de parcelas subdivididas. Os tratamentos dispostos na
parcela principal são os espaçamentos entre linhas de plantio (0,45; 0,68 e 0,90 m).
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27
Nas subparcelas estão os tratamentos de densidade populacional (50.000, 60.000,
70.000 e 80.000 pl ha
-1
) e híbridos (AS 1565, AS 1570, AS 1575).
Na tabela 3 está o resumo dos tratamentos utilizados nos experimentos.
Tabela 3. Quadro de tratamentos
Parcela principal
Espaçamentos
0,45
0,68
0,90
Sub parcelas - Densidade Populacional
50.000
60.000
70.000
80.000
Sub parcelas – Híbridos
AS 1565
AS 1570
AS 1575
Locais
Goioerê-PR
Toledo-PR
Cascavel-PR
3.4 Instalação do Experimento e Condução
No espaçamento de 0,45 m, as parcelas tiveram área total de 25,20 m
2
com
8 linhas de 7 metros de comprimento, com área útil de 9,0 m
2
, sendo colhidas as 4
linhas centrais. no espaçamento de 0,68 m, as parcelas tiveram área total de
23,80 m
2
com 5 linhas de 7 metros de comprimento, com área útil de 6,8 m
2
, sendo
colhidas as 2 linhas centrais. E no espaçamento de 0,90 m, as parcelas tiveram área
total de 25,20 m
2
com 4 linhas de 7 metros de comprimento, com área útil de 9,0 m
2
,
sendo colhidas as 2 linhas centrais. Em todas parcelas foram desprezados 1,0 metro
de cada extremidade como boraduras. Na figura 1 é apresentado o croqui do
experimento.
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28
Figura 2 - Croqui da área experimental, com a distribuição dos tratamentos
envolvendo fatorial híbrido e densidade populacional nas subparcelas e
espaçamento nas parcelas.
Delineamento: 03Esp. x 04 Popx 03Híbrido+ 04 Repetição =144 Parcelas
Áreade 42,4m x 97 mdecomprimento
3,6+3,4+3,6 =10,6x4= 42,4
7Linhas 5 Linhas 4Linhas
68 45 68 9045 90 45 9045 68 90 68
12 7 8 611 10 2 81 1 1 4
AS1575
AS
1570
AS1570 AS1570
80mil 60mil
AS
1565
AS 1565 AS1565
AS 1565
AS
1575
AS 1575
AS
1565
AS 1570
60mil 80mil 80mil 70mil
10
4 9
7 m
50mil 50mil 50mil 80mil 70mil 60mil
AS 1575
2 2 2 7 3 8 5 9 6
AS 1575 AS1570
AS
1575
AS 1565
60mil 80mil 50mil
AS
1565
AS 1565 AS1565
AS 1570
AS
1565
AS 1570
AS
1570
1
60mil 60mil 60mil 70mil 70mil 80mil 50mil 50mil 60mil
10 4
11
11
AS
1575
AS 1575 AS 1565
3 3 3 11 5 5 3
50mil
AS
1565
AS 1565 AS1565
AS 1575
AS
1570
AS 1570
AS
1565
AS 1575 AS1565
60mil 80mil 70mil 70mil
2 5 12
70mil 70mil 70mil 70mil 50mil 50mil 70mil
AS 1575
4 4 4 9 6 2 7 6 11
AS 1570 AS1575
AS
1565
AS 1570
60mil 50mil 80mil
AS
1565
AS 1565 AS1565
AS 1575
AS
1570
AS 1565
AS
1570
11
80mil 80mil 80mil 50mil 60mil 60mil 70mil 60mil 70mil
12 10 3 6
AS
1565
AS 1570 AS 1575
5 5 5 8 10 7
12
70mil
AS
1570
AS 1570 AS1570
AS 1570
AS
1575
AS 1570
AS
1575
AS 1575 AS1575
80mil 60mil 70mil 60mil
8 12 4
50mil 50mil 50mil 80mil 60mil 70mil 80mil
AS 1565
6 6 6 3 8 6 9 5 7
AS 1570 AS1570
AS
1570
AS 1575
80mil 80mil 80mil
AS
1570
AS 1570 AS1570
AS 1565
AS
1570
AS 1570
AS
1575
5
60mil 60mil 60mil 70mil 80mil 60mil 50mil 50mil 70mil
4 8 1 7
AS
1565
AS 1570 AS 1570
7 7 7 2 9 3 6
50mil
AS
1570
AS 1570 AS1570
AS 1565
AS
1575
AS 1565
AS
1570
AS 1565 AS1570
80mil 80mil 50mil 70mil
6 10 7
70mil 70mil 70mil 60mil 50mil 70mil 60mil
AS 1570
8 8 8 6 7 12
11
1 1
AS 1565 AS1565
AS
1570
AS 1575
60mil 60mil 70mil
AS
1570
AS 1570 AS1570
AS 1570
AS
1570
AS 1575
AS
1575
3
80mil 80mil 80mil 60mil 70mil 80mil 70mil 50mil 50mil
11 3
12
2
AS
1575
AS 1565 AS 1565
9 9 9 1 12 9 1
70mil
AS
1575
AS 1575 AS1575
AS 1565
AS
1575
AS 1575
AS
1565
AS 1575 AS1565
70mil 70mil 80mil 60mil
9 9 10
50mil 50mil 50mil 50mil 80mil 50mil 50mil
AS 1575
10
10 10 10 4 1
10
7 5
AS 1570 AS1570
AS
1575
AS 1575
50mil 50mil 60mil
AS
1575
AS 1575 AS1575
AS 1575
AS
1565
AS 1565
AS
1575
2
60mil 60mil 60mil 60mil 80mil 50mil 60mil 70mil 50mil
2 9 4 1
AS
1565
AS 1565 AS 1565
11
11 11 5 2 11 8
60mil
AS
1575
AS 1575 AS1575
AS 1570
AS
1565
AS 1575
AS
1570
AS 1565 AS1575
60mil 50mil 80mil 50mil
5 3 8
70mil 70mil 70mil 50mil 60mil 70mil 80mil
AS 1570
12
12 12 12 1 4 4 3 2
AS 1565 AS1565
AS
1570
AS 1565
50mil 70mil 80mil
AS
1575
AS 1575 AS1575
AS 1575
AS
1565
AS 1565
AS
1565
4º Repetição
80mil 80mil 80mil 80mil 50mil 80mil 80mil 70mil 60mil
1º Repetição Repetição 3º Repetição
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29
Para o preparo da área utilizou-se semeadoras de sistema de plantio direto
na palha acoplada ao trator, para abertura dos sulcos de plantio com adubação de
base para cada espaçamento utilizando-se três semeadoras. A adubação de
reposição para produtividade esperada de 9 t ha
-1
, a adubação de base consistiu em
32 kg ha
-1
de N como sulfato de amônio, 80 kg ha
-1
de P
2
O
5
como superfosfato
simples e 80 kg ha
-1
de K
2
O na forma de cloreto de potássio (RAIJ et al., 1996). Fez-
se adubação de cobertura na fase de desenvolvimento vegetativo V
2
-V
3,
com
aplicação 158 kg ha
-1
de N como uréia, produto super N e 113 kg ha
-1
de K
2
O como
cloreto de potássio (RAIJ et al., 1996).
A semeadura do milho em Goioerê-PR foi na data de 04 de outubro 2007,
em Toledo-PR 14 de setembro de 2007 e Cascavel-PR na data de 14 de outubro de
2007. Foi utilizado os híbridos de milho AS 1565, AS 1570 e AS 1575, sendo
híbridos comercializados na região. A semeadura fez-se com semeadoras manuais
com marcadores de espaçamento na linha entre uma cova e outra, para obtenção
da densidade populacional desejada colocando duas sementes por covas de plantio.
Após a emergência das plântulas na fase vegetativa em estádio de V
2
fez-se o
desbaste deixando apenas uma planta por cova.
As sementes foram tratadas após beneficiamento antecedendo o plantio, por
processos industriais. Os produtos utilizados foram 700 g L
-1
do ingrediente ativo
tiametoxam, pó dispersível para tratamento de sementes, com indicação de uso para
pragas de superfície sugadoras, na dosagem de 60 g ha
-1
. Além de 250 g L
-1
do
ingrediente ativo fipronil, suspensão concentrada, recomendado para tratamento de
sementes, com indicação de uso para pragas de solo mastigadoras, na dosagem de
50 mL ha
-1
.
Durante o ciclo da cultura na fase vegetativa V
2
para o controle de plantas
daninhas utilizou o herbicida recomendado para o controle das plantas daninhas de
folha larga e estreita, grupo químico triazina, ingrediente ativo atrasina + simasina
(250 + 250 g L
-1
) na dose de 7,0 L ha
-1
de produto comercial.
Para controle de pragas foram feitas aplicações no início do
desenvolvimento das plântulas V
1
utilizando-se do produto do grupo químico dos
neonicotinóide + piretide com ingrediente ativo tiametoxam + lambda-cialotrina,
nas concentrações de 141 + 146 g L
-1
indicado para controle de Tripes Frankliniella
williamsi, percevejo barriga verde Dichelops melacanthus, e lagarta do cartucho
Spodoptera frugiperda, na dose de 250 mL ha
-1
. Na segunda aplicação V
3
utilizou-se
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30
produto do grupo químico do metilcarbamato de oxima, com ingrediente ativo
metomil, indicação de uso para lagarta do cartucho Spodoptera frugiperda, na dose
recomenda de 0,6 L ha
-1
. E na terceira aplicação na fase V
6
utilizou o inseticida
fisiológico do grupo químico da benzoiluréia, ingrediente ativo lufenurom, utilizado
para controle da lagarta do cartucho Spodoptera frugiperda, na dose de 0,3 L ha
-1
.
3.5 Avaliações e Coletas de Dados
3.5.1 Variáveis agronômicas
No estádio R
5
avaliou as seguintes variáveis biométricas:
Altura de planta Distância média (m) compreendida entre o nível do solo e
a base do pendão. Os dados foram obtidos pela média de 10 plantas escolhidas
aleatoriamente na área útil das parcelas, para cada tratamento.
Altura de inserção da primeira espiga Distância média (m) entre o nível do
solo e a inserção da primeira espiga formada no colmo, os dados foram obtidos pela
média de 10 plantas escolhidas aleatoriamente na área útil da parcela, para cada
tratamento. Para obtenção destas variáveis utilizou-se uma régua graduada,
empregada em levantamentos topográficos.
Diâmetro de colmo – O diâmetro do colmo (mm), determinado pela média de
dez plantas amostradas ao acaso em cada parcela, foi medido com auxílio de um
paquímetro no terceiro entrenó da planta, contado a partir da superfície do solo.
3.5.2 Componentes da Produção
Na colheita foram avaliados os seguintes componentes da produção:
Massa de 1000 grãos Foi obtido pelo cálculo da média de quatro sub
amostras de 100 grãos tomadas ao acaso dos grãos colhidos para avaliar a
produtividade com umidade corrigida para 13% em base úmida. Após multiplicou-se
por 10 para obtenção da massa de 1000 grãos.
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31
Massa de grãos por espiga – Determinada por meio da média de 10 espigas
tomadas ao acaso entre as espigas colhidas para determinação da produtividade,
corrigido-se o teor de umidade para 13% em base úmida.
mero de fileira por espiga – Contagem total do número de fileiras de grãos
de 10 espigas sendo, posteriormente, calculado a média.
mero de grãos por espiga Determinado por meio de média do número
de grãos coletados de 10 espigas.
Produtividade e colheita A colheita do milho foi realizada manualmente,
sendo os grãos processados por trilhadeira estacionária, marca nux modelo SDMN
5/10. A avaliação da produtividade de cada área útil das parcelas foi realizada por
meio de pesagem em balança semi-analítica, corrigindo-se a umidade para 13%
base úmida e posteriormente estimando-se a produtividade em kg ha
-1
.
3.6 Análise dos Dados
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e de regressão
utilizando o programa Genes versão Windows (CRUZ, 2006), e Sisvar para
Windows versão 4.0 (FERREIRA, 2000).
Foram ajustadas equações lineares, quadráticas ou cúbicas significativas até
5 % de probabilidade pelo teste F e que apresentam os maiores coeficientes de
determinação (R
2
).
Para híbridos e locais as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a
5%. Havendo interação entre híbridos e locais as médias foram comparadas pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade.
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32
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Resultados das variáveis biométrica e componentes da produção
4.1.1 Espaçamentos
Os valores médios das variáveis biométricas e dos componentes de
produção de grãos de milho, comparando os espaçamentos entre linhas de plantio
0,45; 0,68 e 0,90; encontram-se na Tabela 4 com os resultados das análises de
variância.
Em relação aos componentes de produção massa de 1000 grãos, massa de
espiga, número de fileiras por espiga e número de grãos por espiga não houve
diferença significativa entre os valores obtidos em relação aos espaçamentos
utilizados.
Amaral Filho et al. (2002), trabalhando com diferentes espaçamentos e
densidades populacionais encontraram que em relação ao número de grãos por
espiga, houve diferença quanto ao espaçamento entre linhas. Os menores
espaçamentos resultaram em valores superiores.
Botelho (2006), analisando o peso das 1.000 sementes em diferentes
espaçamentos, observou-se que o maior valor ocorreu no espaçamento de 0,50 m
com 10,3% a mais do que no espaçamento de 0,80 m entre linhas.
Dourado Neto et al. (2003) observaram que a redução do espaçamento de
0,80 m para 0,40 m, de maneira geral, o influenciou o número de grãos por fileira,
em três populações (30.000, 60.000 e 90.000). Enquanto que populações de plantas
proporcionaram aumento significativo no número de grãos por fileira para todos os
espaçamentos.
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33
Tabela 4. Resumo da análise de varncia com valores de F calculado para fontes de
variação e sua interação, efeitos de regressão para espaçamentos, médias de
formas de arranjo, para os caracteres morfológicos altura de planta (AP), altura de
inserção de espiga (AIE), diâmetro de colmo (DC), massa de 1000 grãos (MGr),
massa de espiga (ME), número de fileiras (NF), número de grãos por espiga (GE) e
produtividade (P) em milho cultivado na safra 2007-2008 no Oeste do Paraná
Fonte de
Variação
AP AIE DC MGr ME NF GE P
-- m -- -- m -- - mm - -- g -- -- g -- - kg ha
-1
-
ESPAÇAMENTO – E
0,45 2,20 1,21 13,95 354,01 174,95 16,85 630,86 10.642,68
0,68 2,20 1,19 14,44 358,82 180,80 16,86 643,83 10.669,37
0,90 2,15 1,16 13,79 357,58 174,48 16,76 636,68 9.674,75
TESTE F
ESP 10,91
*
11,05
*
11,10
*
4,25
ns
4,33
ns
0,25
ns
1,25
ns
104,73
**
MODELO DE REGRESSÃO
Linear 17,52
**
21,91
**
1,31
ns
4,34
ns
0,039
ns
0,31
ns
0,50
ns
152,77
**
Quadrático 4,29
ns
0,18
ns
20,89
*
4,16
ns
8,62
ns
0,18
ns
1,99
ns
56,69
**
INTERAÇÕES
E*P 1,18
ns
1,25
ns
0,70
ns
1,49
ns
0,95
ns
0,15
ns
0,29
ns
1,89
ns
E*H 1,41
ns
0,51
ns
1,30
ns
3,33
ns
0,64
ns
0,74
ns
1,15
ns
1,25
ns
E*P*H 0,47
ns
0,46
ns
1,47
ns
2,90
ns
0,83
ns
0,46
ns
0,40
ns
0,83
ns
L*E 0,68
ns
1,94
ns
0,83
ns
1,35
ns
6,12
**
1,95
ns
0,60
ns
1,82
ns
L*E*P 1,61
ns
1,38
ns
0,58
ns
1,40
ns
0,99
ns
0,34
ns
0,62
ns
1,24
ns
L*E*H 0,83
ns
0,85
ns
1,13
ns
0,39
ns
0,30
ns
0,91
ns
1,12
ns
0,38
ns
L*E*P*H 0,82
ns
1,18
ns
0,71
ns
0,96
ns
0,52
ns
1,14
ns
1,06
ns
1,10
ns
CV E (%) 4,96 7,18 8,7 4,07 11,49 8,17 10,94 6,43
* : Significativo em nível de 5% de probabilidade, ** : Significativo em nível de 1% de
probabilidade, NS: Não significativo , CV: Coeficiente de variação
E=espaçamento; P=população; H=híbridos; L=locais
Para as variáveis biométricas altura de planta e altura de inserção da
primeira espiga, o aumento da altura proporcionou maior incremento no rendimento
de grãos cerca de 9,20 % nos espaçamentos de 0,45 e 0,68 m quando comparado
com o espaçamento de 0,90 m (Figuras 3 e 4). No espaçamento de 0,90 m as
plantas estavam dispostas com uma menor distância entre plantas na linha,
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34
causando assim uma maior competição por luz que tornou mais efetivo os efeitos do
aumento da população de plantas no que se refere a altura de planta.
Y= 2,2579- 0,0011X
R
2
= 0,74**
2,14
2,15
2,16
2,17
2,18
2,19
2,20
2,21
2,22
40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
A
l
t
u
r
a
d
e
p
l
a
n
t
a
,
m
Espaçamento,cm
Figura 3 Altura de planta, em resposta ao espaçamento entre linhas, na cultura do
milho
Y = 1,2617 - 0,0011X
R
2
= 0,98 **
1,15
1,16
1,17
1,18
1,19
1,20
1,21
1,22
40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
Espaçamento, cm
Altura de inserção de espiga, m
Figura 4 Altura de inserção de espigas, em resposta ao espaçamento entre linhas,
da cultura do milho
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35
Carpes (2006), ao avaliar os efeitos da manipulação no arranjo de plantas
em alguns aspectos produtivos do milho, encontrou que o espaçamento de 0,45 m
apresentou tendência a uma maior altura de planta que o de 0,90 m. Fageria (1999),
utilizando os espaçamentos de 0,45 m e 0,90 m obteve resultados semelhantes.
Estes fatos podem estar associados à maior competição entre plantas na linha de
plantio.
Para o diâmetro do colmo (Figura 5), houve efeito significativo dos
espaçamentos utilizados com diâmetro do colmo máximo de 14,6 cm para o
espaçamento de 0,68 m. Com o espaçamento de 0,90 m e de 0,45 m houve redução
no diâmetro de colmo, aproximadamente 5% (Figura 5). Este fato pode ser explicado
pela melhor interceptação da radiação solar pelo dossel da cultura nos estádios
iniciais e anteriores ao florescimento para os menores espaçamentos. Bullock et al.
(1988) comprovaram que o modelo de distribuição equidistante entre plantas
favoreceu a taxa de crescimento das plantas de milho em estádios iniciais, que é
justamente quando a definição do diâmetro do colmo (FANCELLI e DOURADO
NETO. 2000), minimizando a competição intra-específica por luz, a dominância
apical, o estiolamento das plantas e consequentemente a redução do diâmetro do
colmo (SANGOI et al., 2002).
Dourado Neto et al. (2003), estudando o efeito da população e do
espaçamento na produtividade de milho, encontraram que em altas populações,
independentemente do genótipo, o diâmetro do colmo aumentou com a redução do
espaçamento, mas, para menores populações, foi observada redução do diâmetro
de colmo sob a redução do espaçamento. Por outro lado, a redução da população
de plantas, independentemente dos genótipos e espaçamentos utilizados, resultou
em aumento no dmetro do colmo.
Houve efeito significativo para interação entre espaçamentos versus locais
na massa de espiga. Para os experimentos instalados em Toledo e Cascavel não
houve efeito significativo de espaçamento na massa de espiga. Entretanto, houve
efeito significativo de espaçamento na massa de espiga para o experimento
instalado em Goioerê obtendo o valor máximo de massa de espiga de 148 g com o
espaçamento de 0,61 m (Figura 6).
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36
Y = 9,5335 + 0,149x - 0,0011X
2
R
2
= 0,99 *
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
14,5
15,0
40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
Espaçamento, cm
Diâmetro de colmo, mm
Figura 5 – Diâmetro de colmo, em função do espaçamento entre linhas da cultura do
milho
Tabela 5. Resumo da análise de variância, para o desdobramento da interação local
(L) versus espaçamentos (E) e análise de regressão para massa de espiga
Fontes de Variação Locais
Espaçamento (m) Goioerê Toledo Cascavel
L x E ------------------------------------- g ------------------------------------
0,45 142,49C 201,26A 181,10B
0,68 146,82C 206,70A 188,87B
0,90 130,78C 207,22A 185,42B
MODELO DE REGRESSÃO – INTERAÇÃO
Linear 14,54
**
3,77
ns
1,98
ns
Quadrático 14,67
**
0,85
ns
4,44
ns
Significativo ao vel de 5% de probabilidade, ** Significativo ao nível de 1% de
probabilidade, NS: Não significativo. Médias seguidas de mesma letra, mascula na
linha dentro de cada parâmetro avaliado, não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade.
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37
Goioerê
Y = 71,638 + 2,4918X - 0,0204X
2
R
2
= 0,99 **
80
100
120
140
160
180
200
220
40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
Espaçamento, cm
Massa de espiga, g
205,60YY
ˆ
Toledo
==
185,13YY
ˆ
Cascavel
==
Figura 6 Massa de espiga para a interação entre locais e espaçamento entre
linhas de plantio da cultura do milho.
Para o componente de produtividade de grãos (kg ha
-1
) que apresenta o
maior grau de importância para a cultura do milho, realizou-se análise de regressão,
calculada para equações linear e quadrática (Tabela 4).
Na avaliação de produtividade, (kg ha
-1
) houve efeito significativo de
espaçamento entre linhas quando comparado aos espaçamentos de 0,45; 0,68 e
0,90 m (Figura 7). Com os dados obtidos pela analise de regressão quadrática
observou a diferença estatística significativa ao efeito do espaçamento. Pode-se
atribuir que o espaçamento 0,90 m obteve menor produtividade 9,32% em virtude da
maior competição por água e nutrientes na linha de plantio, aliado ao aumento de
densidade populacional. Sendo assim, o melhor arranjo estrutural de plantas esta
entre os espaçamentos de 0,45 e 0,68 m; o máximo do rendimento de grãos de
milho foi alcançado com o espaçamento de 0,57 m, com a produtividade máxima de
10.792 kg ha
-1
.
Botelho (2006), analisando a produtividade em diferentes espaçamentos,
observou que o maior valor ocorreu no espaçamento de 0,80 m com 23,3 % a mais
do que no espaçamento de 0,50 m entre linhas.
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38
Y = 7437,3 + 117,6X -1,0305X
2
R
2
= 0,99 **
9.500
9.750
10.000
10.250
10.500
10.750
11.000
40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
Espaçamento, cm
Produtividade, kg ha
-1
Figura 7 Produção de grãos de milho na média de três híbridos e quatro níveis de
população de plantas, em função de diferentes espaçamentos na cultura do milho
Houve efeito significativo de espaçamento entre linhas da cultura do milho,
no espaçamento de 0,90 m a produtividade de grãos foi de 9,32% inferior quando
comparada com o espaçamento de 0,68 m e 9,09%, inferior em relação ao
espaçamento de 0,45 m.
Pela equação ajustada da função quadrática verificou-se que o melhor
arranjo estrutural de plantas foi 0,57 m. Em relação ao espaçamento de 0,90 m, este
arranjo é superior em 10,35%, ao espaçamento de 0,45 m é superior em 1,38% e
em relação ao espaçamento de 0,68 m superior em 1,13%. Afirma-se que o arranjo
estrutural entre plantas, esteja nesta faixa estuda entre 0,45 m e 0,68, havendo uma
tendência de melhor distribuição de plantas no arranjo de 0,57 m, assim a cultura do
milho tem condições de otimizar os recursos do ambiente e aumentar o potencial
produtivo de grãos.
Com a necessidade de aumentar o nível de produtividade da cultura, o
arranjo estrutural de plantas torna-se a cada dia mais importante, seguido do ajuste
com a densidade populacional e com o melhoramento genético de plantas.
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39
4.1.2 População de plantas
O arranjo de plantas com populações de 50.000 a 80.000 pl ha
-1
não
influenciou a altura de plantas e inserção de espiga, mas influenciou
significativamente os componentes da produção e produtividade. Houve interação
significativa entre local e população de plantas na produtividade (Tabela 6).
Realizou-se análise de regressão, calculada para equações lineares,
quadráticas e cúbicas, para todas variáveis biométricas e componentes da produção,
os valores obtidos nos experimentos realizados em Goioerê, Toledo e Cascavel, em
relação ao efeito de densidade populacional, indicaram que o aumento de população
não alterou as características da planta, mantendo assim o mesmo comportamento
nos diferentes ambientes trabalhados.
Borghi et al. (2004), realizando trabalho com objetivo de avaliar a
produtividade do milho em função da adubação por área e por planta em diferentes
populações nos sistemas de preparo convencional, mínimo e plantio direto, também
não encontraram diferença significativa na altura de plantas e inserção da primeira
espiga para três populações 55.000, 65.000 e 75.000 pl ha
-1
.
Em alguns casos, à medida que se elevou a população de plantas, ocorreu
aumento da altura de planta (Tabela 6). Efeito semelhante foi observado por
Marchão et al. (2005), onde se observou comportamento quadrático na média de
altura de seis híbridos em função da densidade de plantas, sob espaçamento
reduzido.
Segundo Sangoi et al. (2000) e Sangoi (2001), observaram que de maneira
geral, a altura de planta é tanto maior quanto maior for a população de plantas,
devido ao efeito da competição intra-específica por luz, com conseqüente estímulo
da dominância apical das plantas. Argenta et al. (2001a) verificaram um aumento em
altura de plantas, conforme aumentou a população de plantas de 40.000 para
100.000 plantas ha
-1
.
Efeito semelhante foi observado na altura de inserção de espiga, que
aumentou a medida que a população de plantas foi aumentada. Furtado (2005)
também verificou, nos cultivares testados, que com o aumento da população de
plantas um aumento na altura de inserção de espigas acompanhado por um
aumento de altura de plantas. Dourado Neto et al. (2003), estudando diferentes
densidades de população e espaçamento, encontroram que a maior altura de planta
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40
ocorreu sob a maior população, relação esta que inverteu à medida em que a
população diminuiu.
Também, Mateus et al. (2004) observaram que, quando se elevou a
densidade de semeadura de 40.000 para 97.700 plantas ha
-1
, houve um incremento
na altura de inserção da espiga e na altura das plantas.
Para Fancelli e Dourado Neto (2000), no Brasil, sistemas agrícolas bem
gerenciados têm obtido altas produtividades, pela utilização de 55.000 a 72.000 pl
ha
-1
, adotando espaçamento entre 0,55 e 0,80 m entre fileiras, delimitando arranjos
espaciais que minimizam as relações de competição por fatores de produção.
Sergio et al (2002), encontraram que as densidades que proporcionaram
maior produção de grãos foram as de 70.000 pl ha
-1
seguido de 90.000 pl ha
-1
,
independente do espaçamento utilizado.
O diâmetro de colmo foi significativamente influenciado pela densidade
populacional. Houve redução do diâmetro do colmo com o aumento de densidade de
plantas, indicando que à medida que aumenta a população de plantas diminui o
diâmetro do colmo cerca de 12% quando comparado 50.000 com 80.000 pl ha
-1
.
(Figura 8). Esse fator esta ligado a competição da planta por água, luz, nutrientes, e
principalmente por translocação de fitomassa na fase de enchimento de grãos no
final do ciclo.
Resultados semelhantes foram obtidos por Palhares (2003), e Sangoi et al.,
(2002). Independente da população de plantas, o espaçamento equidistante entre
plantas promoveu aumento no diâmetro do colmo, quando comparado ao
espaçamento convencionalmente utilizado, concordando com Palhares (2003) que
trabalhou com densidade de 30.000, 60.000 e 90.000 pl.ha
-1
e espaçamento de 0,40
e 0,80 m.
O componente da produção fileira de grãos por espiga diferem
estatisticamente entre os níveis de densidade populacional. Com o aumento de
densidade populacional, houve redução na variável estudada de aproximadamente
4,5% (Figura 9).
Para o componente da produção número de grãos por espiga, em relação ao
aumento de população de plantas por área, pode-se observar (Figura 10) que
ocorreu redução de 12% no mero de grãos por espiga com o aumento de
população de plantas de 50.000 para 80.000 pl ha
-1
.
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41
Tabela 6. Resumo da análise de varncia com valores de F calculado para fontes de
variação e interações, efeitos de regressão para população, médias para população
de plantas para as variáveis biométrica altura de planta (AP), altura de inserção de
espiga (AIE), diâmetro de colmo (DC), massa de 1000 grãos (MGr), massa de
espiga (ME), Número de fileiras (NF), número de grãos por espiga (GR) e
produtividade (P) em milho cultivado na safra 2007-2008 no Oeste do Paraná
Fontes de
Variação
AP AIE DC MGr ME NF GE P
-- m -- -- m -- - mm - -- g -- -- g -- - kg ha
-1
-
POPULAÇÃO – P
50.000 2,17 1,18 14,94 362,48 204,86 17,13 674,53 9.809,02
60.000 2,18 1,19 14,25 358,75 181,60 16,97 647,98 10.451,44
70.000 2,18 1,18 13,84 354,51 169,84 16,79 632,23 10.534,32
80.000 2,19 1,19 13,21 351,47 150,67 16,40 593,75 10.520,95
TESTE F
P 0,80
ns
0,51
ns
52,14
**
9,44
**
246,14
**
4,43
*
25,09
**
16,84
**
MODELO DE REGRESSÃO
Linear 1,14
ns
0,54
ns
155,14
**
28,23
**
723,8
**
12,60
*
73,26
**
34,14
**
Quadrático 0,007
ns
0,02
ns
0,89
ns
0,04
ns
1,99
ns
0,60
ns
0,79
ns
14,91
**
Cúbica 0,25
ns
0,25
ns
1,20
ns
0,05
ns
8,55
ns
0,10
ns
1,23
ns
1,48
ns
INTERAÇÕES
E*P 1,18
ns
1,25
ns
0,70
ns
1,49
ns
0,95
ns
0,15
ns
0,29
ns
1,89
ns
P*H 0,65
ns
0,65
ns
1,57
ns
1,45
ns
2,74
ns
0,63
ns
1,05
ns
4,21
ns
E*P*H 0,47
ns
0,46
ns
1,47
ns
2,90
ns
0,83
ns
0,46
ns
0,40
ns
0,83
ns
L*P 0,26
ns
0,64
ns
2,39
ns
0,83
ns
0,89
ns
0,60
ns
1,43
ns
10,89
**
L*E*P 1,61
ns
1,38
ns
0,58
ns
1,40
ns
0,99
ns
0,34
ns
0,62
ns
1,24
ns
L*P*H 1,08
ns
0,72
ns
0,79
ns
0,61
ns
0,46
ns
0,90
ns
0,80
ns
0,75
ns
L*E*P*H 0,82
ns
1,18
ns
0,71
ns
0,96
ns
0,52
ns
1,14
ns
1,06
ns
1,10
ns
CV P-H (%) 4,09 7,32 7,72 4,57 8,49 9,14 11 8,54
* : Significativo em nível de 5% de probabilidade, ** : Significativo em nível de 1% de
probabilidade, NS: Não significativo , CV: Coeficiente de variação
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42
Y = 17,7 - 0,056X
R
2
= 0,99 **
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
14,5
15,0
45 50 55 60 65 70 75 80 85
População de plantas, 1000 pl ha
-1
Diâmetro de colmo, mm
Figura 8 Diâmetro de colmo de plantas de milho em função da população de
plantas
Y =18,363 - 0,0237X
R
2
= 0,94 **
16,30
16,40
16,50
16,60
16,70
16,80
16,90
17,00
17,10
17,20
17,30
45 50 55 60 65 70 75 80 85
População de plantas, 1000 pl ha
-1
Nº fileiras espiga
Figura 9 Média do número de fileiras de grãos por espigas em função da
população de plantas de milho
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43
y = 804,88 - 2,5809X
R
2
= 0,97 **
580
590
600
610
620
630
640
650
660
670
680
45 50 55 60 65 70 75 80 85
População de plantas, 1000 pl ha
-1
Nº grãos espiga
Figura 10 Número de grãos por espiga, em função do aumento na população de
plantas ha
-1
, na cultura do milho.
Resultados semelhantes foram encontrados por Argenta et al. (2001b)
estudando quatro espaçamentos entre linhas (0,40, 0,60, 0,80 e 1,00 m) em duas
densidades de plantas (50.000 e 65.000 plantas ha
-1
), que verificaram que o
aumento da população de plantas proporcionou menor número de grãos por espiga.
Amaral Filho et al. (2002), testando combinação de dois espaçamentos entre as
linhas (0,80 e 0,60 m) com três densidades populacionais (40.000, 60.000 e 80.000
plantas ha
-1
) relataram que o número de grãos por espiga foi menor nas maiores
densidades populacionais. No entanto, Borghi et al. (2004), verificaram que os
valores referentes ao número de grãos por espiga não sofreu efeito das populações
avaliadas de 55.000, 65.000 e 75.000 plantas ha
-1
.
Amaral Filho et al. (2002), trabalhando com diferentes densidades
populacionais e espaçamentos, encontraram que menores densidades
populacionais resultaram em valores superiores de número de grãos por espiga.
Corroborando, em parte, com Penariol et al. (2003), que obtiveram redução no
número de grãos por espiga com o aumento na densidade de 40.000 a 80.000
plantas ha
-1
, com o mesmo cultivar, na safrinha.
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44
Para a variável massa de 1000 grãos, o fator população interferiu
significativamente, ocorrendo redução nesta variavel com o aumento de população
de plantas (Figura 11).
Com relação à massa de 1000 grãos, Borghi et al. (2004) comentaram que o
incremento na produtividade de grãos decorrente do aumento da população pode
ser explicado pelo ajuste que no desenvolvimento da planta em função da
densidade populacional. Assim, de maneira geral, em baixas densidades, a
produção individual por planta é alta, mas a produtividade por área é pequena. Ao
adotar o aumento populacional, a produção por planta é mais baixa, porém a
produtividade é maior, até alcançar um ponto máximo onde produção individual e
produtividade por área declinam. Tal fato pode ser constatado neste trabalho, pela
tendência de maiores massas de grãos nas densidades reduzidas independente do
espaçamento utilizado. Resultados semelhantes foram encontrados por Carpes
(2006), onde a utilização da população de 75.000 pl ha
-1
resultou na maior massa de
1000 grãos. Esses resultados contradizem os encontrados por Argenta et al. (2001a)
e Amaral Filho et al. (2002).
Y = 381,03 - 0,3727X
R
2
= 0,99 **
350
352
354
356
358
360
362
364
45 50 55 60 65 70 75 80 85
População de plantas, 1000 pl ha
-1
Massa de 1000 grãos, g
Figura 11 Valores médios obtidos de massa de 1000 grãos, em função de
aumento de população de plantas
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45
Os efeitos de população na variável massa de espiga, foram semelhantes
aos encontrados nos componentes de produção, número de grãos por espiga,
massa de 1000 grãos. Com aumento da população ocorreu diminuição no
rendimento (Figura 12). Quando comparado 50.000 pl ha
-1
com 80.000 pl ha
-1
observou uma redução de 26,4% na massa de espigas.
.
Y = 285,66 -1,6833X
R
2
= 0,98 **
100
120
140
160
180
200
220
45 50 55 60 65 70 75 80 85
População de plantas, 1000 pl ha
-1
Massa de espiga, g
Figura 12 Avaliação da massa de espiga por planta, em resposta do aumento de
população de plantas
Para Borghi et al. (2004), a massa da espiga também sofreu influência de
diferentes populações de plantas (55.000, 65.000 e 75.000 pl ha
-1
).
A densidade populacional influenciou significativamente a produtividade da
cultura do milho e houve interação significativa entre densidade de plantas e local.
(Tabela 6).
O desdobramento desta interação indicou resposta linear crescente da
densidade de plantas apenas para o experimento conduzido no município de Toledo.
Para os demais locais não houve efeito da densidade de plantas na produtividade.
A Figura 13 apresenta a variação de produtividade de grãos de milho em
função da população de plantas. Para os locais Goioerê e Cascavel os valores
médios de produtividade não apresentam diferenças significativas com o aumento de
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46
populações. A produção média obtida em Cascavel foi de 10.586 kg ha
-1
enquanto
que em Goioerê foi de 8.672 kg ha
-1
.
Tabela 7. Resumo da análise de varncia, causas da interação e efeitos de
regressão para população de plantas sob efeito de diferentes ambientes
Tratamentos Produtividade
Goioerê Toledo Cascavel
Pl.ha
-1
-------------------------------- kg ha
-1
--------------------------------
50.000 8.574,44b 10.790,41a 10.210,17a
60.000 9.130,41c 11.414,68a 10.686,82b
70.000 8.535,36c 12.038,95a 10.826,62b
80.000 8.445,55c 12.663,21a 10.629,57b
MODELO DE REGRESSÃO – INTERAÇÃO L x P
Linear 2,15
ns
86,54
**
4,34
ns
Quadrático 4,61
ns
4,67
ns
5,04
ns
Cúbica 6,08
ns
0,23
ns
0,78
ns
* Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ** Significativo ao nível de 1% de
probabilidade, NS: Não significativo. Médias seguidas de mesma letra, miscula na
linha dentro de cada parâmetro avaliado, não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade
Atribui-se a resposta linear de aumento de produtividade de grãos obtida em
Toledo as condições climáticas devido à época de plantio e principalmente ao nível
de fertilidade de solo (Tabela 1). Observa-se altos níveis de nutrientes,
principalmente fósforo. Neste local devido essa condição estima-se a resposta
significativa linear em aumento de produtividade aliada ao aumento de população de
plantas.
Borghi et al. (2004) verificaram que o aumento da população de plantas
proporcionou maior produtividade e que o incremento na produtividade de grãos
pode ser explicado pelo ajuste que no desenvolvimento da planta em função da
densidade populacional. Analisando o estande final, constata-se que o aumento de
62.916 para 65.478 pl ha
-1
não resultou em incremento na produtividade de grãos, o
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47
que permite inferir que o híbrido está no ponto de equilíbrio quanto à densidade
populacional para a condição de sequeiro.
Argenta et al. (2001a), relataram aumento da produtividade de grãos com a
redução da densidade de plantas. Dourado Neto et al. (2003) encontram que até
60.000 pl ha
-1
, independentemente do genótipo, a produtividade de grãos foi
crescente com o aumento da população de plantas. Amaral Filho et al. (2002),
também constataram maior produção com a utilização de menor espaçamento entre
linhas aliado à maior população de plantas.
Toledo
Y = 7669,1 + 62,427X
R
2
= 0,94 **
7.500
8.500
9.500
10.500
11.500
12.500
13.500
45 50 55 60 65 70 75 80 85
População de plantas, 1000 pl ha
-1
Produtividade, kg ha
-1
8.672YY
ˆ
Goioerê
==
586.10YY
ˆ
Cascavel
==
Figura 13 Interação de diferentes ambientes sob comportamento de produção de
grãos de milho, com aumento de população de plantas
4.1.3 Híbridos e Locais
A influência dos fatores limitantes da produtividade de uma cultura pode ser
mais bem compreendida se o potencial máximo de seu rendimento for conhecido.
No entanto, o ambiente impõe uma série de limitações para que o genótipo expresse
o seu potencial, fazendo com que o rendimento obtido frequentemente seja menor
que o potencial esperado.
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48
O potencial de rendimento de uma cultura pode ser definido como o
rendimento obtido quando cultivada em ambiente ao qual está adaptada, com
nutrientes e água não limitantes.
A estimativa e a exploração dos limites de produtividade dos híbridos são
pontos importantes que devem ser observados nos programas de melhoramento.
Além de fatores genéticos, a produtividade de uma cultura depende das condições
de solo e de clima, particularmente da radiação solar, uma vez que a utilização de
luz, por meio da fotossíntese reflete diretamente na produtividade da cultura.
Os híbridos de milho e locais apresentam comportamento diferente para
todas as variáveis avaliadas, exceto número de fileiras por espiga (tabela 8). Houve
efeitos significativos e interação significativa entre híbridos e locais para diâmetro de
colmo em nível de probabilidade de 1%, e produtividade, em nível de probabilidade
de 5%.
A variável, diâmetro de colmo apresentou interação significativa entre locais
e híbridos (Tabela 8). Em Goioerê não houve diferenças significativa entre os
híbridos para diâmetro de colmo. Em Toledo o Híbrido AS 1565 apresentou maior
diâmetro de colmo que o híbrido AS 1575. Entretanto, este híbrido não diferiu
significativamente do AS 1570. Em Cascavel os três híbridos apresentaram
diferenças significativas entre si (Tabela 9).
Observa-se o efeito de interação significativa entre locais e híbridos na
produtividade de grãos de milho. Em Toledo, os resultados médios obtidos foram
superiores ao de Cascavel e Goioerê.
O híbrido AS 1570 teve rendimento de grãos superior aos demais híbridos
em praticamente em todos locais, apresentando diferença significativa em Toledo e
Cascavel em relação ao AS 1565 e AS 1575, exceto em Goioerê que não houve
diferença significativa entre os híbridos. Em Toledo o híbrido AS 1570 obteve
produtividade superior ao AS 1575 e AS 1565, estes dois híbridos não
apresentam diferença entre si, em Cascavel o Híbrido AS 1570 é superior ao AS
1565, porém o híbrido AS 1575 não apresentou diferença significativa do AS 1565.
Em trabalho realizado por Sergio et al. (2002), diferenças significativas entre
genótipos tamm foram observadas, indicando adaptabilidade variável em função
das características fenotípicas, dos espaçamentos e densidades utilizadas.
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49
Tabela 8. Resumo da análise de variância com valores de F calculado para causas
de variação e sua interação, para três híbridos e três locais e médias de formas de
arranjo, para as variáveis biometricas altura de planta (AP), altura de inserção de
espiga (AIE), diâmetro de colmo (DC), massa de 1000 grãos (MGr), massa de
espiga (ME), Número de fileiras (NF), número de grãos por espiga (GR) e
produtividade (P) em milho cultivado na safra 2007-2008 no Oeste do Paraná
Fontes de
Variação
AP AIE DC MGr ME FE GE P
HÍBRIDOS – H
-- m -- -- m -- - mm - -- g -- -- g -- - kg ha
-1
-
AS 1565 2,05b 1,08c 14,34a 344,90b 169,27c 17,01b 640,72b 10.108,29b
AS 1570 2,23a 1,20b 14,11a 345,30b 185,81a 18,50a 698,28a 10.706,18a
AS 1575 2,26a 1,28a 13,74b 380,10a 175,15b 14,95c 572,38c 10.172,32b
LOCAIS – L
Goioerê 1,94c 1,01c 13,06b 343,4b 140,03c 16,77a 627,36b 8.671,69c
Toledo 2,16b 1,12b 14,65a 363,9a 205,06a 16,83a 664,41a 11.626,80a
Cascavel 2,44a 1,44a 14,47a 363,0a 185,13b 16,80a 619,59b 10.588,29b
TESTE F
Híbrido H 221,72
**
201,60
**
12,02
**
222,05
**
44,89
**
193,58
**
116,49
**
19,93
**
Local L 862,22
**
1163,02
**
99,69
**
43,97
**
706,46
**
0,23
ns
19,17
**
419,86
**
INTERAÇÕES
L*H 3,05
ns
6,37
ns
7,27
**
9,81
ns
4,44
ns
1,27
ns
3,93
ns
3,33
*
CV H (%) 4,09 7,32 7,72 4,57 8,49 9,14 11 8,54
CV L (%) 4,66 6,62 7,44 5,86 8,51 7,87 10,3 8,75
Médias seguidas de mesma letra, dentro de cada parâmetro avaliado, não diferem
estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; C.V. coeficiente
de variação; * : Significativo ao nível de 5% de probabilidade; ** : Significativo ao
nível de 1% de probabilidade; NS: Não significativo.
.
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50
Tabela 9. Interações de diâmetro de colmo e produtividade de milho, cultivados em
diferentes locais
Fontes de Variação Diâmetro de Colmo (mm)
------------------------(mm)------------------------
Híbridos Goioerê Toledo Cascavel
AS 1565 12,85 Ba 15,00 Aa 15,16 Aa
AS 1570 13,00 Ba 14,56 Aab 14,43 Ab
AS 1575 13,39 Aa 14,40 Ab 13,83 Ac
Fontes de Variação Produtividade kg ha
-1
-----------------------(kg ha
-1
)---------------------
Híbridos Goioerê Toledo Cascavel
AS 1565 8.601,89 Ca 11.374,56 Ab 10.348,43 Bb
AS 1570 8.823,54 Ca 12.402,75 Aa 10.892,85 Ba
AS 1575 8.589,64 Ca 11.403,72 Ab 10.523,60 Bab
Médias seguidas de mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, dentro
de cada parâmetro avaliado, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade.
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51
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
(I) Efeito do espaçamento entre linhas de plantio.
Ø Com o surgimento de novos genótipos e técnicas de manejo para a
cultura de milho, é necessário a definição do melhor entre linhas para cada
região.
(II) Efeito da densidade populacional.
Ø Deve-se reavaliar as recomendações de espaçamento e densidade
populacional para a cultura do milho, em virtude das modificações introduzidas
nos genótipos mais recentes, tais como menor estatura de planta e inserção de
espiga, menor esterilidade de plantas, menor duração do sub período do
pendoamento, angulação mais erectas das folhas e potencial produtivo.
(III) Comportamento de híbridos e de ambiente.
Ø O resultado encontrado para híbridos e ambientes varia em função
do nível de fertilidade do solo, disponibilidade drica, luminosidade, épocas de
plantio.
Ø Diferenças significativas entre genótipos foram observadas
indicando adaptabilidade variável em função das características fenotípicas, dos
espaçamentos e densidade populacional utilizada.
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52
6 CONCLUSÕES
Ø A redução do espaçamento entre linhas de 0,90 para 0,68 e 0,45 m
influenciou significativamente na redução de altura de planta e inserção de espiga.
Ø O máximo do diâmetro do colmo de 14,6 mm foi obtido com o espaçamento
de 0,68 m entre linhas.
Ø O melhor arranjo espacial para o máximo rendimento de grãos foi obtido com
o espaçamento de 0,57 m entre linhas, independente do local.
Ø A resposta positiva ao aumento de população de plantas em Toledo foi
diretamente relacionada a fatores ambientais como maior nível de fertilidade do solo.
Ø Em Goioe e Cascavel, não houve diferença significativa ao aumento da
densidade populacional de 50.000 a 80.000 plantas ha
-1
.
Ø O híbrido AS 1570 foi superior quanto a produtividade ao AS 1565 e AS 1575
em todos locais.
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53
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BOTELHO P. H.; MARCELO F. Efeito do despendoamento e da desfolha em plantas
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8.0 ANDICE
RESUMO DOS QUADROS DE ANÁLISES DE VARIÂNCIA – ANÁLISE CONJUNTA
--------------------------------------------------------------------------------
1.0 Variável analisada: Altura de Planta
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 0.055203 0.018401 1.567 0.2924
ESP 2 0.256285 0.128142 10.910 0.0100
erro 1 6 0.070475 0.011746
POP 3 0.019230 0.006410 0.803 0.5007
HYS 2 3.541979 1.770990 221.723 0.0000
ESP*POP 6 0.056725 0.009454 1.184 0.3369
ESP*HYS 4 0.045278 0.011319 1.417 0.2480
POP*HYS 6 0.031169 0.005195 0.650 0.6895
ESP*POP*HYS 12 0.045741 0.003812 0.477 0.9150
erro 2 36 0.287546 0.007987
LOC 2 17.900660 8.950330 862.228 0.0000
LOC*ESP 4 0.028576 0.007144 0.688 0.6006
LOC*POP 6 0.016377 0.002730 0.263 0.9537
LOC*HYS 4 0.126736 0.031684 3.052 0.0174
LOC*ESP*POP 12 0.201053 0.016754 1.614 0.0871
LOC*ESP*HYS 8 0.069653 0.008707 0.839 0.5692
LOC*POP*HYS 12 0.135671 0.011306 1.089 0.3690
LOC*ESP*POP*HYS 24 0.205440 0.008560 0.825 0.7045
erro 3 279 2.896152 0.010380
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 431 25.989948
--------------------------------------------------------------------------------
CV 1 (%) = 4.96
CV 2 (%) = 4.09
CV 3 (%) = 4.66
Média geral: 2.1857639 Número de observações: 432
--------------------------------------------------------------------------------
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62
2.0 Altura de inserção de espiga
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 0.018649 0.006216 0.848 0.5159
ESP 2 0.161906 0.080953 11.050 0.0097
erro 1 6 0.043957 0.007326
POP 3 0.011853 0.003951 0.518 0.6723
HYS 2 3.073329 1.536665 201.607 0.0000
ESP*POP 6 0.057281 0.009547 1.253 0.3035
ESP*HYS 4 0.015832 0.003958 0.519 0.7221
POP*HYS 6 0.029719 0.004953 0.650 0.6899
ESP*POP*HYS 12 0.042487 0.003541 0.465 0.9223
erro 2 36 0.274395 0.007622
LOC 2 14.461350 7.230675 1163.028 0.0000
LOC*ESP 4 0.048269 0.012067 1.941 0.1038
LOC*POP 6 0.023976 0.003996 0.643 0.6960
LOC*HYS 4 0.158554 0.039639 6.376 0.0001
LOC*ESP*POP 12 0.102938 0.008578 1.380 0.1749
LOC*ESP*HYS 8 0.042310 0.005289 0.851 0.5588
LOC*POP*HYS 12 0.054042 0.004504 0.724 0.7273
LOC*ESP*POP*HYS 24 0.177161 0.007382 1.187 0.2523
erro 3 279 1.734574 0.006217
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 431 20.532581
--------------------------------------------------------------------------------
CV 1 (%) = 7.18
CV 2 (%) = 7.32
CV 3 (%) = 6.62
Média geral: 1.1918750 Número de observações: 432
--------------------------------------------------------------------------------
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63
3.0 Diâmetro de COLMO
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 22.967106 7.655702 5.115 0.0431
ESP 2 33.248472 16.624236 11.107 0.0096
erro 1 6 8.980602 1.496767
POP 3 170.253403 56.751134 52.148 0.0000
HYS 2 26.162222 13.081111 12.020 0.0001
ESP*POP 6 4.612639 0.768773 0.706 0.6464
ESP*HYS 4 5.668056 1.417014 1.302 0.2877
POP*HYS 6 10.261111 1.710185 1.571 0.1838
ESP*POP*HYS 12 19.229722 1.602477 1.473 0.1801
erro 2 36 39.177500 1.088264
LOC 2 218.593472 109.296736 99.695 0.0000
LOC*ESP 4 3.665972 0.916493 0.836 0.5033
LOC*POP 6 15.782083 2.630347 2.399 0.0281
LOC*HYS 4 31.898056 7.974514 7.274 0.0000
LOC*ESP*POP 12 7.744583 0.645382 0.589 0.8509
LOC*ESP*HYS 8 9.941667 1.242708 1.134 0.3407
LOC*POP*HYS 12 10.481944 0.873495 0.797 0.6538
LOC*ESP*POP*HYS 24 18.788889 0.782870 0.714 0.8365
erro 3 279 305.872292 1.096316
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 431 963.329792
--------------------------------------------------------------------------------
CV 1 (%) = 8.70
CV 2 (%) = 7.42
CV 3 (%) = 7.44
Média geral: 14.0659722 Número de observações: 432
--------------------------------------------------------------------------------
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64
4.0 Número de fileira de espiga
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 5.584259 1.861420 0.984 0.4607
ESP 2 0.950324 0.475162 0.251 0.7857
erro 1 6 11.349491 1.891582
POP 3 31.481667 10.493889 4.437 0.0094
HYS 2 915.574491 457.787245 193.580 0.0000
ESP*POP 6 2.184306 0.364051 0.154 0.9870
ESP*HYS 4 7.016620 1.754155 0.742 0.5698
POP*HYS 6 8.969583 1.494931 0.632 0.7036
ESP*POP*HYS 12 13.211528 1.100961 0.466 0.9217
erro 2 36 85.134398 2.364844
LOC 2 0.811296 0.405648 0.231 0.7938
LOC*ESP 4 13.688148 3.422037 1.950 0.1024
LOC*POP 6 6.360556 1.060093 0.604 0.7270
LOC*HYS 4 8.961481 2.240370 1.277 0.2794
LOC*ESP*POP 12 7.242222 0.603519 0.344 0.9802
LOC*ESP*HYS 8 12.837407 1.604676 0.914 0.5049
LOC*POP*HYS 12 19.054444 1.587870 0.905 0.5426
LOC*ESP*POP*HYS 24 48.374444 2.015602 1.148 0.2904
erro 3 279 489.641852 1.754989
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 431 1688.428519
--------------------------------------------------------------------------------
CV 1 (%) = 8.17
CV 2 (%) = 9.14
CV 3 (%) = 7.87
Média geral: 16.8268519 Número de observações: 432
--------------------------------------------------------------------------------
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65
5.0 Número de grãos por espiga
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 49557.241810 16519.080603 3.403 0.0942
ESP 2 12144.103556 6072.051778 1.251 0.3515
erro 1 6 29127.787583 4854.631264
POP 3 369662.688299 123220.896100 25.095 0.0000
HYS 2 1144050.845825 572025.422913 116.498 0.0000
ESP*POP 6 8800.777655 1466.796276 0.299 0.9335
ESP*HYS 4 22760.177961 5690.044490 1.159 0.3451
POP*HYS 6 31189.529513 5198.254919 1.059 0.4050
ESP*POP*HYS 12 24068.601145 2005.716762 0.408 0.9506
erro 2 36 176766.531064 4910.181418
LOC 2 165197.152724 82598.576362 19.170 0.0000
LOC*ESP 4 10388.810029 2597.202507 0.603 0.6609
LOC*POP 6 37136.974098 6189.495683 1.437 0.2006
LOC*HYS 4 67859.099151 16964.774788 3.937 0.0040
LOC*ESP*POP 12 32037.830727 2669.819227 0.620 0.8251
LOC*ESP*HYS 8 38613.202171 4826.650271 1.120 0.3495
LOC*POP*HYS 12 41577.544860 3464.795405 0.804 0.6462
LOC*ESP*POP*HYS 24 109645.541040 4568.564210 1.060 0.3896
erro 3 279 1202107.931543 4308.630579
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 431 3572692.370755
--------------------------------------------------------------------------------
CV 1 (%) = 10.94
CV 2 (%) = 11.00
CV 3 (%) = 10.30
Média geral: 637.1278241 mero de observações: 432
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66
6.0 Massa de 100 grãos
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 4.485203 1.495068 0.710 0.5807
ESP 2 17.920542 8.960271 4.253 0.0708
erro 1 6 12.640152 2.106692
POP 3 75.345569 25.115190 9.447 0.0001
HYS 2 1180.676792 590.338396 222.056 0.0000
ESP*POP 6 23.792230 3.965372 1.492 0.2089
ESP*HYS 4 35.509900 8.877475 3.339 0.0200
POP*HYS 6 23.197297 3.866216 1.454 0.2216
ESP*POP*HYS 12 92.707939 7.725662 2.906 0.0066
erro 2 36 95.706463 2.658513
LOC 2 384.715346 192.357673 43.976 0.0000
LOC*ESP 4 23.761854 5.940463 1.358 0.2487
LOC*POP 6 21.903215 3.650536 0.835 0.5440
LOC*HYS 4 171.706045 42.926511 9.814 0.0000
LOC*ESP*POP 12 73.502713 6.125226 1.400 0.1650
LOC*ESP*HYS 8 13.932017 1.741502 0.398 0.9211
LOC*POP*HYS 12 32.194071 2.682839 0.613 0.8305
LOC*ESP*POP*HYS 24 100.970272 4.207095 0.962 0.5174
erro 3 279 1220.382558 4.374131
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 431 3605.050178
--------------------------------------------------------------------------------
CV 1 (%) = 4.07
CV 2 (%) = 4.57
CV 3 (%) = 5.86
Média geral: 35.6805324 Número de observações: 432
--------------------------------------------------------------------------------
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67
7.0 Massa de Espiga
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 4226.700158 1408.900053 3.419 0.0934
ESP 2 3570.425760 1785.212880 4.332 0.0685
erro 1 6 2472.819516 412.136586
POP 3 166469.487391 55489.829130 246.142 0.0000
HYS 2 20240.194818 10120.097409 44.891 0.0000
ESP*POP 6 1291.609622 215.268270 0.955 0.4691
ESP*HYS 4 582.835989 145.708997 0.646 0.6331
POP*HYS 6 3717.284080 619.547347 2.748 0.0265
ESP*POP*HYS 12 2259.618313 188.301526 0.835 0.6150
erro 2 36 8115.784057 225.438446
LOC 2 319661.435068 159830.717534 706.464 0.0000
LOC*ESP 4 5543.079589 1385.769897 6.125 0.0001
LOC*POP 6 1207.879791 201.313299 0.890 0.5027
LOC*HYS 4 4020.001451 1005.000363 4.442 0.0017
LOC*ESP*POP 12 2701.610235 225.134186 0.995 0.4537
LOC*ESP*HYS 8 558.431617 69.803952 0.309 0.9625
LOC*POP*HYS 12 1265.722006 105.476834 0.466 0.9332
LOC*ESP*POP*HYS 24 2856.293243 119.012218 0.526 0.9689
erro 3 279 63121.041393 226.240292
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 431 613882.254098
--------------------------------------------------------------------------------
CV 1 (%) = 11.49
CV 2 (%) = 8.49
CV 3 (%) = 8.51
Média geral: 176.7467361 mero de observações: 432
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68
8.0 Produtividade de grãos
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 9052296.914352 3017432.304784 6.834 0.0231
ESP 2 92490917.625000 46245458.812500 104.737 0.0000
erro 1 6 2649235.578704 441539.263117
POP 3 39351737.303241 13117245.767747 16.849 0.0000
HYS 2 31035761.555556 15517880.777778 19.933 0.0000
ESP*POP 6 8840001.745370 1473333.624228 1.893 0.1089
ESP*HYS 4 3897484.152778 974371.038194 1.252 0.3069
POP*HYS 6 19679056.037037 3279842.672840 4.213 0.0026
ESP*POP*HYS 12 7751016.310185 645918.025849 0.830 0.6202
erro 2 36 28026285.004630 778507.916795
LOC 2 686562719.291667 343281359.645833 419.861 0.0000
LOC*ESP 4 5961513.083333 1490378.270833 1.823 0.1245
LOC*POP 6 53432296.578704 8905382.763117 10.892 0.0000
LOC*HYS 4 10901855.861111 2725463.965278 3.333 0.0109
LOC*ESP*POP 12 12205229.601852 1017102.466821 1.244 0.2525
LOC*ESP*HYS 8 2487001.180556 310875.147569 0.380 0.9307
LOC*POP*HYS 12 7367128.101852 613927.341821 0.751 0.7007
LOC*ESP*POP*HYS 24 21711762.634259 904656.776427 1.106 0.3356
erro 3 279 228112138.752315 817606.232087
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 431 1.271515437E+0009
--------------------------------------------------------------------------------
CV 1 (%) = 6.43
CV 2 (%) = 8.54
CV 3 (%) = 8.75
Média geral: 10328.9375000 Número de observações: 432
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